Autor: da Redação

  • A Revolução Eólica (37) – ENGENHEIROS DEFINEM DATA PARA COMEÇAR OPERAR UECC

    Diretores da Eletrosul, Wobben e das empresas envolvidas nas obras se reúnem na quarta-feira, 18, para definir a data em que começarão a funcionar os primeiros aerogeradores da Usina Eólica Cerro Chato.
    Segundo o coordenador de implantação da UECC, Franklim Fabricio Lago, já foram erguidos quatro torres do Parque III, de um total de cinco. A expectativa dos engenheiros é que o Circuito 1 comece a produzir energia até o final do mês.
    A Eólica Cerro Chato S/A é a empresa responsável pela implantação, manutenção e operação da usina. É controlada pela Eletrosul Centrais Elétricas, subsidiária da Eletrobras, empresa estatal. Tem como sócia, com 10% do negócio,  a empresa Wobben, do grupo alemão Enercon, um dos principais fornecedores de tecnologia em aerogeradores.
    A usina é formada por três parques eólicos, cada um com 15 aerogeradores e capacidade para gerar 30 megawatts (MW), totalizando 90 MW, capazes de abastecer um município com mais 200 mil habitantes. Os objetivos do governo ao entrar na produção de energia eólica é regular os preços e absorver tecnologia. [C.D.T]

  • A Revolução Eólica (36) – SURGE NOVA PAISAGEM NO PAMPA

    A Usina Eólica Cerro Chato, que está sendo construída no município de Santana do Livramento, na fronteira com o Uruguai, já tem três aerogeradores prontos para operar dentre os cinco previstos para produzir energia ainda este mês. As torres gigantes estão formando uma nova paisagem na região da Campanha. Na foto, os aerogeradores 2, 3 e 4 do Parque III.

    Subestação coletora de energia
    Subestação coletora de energia

    Dentro de poucos dias fica pronta a subestação coletora, que vai mandar energia para a subestação da CEEE, na zona urbana.

  • A Revolução Eólica (35) – SUBESTAÇÃO E LINHA DE TRANSMISSÃO DA UECC QUASE PRONTAS

    Eng Sato Yoshiki | Foto Cleber Dioni Tentardini
    Eng Sato Yoshiki | Foto Cleber Dioni Tentardini

    A energia captada pelos aerogeradores será enviada em 34,5 Kv ( ou 34,5 mil volts) através de uma rede subterrânea para a subestação coletora onde transformadores elevam a tensão para 230 Kv (ou 230 mil volts).
    A energia vai abastecer a Subestação Livramento 2, da Companhia Estadual de Energia Elétrica, distante 25 quilômetros, para em seguida entrar no sistema elétrico brasileiro.

  • A Revolução Eólica (34) – VENTO DEMAIS ATRASA OPERAÇÃO DA UECC

    O vento é a matéria-prima de uma usina eólica. Quanto mais ventar, mais energia cinética será transformada em mecânica e, depois, em eletricidade. Mas, no caso da Usina Eólica Cerro Chato (UECC), que está em construção em Santana do Livramento, vento demais atrapalha nesse momento.
    A montagem do primeiro aerogerador dentre os cinco previstos para começar a operar amanhã, 27, ocorreu somente na primeira quinzena de abril. A expectativa dos engenheiros é que os cataventos comecem a funcionar a partir da metade de maio, quando está prevista também a conclusão da subestação coletora e da linha de transmissão.
    Segundo o coordenador de implantação da UECC, Franklin Lago, o vento não pode soprar mais de 7 m/s (metros por segundo), ou 25 km/h (quilômetros por hora), senão impede a operação do maquinário lá no alto.
    Foi preciso um guindaste com 115 metros e capacidade para suportar 600 toneladas para içar a 108 metros de altura o primeiro aerogerador da usina. O conjunto de pás, nacele, rotor e demais peças somam 110 toneladas. (C.D.T)

  • A Revolução Eólica (33) – CONCLUÍDO PRIMEIRO CATAVENTO NO CERRO CHATO

    O conjunto de pás dos demais aerogeradores serão içados nos próximos dias.

  • Jornal Já – Abril de 2011

    http://issuu.com/marcusleonardobruno/docs/abril11/1?e=2415476/8933582

  • A Revolução Eólica (32) – ENERGIA LIMPA ABASTECE 2,9 MI DE CASAS NA EUROPA

    Em 2010, foram instaladas na Europa 308 turbinas em nove parques eólicos em alto mar, acrescentando ao potencial energético do continente 883 megawatts (MW). O aumento corresponde a 51% em relação a 2009.
    Somando às 1.136 turbinas instaladas no oceano, a energia produzida a partir dos ventos é suficiente para abastecer 2,9 milhões de famílias.
    Os lucros com a eletricidade chegam a 2,6 bilhões de euros, segundo a Associação Europeia de Energia Eólica. Por isso, os investimentos em energia limpa, incluindo a solar, serão incrementados em 52 bilhões de euros até 2020 a fim de os países envolvidos cumprirem as metas de redução em 80% suas emissões de gases de efeito estufa até 2050, em relação ao que era emitido em 1990.
    Inglaterra tem maior parque
    O maior parque eólico oceânico está na Inglaterra e possui 100 turbinas com potência instalada de 300 megawatts de energia. O empreendimento de 780 milhões de libras foi instalado na costa sudeste do país e produzirá energia suficiente para suprir o consumo anual de até 200 mil casas.
    Cada turbina possui 115 metros de altura, com pás de fibras de vidro de carbono de 44 metros de comprimento, e pesam 379 toneladas.
    Com a inauguração desse complexo eólico, a capacidade de produção energética da Inglaterra se torna superior a cinco gigawatts, suficiente para abastecer três milhões de casas.

  • A Revolução Eólica (31) – RN PROJETA CENTRAL DE ESTUDOS EM ENERGIA LIMPA

    O governo do Rio Grande do Norte anunciou a intenção de construir um Centro de Tecnologia de Energia Eólica, a fim de incrementar a produção dessa energia alternativa e formar mão de obra especializada. Também está em estudo a implantação de uma indústria de peças.
    Hoje, funcionam apenas duas usinas no Estado mas há 62 parques programados para entrar em funcionamento até 2013. Vai colocar o Rio Grande do Norte como o maior produtor nacional de energia a partir dos ventos, com 50% de toda a capacidade nacional.
    Com investimentos estimados em R$ 8 bilhões, o governo pretende destinar parte dos lucros obtidos com a produção de energia limpa para a construção da central de estudos e qualificar 15 mil trabalhadores.

  • A Revolução Eólica (30) – HÉLICES GIGANTES CHEGAM AO CERRO CHATO

    Por Cleber Dioni Tentardini
    Chegaram ontem ao canteiro de obras do complexo eólico Cerro Chato, na região da campanha de Santana do Livramento, as seis primeiras hélices que irão compor dois aerogeradores.
    Como são pás gigantes – cada uma possui 41 metros de comprimento e pesa seis toneladas -, estão sendo transportadas em carretas também de tamanho avantajado, em média, com 40 metros de comprimento e de até 5 metros de largura.
    Os trabalhos estão acelerados para que a usina seja inaugurada no final deste mês. Conforme o cronograma das obras, começarão a funcionar cinco aerogeradores do Parque 3.
    O movimento de caminhões é constante, tanto no local das obras como ao longo das estradas. Os veículos carregam em média 25 toneladas de materiais e estão rodando apenas durante o dia, respeitando a velocidade de 40 quilômetros por hora. A maioria tem batedores (escolta privada) e alguns são acompanhados pela polícia rodoviária.
    Os equipamentos são de diferentes locais: os geradores, as pás e demais peças foram fabricadas na Alemanha e trazidas ao país de navio. Os geradores foram montados em Sorocaba/SP pela fabricante Wobben, sócia da Eletrosul no empreendimento, e as pás estão armazenadas no porto de Rio Grande. As torres de concreto estão sendo fabricadas em Gravataí e os segmentos metálicos que compõem parte das torres, em Erechim.

  • Mudei para a cidade do atropelador de ciclistas…

    Mudei para a cidade do atropelador de ciclistas que…é também repleta de árvores nativas e imigrantes antigas: jacarandás, tipuanas, guarapuvus, abacateiros, goiabeiras, pitangueiras, palmeiras, flamboyants, cinamomos, sibipirunas, alfeneiros, salsos-chorões. Seus habitantes têm especial apreço também pelo cultivo de flores.
    Em pedaços minúsculos de terra no meio do asfalto vicejam gerânios, beijos, beijinhos, azaléias, rosas, margaridas, petúnias. As flores não definem status social ou econômico, aparecem nas janelas humildes tanto quanto nos abastados varandões.
    Uma grande água, como diriam os antigos chineses, abraça essa urbanidade faceira de laços feitos por vias que unem os bairros. Bem, unir de verdade não unem, em qualquer capital, bairro é como time para os moradores nativos ou imigrantes antigos.
    Em Porto Alegre não é diferente, difícil é escolher entre tantos bairros charmosos um, apenas um, para viver, especialmente se o vivente é do tipo estrangeiro em qualquer lugar, filho pródigo sem pedigree.
    Floresta não, gritavam os jornais do dia. Crimes hediondos estavam surpreendendo o local conhecido como pacato, um antigo bairro residencial de fácil acesso ao centro. Deixei para lá, Floresta não!
    Mas esse nome tão simpático para um bairro ficou escondido em algum canto do meu cérebro. Estaria eu em processo de auto-sabotagem achando simpático um bairro que de repente virara capa policial dos jornais?
    Definitivamente risquei dos itens de procura o simpático nome Floresta, que pouco freqüentei na década de 1980 para além de uma ou outra peça alternativa no teatro que virou igreja pentecostal.
    Centro? Poluído? Barulhento? Perigoso? Que nada. Perguntei a três amigos que moram no centro e lá estava um dos mais apaixonantes times do coração. Tem o pessoal que só ama lá, às margens do Guaíba, o velho Porto dos Casais, assim não abre mão do Gasômetro, do Parque Marinha do Brasil, segundo eles incomparável ao da Redenção ou ao Parcão.
    Vida no Centro
    Muita vida no Centro. É calmo à noite, pacato à moda antiga com seus casarões, muitos reformados pelos próprios moradores, outros sendo levados na pazinha, já que a manutenção de casarões não é café pequeno para orçamentos domésticos.
    Que jogue a primeira pedra quem nunca sonhou em morar ou abrir um negócio num casarão no coração de Porto Alegre. Como desprezar uma vista para o Guaíba?
    Em direção à Cidade Baixa vida noturna garantida e exceto na Lima e Silva, que ferve noite e dia, as transversais são cheias de calmo charme, apartamentos antigos, amplas salas, frondosos janelões, sobradinhos simpáticos.
    Ali dá para ter sossego de dia e agitação à noite. Aliás, Cidade Baixa e Bom Fim disputam com classe a turma da boemia, que não se faz de rogada e circula pelos dois com sinceridade. Não é bem o caso de vestir camiseta de dois times, mas admirar times campeões seja com a camiseta que for.
    O Bom Fim, como o Partenon, concentra povo da UFRGS e da PUC, o ônibus fácil, direto, é logo ali. O bairro nasce no Parque da Redenção, o mais antigo da cidade, vem dali debaixo, da Cidade Baixa, bem roots, e morre lá no Moinhos, o bairro dos aristocratas da década de 1960 que em termos econômicos, pelo menos, jamais perdeu a majestade, nem quando a nata migrou para Petrópolis e Três Figueiras.
    Pela Ipiranga, tomando cuidado para não cair no Dilúvio, à esquerda o famoso Menino Deus, imortalizado pela música de Caetano. Bem lá em baixo perto da água, a zona Sul, que cerca o Guaíba, a rua Silvério, o Morro Santa Tereza, Ipanema e as chácaras com praias do lago, que aqui todos chamam de rio.
    A natureza lá para baixo sempre foi abundante e nos últimos 30 anos ela avançou pelas ruas da cidade. É raro, bem raro mesmo, encontrar em Porto Alegre alguma rua sem vegetação.
    Curioso nessa paixão dos gaúchos pelo cultivo do verde, que o bairro Jardim Botânico, aos pés de Petrópolis, tenha sido durante tantos anos um bairro humilde e que só agora esteja despertando os olhos do interesse imobiliário.
    Visitei um apartamento com vista para o Jardim Botânico, aquela garantia de eterno verde, e apaixonei-me completamente, mas era pequeno demais para as necessidades dos livros e papelada do meu lar.
    O Jardim Botânico é uma espécie de Baixo Petrópolis, assim como Santa Cecília e nesse quesito, salvo algumas exceções, Porto Alegre não é diferente de muitas outras cidades; destina as áreas medianamente altas como redutos para a população economicamente privilegiada.
    Sim, há diferenças sociais e econômicas como em qualquer cidade brasileira; crimes, disputas, máfias do tráfico, gente agressiva, maus tratos a crianças e animais, altos índices de cesarianas e desmames abruptos, mas nesses dias de muita curtição no meu humilde apartamento com fogão a lenha, na divisa entre o bairro Floresta e o Auxiliadora, estou assim quase alienada dos problemas do mundo; jogo a toalha por alguns dias.
    Que me desculpem as mazelas do mundo, mas preciso ficar na paz, afinal a mocinha do 302, que gosta de cuidar das flores do jardim do prédio, veio em pessoa na minha porta trazer um pedaço de bolo de boas vindas. Achei tão “qualidade de vida da capital”.
    Sinto-me no incrível direito de passear pelas ruas sob a imensidão das tipuanas, tomar uma cerveja no barzinho bacana como uma turista feliz, descabelada e de chinelos de dedo.
    Sinto a sombra das dores da guerra e da tragédia japonesa, me importo bastante com a ameaça de fechamento do curso de obstetrícia da USP, mas o skate me chama e eu voo com a pequena pela cidade que pouco se importa se uma mulher de cabelos brancos andando de skate é bizarra ou não.
    Parabéns para Porto Alegre, que completa nesta semana 239 anos de vida.