Yeda mantém suspense sobre mudanças no secretariado

Cleber Dioni

Nas muitas entrevistas que deu na passagem do ano,  a governadora Yeda Crusius teve um cuidado em especial: não adiantar nada ou quase nada sobre a tão comentada reforma no secretariado que ela está planejando.

Numa delas, Yeda deu a entender que pode inclusive anunciar a mudança somente depois do carnaval. Ela faz questão de dizer que não tem pressa.

O resultado é que ontem, primeiro dia de atividades políticas de 2008, tudo o que se colheu foram especulações sobre o assunto, que mobiliza os interesses de todos os partidos que apóiam o governo.

Na Assembléia, os analistas políticos trabalham com uma perspectiva de mudanças em seis secretarias: Casa Civil, Desenvolvimento, Habitação, Turismo, Obras e Ciência e Tecnologia, além da criação de uma secretaria de governo ou secretaria geral.

As mudanças teriam o sentido de rearticular a base de sustentação política do governo, que em 2007 não conseguiu dar suficiente respaldo às ações da governadora.

Houve inclusive desgaste em alguns dos partidos da aliança, como o PP e o PDT, cuja recomposição com o governo ainda não é certa.

Nesse contexto, o mais certo até o momento é a saída do chefe da Casa Civil, Luiz Fernando Záchia, indicação do PMDB. Desgastado depois da derrota do pacote para aumento de impostos, Záchia tem também razões pessoais para sair. Quer candidatar-se a deputado federal na eleição de 2010 e pretende trabalhar intensamente nas eleições municipais deste ano, fortalecendo suas bases.

Quanto à sua substituição, há muitos indícios, mas nenhuma informação consistente. Um nome forte é o do ex-deputado Cezar Busatto, do PPS, atual secretário de coordenação política na prefeitura de Porto Alegre.

Ele poderia ir também para a Secretaria de Desenvolvimento, no lugar de Nelson Proença. Ex-secretário da Fazenda, com grande vivência das questões financeiras, as mais graves do Estado, o economista Busatto, no entanto é considerado uma peça imprescindível na estratégia de reeleger José Fogaça este ano.

Outro nome já incluído nas colunas políticas é o do deputado federal Mendes Ribeiro Filho, do PMDB. Ele seria uma indicação do senador Pedro Simon, mas esbarra na intenção já manifesta pela governadora de fortalecer o seu partido, PSDB, dentro do governo.

Nesse sentido, ganha força o deputado Cláudio Diaz, que assumiu na vaga do deputado Júlio Redecker.  Representante da Zona Sul, com base em Rio Grande, Diaz é cotado também para a secretaria geral.

Para essas funções, que seriam essencialmente de coordenação política, ele tem a desvantagem de ser pouco conhecido no resto do Estado.

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