Categoria: Geral

  • RS fora do programa de R$ 2,8 milhões para pesquisar abelhas nativas

    GERALDO HASSE

    Oito meses após a publicação do edital,, o CNPq divulgou nesta sexta (24) a lista de oito pesquisadores brasileiros beneficiados com um total de R$ 2,8 milhões para pesquisas sobre apicultura, especialmente abelhas nativas, sobre as quais há escassos conhecimentos.

    Embora o Rio Grande do Sul seja o estado que mais produz mel, nenhum gaúcho foi contemplado.

    Os recursos serão fornecidos principalmente (R$ 1,9 milhões) pela Associação Brasileira de Estudos das Abelhas – ABELHA, entidade vinculada ao Sindicato da Indústria de Defensivos Vegetais (Sindiveg) e à Embrapa. Os R$ 900 mil restantes vêm de três órgãos públicos.

    Os pesquisadores contemplados devem seguir cinco linhas de pesquisas com o objetivo de gerar informações sobre a realidade apícola brasileira, especialmente sobre as abelhas nativas, como a jataí e outras, que vêm despertando interesse pela singularidade do seus méis e seu papel na polinização da flora. Na Fepagro, extinta pelo governador José Ivo Sartori em 2017, apenas a pesquisadora Sidia Witter estudava algumas das 24 espécies de abelhas sem ferrão existentes no Estado, onde a maior referência no assunto é a bióloga Betina Blochtein, da PUC.

    Uma das linhas de pesquisa pretende “avaliar a ecotoxicidade de agrotóxicos para espécies nativas selecionadas”, visando “a adoção de um modelo local de avaliação de risco ambiental de produtos químicos ou biológicos”.

    Além disso, os pesquisadores foram desafiados a “gerar conhecimentos sobre patógenos e parasitas que atacam as colmeias, bem como gerar manuais de boas práticas agrícolas e apícolas”.

    Foram selecionados os seguintes pesquisadores:

    Airton Torres Carvalho, da UFRPE

    Eduardo Andrade Botelho de Almeida, da USP

    Osmar Malaspina, da UNESP

    Felipe Andres Leon Contrera, da UFPA

    Carmen Silvia Soares Pires, da EMBRAPA Rec. Genéticos

    Marcia Motta Maues, da EMBRAPA Amazônia Oriental

    Maria Cristina Gaglianone, UENF, Campos RJ

    Marina Wolowski Torres, UNIFAL, de Alfenas, no Sul de Minas

  • Corrupção e desconfiança afastam jovens da política, segundo pesquisador

    FRANCISCO RIBEIRO
    A eleição de 2018 terá o voto da primeira geração de brasileiros do século XXI. Um sinal de como esses jovens vão reagir já foi detectado na diminuição de inscrições de jovens entre 16 e 18 anos incompletos para o voto facultativo.
    No Rio Grande do Sul, as primeiras causas evidentes deste decréscimo são os fatores demográficos e econômicos. Houve uma diminuição do eleitorado gaúcho como um todo devido à baixa taxa de natalidade. E muita gente foi embora atrás de oportunidades de trabalho no centro do país e no exterior.
    Porém, para Rodrigo Stumpf Gonzales, cientista político e professor da UFRGS, as principais razões do desinteresse dos jovens pela política vão muito além: “Há um desencanto, ligam a política e os políticos a corrupção. Soma-se a isto a inexistência de candidatos capazes de mobilizar a juventude”.
    Gonzales enfatiza que grande parte desta desilusão do jovem com a política tem por base a sucessão de escândalos – operação Lava Jato e outros – divulgados e explorados ad nauseam pela mídia.
    “Os meios de comunicação através do bombardeio sistemático de denúncias criaram uma imagem negativa dos poderes executivo e legislativo, acabando por quase estigmatizar a política como algo ruim. E falta discernimento a maioria para não cair na generalização. Num dos questionários de uma pesquisa que fizemos junto a alunos de uma escola secundária de Porto Alegre constava a seguinte pergunta: que palavra você associa a política? Os alunos perguntaram se podia escrever palavrão. Eram jovens de 16 anos”.
    Esta falta de discernimento, segundo Gonzales, deve-se, principalmente, a carência de formação e aos novos tipos de socialização decorrentes das novas tecnologias de informação e comunicação. “No tempo da ditadura, criticava-se, e com razão, as aulas de OSPB (Organização Social e Política Brasileira), um negócio horroroso, de doutrinação. Mas ao rejeitar isso nós eliminamos do currículo escolar as discussões sobre instituições políticas. Ali, pelo menos, aprendia-se que o Brasil era uma república federativa. Pergunte, hoje, para alguém quais são os limites de um governador ou presidente? A maioria da população não sabe”.
    Além de uma deficiência que começa na falta de conhecimento, Gonzales acrescenta que o jovem quer algo que dialogue com o tipo de tecnologia e experiência que tem no cotidiano e lhe dê uma perspectiva: “eles tomam conhecimento do mundo político pelas redes sociais. Não temos mais o modelo clássico de integração: família, escola, igreja.
    O indivíduo toma contato com a política no Facebook, twitter, Whatsapp, enfim, a rede que ele estiver conectado. Ou seja, não existe o debate, apenas o reforço das próprias percepções. O outro não é divergente, é o inimigo”.
    Contudo, não se trata de mera alienação. Para Gonzales, outro fator da não adesão à política  – ou a movimentos, sejam de esquerda ou direita – é a falta de lideranças que os jovens se identifiquem: “ele não sabe se confia na escolha dos pais por causa da questão de geracional.  Acha que os pais não sabem nada porque têm menos domínio do computador e redes do que ele. Portanto, estão mal informados. E faltam lideranças políticas, ou da sociedade civil, capazes de mobilizá-lo nas suas escolhas. As redes sociais não criam lideranças, criam celebridades”.
    Para o cientista político, nenhum dos candidatos à eleição para o governo do estado é capaz de empolgar os jovens: “Roberto Robaina (PSOL) é o jovem daquele personagem do Chico Anysio. Miguel Rossetto (PT) é um bom sujeito, fala em investir na escola, num ensino de qualidade, mas não tem carisma, uma fala que entusiasme. Não basta a um pretendente ter apenas boas propostas. Numa situação normal, Rossetto seria um candidato razoável, mas não neste momento de baixa credibilidade do PT. Os demais postulantes disputam o eleitorado adulto e de terceira idade. O caso extremo é o Júlio Flores (PSTU), cujo crescimento, quatro por cento, mostra bem a crise que vivemos. Mas, como sempre, sua candidatura é simplesmente para marcar posição”.
    Não se trata, contudo, em relação ao eleitorado jovem, de um comportamento onde a apatia, a passividade, a indiferença, a hostilidade sejam regras. Há um sentimento de frustração, conclui Gonzales,  na população como um todo. “ O jovem necessita visualizar boas perspectivas de futuro, um bom estágio profissional, por exemplo. Um dos candidatos poderia falar mais concretamente sobre isso. Enfim, a politização da juventude passa pelo processo de inclusão, de socialização, caso contrário, participar para ele, como acontece hoje, na maioria dos casos, será ligar o celular e digitar alguma coisa”.
     
     
     
     
     

  • Confronto entre Eduardo Leite e Mateus Bandeira favorece Sartori

    A Federasul ouviu cinco dos oito candidatos a governador sobre temas sugeridos por seus associados. Novamente o confronto entre os dois pelotenses Eduardo Leite (PSDB) e Mateus Bandeira (Novo) foi o que mais repercutiu na imprensa.

    Bandeira disse que Leite, quando prefeito em Pelotas, descumpriu parcelamento de dívidas com o Banrisul, deixou de pagar contas. Leite rebateu: “Mateus Bandeira é mentiroso. Mentiroso. Estou dizendo com todas as letras: é mentiroso.”

    Foi o momento mais quente do debate. O confronto entre os dois que defendem um programa de corte de despesas, privatizações e concessões de serviços públicos à iniciativa privada, favorece o governador Ivo Sartori, candidato à reeleição, que vem pondo em prática essa política de ajuste fiscal.

    Durante os cinco blocos de debate, os palestrantes Eduardo Leite (PSDB), Jairo Jorge (PDT), José Ivo Sartori (MDB), Mateus Bandeira (Novo) e Miguel Rossetto (PT) falaram sobre empreendedorismo, gastos públicos, a nova política e segurança.

    Segundo Jairo Jorge, primeiro candidato sorteado para se manifestar, é preciso resgatar a era da competitividade, incentivar o empreendedorismo e diminuir a alíquota. “Eu defendo a lei do gatilho. Proponho que, em 1º de julho de 2019, caia a alíquota para que possamos avaliar a eficácia da medida para aumentar a receita. Tenho certeza que teremos um efeito positivo em julho de 2020, quando poderemos rebaixar o percentual novamente e promover o crescimento do Rio Grande”, explicou.

    Já Miguel Rossetto, defendeu a criação de uma agenda produtiva para gerar uma base estrutural ao governo. “Precisamos trabalhar para criar emprego, estimular as cooperativas e agroindústrias, integrar o governo e as universidades, além de recuperar o polo naval”, defendeu. De acordo com o candidato, “nem o Brasil, nem o Estado vai evoluir sem democracia e com exclusões políticas. É preciso pensar no desenvolvimento social para podermos ajustar as contas públicas”.

    Nessa linha de focar na sociedade, José Ivo Sartori afirmou que “o problema é ver que o Estado gasta para si mesmo e não para a população”, criticou. Segundo ele, é fundamental que o Rio Grande do Sul possa aderir ao Regime de Recuperação Fiscal e inicie o processo de privatização ou federalização das empresas estatais. “Nós só conseguiremos fortalecer o Estado quando pudermos investir nossos recursos em segurança, políticas sociais e educação”, finalizou.

    Para Eduardo Leite, o segredo para as finanças do Rio Grande do Sul está em uma construção conjunta com órgãos e instituições. Segundo o candidato, é preciso que o governador eleito seja uma liderança política capaz de relacionar e interagir com ministérios e Assembleia Legislativa. “Temos muita força empreendedora aqui no Estado, mas falta espaço. O governo deve fiscalizar, mas não limitar, nem dificultar, o trabalho dos empreendedores”, concluiu ao defender a redução da burocracia e a melhoria da infraestrutura estadual.

    Ao finalizar o terceiro bloco, Mateus Bandeira frisou que a culpada pelo aumento da despesa no Estado é a irresponsabilidade fiscal. Segundo ele, “a educação e a segurança são os principais fatores que afetam os nossos negócios, mas a falta de recursos impede que sejam feitos investimentos nessas áreas”. A solução seria a aprovação das privatizações para criar fundos de investimento, que possam gerar riqueza e incentivar o crescimento econômico.

    Apesar de algumas discordâncias durante o evento, todos os presentes concordaram no quarto bloco, quando a questão discutida foi segurança. Entre as principais soluções comentadas: integração entre as polícias, administração de efetivo, compra de equipamentos e tecnologia, educação preventiva e melhoria no sistema prisional. O quinto bloco foi apenas para considerações finais de cada candidato.

    crédito da foto: Aguiar/Federasul

  • Via Campesina tem bancas com produtos orgânicos na Expointer

    A Via Campesina levará para a Expointer sete bancas: três delas com produtos orgânicos
    Alimentos são produzidos por cooperativas e agroindústria de assentamentos da Reforma Agrária
    A Via Campesina participará mais uma vez da Exposição Internacional de Animais, Máquinas, Implementos e Produtos Agropecuários (Expointer). O evento acontecerá de 25 de agosto a 2 de setembro no Parque de Exposições Assis Brasil em Esteio, na região Metropolitana de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.
    A Cooperativa de Produção Agropecuária Nova Santa Rita (Coopan), de Nova Santa Rita; a Cooperativa dos Produtores Orgânicos de Reforma Agrária de Viamão (Coperav) e a Cooperativa Agroecológica Nacional Terra e Vida (Conaterra), de Candiota, estarão com bancas na ilha de orgânicos da 20ª Feira da Agricultura Familiar.
    Juntas, elas exibirão quase 30 variedades de produtos certificados. Entre eles estão o arroz agulhinha integral, agulhinha polido, agulhinha parboilizado e cateto integral; bolos de aipim e de farinha de arroz, pães de farinha de arroz, de batata e de milho; rosquinha de milho, palitos, forrozinho e sementes agroecológicas.
    Para Roberta Coimbra, assentada e dirigente estadual do MST, a Expointer é também um espaço para dialogar com a comunidade sobre um novo modelo de agricultura. “É um evento importante para dar visibilidade à produção orgânica dos assentamentos, e ao que é produzido pela agricultura familiar, comunidades quilombolas e indígenas”, diz.
    Já no local dos itens convencionais, a Agroindústria Mãe Natureza, de Pedras Altas, oferecerá queijo, iogurte e bebida láctea; e a Cooperativa de Produção Agropecuária Cascata (Cooptar), de Pontão, levará salame italiano e banha de porco. As famílias Camargo e Zatti, de Eldorado do Sul e Nova Santa Rita respectivamente, venderão sucos naturais de laranja, limão com couve, abacaxi, amora, morango, maracujá e caldo de cana.
    Ainda no Pavilhão da Agricultura Familiar estará à disposição dos expositores e para o público em geral a cozinha da Cooperativa dos Trabalhadores Assentados da Região de Porto Alegre (Cootap), com refeições compostas de arroz carreteiro orgânico, feijão e salada.
    Horário para visitação
    O parque da 41ª Expointer estará aberto das 8 horas às 20h30. O Pavilhão da Agricultura Familiar, que neste ano conta com 280 expositores, está com seu espaço dobrado – passou de 3,5 mil m² 7,6 mil m². Marcarão presença, além da Via Campesina, a Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (Fetraf), a Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag) e a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater/RS), juntamente com produtores de Minas Gerais e da Paraíba.
    (Walmaro Paz, no Brasil de Fato)
     

  • Uma amostra do mel da Fazenda Barba Negra

    GERALDO HASSE
    No dia 10 de agosto de 2018, um sábado chuvoso, a reportagem do JA foi ao encontro de Ademir Hermann na praça central de Guaíba, a cidade de 100 mil habitantes onde a CMPC produz 1,8 milhões de toneladas de celulose por ano.
    Aqui esse sorridente apicultor de 59 anos vende mel de eucalipto a R$ 20 o quilo, 10% mais barato do que os méis ofertados no Mercado Público de Porto Alegre.
    É o produto de suas 500 colméias, quantidade que o classifica como um apicultor de nível médio, diz ele, que se declara preparado para uma expansão de 30% em seu apiário nos próximos anos.
    Quando começou a produzir mel no final dos anos 1980, Hermann era um microprodutor com apenas meia dúzia de caixas. Cuidava de suas abelhas nas horas vagas do trabalho como técnico do laboratório da indústria de celulose de Guaíba.
    Em 1999, numa das transições acionárias da companhia, aceitou uma gratificação para demitir-se. Com parte da indenização, reforçou seu apiário, já instalado dentro da Fazenda Barba Negra, com 10 mil hectares em Barra do Riacho, onde a CMPC mantém um viveiro de mudas de eucalipto e produz madeira.
    Desde então vem crescendo, respeitados os altos e baixos da apicultura, atividade sabidamente dependente das variações climáticas.
    Feliz no ofício que sempre quis exercer, Hermann é tão importante na história da apicultura da Fazenda Barba Negra que ganhou destaque em 2010 num release sobre o projeto que desde 1981 fomenta a apicultura nos hortos florestais da CMPC espalhados por vários municípios do Rio Grande do Sul.
    Segundo o texto assinado por Letícia Vargas, havia na época 18 apicultores envolvidos no projeto que crescera à medida que a companhia chilena expandia seus eucaliptais visando produzir madeira para a quadruplicação da sua capacidade de produção de celulose.
    Em 2010 a produção estimada era de seis toneladas de mel por ano. Os produtores ficavam com 92%, ficando os 8% restantes para o programa social Mel de Eucalipto da Solidariedade, que consiste na doação do alimento a escolas e instituições de atendimento a crianças excepcionais das cidades onde a empresa mantém plantios de eucalipto.
    “Assim, desde 1981, a Celulose Riograndense entrega, aproximadamente, quatro toneladas anuais de mel a instituições educativas, que utilizam o produto para consumo de seus alunos e revendem o excedente, gerando recursos para a manutenção das suas atividades”, dizia o texto de Leticia Vargas.
    Com a expansão dos plantios a partir de 2009, a CMPC chegou a 49 municípios, aumentando para 159 o número de apicultores credenciados nos hortos da CMPC.
    A dimensão do programa exigiu a contratação de consultores técnicos, incluindo pessoal especializado da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, que processa parte do mel em seu campus rural em Eldorado do Sul.
    No segundo semestre de 2018, em mais um ajuste operacional, a gestão do projeto passou às mãos do agrônomo Gustavo Zapata,  que já trabalhava como consultor externo.

  • Assembleia dos municipários decide manter greve "até a vitória"

    “Não tem história, é greve até a vitória” cantavam no plenário os funcionários ao final da Assembléia convocada pelo Sindicato dos Municipários de Porto Alegre, nesta quinta-feira.
    Por esmagadora maioria os cerca de mil funcionários presentes aclamaram a continuidade da paralisação parcial que já se estende por 23 dias.
    O resultado é uma vitória da oposição à atual direção do Simpa que defendeu a suspensão da greve para rearticular o movimento, buscando maior apoio da população.
     

  • Segurança, economia, soluções para sair da crise: a rotina dos candidatos

    Robaina denuncia privatização da segurança pública
    Roberto Robaina, candidato ao governo do Rio Grande do Sul pelo PSOL/PCB, os problemas nas finanças públicas do Estado não podem ser uma desculpa para a “privatização da política de segurança pública”.
    O candidato fez sua crítica durante o debate sobre o tema promovido pelo Instituto Cultural Floresta, na Assembleia Legislativa.
    “O quadro que nós temos hoje é muito grave. Temos uma lógica que é a redução do Estado social e aumento do Estado penal. Como o Estado de modo geral tem uma crise fiscal, nós estamos dando um salto para a privatização da política de segurança pública e somos muito críticos a isso”, afirmou.
    Robaina se referia à Lei aprovada na Assembleia Legislativa na semana passada, proposta pelo Instituto Cultural Floresta, que garante a empresários a dedução de valores devidos de ICMS para compra de bens às forças policiais. O PSOL, com o deputado Pedro Ruas, foi o único partido a votar contra a proposta.
    Rossetto participa do debate do SESCON-RS
    O candidato da Coligação Rio Grande Justo PT/PCdoB-RS ao Governo do Estado, Miguel Rossetto, participou nesta terça-feira (21) de debate do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis do Rio Grande do Sul (SESCON-RS), realizado em parceria com a Rádio Guaíba e mediado por Nando Gross. No período de quatro blocos, Rossetto e os demais candidatos responderam perguntas de tema livre, segurança, saúde, educação, funcionalismo, desenvolvimento econômico e social, finanças e déficit público.
    “A crise do Rio Grande do Sul é grave e quem sofre é a maioria do povo gaúcho. Nossas escolas estaduais estão abandonadas, a saúde tem gravíssimos problemas, os gaúchos vivem com medo”, afirmou Rossetto em sua fala inicial, destacando, ainda, que atualmente no Estado são 510 mil desempregados, e que o governo atual nem sequer paga os salários em dia.
    “Isso não pode continuar, nós temos que mudar esta situação e é por isso que eu sou candidato a governador e quero que o presidente Lula volte a governar o Brasil. O Rio Grande voltar a crescer, ter trabalho e emprego é prioridade, e para isso nós vamos recuperar a boa escola pública, o povo gaúcho vai viver sem medo, em paz e tranquilidade, com uma saúde pública de qualidade e próxima do nosso povo”.
    Jairo Jorge apresenta suas propostas para empresários
    O candidato a governador, Jairo Jorge (PDT), participou de reunião-almoço nesta semana, na sede do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Rio Grande do Sul (SINDUSCON-RS). Ele e o candidato a vice, Cláudio Bier (PV), foram recebidos pelo presidente da entidade, Aquiles Dal Molin Júnior, e diretoria.
    Jairo Jorge ouviu o reconhecimento dos empresários pela gestão realizada durante os dois mandatos como prefeito de Canoas. “Vimos várias obras sendo feitas e uma região da cidade se transformando num novo centro comercial e residencial, fazendo a economia girar”, declarou Aquiles Dal Molin.
    “Sua gestão em Canoas foi transformadora e a gente vê com bons olhos suas ideias para o Rio Grande”, afirmou Carlos Schettert, diretor da Nex Group.
    Eduardo Leite apontou rumos para o RS sair da crise.
    No Sescon-RS aconteceu mais um debate entre os candidatos ao governo do Estado. Eduardo Leite (PSDB) se comprometeu em pagar os servidores em dia no primeiro ano de seu governo, e deu o exemplo da gestão que realizou como prefeito de Pelotas, quando mudou a data do pagamento do funcionalismo, na época, no 5º dia útil do próximo mês, para ainda dentro do mês de trabalho.
    Leite afirmou que o equilíbrio fiscal é obrigação do governo e assumiu o compromisso do pagamento do funcionalismo, porque sabe que é possível colocá-lo em dia. E, que, além disso, os servidores merecem ser honrados e precisam receber adequadamente para que a população também receba bons serviços.
    Ele defendeu que parcerias com o setor privado, principalmente no que diz respeito à infraestrutura, é um dos fatores que podem ajudar o Rio Grande do Sul a gerar empregos, riquezas e renda, e a retomar a competitividade.
     

  • Marchezan diz que só retoma conversa com suspensão da greve

    Nota Oficial
    A Prefeitura de Porto Alegre sempre esteve aberta ao diálogo com os municipários. O Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa), desde 1º de janeiro de 2017, já foi recebido, oficialmente, 53 vezes. Nenhuma reunião teve menos de duas horas de duração. Alguns encontros passaram de quatro horas. Ou seja, o governo municipal sempre dedicou atenção e o tempo necessário para discutir a pauta de reivindicações do sindicato.
    Portanto, dizer que há falta de diálogo do Executivo é simples retórica vindo de quem faz greve, provoca agressões físicas, morais, invasões, bloqueios em secretarias e órgãos de serviços essenciais, como saúde, educação, água e recolhimento de lixo. Só com a suspensão destas atividades ilegais é que retomaremos a conversa com este sindicato. Já o diálogo com os servidores jamais foi interrompido.
    Nestes 19 meses da atual gestão, foram deflagradas seis greves pelo Simpa. Até agora, são 67 dias sem trabalhar (somente nesta última, iniciada em 31 de julho, são 23 dias de paralisação). Neste período já ocorreram quatro invasões à Câmara de Vereadores, à Prefeitura de Porto Alegre, a secretarias municipais e órgãos de prestação de serviços locais à população mais carente. Desde 1º de janeiro do ano passado ocorreram 126 protestos, sendo que em 2018 foram registrados 39. Com relação a piquetes, foram contabilizados 126 desde janeiro de 2017 (Paço Municipal, Secretarias, Carris, Procempa, HPS e Estação de Transbordo do DMLU).
    Em 2017, em reunião com a presença de vereadores e dirigentes do Simpa, foi firmado acordo para o fim da greve após o envio ao Legislativo de uma mensagem retificativa ao PLCE 11/17. O governo cumpriu com o acordo, mas o Simpa não manteve a sua palavra e a greve continuou.
    O Sindicato dos Municipários, além de não honrar compromissos assumidos com o Executivo, repetiu a dose, desta vez com o Judiciário. Descumpriu compromisso assumido em Audiência de Conciliação, no dia 13 de agosto, na 3ª Vara da Fazenda Pública de Porto Alegre, de que não iria criar embaraço ou obstaculizar a prestação dos serviços públicos essenciais durante a greve da categoria, como impedir a entrada e saída de servidores, de veículos, e o acesso da população aos serviços. No dia seguinte, 14, voltou a protagonizar invasão nas instalações de prédio público, ocupando por duas horas a sede do Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae), na rua 24 de Outubro, no Moinhos de Vento.
    As principais reivindicações do Sindicato dos Municipários são:
    1) Reposição inflacionária dos últimos dois anos.
    2) Retirada dos projetos da Câmara de Vereadores.
    3) Fim do parcelamento de salários.
    A Prefeitura já respondeu oficialmente todas estas questões. Veja:
    1) Reposição inflacionária dos últimos dois anos – Mesmo sem qualquer reajuste salarial, o crescimento vegetativo da folha é de R$ 900 milhões por ano. É impossível falar em reajustes sem ajustar as contas do Município.
    2) Retirada dos projetos da Câmara de Vereadores – A retirada dos projetos do local de debate não pode ser pauta de discussão. Os representantes da população no Executivo e Legislativo estão legitimados para debaterem os projetos.
    3) Fim do parcelamento de salários – Porto Alegre não tem capacidade para pagar a folha do funcionalismo há 20 anos. Neste período, o município recorreu a receitas extraordinárias para encobrir o déficit em suas contas. O Sindicato dos Municipários assinou e decretou o atraso no pagamento quando contribuiu para que parte das reformas não fossem aprovadas. O Simpa condenou os servidores de Porto Alegre a, neste ano e nos próximos, receberem seus salários fora da data aprazada.
    Fica evidente, pelos fatos narrados, que esses atos truculentos e selvagens cometidos pelo Simpa não são movidos por interesse dos servidores. O interesse verdadeiro é pela baderna, pelo caos, pela geração forçada de notícias, mesmo que para isso ocorram prejuízos materiais, inclusive riscos à vida dos cidadãos.
    O mais triste e assustador é que os crimes são patrocinados por partidos, vereadores e deputados com interesses exclusivamente pessoais e eleitorais, como os dos dirigentes do Simpa.
    Além de repercussões administrativas, solicitamos ajuda à Secretaria Estadual de Segurança para detenção e identificações dos criminosos, para as consequências penais e cíveis, algo que todo o cidadão de bem espera que ocorra.
    Nosso equívoco até aqui talvez tenha sido imaginar que o Simpa seja o real interlocutor dos interesses dos servidores municipais. Não é. Erramos neste ponto. Mas o erro não nos afastará dos servidores e muito menos do interesse de construir uma cidade mais justa para toda a população de Porto Alegre. Continuaremos com as entregas diárias para a população, principalmente aos mais carentes da nossa cidade, apesar do Simpa.
    Reitero: a cidade precisa do diálogo e dos servidores.
    Nelson Marchezan Júnior
    Prefeito de Porto Alegre
     

  • Municipários avaliam a greve em assembléia geral nesta tarde

    “Porto Alegre pelo Diálogo”. Esse foi o apelo que reuniu centenas de municipários em greve, no Paço Municipal, ontem.
    Eles reivindicam “uma de negociação” com o prefeito Nelson Marchezan Jr. para definir o dissídio da categoria em 2018.
    O prefeito já não aceitou negociar o dissídio de 2017, levando os funcionários à Justiça para que se cumpra a lei, em ação que tramita no Tribunal de Justiça do Estado desde outubro do ano passado.
    A pauta para a negociação de 2018 foi entregue em abril pelo Simpa, o sindicato da categoria. Eles reivindicam “perdas históricas” de 6,41% e mais a reposição de 6,85% que é a inflação acumulada de maio de 2016 a abril 2018.
    Marchezan alega que a Prefeitura não tem como repor sequer a inflação simplesmente porque perdeu receitas e aumentou despesas.
    “A falta de correção anual e o aumento do custo de vida dos trabalhadores tem piorado a vida de nossas familias. Não podemos deixar que isso continue”, dizem os funcionários há 23 dias em greve parcial – 50% do atendimento nos serviços essenciais áreas essenciais, 30% nas não essenciais.
    A manifestação desta quarta-feira incluiu a entrega de carta assinada por personalidade de Porto Alegre, inclusive cinco ex-prefeitos, que pedem ao prefeito  negociação em nome da democracia na cidade.
    Nesta quinta-feira, no 23º dia de greve parcial, o sindicato dos municipário promove nova Assembléia Geral para decidir os rumos do movimento. Uma fonte disse ao JÁ que a tese de suspender a greve para dar uma demonstração de boa vontade, já que o prefeito diz que não negocia enquanto houver paralisação, ganhava corpo nas discussões que preparavam a pauta da assembléia, marcada para as 14 horas no Centro Cultural do Gaúcho. A direção do Simpro, através da assessoria de imprensa,  disse que não há uma predisposição, que a a categoria vai avaliar e decidir na Assembleia qual o melhor caminho para o movimento.
    (Texto corrigido às 13:35. eb)

    CARTA-APOIO-curvas (1)

     
     

  • Pequenos terão poucos segundos na propaganda eleitoral gratuita

    À frente de uma coligação de nove partidos, o governador José Ivo Sartori, candidato à reeleição, terá o maior tempo para a propaganda gratuita no rádio e na televisão: 3 minutos e 18 segundos, mais de um terço do total à disposição de todos os candidatos. Ele terá também o maior número de inserções: 361
    Em segundo lugar vem Eduardo Leite, ex-prefeito de Pelotas, candidato de uma aliança de sete partidos, com 2 minutos  e 45 segundos e um total de 300 inserções.
    Miguel Rossetto, candidato do PT aliado ao PCdoB tem o terceiro tempo: 1 minuto e 27 segundos, com 158 inserções.
    Jairo Jorge, do PDT, tem apoio de outros seis partidos, mas não conseguiu chegar a um minuto no rádio e na tevê. Terá 56 segundos, tempo três vezes menor do que o destinado a Sartori e menos da metade de Leite. Terá 300 inserções.
    Os demais candidatos não alcançam nem meio minuto. Roberto Robaina, do PSOL tem onze segundos. Na rabeira da fila estão Julio Flores, do PSTU, Mateus Bandeira, do Novo, e Paulo Medeiros, do PCO,  cada um com seis segundos e 12 inserções.
    Foram abordados os seguintes tópicos: propaganda em rede, propaganda por inserções, cálculo do tempo a ser distribuído, grade da propaganda em rede, pool de emissoras geradoras da rede, prazos para entrega dos materiais, formas de encaminhamento das mídias, sorteio da ordem de veiculação dos candidatos, distribuição do tempo e elaboração do plano de mídia.
    A veiculação do Horário Eleitoral Gratuito acontece de segunda a sábado, no período de 31 de agosto a 4 de outubro.
    A propaganda em bloco acontece: no rádio, das 7h às 7h25 e das 12h às 12h25, e na TV, das 13h às 13h25 e das 20h30 às 20h55.
    Nas segundas, quartas e sextas, são 7min para o cargo de senador, 9min para deputado estadual e 9min para governador.
    Nas terças, quintas e sábados, são 12min30s para presidente e 12min30s para deputado federal. A ordem de veiculação dos cargos não se altera.
    Além disso, há as inserções ao longo da programação. A inserção é uma modalidade de propaganda eleitoral gratuita veiculada nos intervalos comerciais das emissoras de rádio e televisão, em programas de 30 segundos.
    Serão veiculados 70 minutos diários de propaganda mediante inserções, o equivalente a 140 inserções de 30 segundos, na proporção de 50% para a eleição majoritária e 50% para a eleição proporcional.
    Todas as emissoras de rádio – inclusive as comunitárias – e televisão – que operam e VHF e UHF – devem oferecer os recursos previstos pela legislação: subtitulação por meio de legendas aparentes, janelas com intérprete de libras e audiodescrição.
    É dever das emissoras obter informações e tomar providências sobre a forma de captar e retransmitir o sinal único da propaganda em rede, observando sempre o rodízio das emissoras geradoras.
    Nas Eleições 2018, a geração e transmissão da propaganda em rede será revezada entre algumas emissoras com sede em Porto Alegre. Em relação às emissoras de TV, ficou definido:
    31 de agosto a 8 de setembro: RBSTV;
    10 a 17 de setembro: TV Record;
    18 a 26 de setembro: TV Band;
    27 de setembro a 4 de outubro: SBT.
    Já para as rádios, ficou determinado o seguinte:
    31 de agosto a 8 de setembro: Rádio Gaúcha;
    10 a 17 de setembro: Rádio Guaíba;
    18 a 26 de setembro: Bandeirantes;
    27 de setembro a 4 de outubro: Rádio Grenal.
    Após a definição, foram feitos os sorteios para a ordem de veiculação para cada cargo eletivo.
    A aparição das propagandas de partidos e coligações para o cargo de governador no primeiro dia será a seguinte:
    1. Jairo Jorge – Frente O Rio Grande Tem Solução (AVANTE, PDT, PMB, PODE, PPL, PV, SOLIDARIEDADE);
    2. Eduardo Leite – Rio Grande da Gente (PHS, PP, PPS, PRB, PSDB, PTB, REDE);
    3. Júlio Flores – Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU);
    4. José Ivo Sartori – Rio Grande no Rumo Certo (MDB, PATRI, PMN, PR, PRP, PSB, PSC, PSD, PTC);
    5.Roberto Robaina – Independência e Luta para Mudar o Rio Grande (PCB, PSOL);
    6. Paulo de Oliveira Medeiros – Partido da Causa Operária (PCO);
    7. Mateus Bandeira – Partido Novo (NOVO);
    8. Miguel Rosetto – Por um Rio Grande Justo (PC do B, PT).
    A partir do segundo dia de propaganda para governador, o oitavo candidato passa a ser o primeiro na ordem de veiculação, o primeiro passa a segundo, e assim sucessivamente. O resultado dos sorteios para os demais cargos pode ser conferido no site do TRE-RS.
    Por fim, foi definida a distribuição de tempo para os cargos eletivos:
    Governador:
    Frente O Rio Grande Tem Solução: 56 segundos,
    Rio Grande da Gente: 2 minutos e 45s,
    Partido Socialista dos Trabalhadores Unificados: 6s,
    Rio Grande no Rumo Certo: 3min18s,
    Independência e Luta para Mudar o Rio Grande: 11s,
    Partido da Causa Operária: 6s,
    Partido Novo: 6s,
    Por um Rio Grande Justo: 1min27s.
    Senador:
    Partido da Causa Operária: 4s,
    Brasil Acima de Tudo: 28s,
    Democracia Cristã: 6s,
    Rio Grande no Rumo Certo: 2min23s,
    Por Um Rio Grande Justo: 1min3s,
    Independência e Luta para Mudar o Rio Grande: 8s,
    Rio Grande da Gente: 1min59s,
    Frente o Rio Grande Tem Solução: 40s,
    Partido Socialista dos Trabalhadores Unificados: 4s.
    Deputado federal:
    Unidos pelo Rio Grande: 1min37s,
    Rio Grande Vencedor:1min20s,
    Partido da Causa Operária: 5s,
    Juntos o Rio Grande Tem Solução: 31s,
    Partido dos Trabalhadores: 1min35s,
    Independência e Luta para Mudar o Rio Grande: 11s,
    Frente Trabalhista Sustentável: 41s,
    Democracia Cristã: 7s,
    Partido Comunista do Brasil: 16s,
    Endireita Rio Grande: 47s,
    Partido Socialista dos Trabalhadores Unificados: 5s,
    Partido Novo: 5s,
    O Rio Grande que Queremos: 24s,
    Movimento Democrático Brasileiro: 1min30s,
    Rio Grande Unido e Forte: 3min9s;
    Deputado estadual:
    Partido Comunista do Brasil: 11s,
    Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado: 2s,
    Democracia Cristã: 4s,
    Partido Socialista Brasileiro: 35s,
    Partido dos Trabalhadores: 1min8s,
    Partido Republicano da Ordem Social: 12s,
    Independência e Luta para Mudar o Brasil: 7s,
    Renova Rio Grande: 15s,
    Agora é a Hora: 22s,
    Frente Trabalhista: 21s,
    Rio Grande Acima de Tudo: 23s,
    Partido Novo: 2s,
    Trabalho e Progresso: 1min2s,
    Juntos pelo Rio Grande: 1min10s,
    Solidariedade: 17s,
    Partido da Causa Operária: 2s,
    Movimento Democrático Brasileiro: 1min4s,
    O Rio Grande no Caminho Certo: 1min11s,
    Partido Republicano Brasileiro:22s.
    (Com informações da Assessoria de Imprensa)