O Ambulatório de Dermatologia Sanitária (ADS), da Secretaria da Saúde (SES), participa do Dezembro Laranja, campanha nacional de prevenção ao Câncer de Pele, promovida pela Sociedade Brasileira de Dermatologia.
Em 2018, o movimento traz o tema “Se exponha mas não se queime” e visa a informar e conscientizar a população sobre a exposição solar e evitar a doença de maior incidência no Brasil e no mundo.
Neste sábado (1º), das 9h às 15h, o ADS estará aberto para atender a população que poderá ser examinada preventivamente de forma gratuita.
O ambulatório está localizado na Avenida João Pessoa, 1327, em Porto Alegre.
Texto: Andréa Menezes/ Ascom SES
Edição: Léa Aragón/ Secom
Autor: da Redação
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Dezembro Laranja foca na prevenção ao câncer de pele
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Marchezan anuncia US$ 30 milhões do Banco Mundial para o 4o. Distrito
O Banco Mundial vai aportar US$ 30 milhões para apoiar um plano de desenvolvimento do 4º Distrito, região que compreende os bairros Floresta, Navegantes, São Geraldo, Humaitá e Farrapos.
A informação foi repassada de Whashington, pela assessoria que acompanha o prefeito Nelson Marchezan Jr. e uma comitiva, que buscam investimentos nos Estados Unidos.
Os recursos deverão ser utilizados para a contenção de alagamentos, saneamento e mobilidade urbana.
Há também a possibilidade de um acordo de assistência técnica do Banco Mundial para a revisão do Plano Diretor da Capital, com recursos a fundo perdido, tendo como viés gerar os mecanismos necessários para viabilizar a reconversão do 4º Distrito.
Como Porto Alegre não tem nota de crédito para contrair investimentos internacionais, o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) será o intermediador do recurso.
A atual avaliação de capacidade financeira da Capital gaúcha, determinada pela Secretaria do Tesouro Nacional, classifica Porto Alegre com rating C, o que impossibilita a contração de um empréstimo junto ao Banco Mundial de forma direta.
Para voltar a contrair este tipo de recurso, a cidade precisa realizar reformas estruturais que garantam a saúde financeira do município. “Estamos buscando outras alternativas para não perdermos mais financiamentos do que já perdemos. Neste caso, o limite de crédito não será da prefeitura e sim do BRDE”, explica o prefeito.
Segundo o professor Luiz Carlos Pinto da Silva Filho, diretor da Escola de Engenharia da Ufrgs e coordenador do Pacto Alegre pela Aliança da Inovação, o Banco Mundial está muito entusiasmado com o avanço das negociações com Porto Alegre e disposto a aumentar seu envolvimento.
“A operação com o BRDE está sendo vista como piloto de um novo modelo de arranjo para operações com municípios brasileiros”, observa.
Missão EUA – A comitiva embarcou na sexta-feira, 23, para uma missão dividida entre Washington e Nova Iorque, com objetivo de atrair investimentos para Porto Alegre. Integram a missão o prefeito Nelson Marchezan Júnior; os secretários municipais da Fazenda, Leonardo Busatto; de Parcerias Estratégicas, Bruno Vanuzzi; secretário-adjunto de Planejamento e Gestão, Daniel Rigon; e a deputy chief resilience officer, Marcela Ávila. Pela Câmara Municipal, fazem parte da comitiva os vereadores Valter Nagelstein, Mauro Pinheiro, Moisés Barboza, Ricardo Gomes e Wambert di Lorenzo. Os representantes da Aliança pela Inovação de Porto Alegre são o professor Luiz Carlos Pinto da Silva Filho, diretor da Escola de Engenharia da Ufrgs; Marcus Coester, da Aeromovel Brasil S.A; Henri Siegert Chazan, presidente do Sindicato dos Hospitais e Clínicas de Porto Alegre; e Marc Allan Weiss, presidente Global Urban Development.
(com informações da Assessoria de Imprensa) -
A arte tensionada e aberta de Marli Amado de Araújo, na exposição "Espaço Sentido" no MAC.
Artista e ex-diretora do MAC, Marli Amado de Araújo, criou uma grande instalação escultórica para o espaço expositivo, além de uma obra que recepciona os visitantes composta por um mosaico com fotos polaroides em que o público, previamente convidado, registrou o panorama urbano de Porto Alegre e do entorno da Casa de Cultura Mario Quintana. A mostra será inaugurada nessa terça-feira, dia 27, às 19h, na galeria Xico Stockinger (Rua dos Andradas, 736, 6º andar), com curadoria de André Venzon, e apresenta também trabalhos da artista em pintura e escultura, bem como algumas obras em relevo acessíveis que poderão ser percebidas através do toque, democratizando a cultura e abraçando a inclusão de pessoas com deficiência visual.
Segundo o curador, “mais que criar disfarces para as paredes brancas, o trabalho de Marli intersecciona conteúdo para este lugar, pois sua obra se faz com o espaço e as pessoas, com as próprias linhas que saem das superfícies lisas que até então delimitavam a sala, deixando de ser mero suporte decorativo ou contemplativo. A artista descobre o ambiente expositivo e convoca também a estrutura que o sustenta a participar do seu trabalho”
Foto: Divulgação
O trabalho, segundo o curador:
“Expor-se também é conquistar a liberdade. Elejo esta frase para iniciar o texto curatorial porque estamos todos nos expondo aqui. Diante da perspectiva da galeria Xico Stockinger não hesitamos em entrar para descobrir o que há no interior deste cubo branco que nos convida “a agarrar as paredes com o olhar”. Desse modo a artista Maria Amado de Araújo expressa o que sua exposição deseja em relação ao espaço que adentramos agora. Professora do magistério, do Ateliê Livre da Prefeitura, escultora e ex-diretora do Museu de Arte Contemporânea do RS – MACRS; durante sua gestão (2003-2006) heroica à frente da direção desta instituição que nos acolhe, conheci todo seu entusiasmo e força, aparentemente inesgotáveis, período que levou a conquista, mesmo que provisória, da sede do Museu no Cais Mauá, tanto para arte e os artistas, quanto para o olhar do público. A primeira vez que participei de um edital para expor em um museu foi franqueado naquela administração, onde havia espaço para todos e cuidava-se de todas as possibilidades para se realizar uma exposição em um museu do Estado.
Na obra que nos recepciona já sentimos esta atmosfera democrática de Porto Alegre, cidade que se reconhece compartilhada nas fotos, em que cada um dos convidados acolheu para si uma parte do panorama urbano que constitui o trabalho com as polaroides. O público foi convidado a fotografar as paisagens do interior da Casa de Cultura Mario Quintana e da nova orla do Guaíba ─ recentemente inaugurada ─ o entorno urbano participa como documento desta aproximação com o lugar da exposição. Este mosaico prismático de percepções é que recebe os visitantes. Esta pode ser uma bela metáfora de como fazer algo ao mesmo tempo livre e fecundo; cada foto é um favo nesta colmeia humana que representa a aldeia que habitamos. Sem demora somos convidados a visitar a exposição que se dissipa como raios vermelhos no horizonte da galeria. A cor abduz, denuncia, avisa, adverte! É legado de todas as lutas, cor que circula viva em nosso sangue, que nos enrubesce a face ou até sangra em todos, indiferentemente e encoraja; a cor do coração, que nos faz sentir vivos, livres e plenos de direitos.
A instalação faz o movimento de ir e vir, não conhece o encima ou o embaixo, de uma parede a outra costura o espaço com uma corda, invento antigo, usado para fabricar armadilhas que prendem, mas também as redes que embalam os sonhos. O leve ruído da cidade, indistinto e rítmico, aqui resplandece nas linhas vermelhas que cruzam estridentemente a sala. Eis a galeria onde desejamos estar, da pequena maquete que vislumbramos do alto, a cada uma das cordas que podem narrar a história da artista e também a nossa. Quando olhamos estas fibras, quando perscrutamos as cavidades destas caixas vermelhas que encarnam a forma abstrata de um coração podemos sentir o desejo de um projeto de construção do próprio centro pulsante da cidade, e com os sentidos plenos exploramos estes espaços. Sentimos nessa exposição, como na urbe contemporânea, o quanto uma obra de arte grande e voltada para o espaço restituí e eterniza de poder o público, que dela pode participar com seu corpo, antes de senti-la apenas com os olhos. Tudo se verifica neste encontro, a visão sensorial torna-se reconhecimento do lugar.
De algum modo estamos conectados, ligados de fato, somos parte desta rede da artista, da teia umbilical de sentidos que compreende o universo artístico. Encontramo-nos com essas estruturas em expansão, linhas visíveis da perspectiva espacial, em contraste com as cabines que acolhem a escala humana e as caixas para espreitar, respectivamente, com o corpo e o olhar. Esses dois dispositivos visuais refletem sobre as edificações, aquela a que estamos presos, e também as que nos são exterior. A artista envolve o corpo do observador num jogo visual, como na lúdica brincadeira da “cama de gato”, constrói imagens que podem representar situações do cotidiano urbano, mas também íntimo, colocando-nos em contato físico e conceitual com uma poética que empreende a construção desse espaço para a percepção de nós mesmos e da arte.
Uma instalação é sempre um convite a não sentirmos o espaço apenas com o olhar, mas com todo o corpo. Esse enfrentamento tem sido uma constante no modo de pensar e fazer da artista. Suas pinturas também se organizam numa estruturação modular, com signos próprios, remontando um mural totêmico de culturas que ainda estamos por descobrir. E como poderíamos interpretar estes signos? Por analogia estas composições pictóricas, formadas por fragmentos de pinturas sobre tacos de madeira, que podem ser tocados, relacionam-se com as fotografias compartilhadas pelo público na entrada da galeria. Este conjunto de imagens constituem um conceito de espaço sagrado, do qual a artista e o curador comungam como ex-diretores desta instituição museológica, e que pode representar aquele sentimento mais contemporâneo em nossa sociedade, isto significa dizer que um museu de arte contemporânea deve ser um espaço para todos, diferente das paredes do museu clássico, mas assim como a rua é para todos: popular.
Vivemos, há algum tempo, um momento de retenção e de reflexão para a arte. Especialmente para a arte contemporânea que se dedica a debater muitas questões: da arte e a política, a cidade, a memória, a identidade, entre outros. Sobretudo a arte atual se devota a construir o próprio espaço para afirmação e existência da diversidade contemporânea. Temos um compromisso fundador com a conquista de um lugar para arte do presente. Não é suficiente que a arte reflita suas relações intrínsecas e com a vida em sociedade, sem assegurar o lugar para a preservação destes pensamentos onde se conheça, reflita e respeite as diferenças de ideias e se perceba o mundo contemporâneo. Sobre as paredes dessa galeria a artista tenciona e abre o espaço para que possamos também expor as nossas questões, um lugar que se apresenta diferentemente de uma simples exposição de quadros.
Assim, mais que criar disfarces para as paredes brancas, o trabalho de Marli intersecciona conteúdo para este lugar, pois sua obra se faz com o espaço e as pessoas, com as próprias linhas que saem das superfícies lisas que até então delimitavam a sala, deixando de ser mero suporte decorativo ou contemplativo. A artista descobre o ambiente expositivo e convoca também a estrutura que o sustenta a participar do seu trabalho. Outros artistas, como BonGiovanni e Tulio Pinto, inclusive nesta galeria, além da carioca Ana Holck, também compreenderam esta necessidade permanente de reflexão, enfrentando o espaço que nos recepciona e desafiando o público a pensar sobre a experiência artística.
Logo, também somos chamados a discutir, mais longe que a obra, o espaço que ela ocupa. A questão que se coloca é o próprio espaço para arte contemporânea, a ocupação e o direito a este lugar. Uma reflexão entre os limites da obra formada pela trama de fios que pode emaranhar nossos pensamentos ou estabelecer ligações, expressando conceitos que compartilham a visão de mundo exterior e interior da artista conosco”
André Venzon.
Artista visual, curador e gestor cultural. Mestrando em Poéticas Visuais pelo PPGAV/IA-UFRGS
SERVIÇO:
Exposição “ESPAÇO SENTIDO” da artista Marli Amado de Araújo
Curadoria de André Venzon
Museu de Arte Contemporânea do RS
Rua dos Andradas, 736, 6º andar – Galeria Xico Stockinger, Casa de Cultura Mario Quintana
Abertura dia 27 de novembro de 2018, às 19h
Visitação de 28 de novembro à 06 de janeiro de 2019
De terça à sexta, das 9h às 19h, sábados, domingos e feriados das 12h às 19h
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Aumentam vagas para estágio
O Centro de Integração Empresa-Escola – CIEE registrou no 3° trimestre do ano, entre os meses de julho e setembro, média de 15,9% de crescimento no número de vagas abertas em relação ao mesmo período do ano passado. O índice engloba tanto vagas de estágio quanto aprendizagem.
No mesmo período, o número de contratos assinados cresceu em média 5,83% e registrou o melhor trimestre do ano até o momento, prova de que as empresas estão procurando novos talentos apesar da lenta retomada da economia. A entidade acumulou, entre janeiro e outubro desse ano, crescimento de 8,28% no volume de contratos.
“As companhias voltaram a recrutar com o objetivo de preparar a sua estrutura, isso inclui a capacitação de novos talentos, para atender o aumento da demanda que é esperado nos próximos meses” explica Marcelo Gallo, superintendente Nacional de Operações do CIEE.
Atualmente são administrados contratos de 230 mil estagiários e 85 mil aprendizes.
Sobre o CIEE
Desde sua fundação, há 54 anos, o CIEE se dedica à capacitação profissional de estudantes por meio de programas de estágio. Em 2003, abriu uma nova frente socioassistencial com a aprendizagem. Atualmente, administra o estágio de 200 mil estudantes e a aprendizagem de 100 mil adolescentes e jovens. Em paralelo, mantém uma série de ações socioassistenciais voltadas à promoção do conhecimento e fortalecimento de vínculos de populações vulneráveis.
(Com informações da Assessoria de Imprensa) -
Política externa de Bolsonaro vai sofrer "choque de realidade", diz pesquisadora
Sobressaltos. É a palavra que tem sido usada para sintetizar as reações causadas nos meios diplomáticos pelas declarações do presidente eleito Jair Bolsonaro e seus ministros sobre assuntos internacionais.
O superministro, Paulo Guedes, o “Posto Ipiranga” do presidente, produz sobressaltos ainda maiores entre os exportadores e outros agentes econômicos, que dependem boas relações internacionais para a estabilidade de seus negóciuos.
Além das declarações polêmicas e anti-diplomáticas, as incertezas aumentam com as contradições entre o que dizem os ministros, com o que diz o presidente inclusive.
O vice-presidente, general Hamilton Mourão, por exemplo, na semana passada em várias declarações desqualificou afirmações de Bolsonaro sobre questões relacionadas à China, Israel, Venezuela e outros temas.
“Não podemos nos descuidar do relacionamento com a China”, disse Mourão referindo-se às manifestações do presidente eleito de que o Brasil deve se alinhar mais aos Estados Unidos, afastando-se da influência chinesa.
A questão do Mercosul, o mercado comum entre Brasil e seus vizinhos do Cone Sul, é outro ponto preocupante. A futura ministra da Agricultura, Tereza Cristina, defendeu na semana passada a revisão dos fundamentos do bloco sul-americano.
A pesquisadora Miriam Gomes Saraiva, do departamento de Relações Internacionais da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), acredita que, depois da posse, essa inclinação de Bolsonaro e seus auxiliares para uma política externa ideológica, de aproximação com os EUA e distanciamento de países identificados como de esquerda, sofrerá um “choque de realidade”.
“Quando começar o exercício do governo, ele vai esbarrar em questões bastante pragmáticas, a começar pela reação de parceiros externos, como a China”, diz a pesquisadora.
O outro elemento que deverá chamar o futuro governo à realidade é o que a professora chama de “custos internos”, caso do Mercosul.
A proposta da deputada Tereza Cristina (DEM-MS), da bancada ruralista no Congresso, contra a tarifa externa comum do Mercosul pode agradar produtores de uva e arroz brasileiros, mas está longe satisfazer as expectativas da indústria, principalmente de São Paulo e da Zona Franca de Manaus.
As declarações desencontradas dos ministros, do presidente e vice-presidente eleitos mostram que o futuro governo “é como uma colcha de retalhos”, diz Miriam.
“O diplomata Ernesto Araújo (Relações Exteriores), alguns militares, o Moro, por exemplo, estão desconectados entre si e não têm uma linha partidária. Então, o governo dele vai ser uma enorme queda de braço.”
Não imediatamente, mas na medida em que a realidade se imponha, a política externa de Bolsonaro deve se dobrar à realidade e aproximar do tradicional. “Não será, creio , de enfrentamento com árabes, China e outros, porque isso provocará problemas sérios.”
Enquanto Bolsonaro e futuros ministros dão declarações polêmicas e se desmentem mutuamente, os parceiros comerciais, vizinhos ou distantes, se movimentam.
Nesta sexta-feira (23), a manchete do diário argentino El Clarín online destaca encontro entre o presidente do país, Mauricio Macri, e o embaixador da China no país, Yang Wanming.
O aperto de mão serviu para confirmar o acordo entre Buenos Aires e Pequim, que deve ser assinado em 2 de dezembro, com um “plano de ação entre os dois países para os próximos cinco anos”, diz o jornal.
A China criticou duramente Bolsonaro no dia seguinte à eleição, em editorial no jornal estatal China Daily, sobre o propalado distanciamento entre o Brasil e o país asiático e o alinhamento com Washington.
A China é o principal parceiro comercial do país. Em 2017 o Brasil exportou aos chineses 47,5 bilhões de dólares e importou 27,3 bilhões. O superávit é da ordem de 20,2 bilhões de dólares.
Com o Mercosul, o Brasil também acumula superávit importante em 2017, com exportações de U$ 22,6 bilhões e importações de U$ 11,9 bi (saldo positivo de U$ 11,7 bilhões).
E com a Argentina, a balança também é favorável, com vendas de U$ 17,6 bilhões e compras de U$ 9,4 bi. Saldo de U$ 8,2 bilhões em 2017.
Para Miriam Gomes Saraiva, é possível que o futuro chefe do Itamaraty, de início, faça mudanças, “até que a moderação e os contrapesos o puxem para a normalidade”. -
Caixa Federal já cortou 16 mil funcionários nos últimos quatro anos
Abre nesta segunda o prazo para os funcionários da Caixa Federal que quiserem aderir ao novo Programa de Desligamento de Empresários, que o banco promove para cortar 1.626 postos de trabalho.
Desde 2014, já foram cinco programas de demissão ou aposentadoria incentivada. A Caixa já cortou mais de 16 mil empregados, chegando hoje a 85 mil bancários para cuidar de 102,6 milhões de contas.
Segundo comunicado da Caixa, a adesão dos bancários ao atual programa de demissão incentivada deverá ocorrer até a sexta-feira, 30.
O presidente da Federação Nacional dos Associados da Caixa (Fenae), Jair Pedro Ferreira, denuncia “a precarização dos serviços e das condições de trabalho porque diminui o número de funcionários mas não diminuem as demandas nas unidades”.
“Por mais que avance a automação, a máquina não substitui as pessoas, em especial os de baixa renda, os mais idosos. Essa política vai contra isso porque compromete o trabalho, o atendimento, as pessoas ficam mais tempo na fila”, diz Ferreira.”
Uma pesquisa sobre a saúde do trabalhador da Caixa, feita este ano, a pedido da Fenae, comprovou essa realidade: um em cada três empregados da instituição teve algum problema de saúde relacionado ao trabalho nos últimos 12 meses.
As doenças psicológicas e causadas por estresse representam 60,5% dos casos.
As perspectivas no novo governo, de Jair Bolsonaro, são ainda mais preocupantes segundo a Fenae, com a confirmação de Pedro Guimarães, um especialista em privatizações, para presidir a Caixa a partir de 2019.
Pedro Guimarães é sócio do banco de investimento Brasil Plural e atua há mais de 20 anos no mercado financeiro na gestão de ativos e reestruturação de empresas.
Na Caixa, especula-se que deverá iniciar sua gestão pela venda da área de cartões de crédito e de seguros.
“Tudo indica vamos ter um esfacelamento muito grande desses serviços daqui para frente: lotérica, financiamento habitacional, Minha Casa Minha Vida”, diz Ferreira.
O dirigente reforça a importância da presença do banco federal em praticamente todos os municípios brasileiros. “Isso tudo está em risco se eles resolverem fatiar a Caixa, que é o que está se desenhando”
O fatiamento da Caixa já começa, segundo ele, no proximo dia 29 quando será leiloada a Lotex, o setor de loterias da Caixa, que repassa 35% a 40% dos recursos para a previdência social, esporte, cultura, Apaes.
“A privatização quer aumentar a premiação, mas reduzir os repasses sociais”. -
Entidades estrangeiras dizem que Escola Sem Partido é censura
Representantes de organizações educacionais de 87 países assinaram uma moção “contra a censura a professores”.
O documento foi apresentado durante a sexta Assembleia Mundial da Companha Global pela Educação, que ocorreu neste mês de novembro, no Nepal.
A manifestação destaca o movimento Escola sem Partido como um dos projetos que incentivam a censura de professores.
Cita também a campanha do partido de extrema-direita Alternativa para Alemanha, que promove uma campanha para que estudantes filmem as aulas.
As entidades internacionais pedem que os Estados resistam a estas tendências consideradas por eles de regressivas.
O documento defende ainda que a educação deve ser pública, gratuita, laica, inclusiva e de qualidade, capaz de promover a cidadania.
Em discussão no Congresso Nacional, o projeto apelidado de Escola sem Partido diz que professores não podem cooptar alunos para nenhuma corrente política ou ideológica.
(Com informações da EBC) -
Bolsonaro descarta Revalida para médicos formados no Brasil
O presidente eleito, Jair Bolsonaro, descartou hoje (25) a possibilidade de submeter os médicos brasileiros ao Revalida, a prova de avaliação e qualificação exigida para os profissionais formados fora do Brasil.
Segundo ele, a hipótese não é considerada. Também criticou a prova realizada pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) aos recém-formados.
As afirmações de Bolsonaro ocorreram depois de ele participar de almoço na Escola de Educação Física do Exército, na Urca, no Rio de Janeiro, para o 10º Encontro do Calção Preto, que reúne comandantes, professores e monitores da escola.
Mesmo fã de futebol, o presidente eleito resolveu desistir de assistir ao jogo do Palmeira com o Vasco, no São Januário. Ele disse ter sido desaconselhado a ir ao estádio.
Bolsonaro também afirmou que segue as orientações médicas à risca, embora tenha reconhecido que ficou aborrecido com o adiamento da cirurgia para a retirada da bolsa de colostomia para 20 de janeiro de 2019.
O presidente eleito disse que pretende ir a Brasília na próxima terça-feira (27) e retornar no dia 28, para o Rio de Janeiro.
(com informações da EBC)
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General Mourão assume a presidência dia 20 de janeiro
São imprecisas as informações divulgadas na imprensa sobre o estado de saúde do presidente eleito Jair Bolsonaro.
O noticiário conformou-se à explicação de que está tudo bem com Bolsonaro e que a cirurgia, que precisa fazer, só foi adiada por precaução.
A cirurgia estava pré-agendada para 12 de dezembro. Cogitava-se até antecipar a diplomação, que pela regra é no dia 1 de janeiro, para garantir contra qualquer acidente na mesa de operação.
Se por qualquer motivo, o presidente eleito ficar impedido antes da diplomação, terá que haver nova eleição. Depois da diplomação da chapa eleita, em qualquer impedimento do presidente, ele é substituído pelo vice.
E aí entra outro fator, que embaralha o início do novo governo.
O vice, general Hamilton Mourão vai assumir a presidência dia 20 de janeiro, dia marcado para a cirurgia de Bolsonaro e ficará no cargo até a volta do titular.
As estimativas otimistas estampadas na mídia falam em quinze dias.
Mourão, em todo caso, já se movimenta com desenvoltura nos bastidores da formação do governo.
Deu um chega pra lá no coordenador da transição, o ministro extraordinário Onyx Lorenzoni e assumiu o diálogo com o ministério de Michel Temer, analisando projetos já existentes e prospectando futuros.
Deu a entender que sob seu comando que a vice-presidência será o “centro de governo”.
“A ideia fundamental junto ao presidente é que, como vice, eu tenha sob meu encargo aquelas subchefias que hoje estão parte na Casa Civil e parte na Secretaria-Geral e que conformam a atividade de controle dos ministérios, de políticas públicas e do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI)”, disse ele, em evento no Tribunal de Contas da União (TCU).
“Nas reuniões com ministros queremos ter os objetivos colocados. Eles terão prazos para apresentar um planejamento e para o cumprimento do objetivo. Teremos um roteiro de condução e monitoramento. O cavalo será bem montado”,completou.
Em Porto Alegre, num evento da revista Voto, corrigiu declarações de Bolsonaro em relação à China, ao Mercosul e à intenção de transferir a embaixada brasileira em Israel, de Tel Aviv para Jerusalém. Ele já tinha dito,: “As vezes o presidente tem uma retórica que não combina com a realidade”.
Em sua coluna neste fim de semana, na Folha de São Paulo, o jornalista Jânio Freitas menciona uma versão, não confirmada, de que Mourão não foi uma escolha de Bolsonaro, mas uma imposição do meio militar como um contrapeso a possíveis arroubos do capitão.
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"A encarnação", exposição do alemão Ottjörg A. C, na galeria João Fahrion , do Margs
O Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli apresenta a exposição “Encarnação”, do artista alemão Ottjörg A. C, na terça-feira, dia 27 de novembro, às 19h, na galeria João Fahrion do MARGS. A entrada é franca.
A mostra, com curadoria de professor títular Laymert Garcia dos Santos, pode ser
visitada até 27 de janeiro de 2019, de terças a domingos, das 10h às 19h.
No dia 28 de novembro, às 10h, o artista recebe o público para uma visita mediada na
Galeria João Fahrion. Na sequência, ocorre uma caminhada com o artista pelas placas
instaladas no entorno da Praça da Alfândega percorrendo o trabalho de intervenção
urbana temporária.
Ottjörg preenche o vazio de placas faltantes de alguns
monumentos de Porto Alegre com placas de resinas criadas a partir de monotipias
sobre papel, inspiradas em suas experiências no Rio Grande do Sul.
Visitas mediadas podem ser agendadas no e-mail educativo@margs.rs.gov.br.
Encarnação é uma palavra que tem sentidos físicos e metafísicos. Aqui, nesta
exposição, Ottjörg A. C. propõe algumas modalidades dela se manifestar
esteticamente, num diálogo direto com o contexto brasileiro, que interpela o
espectador rio-grandense.
Stillleben. Foto; Divulgação
Marca urbana
Assim, o artista alemão capta, na obra “Marca Urbana”, o arquétipo da encarnação do
ser gaúcho, através de transfigurações da castração e marcação de potros, revelando como tradicionalmente se lida com a potencia e sua apropriação e valorização nestas
paragens. Espalhadas em monumentos da cidade, essas transfigurações se insinuam
no espaço urbano, como totens.
Dentro do espaço expositivo, Ottjörg propõe trabalhos em suportes diversos. Há um
desenho de touro, da série “Azul da Prússia”, que é realizada com sangue oxidado de
gado alemão.
Há uma instalação, misto de estúdio fotográfico e de sala de interrogatório, que
convida o espectador a entrar e participar do ritual de um matadouro, lugar por
excelência em que a vida se transforma em carne – produção em série. Sentado nesse
ambiente sangrento, você não pode vê-la diretamente, nem ao Messias que comanda
a encarnação; mas pode fazer um selfie, testemunhando que esteve lá, e postá-lo no
Instagram.
Finalmente, há a obra “Imagine there is no rhino…”, onde o tema da encarnação é
abordado pela via do absurdo. Aqui, as imagens agenciam a transformação dos
humanos em objeto de manipulação, por vias surreais que associam Cacareco,
Malevich e Ionesco, numa espécie de pesadelo.
Gente, animal, carne. A matéria-prima da exposição de Ottjõrg é a nossa própria encarnação”, segundo o curador Laymert Garcia dos Santos .
Feuer und Stier. Foto: Divulgação
O artista
Ottjörg A.C. vive e trabalha em Berlim e Porto Alegre. Desde 1989 realiza exposições a
nível internacional a partir de um embasamento conceitual, China – Europa – América
do Sul, Central e Norte.
SERVIÇO
Título: Encarnação
Artista: Ottjörg A.C.
Curadoria: Laymert Garcia dos Santos
Abertura: 27 de de novembro, às 19h
Visitação: 28 de novembro de 2018 a 27 de janeiro de 2019
Local: Galeria João Fahrion do MARGS
Visita mediada e Marcação Urbana Temporária – 28 de novembro, a partir das 10h
Entrada Franca