Autor: Higino Barros

  • Independência de artistas preserva a sexagenária procissão da Semana Santa no Morro da Cruz

    Primeiro foram os festejos no Gasômetro no final de ano. Depois, o desfile oficial das Escolas de Samba. Agora, chegou a vez da tradicional Procissão da Semana Santa, no Morro da Cruz. Essa é a cronologia de eventos cancelados pela Prefeitura de Porto Alegre. Eles tinham suas despesas bancadas pelo município e na administração do prefeito Marchezan Júnior, do PSDB, esse dinheiro foi destinado à outras áreas.
    O responsável pela encenação da cerimônia religiosa, o diretor Camilo de Lélis, preferiu não dar entrevista sobre a decisão da Secretaria Municipal da Cultura, que  acabou voltando atrás na decisão, endereçando à redação do JÁ, o texto abaixo:
    “ESCLARECIMENTO sobre o formato do evento em 2018”
    Esse ano não haverá a contratação de artistas consagrados de POA, que trabalham há mais de 20 anos nesse evento. Porém a 59 Via Sacra de Porto Alegre será realizada. Num trato de cavalheiros, entre o Secretário da Cultura do Município, Luciano Alabarse, e o diretor artístico do evento há 24 anos, Camilo de Lélis, acertou-se que a SMC entrará com apenas um palco, para a cena da crucificação, no alto do Morro da Cruz, e não haverá outros 4 palcos, nos quais a vida pública, sermões, milagres, tentações e os julgamentos de Cristo eram representados.
    Sem receber cachê para isso, Camilo de Lélis, com alguns colegas da Cia. Face & Carretos, coordenará o movimento dos atores amadores, que irão representar os soldados romanos e os apóstolos de Jesus (Aldacir Oliboni), subindo o morro com a população de fiéis e turistas, na histórica procissão, que se espera contará com sua apresentação completa em 2019″.
    SERVIÇO
    Paixão de Cristo

    Sexta-feira Santa – Início, 15h;
    Local: Morro da Cruz – Bairro Partenon. Na Rua Vidal de Negreiros, 550, esquina rua 1º de Março – Santuário São José do Murialdo.
    Programação:
    15h – Mensagem da Paixão  Santuário São José de Murialdo
    15h30 – Bênção da Macela e início da encenação
    16h30 – Procissão – início da caminhada pela rua Santo Alfredo
    18h – Crucificação/ressurreição – Alto do Morro.
    Trajeto– A procissão parte da rua Vidal de Negreiros, esquina com 1º de Março, segue pela 1º de Março até a rua Santo Alfredo, vira à direita seguindo pelo Santo Alfredo até o topo do morro.
    Trânsito – No dia do evento, a rua Vidal de Negreiros ficará bloqueada da rua Saldanha da Gama para cima (primeira quadra a partir da avenida Bento Gonçalves) e a linha 344 – Santa Maria – a partir das 7h circula no sentido Centro-bairro pela rua Martins de Lima e, no sentido bairro-Centro, pelas ruas Clemente Pereira e Martins de Lima. A rua Santo Alfredo fica bloqueada a partir da Rua 1º de Março para cima.

    Transporte – Ônibus Santa Maria – Linha 344 – ponto final Centro, na avenida Salgado Filho, 122.
    Outras linhas de ônibus e lotação via Bento Gonçalves – descer na Estação Cristiano Fischer. Mais opções de transporte para a região: T-9 – ponto final na rua Albion, em frente à Carris. T-2, T-4 e T-11 passam pela confluência da avenida Bento Gonçalves/Aparício Borges/Salvador França.
  • Camerata Florianópolis mostra seu lado rock no Araújo Vianna, dia 15 de abril

    O Espetáculo Rock’n Camerata chega à cidade que sempre gostou da mistura de rock com arranjos sinfônicos. O projeto catarinense que já lotou teatros em vários estados e cativou público para os concertos ao ar livre, será mostrado em Porto Alegre no dia 15 de abril, no Auditório Araújo Vianna, a partir das 18h.

    No repertório grandes sucessos do Led Zeppelin, Queen, Black Sabbath, Rolling Stones, Mettalica, AC/DC, Deep Purple, e até arranjos de temas da música clássica e opera com a Sinfonia 9 de Beethoven e Cosi fan tutte de Mozart.

    O Rock’n Camerata é um projeto desenvolvido pela orquestra Camerata Florianópolis durante os últimos 10 anos, e presta uma homenagem ao mais planetário dos gêneros musicais: o rock.

    O concerto conta com a participação da banda de rock Brasil Papaya Instrumental e os vocalistas Daniel Galvão, Rodrigo Gnomo Mattos e a cantora de ópera Carla Domingues. A regência fica por conta do maestro Jeferson Della Rocca e os arranjos especiais criados para cada música, são do experiente compositor e pianista Alberto Heller.

     A Camerata Florianópolis foi destaque quando participou do Rock in Rio 2015, onde se apresentou com a lenda da guitarra Steve Vai, um dos melhores guitarristas do planeta. Desde 2001, a orquestra vem desenvolvendo um programa de aproximação da música clássica com diversos outros gêneros, porque defende um conceito amplo acerca do conceito de música erudita. “Existe apenas a música bem ou mal elaborada, então a mesma pode existir em qualquer gênero musical, inclusive nos ritmos populares”, explica o maestro Jeferson Della Rocca. A última vez que a orquestra se apresentou em Porto Alegre foi em 2017, ao lado do cantor Lenine.

    Rompendo mito

    A orquestra busca romper o mito de que o músico erudito não “se mistura”, que é arrogante ou que não está aberto a também experimentar o novo. “Se a música africana influenciou a música brasileira, a árabe a espanhola, a espanhola a de países da América, o blues e jazz composições de clássicos como Gershwin e Dvorak, porque não continuar se entregando a misturas. Certamente o resultado sempre será positivo e não existe o risco da música de cada qual deixar de existir, mas certamente o saldo da arte estar promovendo a união das pessoas de diferentes preferências é extremamente bem vindo”, complementa o maestro.

    A junção da orquestra com a banda conta com arranjos elaborados com a intenção de não reduzir nenhum dos sujeitos em relação ao outro. A busca minimamente desejável é que a soma dos elementos de ambos os gêneros, possa produzir algo novo, uma música erudita, de forma a influenciar o gosto musical do público que assistir ao espetáculo, quebrando mitos e derrubando barreiras.

    Os ingressos estão sendo vendidos pelo site IngressoRápido, com preços populares que vão de 10,00 a 50,00 reais. O DVD e Blu-ray do espetáculo estará sendo comercializado no local do evento. A produção do espetáculo é de Maria Elita Pereira.

    FICHA TÉCNICA

    ROCK’N CAMERATA

    Maestro: Jeferson Della Rocca

    Banda: Eduardo Pimentel e Renato Pimentel (guitarras) / Baba Junior (baixo elétrico) / Rodrigo Paiva (bateria), / Marcio Bicaco (Percussão) Alberto Heller (teclado)

    Vocalistas: Daniel Galvão, Carla Domingues e Rodrigo Gnomo Matos

    Arranjos: Alberto Heller

    Produção: Maria Elita Pereira

    Realização: Camerata Florianópolis

    SERVIÇO

    ROCK’N CAMERATA

    Quando: 15 de Abril de 2018;

    Hora: 18hr;

    Onde: Auditório Araújo Vianna – Avenida Osvaldo Aranha, 685 – Parque Farroupilha – Bairro Bom Fim – Porto Alegre/RS;

    Duração: 100 minutos;

    Classificação: Livre.

    Ingressos:

    Plateia Alta Lateral: 20,00

    Plateia Alta Central: 30,00

    Plateia Baixa Lateral: 20,00

    Plateia Baixa Central: 40,00

    Plateia Gold: 50,00

    Venda online: www.ingressorapido.com.br

    Programa:

    1 – Sinfonia 9- Mov. 4 – Ludvig van Beethoven

    2- Don’t Stop Believing – Journey

    3 – Bohemian Rhapsody – Queen

    4 – Smoke on the Water – Deep Purple

    5 – Stairway to Heaven  – Led Zeppelin

    6 – Have You Ever Seen The Rain – Creedence

    7 – Aria da Opera “O Rapto no Serralho” – Wolfgang Amadeus Mozart

    8 –  Heaven and Hell Black Sabbath

    9 – Stargazer  – Rainbow

    10 – O Voo do Besouro   – Rimsky Korsakov

    11 – Mr. Crowley – Ozzy Osborne

    12 – Satisfaction / Aria Rainha da Noite – The Rolling Stones / Mozart

    13 – Sweet Child O’mine – Guns’n Roses

    14 – Enter Sandman – Methalica

    15 – Phantom of Opera – Nightwish

    16 – Highway to Hell – AC/DC

  • Livro "Terramarear" e conversa com Maristela Salvatori são atrações do Margs

    O Núcleo Educativo do Margs promove o encontro Conversas com Artistas e o lançamento do livro “Terramarear”,  dia 6 de março, às 17h, no auditório do museu. O evento terá como participantes a artista Maristela Salvatori e Icleia Cattani, como debatedora.
    O evento dialoga com a mostra, com curadoria da historiadora e crítica de arte Paula Ramos. Está em cartaz na Pinacoteca do Margs desde dezembro e fica até 11 de março de 2018, com entrada gratuita. A exposição apresenta uma antologia da artista, reunindo obras produzidas ao longo dos últimos 30 anos de carreira.
    Entre os trabalhos mais recentes de Maristela Salvatori (Porto Alegre, RS, 1960), estão curiosas montagens fotográficas em impressão digital. Para os que acompanham a poética da artista, essas obras podem gerar surpresa. Afinal, Maristela é reconhecida por sua pesquisa calcada nos processos da gravura, sobretudo da gravura em metal, e o que temos são fotografias justapostas, formando uma estrutura de grade.

    Branco das possibilidades
    Segundo o material de divulgação, “despretensiosos, esses trabalhos, desenvolvidos ao longo de 2012, apresentam temas e elementos que pautam a poética de Maristela, a saber: perspectivas acentuadas, fragmentos arquitetônicos, postes, luminárias e paredões evidenciando os cruzamentos de linhas e planos no espaço; eles também destacam as etapas de edição e de montagem, caras à artista, e são resultado de um processo de impressão, embora digital. Por fim, eles nos convidam a imaginar o que poderia estar no módulo em branco, invariavelmente centro das composições. A observação da obra da artista nos sugere que o branco das possibilidades, em sua posição nuclear, poderia estar reservado a uma imagem gravada; afinal, em trabalhos ligeiramente anteriores, Maristela fez o procedimento contrário: os módulos eram em monotipia e, em determinado ponto, inseriu uma imagem fotográfica, direcionando para a matriz de seu processo.”
    Fotografia e gravura andam juntas na mostra Terramarear, antologia que apresenta cerca de 120 trabalhos desenvolvidos ao longo dos últimos 30 anos. Das gravuras em metal dos anos 1980, pautadas em fotografias de familiares e amigos em momentos de lazer no litoral; passando pela série Viagem de rio (1993), decorrente de um percurso de 10 dias, em uma chata, ao longo do rio São Francisco; chegando às cenas de hangares, cais, construções monumentais, silenciosas e abandonadas em cidades visitadas pela artista. Num diálogo com a paisagem, natural ou construída, figuras humanas foram retiradas, ruídos urbanos, excluídos, permanecendo a arquitetura, com seus planos, linhas, levezas e pesos no espaço.
    Maristela Salvatori atualmente coordena a galeria da Pinacoteca Barão de Santo Ângelo. Artista residente, por dois anos, na Cité Internacionale des Arts, anexo Montmartre, Paris, por ocasião de seu doutoramento em Arts et Sciences de Art, na Université Paris 1 , Panthéon – Sorbonne. Artist’s in Residence, por sete períodos, no Centro Frans Masereel, Kasterlee Bélgica. Pós-doutorado, estágio Senior CA , na Université Laval, Canadá . Líder do Grupo de Pesquisa Expressões do Múltiplo UFRGS/CNPq e Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq.
    SERVIÇO
    Conversas com Artistas e lançamento do livro TERRAMAREAR – Maristela Salvatori
    Participação de Maristela Salvatori e Icleia Cattani
    Quando
    6 de março de 2018, às 17h
    Visitação da exposição desde 20 de dezembro de 2017 até 11 de março de 2018
    Terças a domingos, das 10h às 19h

  • No Mês da Mulher, Chapéu Acústico está de volta, só com vozes femininas

    Higino Barros
    No Mês Internacional da Mulher, março, o projeto Chapéu Acústico, realizado às terças-feiras, às 19 horas, no Salão Mourisco da Biblioteca Pública Estadual, marca seu retorno, com uma programação especial, só com cantoras. Paralelo ao evento musical, no mesmo local, haverá também a exposição” Diversas e Controversas” da artista plástica Graça Craidy.
    O Chapéu Acústico foi o projeto musical mais bem sucedido em 2017, num cenário que está aquecido em Porto Alegre: a cena da música instrumental ou com voz. A capital gaúcha tem na atualidade cerca de dez casas noturnas com música ao vivo de qualidade, feita por artistas locais, que se não têm a visibilidade merecida na grande mídia, compensa isso com a existência de um público fiel, antenado e diversificado. O Chapéu se diferencia por ser realizado em local público, num horário acessível e conta com um público médio de 60 pessoas, considerado bom pelos seus produtores já que a sala comporta cerca de 66 pessoas.
    Segundo seu idealizador e curador, Marcos Monteiro, o Chapéu foi pensado debaixo do chuveiro. Tomando banho ele se deu conta da enormidade de músicos talentosos que vivem na cidade e que se provocados topariam a ideia do projeto. Apresentação sem cachê fixo, com pagamento espontâneo do público, fruto do que se arrecada na passagem de um chapéu pelo público.
    Acústica diferenciada
    “Houve apresentação que rendeu 100 reais, teve outra que rendeu 1.500. O dinheiro arrecadado fica todo para os artistas. Mas a relação artista e público foi tão gratificante para os dois lados, que o projeto foi se consolidando com o tempo”, analisa Monteiro.
    Parte do sucesso é atribuído por Monteiro  ao local onde ele se realiza. O Salão Mourisco da Biblioteca Municipal, um salão com acústica diferenciada e que guarda parte da história arquitetônica e decorativa da Biblioteca. “Para isso houve a parceria e o entusiasmo da Morgana Marcon, diretora da instituição. Ela é do tipo da pessoa que faz. Não fica esperando que venha recursos oficiais, patrocinadores e coisas assim que movem a maioria das entidades culturais públicas. O que dá para realizar e depender dela, a coisa acontece. Daí um dos segredos do projeto”, discorre Marcos Monteiro.
    O projeto já está com programação agendada até outubro e pretende celebrar seu primeiro ano de existência com uma apresentação da banda Big Brothers, formado por 21 instrumentistas da capital, que tocou na primeira edição e volta como destaque do projeto.
    “Vamos abrir nossa programação homenageando as mulheres durante todo o mês, com uma cantora da qualidade da Anaadi, e teremos o talento da Valéria como um dos diferenciais do projeto. Mas o resto da programação é todo pensado na qualidade dos nossos artistas”, conclui Monteiro.
     A programação feminina
    A agenda abre nesta sexta-feira (2), com Anaadi, novo nome artístico de Ana Lonardi, com o show ‘Noturno’. Em clima de encontro íntimo, a cantora, que se destacou no programa The Voice Brasil, apresentará canções que começam a cativar ouvidos pelo Brasil, como ‘Sexyantagonista’ e ‘É Fake (Homem Barato)’, com temática feminista e bem-humorada. Com nuances soul, afro, jazz e samba, o show é uma viagem musical pelo universo da noite, da sensualidade e do romantismo daqueles que sabem aproveitar os prazeres da vida urbana. No repertório, além das canções do disco ‘Noturno’, algumas do próximo trabalho, ‘Iluminar’, como ‘Não Se Proteja da Felicidade’ e ‘Maria Bonita’.
    Valéria
    Os demais shows serão às terças-feiras, começando no dia 6 de março por Valéria, novo nome artístico de Valéria Houston. No show ‘Feminino’, ela estará acompanhada por seu parceiro de longa data, o violonista Rafael Erê, para interpretar um repertório eminentemente feminino, com destaque para composições e intérpretes que a influenciaram, inclusive autores e intérpretes trans.
    Elisa
    Dia 13 de março é a vez de Elisa Meneghetti apresentar sua mistura de psicodelia tropicalista, mesclada ao funk americano, reggae e ao bom e velho rock’n’roll, acompanhada de Andrei Correa (guitarra), Duda Cunha (bateria) e Filipe Narcizo (contrabaixo).
    Lila
    Em ‘Não Me Espanto’, no dia 20 de março, Lila Borges apresenta músicas autorais, algumas inéditas e outras já divulgadas na internet. A cantora e compositora tocará violão e cavaquinho, no show costurado por histórias bem humoradas, em um bate-papo informal e divertido, com o acompanhamento de Liane Schuler (voz, violão e cavaquinho) e Letícia Uzun (voz e percussão).
    Danny
    O encerramento será no dia 27 de março, com ‘Quintais do Mundo’, mais recente trabalho de Danny Calixto, que transita pelo samba, chamamé, chacarera, samba funk e ijexá. A artista apresenta canções solo e em parceria com autores da Região Sul do Brasil, acompanhada de Handyer Borba (teclado), Térence Veras (contrabaixo) e Giovanni Berti (percussão).
    Valéria, a homenageada

    Valéria participa do Chapéu Acústico pela segunda vez /Divulgação

    Valéria nasceu Rodrigo Samuel Barcellos, em 1979, em Santo Ângelo, em homenagem ao capitão Rodrigo Cambará, da obra ‘O Tempo e o Vento’, de Erico Verissimo. Cantou pela primeira vez aos seis anos, na escola, onde conquistou seu primeiro título. Desde então, esteve envolvida com a música. Ainda no interior, foi convidada a integrar a Banda Balança Brasil, que percorria o estado tocando em bailes. Em 2000, radicou-se em Porto Alegre e foi, aos poucos, sedimentando a sua carreira. Dois anos depois, participou do programa de talentos ‘Astros’, do SBT, sendo semifinalista e ganhando notoriedade nacional.
    Cantou o Hino Nacional para autoridades do alto escalão da Presidência da República e apresentou-se no teatro mais importante do RS, o Theatro São Pedro. Ainda em 2012, venceu a edição gaúcha do Festival da Canção Francesa e foi cantar em Paris. Regularmente é convidada para shows e eventos em Montevidéu, no Uruguai, onde tem público cativo. Estrela da Festa Galeria In, do Galeria Café, em Ipanema (Rio de Janeiro), onde se apresenta desde 2016, já convidou para participação nos seus shows nomes como Maria Gadú, Simone Mazzer, Filipe Catto, Laila Garin, Nanda Costa, Patrica Mellodi, Zéu Britto, Cláudio Lins, Lucio Mauro Filho e Silvero Pereira.
    As apresentações acontecem a partir das 19h, no Salão Mourisco da BPE RS (Riachuelo, 1190, esquina com General Câmara). Contribuição espontânea.
    Exposição ‘Diversas e Controversas’, de Graça Craidy
    De 1º a 31 de março, no Salão Mourisco da BPE RS. Visitação de segundas a sextas-feiras, das 9h às 19h, e sábados, das 14h às 19h. Entrada franca.
     
     
     
     

  • Funcionários pressionam e deputados não votam projetos sobre o IPE

    Professores, funcionários e representantes de outras categorias do funcionalismo do Estado realizaram vigília, na Praça da Matriz, nesta terça-feira.
    A pressão dos funcionários públicos sobre os deputados conseguiu pela segunda semana consecutiva que os parlamentares retirassem o quórum para não votar as mudanças que o governo Sartori quer introduzir no IPE, através de vários projetos.
    Os quatro projetos estavam na ordem do dia – PLC 206, PLC 207, PLC 212 e PL 211, todos tratam da reestruturação do IPE.
    Segundo a direção do Cpers/sindicato, se os projetos forem aprovados significa a privatização dos serviços do IPE Saúde e o aumento da contribuição dos servidores, entre outras consequências.
    A presidente do CPERS, Helenir Aguiar Schürer informou para os educadores que aguardavam na praça a retirada de quórum e parabenizou pela luta e resistência da categoria. “Hoje conseguimos mais uma vitória, o governo não conseguiu manter o quórum para votar os projetos”.
    “Nós temos um projeto mais de ano parado na Casa Civil, construído pelo Conselho Deliberativo, que acaba com todas as distorções e mantém nosso instituto forte e firme”.
    A dirigente sindical concluiu: “Se o governo realmente quer acabar com as distorções, nós temos proposta. Saia do governo, pare de ter medo do povo, venha conversar com os servidores, que nós temos proposta para o IPE. E vamos continuar defendendo um IPE público e de qualidade e para todos os servidores. Não vamos abrir mão, nós continuaremos na resistência. E terça-feira com chuva, com sol, com pedra, nós estaremos aqui para defender aquele que é nosso maior patrimônio”.

  • Moradores da Cidade Baixa se mobilizam para tirar o carnaval do bairro em 2019

    Quem pulou o carnaval na Cidade Baixa esse ano, possivelmente, desfrutou da última vez que tal evento aconteceu no bairro. Porque se depender dos moradores da região, os festejos de Momo em 2018 foi a prova contundente que a folia não pode ser mais realizada no local, devido aos transtornos e prejuízos causados.
    Eles vão pressionar as autoridades de todas as maneiras para que em 2019 a festa seja realizada em local bem distante do bairro.
    A repercussão nos veículos de comunicação e nas redes sociais contra a bagunça na Cidade Baixa foi grande na Quarta-Feira de Cinzas.
    O cenário pela avenida Lima e Silva e ruas da República e Sofia Veloso na manhã do pós Carnaval era um só: muita sujeira e detritos pela via pública e forte cheiro de urina.
    Em praticamente todos os edifícios e casas da região havia pessoas lavando as calçadas e limpando com desinfetantes as frentes das construções.
    Foram recolhidas no local, segundo o DMLU, 300 toneladas de lixo na última noite de carnaval.
    O grande problema na visão dos integrantes da Associação Comunitária dos Moradores da Cidade Baixa é o evento ser realizado nas ruas internas do bairro.
    O presidente da entidade, Zilton Tadeu, argumenta que, após a apresentação dos blocos, uma parte considerável do público não se dispersa. As apresentações ocorrem das 15hrs às 21hrs.
    Problemas agravados
    Os transtornos para os moradores ocorreram até em dia que não havia apresentação de bloco.
    Na noite da segunda-feira de Carnaval, as ruas Lima e Silva e República foram tomadas por um público que impediu o tráfego de carros por vários momentos e perturbou o sono dos moradores, sem que a Brigada Militar ou a EPTC intervissem para a normalidade. No dia seguinte havia grande quantidade de lixo nas ruas e como não havia nenhuma infraestrutura para receber o público, os problemas se agravaram.
    Quando foi negociado um acordo para o carnaval na Cidade Baixa, com participação do Ministério Público, Prefeitura, Brigada Militar e representantes dos blocos e da associação dos Moradores, concluído no início de janeiro, o tenente coronel Eduardo Amorim, comandante do 9º Batalhão da BM, responsável pelo policiamento da área central de Porto Alegre, defendeu a retirada do carnaval da região. Foi voto vencido.
    Ele sugeriu que os blocos fizessem um percurso que saía do Largo Zumbi dos Palmares, seguia pela avenida Loureiro e Silva e a dispersão seria no Parque da Redenção. Os representantes dos blocos alegaram que nem todos os blocos se movimentam e que a maioria tem uma ligação histórica com o bairro. Os moradores também se posicionaram contra o carnaval, mas, por fim, cederam, satisfeitos em parte com a diminuição de dias do evento, que passou de 14 programados para oito.
    Festa popular
    A moradora na rua da República, Maria do Rocio Teixeira, foi uma das pessoas que se sentiu prejudicada com a movimentação no bairro e desabafou nas redes sociais: “Mas realmente este Carnaval foi demais! Extrapolou todas as medidas e acabou com a paciência e a tolerância de muita gente… a Cidade Baixa, o bairro onde moro a 40 anos, se transformou na “latrina” da cidade… num lixão a céu aberto! O desrespeito e o descaso do Poder Público (que por sorte estava festejando além mar!!) e da própria população da cidade chegaram a níveis inexplicáveis! O barulho, a “horda” que invadiu o bairro estão demais. A polícia circulava calmamente na segunda-feira, sem enxergar o que acontecia ao seu redor… O Zaffari, que só fecha quando é imprescindível, ontem estava cerrado! Não pude descer na frente do meu prédio, às 10 horas da noite, porque um carro com um som daqueles que estacionam na beira da praia, simplesmente trancou a entrada”, escreveu a moradora.
    “O carnaval em si não tem problema, afinal é uma festa popular. O problema são os danos que ele ocasiona. Estão fora de controle”, diz Armando Albuquerque, 68 anos, morador no bairro há 26. Ele levou dois netos, crianças, cedo para ver a folia na terça-feira e antes do anoitecer se retirou. “Com a noite muda completamente o ambiente”, explica.
    A Associação dos Moradores do Bairro juntou depoimentos, vídeos, fotos e todo tipo de documentação para levar na reunião que vai haver em março, com os representantes da Prefeitura e demais entidades para defender sua posição. Julga assim que é muito difícil que não seja atendida.
    A entidade, em sua apresentação, faz um diagnóstico severo da Cidade Baixa, agravado com os festejos do carnaval:
    “Hoje há uma acelerada degradação da qualidade de vida de nosso bairro, com o aumento da violência, do barulho, da sujeira nas calçadas e do trânsito caótico nas ruas. Há bem pouco tempo um aprazível e tradicional bairro residencial de Porto Alegre, a Cidade Baixa transformou-se num “território sem lei”, conforme constatou um grande jornal da cidade recentemente. Brigas entre frequentadores de bares e casas noturnas, tiroteios em plena rua, assaltos à mão armada, mortes, tráfico e consumo de drogas a céu aberto, furtos de veículos, lixo nas ruas, engarrafamentos, buzinas a qualquer hora, passeio público transformado em estacionamento, tudo isso passou a fazer parte do quotidiano do bairro. As pessoas não têm mais sossego, nem segurança. São cada vez mais frequentes os relatos de moradores que só conseguem dormir à base de tranquilizantes. Os efeitos disso sobre a saúde, todos sabem, são devastadores”.
     

  • Carnaval na Cidade Baixa inaugura a privatização do espaço público

    Higino Barros
    A manhã dessa segunda-feira, 05/02, foi mais trabalhosa para Celso Bota, aposentado, morador no número 209 da Rua da República, Cidade Baixa, bairro escolhido pela maioria dos blocos de Porto Alegre para celebrar o carnaval de rua de 2018. Normalmente, nesse dia da semana ele lava a calçada do prédio onde mora para limpar o que uma população itinerante e sem compromisso com o espaço que frequenta deixa no local. Garrafas, latas, fezes, cheiro forte de urina e outros detritos é o que ele encontra.
    “Nesse fim de semana foi muito pior”, desabafa Bota, após jogar bastante água na calçada e nos cantos dos prédios próximos, fazendo o balanço de dois dias em que as esquinas da República e da Sofia Veloso, com a Lima e Silva, abrigaram eventos em que milhares de pessoas acorreram ao local, para evidente desagrado da maioria dos moradores do bairro da Cidade Baixa. Cálculos dos organizadores estimam que cerca de 50 mil pessoas passaram pela área nos dois dias.
    “Na Vila Madalena, em São Paulo, ocorre a mesma coisa, é o preço que se paga por ser um bairro boêmio”, lembrava um dos comunicadores da Rádio Bandeirantes gaúcha, enquanto outro argumentava: “Mas os moradores da Vila Madalena e da Cidade Baixa foram consultados se eles queriam que o bairro fosse boêmio?”.
     

    “Nesse fim de semana foi pior”, desabafa Bota

    Ação promocional
    Na opinião de Celso Bota o problema é irreversível e a cada ano piora. “Com essa novidade da Skol aqui agravou ainda mais o barulho e a sujeira, já que atraiu mais gente”, conta. Em uma ação promocional, a companhia de cerveja está marcando sua presença nesse carnaval em algumas cidades do País, entre elas, Porto Alegre. E nos eventos carnavalescos instalou ventiladores gigantes que promete trazer o vento das praias do Nordeste para o local da folia.
    Ventiladores gigantes prometem trazer o vento das praias do Nordeste para o local da folia

    Em Porto Alegre, tal equipamento funcionou no sábado e no domingo passado. Um trecho da Rua da República foi interditado e proibido a circulação de pedestres pela área do ventilador da Skol. O som foi música eletrônica. “É a privatização dos espaços públicos “, denunciaram internautas nas redes do facebook ao registrarem os eventos. A cervejaria se defende: o acesso aos menores na área é proibido e como se distribui cerveja de graça é necessário um cadastramento prévio para se ter acesso à área fechada.
    A prática de empresas ocuparem espaços públicos, em acordos bancados pelo poder municipal tem sido crescente no carnaval brasileiro. Em Salvador, por exemplo, um dos lugares que o carnaval se tornou um evento de grande significado financeiro para a cidade, parece haver um esgotamento da fórmula comercial e um apelo cada vez mais presente a tempos menos comerciais.
    Palavra de Waltinho
    Walter Pinheiro de Queiroz Junior, o Waltinho, advogado, publicitário e compositor, respeitado em Salvador, um dos fundadores do Bloco do Jacu, que procura, com sucesso, fazer contraponto aos grandes blocos baianos que vendem abadás nessa época do ano para os foliões concentrados em áreas isoladas por cordas, pontifica:
    “O carnaval é na sua essência a mais alta experiência de catarse coletiva. E num país de dolorosas diferenças como o nosso, institucionalizar o já reinante apartheid do modelo atual, é um tiro na esperança de uma festa mais humana e pacífica que só acontecerá quando caírem as cordas”.
    Em entrevista ao blog Uma Outra Bahia, do jornalista Césio de Oliveira, Waltinho faz uma radiografia demolidora do que aconteceu com o carnaval baiano e que se projeta para outras cidades brasileiras: “A questão fundamental está no fato de que saímos de um modelo participativo e democrático para uma festa espremida por cordas e camarotes. O gigantismo dos trios de som predador, fantasias medíocres, músicas anódinas, o estímulo à baixa sensualidade que aliada ao álcool estimula a violência numa longa maratona momesca onde a poesia e a espontaneidade foram esquecidas”.
    Conta de tudo
     
    A jornalista baiana Gilka Bandeira também explica o que aconteceu em Salvador, ao tomar conhecimento da ação da Skol nos espaços privativos públicos da capital gaúcha. “Aí também? Em Salvador já acontece há bom tempo. Os camarotes para ricos e apadrinhados ocupam quase toda orla e Campo Grande. Antigamente, quem não queria se misturar com a plebe ia aos clubes, hoje os clubes ocupam as ruas”. O fotógrafo René Cabrales, que conhece bem o carnaval da capital gaúcha, reforça o que está vendo na capital baiana: “Aqui na Bahia, a Skol tomou conta do carnaval”.
    A jornalista gaúcha Andréa Martins, ao comentar o assunto no facebook, passou a versão que justifica a presença da Skol na rua da República: “O Carlos Machado, repórter da rádio Guaíba me explicou. Como o Jr. (prefeito Marchezan) não colaborou (financeiramente) com o carnaval, a Skol patrocinou tudo. Em troca pediu aquela quadra da República. Acho justo”. O fotógrafo Pedro Henrich, que também participou da folia bancada pela fabricante de cerveja no sábado, achou normal a sua presença: “No espaço da Skol era música eletrônica. Mas a poucos metros havia um trio elétrico tocando músicas de carnaval. Assim, havia música para todos os gostos”.
    A Skol é a maior patrocinadora dos blocos de rua de Porto Alegre, ao lado do aplicativo de táxi 99 e da Claro, bancando principalmente os que são ligados às produtoras Opinião, Austral e Olêle. Em outras duas datas, dia 10 e dia 18, ela colocará seu aparato de novo em dois locais de Porto Alegre. Nn Rua da República novamente, em frente ao teatro Túlio Piva, e a segunda vez na avenida Edvaldo Pereira, junto à pista de skate do Parque Marinha do Brasil.
    Casa geriátrica
    Ana Maria Dorneles, 72 anos, moradora da rua Sofia Veloso, é das que investem contra os blocos e a Skol, afirmando que tem pena dos moradores dos locais próximos à folia momesca. “O som dos carros ficou mais alto, o barulho insuportável e aqui tem uma casa residencial geriátrica há poucos metros onde estava o caminhão. Não sei como seus moradores suportaram o som alto durante umas cinco horas”, investe Ana Dorneles.
    Mas como um exemplo que o assunto é controverso e divide uma parte dos próprios moradores da Cidade Baixa, uma faixa estendida na frente da casa geriátrica citada proclamava nos dias de folia: “Bloco Sassarico da melhor…direto do Camarote Velha Guarda Gerion saúda o Carnaval da Cidade Baixa e o Bloco Maria do Bairro”.
    Casa geriátrica

    Assim entre marchinhas de carnaval, sambas, funks, raps e outros ritmos anódinos ao festejos de Momo se desenrola o Carnaval de Rua de Porto Alegre. Sem o dinheiro da Prefeitura para financiá-lo como já ocorreu no ano anterior e com o território livre para intervenções, consentidas pelo poder municipal, para ocupações de espaços públicos.

  • “Quintal Dona Leonor” abre como espaço colaborativo e cultural

    Está aberto ao público, desde 25 de janeiro, o “Quintal Dona Leonor”, um espaço colaborativo e cultural, com ambientes disponíveis para reuniões, eventos e coworking.
    “Tudo em uma infraestrutura, cuidadosamente pensada e desenvolvida no conceito do quintal, onde amigos se reúnem, trocam experiências e são felizes”, explica uma de suas idealizadoras, Alessandra Machado.
    Na abertura houve um sarau, idéia  nascida em um bate papo, entre os colaboradores que coabitam o espaço, divididos em três empresas de ramos afins, Marketing e Eventos, Serviços e Comunicação Visual, Upper Marketing e Upper Service e Toing.
    “Pensamos que deveríamos aproveitar mais o nosso Quintal, explorando o que cada um de nós curte, poesia, música, cerva gelada, comidinhas, artesanato, pilates e muita energia boa, regada com ótimas risadas”, conta Alessandra Machado, da Upper Marketting.
    Parceiros do espaço
     Alguns dos parceiros do espaço, que estão na edição de abertura :”Bendito o Pote”, saladas e sopas no pote, especialidade da Carmen Fonseca; “ Carambola”, doces, feitos com o amor da Daia; “ Nara Arteira”, de Helena Ribeiro que trará preciosidades feitas em tecido; “A 4 Árvores”, parceria do Ivan e do Beto que fabricam uma cerveja artesanal ;
    Também o “Cheios de Raça”, da Lica e da Carine que trabalham com adoções de pets, camisetas e almofadas com uma estamparia da Alessandra Fernandes, a curadoria de moda das gurias da C.G.Vidal e  o Rafart, onde o tatuador  Rafa fará tatuagens  além de flash day, umas aulas experimentais de pilates com a Diane Medeiros da Loyal Pilates
    SERVIÇO
    Abertura do Espaço Quintal Dona Leonor
    Data: 25 de janeiro
    Local: Rua Dona Leonor- 112- Rio Branco.
    Horário: Das 18h30 às 23h
     
     
     
     
     

  • “A Palestina Brasileira” em documentário que estreia no Canal Curta

    Higino Barros
    Em tempos de Donald Trump, estreia hoje no Canal Curta, às 20 horas, o documentário “A Palestina Brasileira”. Segundo seu diretor, Omar Luiz de Barros Filho, o Matico, o filme registra a presença da comunidade árabe-palestina no sul do Brasil, bem como suas ligações afetivas, culturais e políticas com o destino da terra de origem.
    Segundo dados da comunidade árabe, o Rio Grande do Sul é o estado brasileiro com maior população oriunda da Palestina, de 35 mil a 50 mil imigrantes. Ela está espalhada na Grande Porto Alegre, principalmente em Sapucaia e Canoas, seguidas de Pelotas, a região do Chuí e região fronteiriça. Em geral exercem atividades no comércio, mantendo práticas culturais e ligações afetivas com a região de onde são oriundos, reproduzindo um comportamento de seis milhões de imigrantes palestinos pelo mundo inteiro.
    O filme focaliza seis famílias abrigadas no solo gaúcho da Cisjordânia atualmente ocupada por Israel. Todas elas mantém laços com parentes e amigos que ficaram em território árabe. “Procuramos fazer uma abordagem diferenciada, já que as memórias, lembranças e outras questões mostradas fornecem uma explicação para o conflito. São personagens retratados que dão continuidade às aspirações palestinas. São eles a continuação da história”.
    Laços com a terra
    Entre essas famílias, o diretor do documentário cita o caso da família Badra, de Santana do Livramento, proprietária do tradicional jornal A Plateia, que foge um pouco do estereótipo do imigrante palestino, pois tem origem cristã e não muçulmana, como é comum. Focaliza também a família Dahla, de Uruguaiana, cujos filhos e netos costumam passar temporadas na Palestina. “Todos têm em comum essa preocupação de manter laços com a terra que deixaram”, observa Matico.
    O filme levou três anos para ser concluído, é falado em espanhol, português e árabe, e terá cópias legendadas em espanhol, italiano e inglês, visando esses mercados. Durante dois anos o Canal Curta terá a exclusividade de sua exibição. Ele é fruto de edital da Ancine, com financiamento do BRDE e BNDES, que tem incentivado a realização de filmes com garantia de exibição, no caso a televisão.
    Matico considera que o tema, embora visto do ponto de vista local, tem repercussão global. “Enquanto houver o conflito, haverá alguém interessado nessa história, que não seja a versão da mídia comprometida com os interesses israelenses. Ela nunca será datada e tem um público potencial de seis milhões de árabes espalhados pela diáspora palestina, interessados em ver como são retratados”, finaliza.
    SERVIÇO
    Estreia: Canal Curta!,
    Hora: 20h;
    Duração: 77 minutos;
    Roteiro e Direção: Omar L. de Barros Filho;
    Produção: Caco Schmitt;
    Direção de Fotografia: Ivo Czamanski.

  • Ato pelo Dia Mundial dos Direitos Humanos teve homenagem à luta dos Mbya Guarani

    Em um local que sempre foi palco para atos, protestos e manifestações em favor da diversidade, da justiça, da igualdade e outras ações humanísticas, a Redenção viu neste domingo, 10/12, uma celebração especial: o Dia Mundial dos Direitos Humanos. Com homenagem especial ao povo Mbyá Guarani que em 2017 recuperou uma área mítica e legítima de sua história, em Maquiné.
    Dezenas de pessoas de vários movimentos, partidos políticos, ativistas de causas de Direitos Humanos e outros grupos, se reuniram próximos ao Monumento dos Expedicionários, à sombra de frondosas árvores da Redenção, para comemorar a data e dar visibilidade à uma causa cada vez mais presente no Brasil atual, segundo o deputado Jeferson Fernandes, presidente da CCDH, da Assembleia Legislativa, uma das apoiadoras do ato show.
    “A palavra mais definidora do que estamos vendo aqui é resistência”, definiu o parlamentar. “Resistência para trazer o tema da luta indígena, invisível nos meios de comunicação, para a sociedade. Ao mesmo tempo mostra os diversos grupos que acreditam em humanismo e na dignidade humana em torno em uma causa comum, dos Mbyá Guarani”.
    Estiveram no evento, entre outros representantes de entidades, sindicatos e partidos políticos, a deputada Stela Farias (PT), o deputado Pedro Ruas (Psol) e a deputada Manuela D’Avila (PCdoB), “numa demonstração que a causa dos Direitos Humanos é supra partidária e cada mais necessária no Brasil de hoje “, afirmou Fernandes.
    O presidente da CCDH da Assembleia Legislativa explicou que a ideia é tornar a data do 10 de dezembro como oficial no calendário estadual, havendo sempre uma celebração e um ato como o ocorrido nesse domingo em datas futuras.
    Participaram do evento com suas presenças Mbyá Guarani das aldeias Anhetenguá (Lomba do Pinheiro), Cantagalo e Pindó Mirim (Viamão) e Kaa’guy Porã, de Maquiné.
    ATO SHOW
    O ato show abriu com Canto Coral dos jovens Mbyá Guarani, de Maquiné, teve música dos tambores do Alabê Ôni, música de raiz popular de Mimmo Ferreira e Carolinne Caramão, jazz e blues de Nicola Spolidoro, MPB de Marcelo Delacroix, Nelson Coelho de Castro Três, Marias e Lila Borges. Os grupos Toque de Comadre e Bloco no Mundo da Lua encerraram a celebração musical.