Autor: da Redação

  • Buraco na cerca da Felipe Camarão ameaça pedestres

    Por Felipe Bariele
    Rompida em fevereiro, segue sem conserto a cerca que deveria proteger a vida de pedestres na esquina da Rua Felipe Camarão com a avenida Osvaldo Aranha. Nela existem grandes espaços abertos por onde apressados arriscam a vida diariamente. Como no local não há semáforo, a cerca seria a única medida para evitar acidentes.
    – Isso é culpa da pressa. Agente vê o lugar que é mais próximo e acaba se enfiando em qualquer canto – explicou a estudante Elizabeth Vasquez Pereira, 23 anos. Mesmo tendo atravessado em lugar impróprio ela reconhece o perigo – Eu tenho consciência, sim – diz.
    Apesar de imprudências assim acontecerem, a prefeitura demora a resolver o problema. Para comerciantes do local, além da ação do tempo e falta de manutenção, a cerca sofre com vandalismos e batidas de automóveis. Atualmente, em um dos trechos em que a proteção segue de pé, o que a mantém são barbantes amarrados a um poste.

  • A noite do grito!

    Por Shana Torres
    Grito Rock é um festival de bandas independentes agitado em 45 cidades do Brasil que, no dia 27 de fevereiro, aconteceu na praia de Imbé, no litoral dos pampas. Lá, dez bandas pré-selecionadas tiveram a oportunidade de mostrar seu trabalho e vivenciar o espírito roqueiro do dono do Pub Joe’s Rock: Jorge Luis Zinner, mais conhecido como Joe.
    joe-o-dono-do-joes-pub-rock-768x1024
    Desde que nasceu Joe era um adepto do Rock N’Roll e tinha o sonho de criar uma casa noturna voltada a esse estilo musical. Há cinco anos, surgiu a idéia de abrir um bar no litoral que tivesse espaço para bandas se apresentarem. Inicialmente, foi construído um espaço pequeno que, naquela época, não era muito maior que o atual palco da casa. Passada meia década, o pub passou a ter estrutura para abrigar mais de duas mil pessoas.
    O dono da casa disse que procura conhecer o som das bandas, para selecionar quais têm condições de tocar lá. O critério principal para Joe é que a banda tenha “a alma rock”. O empresário defende que o espírito de um roqueiro vai além da dispensa do tratamento de celebridade que é exigido por algumas bandas com nome na praça.
    “Ninguém aqui é melhor do que o outro ou tem tratamento privilegiado. Tem que ser humilde, simples, falar com o pessoal, dar autógrafos, essas coisas. Já chegaram aqui me pedindo toalhas brancas dobradas pro lado direito e eu disse: “Pô cara, tu esqueceu que eu te via bêbado pela noite? E agora tu vens me pedir isso?”, conta Joe.
    Situações como esta poderiam ocorrer com grandes bandas de circuito nacional, mas com os nove grupos independentes que tocaram no festival a falta de humildade e o estrelismo não estiveram presentes. Para Marcelo Fruet, produtor musical e vocalista da banda Fruet & os Cozinheiros, o mainstream ainda está muito atrelado a cena musical, e este é justamente o diferencial do Grito Rock: “O Grito é pra ser mais independente, não o que está no mainstream. Eu sou a favor da popularização, mas ela não deve ser a primeira intenção de uma banda”.
    O mainstream de que Fruet fala é sobre necessidade que muitas bandas do cenário pop têm de fazer música vendável. Como ele mesmo destaca, existe uma ambigüidade na propagação de bandas que não contam com um selo ou produtora na gravação de discos: “Na verdade, de independente elas não têm nada. Elas dependem de todo mundo, da divulgação, de quererem contratar shows, de leis de incentivo e etc.”, afirma Marcelo Fruet.
    Todas as bandas que participaram do Grito Rock se auto-divulgam e algumas até fazem a gravação de seus álbuns em casa, como a banda Fapo e Humanóides, cujo CD foi gravado ao vivo, em um estúdio caseiro “de forma romântica”, como define Fapo, o vocalista.
    Berrando em alto e bom som
    O grito inicial foi dado por volta da meia noite com a banda The Transmission, com influências do The Cure e Sonic Youth. Foi formada em 2003, por Giana Cognato (guitarra e vocais), Steffano Fell (guitarra e vocais), Carol Pinedo (contrabaixo elétrico) e Leticia Rodrigues (bateria). A banda alterna vocais masculinos e femininos, tem guitarras com frases bem trabalhadas e uma abordagem instrumental interessante. Em 2005, The Transmission lançou seu primeiro EP – CD que levava o nome da banda e contava com as melancólicas “Sometimes” e “Take off”. No momento, a banda se concentra na mixagem de seu próximo trabalho, com nome provisório de “Transmission 2”. Seu lançamento é estimado para fevereiro de 2009.
    Na seqüência, a banda de New Metal Audioterapia, formada por Rodrigo Borba (vocais), Henrique Armiche (guitarras), Tiago Pazzin (contrabaixo elétrico) e Ody (bateria), apresentou canções de apelo político e social. O vocalista Rodrigo Borba, com postura semelhante ao Falcão, do grupo O Rappa, e com um perfil musical influenciado pela banda Sepultura, conta, rindo, que já foram chamados de psicopatas por um telespectador de um programa de TV. No entanto, ele não considera o sentido negativo da expressão e diz que queriam mesmo que o público reconhecesse sua “atitude epilética”.
    Na continuação, o grupo Laranja Freak veio com seu toque cítrico. Bem-humorado e sem muita frescura, o vocalista Ricardo Farfisa sincronizou o vocal e a harmonia de um órgão elétrico em canções com fortes influências da cena roqueira da década de 60, como Beatles e Jovem Guarda, hardrock e elementos da psicodelia. A banda produz letras inteligentes e mostram-se perspicazes em seus arranjos.
    Composta por Ricardo Farfisa (vocais, teclados e violões), Evandro Martins (contrabaixo elétrico), Miro Rasolini (bateria), Grazi Rodrigues (vocais) e Alexandre Abreu (guitarras) a Laranja Freak existe desde 1997. Já tocou em diversos estados, gravou dois EP’s, um CD e participou de quatro coletâneas. A banda prepara-se para o lançamento de seu novo álbum, pelo selo Baratos Afins, que trabalha com nomes de peso como Rita Lee, Ratos de Porão, Mutantes, Jorge Maultner, Lanny Gordin e Tom Zé.

    O rock da década de 70 esteve bem representado com Fapo e Os Humanóides que exploraram cada particularidade do Indie Rock com forte pegada de Blues e sonoridade própria, oriunda de instrumentos exóticos. A banda formada por Fapo (vocais, violões, guitarras, weissenborn, ukelele, harmônica e bandolim), um recifense que mora há seis anos na capital gaúcha, Ricardo Ourique (contrabaixo elétrico), Adriano Rocha (bateria) e Fernando Degar (guitarras) recebe influências desde Neil Young até Alceu Valença. A banda tem cinco anos de estrada e gravou um CD com a participação de Marcelo Gross da Cachorro Grande.
    “Misture todos os ingredientes da cozinha” deve ser a ordem principal no entendimento da saborosa refeição que Fruet e os Cozinheiros apresentaram ao público na noite de sexta. Eles são influenciados por diferentes estilos como Jazz, Rock e MPB. As canções criam um clima intimista, com letras que falam de filosofia e amor. A banda já foi comparada a George Benson, ícone do jazz, em Los Angeles, onde tocaram em 2008. O currículo de Fruet inclui trilhas sonoras para cinema e programas de televisão, além da participação com os Cozinheiros no festival SXSW 2008 (South by South West), um dos mais aclamados pela mídia, que ocorre em Austin, no Texas.

    A próxima banda desviou do tom. A Draco utilizou-se de uma esfera agressiva, imitando o rock pesado de Black Sabatah e Metallica e utilizando um visual Kiss style. A banda é composta por Leo James (vocalista e guitarrista), Dani Wilk (guitarras e vocais), Beto Pompeo (contrabaixo elétrico) e Vinicius Rym (bateria).
    Alcaphones, a banda que veio a seguir, tem ótimas letras, presença de palco, hits, interação com o público e um visual marcante. O contrabaixista Júlio “Caldo Velho” sintetiza: “Trouxemos um som dos anos 60 com uma roupagem de 2000!”. Em letras como “Por querer amar demais” fica evidente o toque dançante de Elvis Presley, que com certeza não é de deixar ninguém sentado.
    O rock eletrizante dos anos 90 também se faz presente, como em “Certo ou Errado” e “Lady Rosa”. Com Knak liderando as guitarras, Júlio no contrabaixo elétrico, Carlo na bateria e os vocais de Tiago “Caleb” a banda que já tem três anos de estrada esbanja atitude e energia.
    Contrastando com a banda anterior, a Clan McCloud, com cinco anos de carreira, tem um perfil mais próximo da Legião Urbana, inclusive pelo timbre de voz de Alessandro Torres. As músicas da banda têm um fundo social e influencias das mais diversas. Como afirma o vocalista: “A gente coloca tudo no liquidificador e mistura”. O contraste da tranqüilidade da voz de Alessandro com a virtuosidade do baixista é nítido na formação da banda.
    A banda que fechou o Grito Rock não tinha nada de underground. O grupo Redoma chega a convencer com boas letras, guitarras bem inseridas, linhas de baixo melódicas e voz suave e bem afinada da vocalista, Cassia Segal, que lembra a cantora Pitty. Porém, a banda peca em sua performance caoticamente frenética no palco. Pulos e rebolados desnecessários não casaram a bela voz que acompanhava as canções. O contrabaixista forçou a barra sustentando uma postura de pop star. Redoma tocou no aniversário da rádio Pop Rock, amplamente voltada à transmissão de bandas comerciais. Não fosse por essa última banda, o festival teria acudido o grito desesperado das bandas independentes que buscam seu lugar ao sol.

  • PSOL investiga morte de assessor de Yeda

    As lideranças do PSOL no Rio Grande do Sul convocaram uma entrevista coletiva na quinta-feira para “partilhar informações” sobre a morte de Marcelo Cavalcante, supostamente por suicidio.
    Segundo a deputada federal Luciana Genro, a morte misteriosa do ex-representante do Governo Yeda em Brasília obrigou o PSOL a compartilhar com o público as informações que vinha levantando sobre casos de corrupção do governo gaúcho, dos quais o assessor tinha conhecimento. “São informações graves e importantes. Marcelo estava prestes a ser ouvido sobre o caso do Detran e negociando sua delação premiada, pois quando abrisse seu arquivo ao Ministério Público Federal também se tornaria réu”, explicou a parlamentar.
    Na coletiva, foram apresentados nove dados baseados em provas testemunhais e gravações em vídeo. Luciana, o presidente estadual do PSOL, Roberto Robaina, e o vereador Pedro Ruas contaram aos jornalistas que ouviram dezenas de fontes sobre os esquemas relatados, inclusive Marcelo e o lobista Lair Ferst, mas os três preferiram não revelar quem deu cada informação para preservar as fontes.
    Segundo apuraram os membros do PSOL, os seguintes fatos teriam ocorrido no escritório de Ferst:
    Para a campanha pelo governo do Estado, em 2006, foram entregues R$ 500 mil pela Mac Engenharia. Na reunião, estariam presentes Marcelo, Ferst, Chico Alencar, Aod Cunha, Delson Martini e Carlos Crusius.
    Fumegeiras de Santa Cruz e Venâncio Aires teriam entregue duas parcelas de R$ 200 mil à campanha, na presença de Ferst e Aod, que enfatizaram o fato de que não dariam recibo por ordem da então candidata Yeda Crusius.
    O deputado José Otávio Germano teria doado R$ 400 mil para a campanha a título de “crédito político”, na presença de Marcelo, Ferst e da própria candidata.
    Outro vídeo mostraria toda a formatação da compra da casa da governadora eleita, com a entrega de R$ 400 mil em dinheiro. Estavam presentes Ferst e o corretor Alberti.
    Já empossada, a governadora não teria aceito a distribuição do lucro do esquema no Detran, pois consideraria R$ 100 mil mensais muito pouco. A reunião – única citada sem registro em vídeo – teria tido a presença de Yeda, Ferst, Vaz Neto e Dorneu Maciel.
    A secretária de Yeda, Walna, e Martini teriam feito a distribuição de “mensalinhos”, na presença de Marcelo e Ferst.
    Humberto Busnello entrega R$ 100 mil para Aod, na presença de Ferst.
    Conversa revela que contas particulares de pessoas ligadas ao governo, inclusive Yeda, seriam pagas por agências de publicidade, principalmente a DCS. Ferst e Marcelo aparecem no vídeo.
    Ferst negocia reforma da casa da governadora com a Magna Engenharia.
    Investigações
    A investigação no MPF está sendo coordenada pelo procurador federal Enrico Rodrigues de Freitas. Também participam os procuradores Adriano Haudi, Alexandre Schneider e Ivan Mrx. A juíza é Simone Barbisan.
    A deputada Luciana Genro disse que pedirá ao presidente da Câmara Federal, Michel Temer, que os deputados possam ter acesso aos laudos sobre a morte de Marcelo, para assegurar que o caso seja devidamente investigado. “Independentemente de ter sido assassinato ou suicídio, foi uma morte, e só por isso já merece apuração”.

  • Furto deixa Camelódromo às escuras

    No seu segundo dia de funcionamento, o Centro Popular de Compras sofreu um furto que interrompeu suas atividades por meia hora, na quarta-feira.

    Às 15 horas, muitos lojistas reclamavam da falta de iluminação e alguns já estavam fechando suas bancas, indo embora. Meia hora depois a luz foi restaurada, ainda que parcialmente, pois só os andares superiores voltaram à normalidade.
    Desinformado, o engenheiro Rafael Alves de Oliveira, da Verdi Construções, responsável pelo projeto do CPC, disse que a falta de luz seria conseqüência da manutenção da subestação do local – instalação elétrica que controla a transmissão e distribuição de energia.
    A verdade é que, com apenas dois dias de funcionamento, o Camelódromo tinha sido alvo de um furto, segundo depoimento dos próprios funcionários da empresa Martins e Moura, que trabalhavam na manutenção: “ Foi roubo de fios de cobre”, informou Gilmar Guzenski, responsável pela operação.
    Os ladrões acarretaram prejuízo estimado em R$ 5 mil reais. Não existe nenhum sinal de arrombamento, portanto suspeita-se que os ladrões tenham utilizado uma chave padronizada da empresa CEEE. “Por questões de segurança nos já compramos cadeados para as portas da subestação”

  • Filmagens da guerrilha se despedem da capital

    Por Daiane Menezes

    Cenas gravadas na fazenda do Borghetti na Barra do Ribeiro

    O novo filme do diretor Paulo Nascimento é baseado na história de João Carlos Bona Garcia. Ele ingressou no movimento estudantil influenciado pelos ideais revolucionários de Fidel Castro e Che Guevara.
    Após o golpe militar de 1964, passou a militar no Partido Comunista e foi integrante da VPR – Vanguarda Popular Revolucionária. Participou de um assalto, foi preso e torturado no Departamento de Ordem Política e Social (DOPS), em Porto Alegre. Em 1971, estava na lista dos 70 presos políticos trocados pelo embaixador suíço Giovanni Enrico Bucher.
    As filmagens começaram no Marrocos e na França, com cenas do exílio do protagonista. Do final de janeiro até esta sexta-feira estão sendo feitas as tomadas em Porto Alegre – parque da Redenção, Mercado Público, Belém Novo, Ilha do Presídio.
    A partir de 13 de fevereiro, a equipe passa a filmar no Chile onde encerram as gravações de “Em teu nome”, que é o título do filme. A previsão é que esteja montado no final de maio.
    “É um filme muito diferente do que fiz até agora. Falar de uma pessoa viva é um pouco assustador. Mas a história melhor ainda do que eu imaginava”, conta o diretor.
    O ator gaúcho Leonardo Machado, que faz o protagonista, já havia trabalhado com Nascimento outras vezes, inclusive em “Valsa para Bruno Stein”. “Fiquei felicíssimo, porque normalmente quando surge um bom papel pegam um ator de televisão”, diz ele. Também se diz honrado em fazer o papel de Bona. “A ditadura nos atrasou uns 30 anos, com reflexos até hoje. Por isso, é muito importante falar dessas pessoas, desse período”.
    Leonardo Machado, o protagonista de “Em teu nome”

    O diretor diz que o filme é “uma história de superação”. Tem apenas uma cena de tortura. O orçamento é modesto: R$ 3 milhões, “custo de um filme rodado em Porto Alegre”.
    O clima no set de filmagens é descontraído e familiar. A irmã do personagem é interpretada por Júlia Feldens, afastada das novelas em função do casamento e dos filhos. Ela é sobrinha de Bona Garcia. “Achei que era um jeito especial de voltar, interpretando a minha própria mãe. Cresci ouvindo esta história, faz parte da minha formação”.
    Júlia é gaúcha, foi morar em São Paulo para fazer teatro e alcançou os estúdios da Rede Globo. O filme conta também com participação de Marcos Paulo, Silvia Buarque e Cesar Troncoso (O Banheiro do Papa).
    Em Marrocos foram feitas as cenas de exílio de Boni na Argélia. “A opção por filmar lá foi porque é o único país árabe que não está em guerra. Mesmo assim, fiquei muito tenso. Dizia sempre para a gente andar perto, porque não é brinquedo”, conta Leonardo.
    Cecília sofreu muito por causa da posição da mulher naquela época, assim como Fernanda Moro, que a interpreta no filme a companheira de Boni. Os costumes são diferentes. “A Fernanda estava com uma saia embaixo do joelho e daqui a pouco começou a juntar gente ao redor dela na Medina, que é um tipo de mercado público muito grande”, diz Paulo.
    Lá tiveram em problemas com licença de filmagem o que exigiu até negociação com a polícia. “A gente brinca que depois que passou Marrocos, o filme está pronto. Tudo que podia acontecer de errado lá aconteceu”, conta o diretor.
    A passagem por Paris, onde Bona presidiu o Comitê Brasileiro pela Anistia da cidade foi mais tranqüila. “Mas como éramos poucos, todo mundo fazia tudo, carregava mala, equipamento. Toda a produção foi feita de metrô”, conta o diretor.
    Nos intervalos das filmagens, alguns atores falavam em presentes. “Esse é o momento em que todo mundo dá presente para o montador para não ser tirado de cena”, brinca Paulo.

  • Moradores protestam contra ampliação do aeroporto

    Associação de moradores não concorda com ampliação do Salgado Filho. Entidade vai ao MPF pedir cancelamento de vôos noturnos e medição de ruído antes das obras
    A Associação de Moradores do Jardim Lindóia (AMAL), na Zona Norte de Porto Alegre, comprou uma briga das grandes. Está contra a ampliação do Aeroporto Internacional Salgado Filho, cuja Licença Prévia (LP) foi concedida pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) na terça-feira (04/02).
    Eles se dizem surpreendidos pela concessão da LP, a primeira das três licenças necessárias para a obra sair do papel. O presidente da AMAL, Daniel Kieling, disse estranhar ainda mais a exigência da Fepam para que a Infraero monitore o ruído no Lindóia após a obra estar concluída. “Monitorar o ruído depois de aumentar a pista não evitará transtornos aos mais de 250 mil moradores da Zona Norte da cidade”, afirma.
    O próximo passo dessa batalha será entrar com duas ações no Ministério Público Federal (MPF) já na semana que vem.  Além de requisitar a avaliação do ruído de madrugada por algum órgão independente, vão solicitar o cancelamento de todos os vôos noturnos. Impossível? Kieling considera que não. “Todos os vôos noturnos são de carga e o ruído provocado por eles fere todas normas conhecidas”, afirma.
    A associação encaminhou ontem (05/02) um ofício à Secretaria do Meio Ambiente do Município (SMAM) e a própria Fepam requerendo essa medição.  “Digo mais, como acreditar na Fepam que troca de direção para conceder licença para as reflorestadoras. É fato que ninguém avaliou o ruído e é uma vergonha o que está acontecendo na Fepam, aliás mais uma vergonha pública no Governo do Estado”, afirma.

    Pista terá mais de três quilômetros de comprimento
    A LP autoriza ampliação da pista de pouso e decolagem e de pista de taxiway , onde os aviões maiores manobram até chegar às pontes de embarque, em mais 920 metros de comprimento, contemplando também pavimentação e macrodrenagem.  A pista passaria de 2.280 metros para 3.200 m de extensão e a largura de 42 m para 45 metros.
    Também foi solicitado a Infraero a remoção e reassentamento dos moradores das Vilas Dique e Nazaré, que ficam atrás do aeroporto em direção a avenida Sertório. A remoção das vilas é uma das condições que a Fepam impôs para conceder a Licença de Instalação, que autoriza as obras.
    Na concessão da LP ainda foi exigido que a supressão de vegetação seja feita com autorização da SMAM e que não poderão ser utilizados locais próximos aos recursos hídricos para descarte de bota-foras, além de que a futura execução das obras seja feita com supervisão ambiental, entre outros cuidados previstos pela legislação.
    Para Luiz Fernando Gonzalez, morador do bairro e membro da AMAL,  a obra além de causar transtornos aos moradores da Zona Norte, é injustificável já que servirá para aviões de carga apenas. Ele garante que 90% da carga que chega à Porto Alegre é enviada posteriormente para Passo Fundo e principalmente Caxias do Sul. “Qual a razão de não ampliarem os aeroportos dessas cidades já que a carga que chega aqui vai pra lá”, questiona Gonzalez.
    De acordo com ele, a AMAL inclusive foi procurada nesta semana por uma pessoa que se disse ligada à prefeitura de Passo Fundo interessada em levar o empreendimento pra lá. “Ele não quis se identificar mas se mostrou solidário com nossa causa”, diz.
    Prova de motor
    Conforme um mecânico de uma companhia aérea, identificado como “Marcos”, os moradores do Lindóia estão exagerando.  Segundo ele, os cargueiros, apesar de maiores, são mais modernos do que a maioria das aeronaves que chegam em Porto Alegre, como os 727, pequeninos e barulhentos.
    Marcos explica que barulho de verdade é o da prova de motor que é feito com o avião no chão e que chega a durar uma hora. “O ruído das aeronaves pousando ou decolando não é o problema, isso não vai piorar com certeza”, diz ele. As provas de motor não podem ser feitas entre as 22h e 7h.
    A razão para a ampliação da pista é meramente econômica. Hoje um cargueiro Boeing 747, por exemplo, tem que fazer duas viagens porque não consegue pousar com sua capacidade a pleno. “Esses aviões vão e voltam sempre com carga pela metade, e isso obviamente custa caro”, afirma.
    Kieling destaca que a associação já requisitou formalmente em duas Audiências Públicas que essa prova de motor seja realizada numa outra área, num terreno próximo ao Hipermercado Big, na Sertório.
    Esse pedido, no entanto, dificilmente será atendido, já que o então secretário de Planejamento, José Fortunati, descartou a hipótese por acreditar que “jamais passaria pelo Estudo de Impacto de Vizinhança. Mesmo assim, os moradores prometem insistir na idéia. Hoje a prova de motor funciona na Varig Engenharia e Manutençao (VEM), antiga subsidiária da Varig e numa área mais distante do Lindóia.
    O presidente da AMAL contesta a modernidade dos cargueiros que pousam no Salgado Filho. Cita um 707 da Skymaster Airlines com suas quatro turbinas de turbo jato ainda da década de 1970.

  • Jornal Já oferece segunda oficina de reportagem e fotojornalismo

    Duração: de 4 de fevereiro a 2 de março.
    Supervisão: Elmar Bones, Renan Antunes de Oliveira e Daiane Menezes.
    Em duas turmas: manhã, das 9 às 13.
    tarde, das 14 às 18.
    Custo: R$ 60,00 com certificado de 60 horas de oficina.
    Os textos e fotos da oficina serão publicados no Jornal Já.
    A oficina vai reproduzir o dia a dia de uma redação. Terá reunião de pauta, produção de reportagens de rua, análise critica do conteúdo e edição.
    Fotojornalismo: teoria e prática.
    Inscrições: daiane@jornalja.com.br / fone 33307272.
    Onde: Jornal Já – Rua Augusto Pestana, 133 (em frente ao HPS).
    Público-alvo: estudantes e recém-formados.

  • Justiça impede inauguração do Camelódromo

    Por Pedro Lauxen
    Uma ação civil pública impetrada pelo Ministério Público do RS impediu que o Camelódromo fosse inaugurado nesta segunda-feira, 26, como estava previsto. A medida do MP prevê que a prefeitura só possa inaugurar o empreendimento após obter a carta de habitação – o Habite-se – e a licensa do Corpo de bombeiros. Como a justiça acatou o pedido e os documentos necessários ainda não foram expedidos, fica adiada por tempo indeterminado a abertura do Centro Popular de compras aos consumidores.
    O Corpo de Bombeiros fez uma vistoria na tarde de domingo e detectou alguns problemas estrururais, como a existência de um degrau na saída de emergência. Além disso, a corporação recomendou a instalação de válvulas de gás. Somente depois de cumprir as exigências, o camelódromo ganhará o alvará dos bombeiros.
    Erguida sobre o terminal Rui Barbosa, a construção abrigará 800 lojas alugadas pelos comerciantes populares que hoje ocupam vários pontos do centro da capital.

    Espaços vão ganhando identidade.

    Projetada para retirar das ruas os vendedores informais, a obra conta com três pavimentos, incluindo o terminal de ônibus totalmente remodelado. No segundo andar, as bancas dos antigos camelôs e a praça de alimentação. O terceiro piso está reservado para o estacionamento para 216 veículos e um restaurante com vista para o Lago Guaíba.
    Praça de alimentação já está em fase de

    ÚLTIMOS DETALHES
    Os proprietários fazem os últimos retoques nos seus espaços, na expectativa pelo início do trabalho no novo endereço. Leonel Dobre Costa, 53 anos, está ultimando os detalhes da sua banca de artigos religiosos. Artesão como a esposa Lolita e os três filhos, Costa vai se mudar da frente da Rodoviária – aonde vendia seus trabalhos há oito anos – para o camelódromo. Nos últimos dias, está dividido entre as vendas no antigo ponto e os ajustes no estabelecimento quase pronto. Pega o ônibus em alvorada às 6h, desembarca em POA uma hora depois e começa o rodízio entre os negócios, a marcenaria e a pintura. Entre uma pincelada e outra nas prateleiras da loja 564, ele se mostra entusiasmado com a novidade. “Somos privilegiados. Pra mim essa é a plataforma do progresso”, define.
    Leonel faz os últimos retoques na loja

    Na área da alimentação, Vilson José da Silveira também está ansioso. Morador do bairro Floresta, ele tinha uma lanchonete no terminal Mauá e se sentiu traído quando recebeu a informação de que deveria desocupar o local e alugar um lugar no novo prédio. “O espaço era bem maior e eu tinha licença por dez anos. Completados sete tive que sair”. Mesmo tendo que investir R$10 mil para equipar sua banca e pagar mais R$2 mil de aluguel (fora da praça de alimentação o valor cai para R$500), Silveira já está se acostumando com a idéia. “Estou apostando tudo aqui, tenho boas expectativas. O lugar é organizado, tem segurança”, explicou.
    Vilson iniciou as atividades mais cedo

    NOVA REALIDADE
    Coordenador da Comissão dos vendedores da Praça XY, José Montaury e Vigário José Inácio, que será dissolvida após a inauguração do Camelódromo, Alfonso Linberger acompanhou todos os detalhes do projeto. É provavelmente a pessoa que mais conhece o local e suas particularidades. Por isso, é também mais requisitado. “Alfonso, quando vai inaugurar?” é a pergunta mais escutada por Linberguer nos últimos dias. Nem mesmo ele, que tem trânsito livre na Smic, é capaz de respondê-la.
    Voto vencido na época da votação da proposta, Linberger decidiu que seu papel seria ajudar os companheiros na transição. “Assimilei a derrota e resolvi colaborar no processo todo. O pessoal tem que se adaptar a essa realidade diferente. Não teremos mais o consumidor eventual, agora vai funcionar diferente e todos precisam entender isso”, frisou.
    FUTURO DO CENTRO
    Após a inauguração do CPC, fica proibido todo e qualquer comércio de rua no centro da cidade. Para o secretário da Smic, Idenir Cecchin, a medida vai funcionar porque haverá fiscalização rígida. “Não vai ter. Se alguém teimar vai perder a mercadoria e pagar multa.”, disse. Além disso, acredita que próprios donos de bancas no camelódromo devem colaborar neste sentido. “Eles serão nossos aliados, pois também não querem ninguém na rua”.

  • AVENTURA: Passat 86 vai e volta da Patagônia

    Por Daiane Menezes
    P
    ode ser difícil arrumar um companheiro. Dar certo se ambos vêm com o pacotinho completo, ainda mais. Agora, imagine o quase impossível que é botar quatro integrantes de uma família recém formada rodando por 21 dias dentro de um Passat ano 1986.
    A idéia era sair de Porto Alegre e chegar até a Patagônia argentina, durante as festas de final de ano. Parece uma missão impossível? Carlos Stein, 48 anos, sua filha Marina, de sete, Naida Menezes, 40 anos, e seu filho Thales, de 13, encararam tal viagem – no tal Passatão.
    O destino era o Estreito de Magalhães. A grana disponível estava contada. A mochila virou armário, uma bandeja, a mesa em que preparavam parte das refeições. Na segunda semana, Marina perguntou: “Por que o almoço tem que ser sempre sanduíche?”. A resposta à enteada foi: “Está vendo algum fogão por aqui? (risos)”.
    Pneu furado
    O Passat, ao final da viagem, depois de várias manhas que fizeram a expedição ter outros rumos ou ritmos, do pneu furado a uma peça que não existia em lugar algum para ser trocada, virou quase um ser humano. “Agora ele está lá, descansando”, diz Carlos.
    A família saiu da capital gaúcha, cruzou o Uruguai e chegou em Buenos Aires de Buquebus, navio que faz transporte de passageiros e carros de Montevidéu até a capital argentina. A ceia de Natal começou mais cedo porque as cerejas, pêssegos e peras destinadas ao jantar não passaram no controle fitossanitário da entrada da Patagônia. Como a regra era não desperdiçar, viraram lanche da tarde.
    Na Argentina, desceram pela Ruta 3. Entre Bahía Blanca e Viedma está o Rio Colorado. Abaixo dele, está a Patagônia. Marina ficou encantada ao ver milhares de pingüins reunidos em Punta Tombo. Neste parque, onde em cada arbusto mora uma família de pingüins, a temperatura alcançava 40 graus. Para chocar seus ovos, eles procuram o calor. Passando Comodoro Rivadavia, o barulho dos ventos nas bombonas de água e gasolina que estavam no teto era tão forte que pararam em uma borracharia achando que o carro estava com problema nos rolamentos.

    Em Punta Tombos, uma família de pingüim embaixo de casa arbusto | Foto: Carlos Stein
    Em Punta Tombos, uma família de pingüim embaixo de casa arbusto | Foto: Carlos Stein

    Cada vez mais ao Sul do Sul, no Estreito de Magalhães, o Passat ficou com as duas portas amassadas pelo vento. Além disso, o carro, estacionado em um lugar plano, mas sem o freio de mão puxado, foi deslocado. Nesta região, não se vêem casas em cima dos morros, como seria natural para procurar a melhor vista, mas nas baixadas para se proteger da ventania.
    Subindo pela Ruta 40, Naida ficou admirada com o Glaciar Perito Moreno. Do mirante em que estavam enxergavam um paredão de gelo de 60m de altura com quase 2,5km de largura. Em El Calafate, a família comeu a fruta de um arbusto espinhoso que tem o mesmo nome do local. Há uma superstição que diz que todos aqueles que comem calafate, retornam. Carlos comeu na primeira vez que foi. Este ano, lá estava ele de volta.
    Glaciar Perito Moreno, um paredão de gelo de 60m de altura com quase 2,5km de largura | Foto: Carlos Stein
    Glaciar Perito Moreno, um paredão de gelo de 60m de altura com quase 2,5km de largura | Foto: Carlos Stein

    Thales se impressionou com a imensidão dos Andes, no mirante que dá para o Monte Fritz Roy. Passaram o Ano Novo em El Chaltén. O albergue em que estavam tinha turistas de vários lugares, entre eles, espanhóis, alemães, italianos. Cada grupo comemorou segundo o horário do seu país, ou seja, a virada foi festejada muitas vezes. A ceia contava com frutas, bolos e vinho, nada de banquetes. Mas o que não teve preço foi aquela torre de babel cantando junto “I will survive”. Pelo menos a família em questão sobreviveu.
    A opção preferencial por albergues se deu porque, além de ser mais barato, têm cozinha para fazer almoço. Há outras possibilidades de hospedagem mais em conta, como residencial, hostel, hostal e albergo. Só cuidado para não pedir para dormir em um “Residencial dos Abuelos”, pois pode tratar-se de casa geriátrica. Não ter lugar reservado para dormir dá liberdade, mas pode trazer alguns inconvenientes. Marina, por exemplo, às vezes dormia antes de terem conseguido encontrar um local para pernoitar.
    O plano era ir até o Vulcão Lanin, mas a rota teve que ser mudada por causa da outra bucha de suspensão do carro que estragou. Em Bariloche conseguiram improvisar uma solução. Apesar deste contratempo, Carlos realizou um sonho ao cruzar com o Rally Dakar, em Neuquén, sem que nada disso fosse planejado. Desfilaram junto com as motos, triciclos, quadriciclos, side-cars, carros e caminhões. Marina abanava para todo mundo. “Nunca achei que eu ia me divertir tanto”, disse ela.
    O Passat tentando competir com um super caminhão que participou do Rally Dakar. As portas foram amassadas pelo vento do Estreito de Magalhães | Foto: Carlos Stein
    O Passat tentando competir com um super caminhão que participou do Rally Dakar. As portas foram amassadas pelo vento do Estreito de Magalhães | Foto: Carlos Stein

    Como férias para crianças e adolescentes sem água não é férias, perto de Bariloche fizeram uma das tantas paradas para um banho. Esta foi no Lago Mascardi, formado por água de degelo.
    A lição número 1 para a gurizada foi a gentileza. Sem ela, não se resiste a uma média de 470km diários com tanta diferença de idade no banco de trás de um carro sem mordomias. A palavra foi onipresente nas conversas durante a viagem, tanto usada positivamente como ironicamente: “Deixa eu guardar essas coisas na tua mochila?”, pergunta Thales. “Não!”, responde Marina. Ele retruca: “Quanta gentileza…”. Ou então: “Pode escolher a cama”, diz ela. “Que gentileza!”, responde ele.
    20090104_150740
    Thales e Marina aproveitando o Lago Mascardi, com picos nevados da Cordilheira dos Andes ao fundo | Foto: Carlos Stein

    Para entreter a gurizada durante tantos quilômetros, músicas animadas, desenhos, jogos de “stop” (lembram disso? aquele que só precisa de um papel e uma caneta, uma letra é escolhida e temos que completar uma série de categorias com coisas que comecem com tal letra), e uma adaptação do jogo Imagem e Ação.
    Quem se interessar por fazer o mesmo roteiro, deve planejar a viagem com mais dias, dizem os aventureiros. Viajar com mais carros junto pode diminuir bastante o estresse. Levar barraca também pode ser uma boa idéia, já que há vários locais para acampamento no caminho e diminui o custo da viagem. Fora isso, atenção nas placas, uma caixa de ferramentas completa e bastante sorte para que não dê problema no carro em uma estrada de chão deserta, às 23h, também ajudam.
    Percurso realizado, saindo de Porto Alegre, passando pelo Uruguai e dando a volta na Patagônia
    Percurso realizado, saindo de Porto Alegre, passando pelo Uruguai e dando a volta na Patagônia

    As vantagens de fazer esse tipo de viagem com um Passat velho? “Não houve nenhum problema que eu não pudesse dar pelo menos uma tapeada para seguir viagem. Numa outra ocasião em que rodei com amigos quase a mesma distância com seis Land Rovers, cinco quebraram”, conta Carlos.
    Além disso, não sofremos achaque da polícia argentina. Já nesta viagem anterior, com carros 4×4, em todos os postos policiais tinham que desembolsar alguma coisa. Tampouco passaram por rígida inspeção. Esqueceram do kit de primeiros socorros, mas isso nem foi exigido nos postos de fiscalização.
    Os pais de Marina e Thales acreditam que depois dessa viagem, eles devem conseguir resolver qualquer problema mais facilmente, além de melhorar o desempenho nas aulas de geografia.

  • Chananeco – Da Lenda para a História

    Chananeco – Da Lenda para a História
    Autor: Cesar Pires Machado
    O historiador parte de um mito quase folclórico da história oral da Campanha gaúcha e conta quem foi Vasco Antonio da Fontoura Chananeco. Micro-história para deleite dos estudiosos das guerras sulinas. Com ilustrações e mapas da época.
    2008, 224 páginas, 14 x 21 cm, 285 gr
    ISBN: 978-85-87270-31-3
    R$ 30,00
    Para comprar direto da editora:
    Deposite o valor correspondente e comunique o depósito por e-mail para jornaljaeditora@gmail.com
    Dados bancários: CEF – agência 0435 – operação 003 – Conta 3744-3
    Lembre-se de enviar o nome e endereço completo para remessa do(s) livro(s) e um telefone para contato. Ou ligue para a editora: (51) 3330-7272