Categoria: Geral

  • Efeito eleição: Sartori não foi ao lançamento da Expointer

    Ausente o governador José Ivo Sartori, representado pela esposa Maria Helena Sartori, secretária de Estado e deputada estadual, foi lançada nesta segunda-feira (6) a 41ª Expointer, que será realizada de 25 de agosto a 2 de setembro em Esteio.
    A cerimônia reuniu centenas de funcionários públicos no novo Teatro da OSPA, no centro administrativo do Estado, no que parecia destinado a tornar-se um ato de campanha eleitoral. Não foi, pelo menos formalmente. Mas foi uma festa: iniciada com a declamação de um poema de Luiz Coronel, teve sequência com o hino da Expointer deste ano apresentado pelo nativista Elton Saldanha e foi encerrada com um gaitaço de Renato Borghetti acompanhado pela orquestra de Câmara da OSPA. Na milonga final, rodaram no palco cinco pares de dançarinos.
    No principal discurso da tarde o secretário da Agricultura, Odacir Klein, queixou-se de não poder “inaugurar” – em respeito à legislação eleitoral — o novo pavilhão de exposições da agricultura familiar, que foi mais do que duplicado, chegando a 7 mil metros quadrados. “Quero dizer ao prefeito de Esteio, Leonardo Paschoal, que vamos tentar uma forma de mostrar ao povo o que foi feito – sem ferir a legislação eleitoral”, disse Klein, que chancela a Expointer pela quinta vez, sempre servindo a governos do MDB. Na primeira vez, em 1988, era secretário da Agricultura do governador Pedro Simon. Depois, entre 2002 e 2005, ocupou o mesmo cargo no governo de Germano Rigotto.
    O novo pavilhão da agricultura familiar foi construído com recursos federais autorizados pelo ministro gaúcho Mendes Ribeiro, que ocupou a pasta da Agricultura no primeiro governo de Dilma Rousseff. Com a expansão da área, o número de expositores inscritos aumentou um terço, chegando a 300 famílias que terão estandes com artesnatos, pães, cucas, geléias, sucos, vinhos, cachaças, queijos e embutidos.  (Geraldo Hasse)

  • Lula decide e indica Manuela DÁvila para vice na chapa do PT

    A candidatura do ex-presidente Lula ainda está pendurada por uma decisão da justiça eleitoral, mas o vice na chapa do PT para a presidência da República já está definido. É a deputada gaúcha Manuela DÁvila, do PCdoB.
    Embora as negociações entre os dois partidos, aliados históricos, a decisão final foi tomada pelo próprio Lula, que da prisão em Curitiba, referendou a escolha de Manuela.
    Se Lula for realmente impedido, o candidato do PT será Fernando Haddad, ex-prefeito de São Paulo, mas a vice não muda.
    Manuela fez sua iniciação na política  estudantil. Disputou a primeira eleição em 2004 e, com pouco mais de 9 mil votos, se elegeu vereadora em Porto Alegre. Tinha 22 anos, a mais jovem na história da Câmara Municipal.
    Dois anos depois foi lançada a deputada federal, elegendo-se com mais de 270 mil votos e reelegendo-se em 2010, com mais de 280 mil votos, a mais votada entre os deputados federais gaúchos e uma das mais votadas no país.
    Concorreu à prefeitura da capital gaúcha duas vezes. Ficou em terceiro lugar na primeira, em 2008. Tentou novamente em 2012 e ficou em segundo, derrotada por José Fortunati, que venceu no primeiro turno.
    Foi a deputada estadual mais votada no Rio Grande do Sul em 2014. Defende uma ampla aliança de esquerda “para derrotar os que deram o golpe em 2016”
     
     

  • Sete partidos estão na aliança que apoia Eduardo Leite

    O ex-prefeito de Pelotas, Eduardo Leite, é o candidato do PSDB ao Palácio Piratini, tendo como vice o delegado Ranolfo Vieira Jr (PTB).
    Sete partidos, além dos tucanos, estão na coligação que apoia Leite: PTB, PP, PHS, PPS, Rede e PRB.
    No sábado, depois que o deputado Luis Carlo Heinze afirmou que aceitava concorrer ao Senado e abriu mão da campanha para o governo, o Progressistas foi o último partido a se somar a coligação.
    Na convenção do PMDB, no domingo, o vice-governador, Cairoli definiu como “palhaçada” a decisão do PP de se aliar ao PSDB, abandonando a aliança com Sartori.
    A decisão veio pela aliança nacional, que colocou a senadora Ana Amélia Lemos como vice de Geraldo Alckmin (PSDB).
    Apesar de Leite ter comparecido à convenção do Progressistas no sábado, Heinze não esteve entre os tucanos no domingo. Apoiador do deputado Jair Bolsonaro, na sexta, ele disse que havia sido “surpreendido” pela decisão de Ana Amélia e teria que pensar se deixar a disputa pelo governo.
    (Com informações do Sul21)
  • PT confirma Miguel Rossetto, o sindicalista alinhado com Lula

    Em convenção neste domingo (5), o Partido dos Trabalhadores confirmou o nome de Miguel Rossetto como candidato ao governo do Rio Grande do Sul nas eleições de outubro.
    “O Rio Grande que o Povo Quer” é o bordão da campanha.
    Ana Affonso, ex-deputada, vereadora do PT em São Leopoldo, foi anunciada como  vice, mas isso ainda pode mudar.
    Da corrente sindicalista do PT (é um dos fundadores da CUT), Rossetto,  tem 58 anos. Foi vice-governador de Olívio Dutra, o primeiro petista a chegar ao poder estadual  (1999 – 2003).
    Foi ministro do Desenvolvimento Agrário, nos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, foi presidente da Petrobras Biocombustível, ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República. Era ministro  do Trabalho e Previdência Social quando o governo Dilma ruiu, em 2016.
    Sua vice é vereadora de São Leopoldo há três mandatos. É  líder do governo de Ary Vannazi (PT), na Câmara. Ana Affonso também foi deputada estadual em 2010.
    O gritos de “Lula Livre” dominaram a convenção. O PT gaúcho ainda está pendente de um acordo com o PCdoB, que colocaria Abigail Pereira como candidata a vice na chapa estadual.

    — Nós combatemos o governo Sartori, o governo das elites, do atraso. Essa direita que hoje se apresenta com duas caras será derrotada por nós, construtores da Justiça — discursou Rossetto.
    — Eu conclamo a militância a ir para todos os cantos do Rio Grande, a fazer aquilo que o Lula pediu que a gente fizesse. Que se ele não pudesse caminhar pelas ruas do país, nós caminharíamos no lugar dele pelas ruas. Que se ele não pudesse falar diretamente ao nosso povo, que ele falaria através na nossa voz e que se ele não pudesse ter a possibilidade de sonhar, ele sonharia através da nossa cabeça — discursou.
    — Está correta a estratégia do nosso partido de manter a candidatura de Lula, porque ela unifica nosso partido, ela denuncia o golpe e mostra que a consciência política nacional majoritária não aceitou, não digeriu esse golpe.
  • Tiririca quer ser deputado mais votado para candidatar-se a presidente em 2022

    O palhaço Tiririca, que exerce seu segundo mandato como deputado federal pelo PR de São Paulo, voltou atrás e não vai mais desistir da política, como havia prometido.
    Neste sábado, 4, anunciou que será candidato à reeleição e que quer ser o deputado “mais votado na história do País”, para disputar a presidência da República em 2022..
    Ele disse que  decidiu tentar a reeleição após ouvir os “pedidos do povo”.
    Francisco Everardo Oliveira Silva, o Tiririca, disse que, nos shows que ainda faz como humorista pelo Brasil, a plateia sempre pede para que ele não desista da política.
    Mas, ao que tudo indica, foi o candidato Geraldo Alckmin, do PSDB. quem convenceu  Tiririca a mudar de idéia, depois de ter anunciado reiteradamente que se retirava da política, enojado com o que viu em seus dois mandatos.
    “Geraldo, você tem o meu apoio. O País está precisando de gente honesta como você.”, disse Tiririca na convenção do PR a que o tucano compareceu.
    “Tenho certeza de que a com força do PR, nós vamos chegar lá, Tiririca”, disse o tucano. “Estou mais preparado (que em 2006) e agora estou do lado do campeão de votos Tiririca, para ver se passa um pouquinho para mim.”
    Aos correligionários, Tiririca disse que quer ser o deputado “mais votado na história do País”. “Quero ser o número um no país. Na história do país, sou o terceiro mais bem votado. Quero ser o primeiro. Quero passar o Enéas”, complementou.

    Tiririca ainda afirmou que sonha em disputar a Presidência da República. “Se Deus quiser (eu vou disputar). Vou meter a cara daqui quatro anos, você vai ver”, afirmou.

    (Com informações da Assessoria de Imprensa)Ver imagem no Twitter

  • Sartori pede mais quatro anos para "entregar o Rio Grande de pé"

    “Em 2015, recebemos o Rio Grande de joelhos. Em 2022, queremos entregar o Rio Grande de pé.
    Com esta frase o governador José Ivo Sartori encerrou o discurso na convenção do MDB, neste domingo, que aclamou seu nome como candidato à reeleição nas eleições de outubro.
    A frase é a mesma que abre o vídeo de lançamento da campanha, apresentado no final da confenção.
    “De pé, Rio Grande”, é o slogan, parafraseando o slogan do primeiro governador do PMDB, Pedro Simon, eleito em 1986. “Levanta, Rio Grande”, era o slogan de Simon.
    Seu governo impôs uma arrocho semelhante ao de Sartori, com a diferença que na reta final do governo, os controles foram afrouxados diante das demandas eleitorais.
    Naquela época não era permitida a reeleição. Simon deixou o governo para ser candidato ao Senado e sua gestão foi reprovada nas urnas: seu candidato José Fogaça não foi sequer para o segundo turno.
    A convenção do MDB em Porto Alegre teve a presença do candidato do partido à presidência da República, Henrique Meirelles e seu vice, Germano Rigotto.
     

  • Prefeitura promove eventos para revitalizar viaduto Otávio Rocha

    O Viaduto Otávio Rocha, um dos cartões postais de Porto Alegre, foi ocupado pela primeira vez por foods trucks, bike foods, trailers e suas delícias gastronômicas neste sábado, 4.

    A iniciativa da prefeitura  busca estimular a ocupação dos espaços públicos e reforçar a relação dos porto-alegrenses com a cidade. A ação segue neste domingo, 5, das 9h30 às 21h.

    A iniciativa deste fim de semana, em caráter experimental, também agradou os empreendedores que puderam levar o seu trabalho para um dos pontos de referência de Porto Alegre.

    Os proprietários da Fritos e Fritas, Viviana Melo e Marcelo Tomazini, contam que a receptividade, principalmente, da vizinhança foi ótima.

    “Este fim de semana foi o primeiro impacto das pessoas com o viaduto limpo. É preciso recuperar este espaço para a cidade”, observou Viviana.

    A revitalização e criação de áreas de convivência como esta do Centro Histórico integram o Plano Municipal de Superação da Situação de Rua.

    O secretário municipal da Saúde, Erno Harzheim, esteve no local. “Aproveitamos a ação de segurança feita pela Brigada Militar para revitalizar o viaduto. O governo municipal se esforça para promover iniciativas que tragam a população para a rua”, afirmou.

    O titular da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos, Ramiro Rosário, também visitou o viaduto e fiscalizou o trabalho conjunto realizado na última semana com outros órgãos da prefeitura. “Este é um espaço bonito, mas que precisa de conservação para que as pessoas tenham vontade de usá-lo. O próximo passo é iniciar uma ação para eliminar o que for possível das pichações”, destacou o secretário.

    O coordenador de Promoção Econômica da SMDE, Denis Carvalho, disse que na segunda-feira, 6, está prevista a presença de vendedores de flores no viaduto.

     A ação piloto neste final de semana no Viaduto Otávio Rocha, no Centro Histórico, faz parte do Plano Municipal de Superação da Situação de Rua, que tem como objetivo criar áreas de convivência para os porto-alegrenses, incentivando a gastronomia itinerante, o empreendedorismo produtivo da cidade por meio da ocupação dos espaços públicos.

  • Entidade aponta críticas e sugestões ao plano de concessão do Zoológico

    A Associação Zoo Melhor divulgou neste sábado, 4 de agosto, um documento com cinco páginas em que biólogos, veterinários e advogados apontam uma série de críticas e sugestões ao estudo de viabilidade e às minutas do edital e do contrato de concessão à iniciativa privada do Parque Zoológico, uma das três instituições vinculadas à Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul.
    Foi produzido um vídeo explicativo sobre o documento.
    O objetivo, segundo o biólogo Eduardo Polanczyk da Silva, presidente da entidade, é tornar o processo mais seguro para os animais, para o Estado, assim como para o concessionário.
    Dentre os itens abordados, estão a atualização e correção de dados do estudo de viabilidade, críticas e sugestões aos critérios de habilitação para que as empresas participarem, bem como a falta de quesitos técnicos para a qualificação das empresas.
    “Ficamos apreensivos com a forma displicente como os indicadores de qualidade foram sugeridos, a negligência a diversas espécies nativas e ameaçadas de extinção na lista que comporá o plantel obrigatório do Zoo, dando ênfase a espécies exóticas. Outro apontamento é a não inclusão de rinocerontes-brancos nesta lista, espécie exótica e ameaçada de extinção, e que o Zoo hospeda um casal há muitos anos”, diz Polanczyk.
    Outra observação é que o Estudo de Viabilidade do Parque Zoológico  apresentou dados contidos no relatório de vistoria realizado pelo IBAMA no período de 21 a 23 de janeiro de 2015. “Estes dados trazem o número médio de visitantes de aproximadamente 500 mil visitantes por ano. Porém, cabe salientar que este dado foi obtido no início do ano de 2015, período este em que a informação sobre a concessão ainda não circulava. Ao passo que, a partir do início da divulgação da intenção de conceder o Parque Zoológico, bem como algumas informações equivocadas divulgadas pela mídia, fizeram com que a visitação fosse de 261 mil 374 pessoas em 2015, 251 mil 264 pessoas em 2016 e 262 mil 502 visitantes em 2017, registra o documento da Associação Zoo Melhor.
    Confira a íntegra do documento: 
    1.   Contextualização
    Considerando o exposto nos itens I.2 e II.1 da matriz de risco apresentada no Estudo de Viabilidade do Parque Zoológico de Sapucaia do Sul – Consulta Pública, as entidades que assinam este documento julgam como de primordial importância a apresentação da presente contribuição contendo diversas considerações técnicas. Este visa contribuir para a construção do Edital de concessão do Parque Zoológico da Fundação Zoobotânica do Rio Grande, de forma a garantir que a atuação desta instituição seja embasada nos alicerces que justificam a existência dos zoológicos modernos, incrementando sua participação em programas de conservação, ampliando suas ações de educação ambiental e buscado melhorias nos indicadores de bem-estar animal.
    Outro objetivo do presente documento é reduzir os riscos, tanto para o empreendedor quanto para o poder concedente, uma vez que dados serão apresentados de forma a atualizar aspectos que possam influenciar nas decisões dos empreendedores. Em relação à redução dos riscos para o poder concedente, alguns aspectos referentes à elaboração do edital também foram abordados.
    Sendo assim, dividiremos o exposto em: (I) Informações Atualizadas e Considerações acerca do Estudo de Viabilidade; (II) Sugestões para o Edital; (III) Sugestões para o contrato.
    2.   Sugestões
    2.I – Informações atualizadas e Considerações Acerca do Estudo de Viabilidade:
    O Estudo de Viabilidade do Parque Zoológico de Sapucaia do Sul apresentou dados contidos no relatório de vistoria realizado pelo IBAMA no período de 21 a 23 de janeiro de 2015. Dentre estes dados, o que mais chamou atenção foi o número médio de visitantes, que foi apontado como, em média, 500 mil visitantes por ano. Porém, cabe salientar que este dado foi obtido no início do ano de 2015, período este em que a informação sobre a concessão ainda não circulava. Ao passo que, a partir do início da divulgação da intenção de conceder o Parque Zoológico, bem como algumas informações equivocadas divulgadas pela mídia, fizeram com que a visitação fosse de 261 mil 374 pessoas em 2015, 251 mil 264 pessoas em 2016 e 262 mil 502 visitantes em 2017.
    No que se refere à aferição da concessão, sugere-se a inclusão de um dispositivo obrigando o poder concedente a realizar eventos semestrais de fiscalização, sendo essa a frequência mínima. Tais eventos devem ser objeto de trabalho de equipe técnica, interdisciplinar, e com experiência comprovada em manejo de animais silvestres sob cuidados humanos, de modo a reduzir inseguranças ao longo do processo, tanto para a concessionária quanto para o poder concedente.
    Cabe também salientar a baixa robustez na definição dos Indicadores de Desempenho expressos no item 5.2 do Estudo de Viabilidade. A proposta inicial abordada no referido item, versa a atribuição de notas (“0” para quesitos não cumpridos ou cumpridos parcialmente e “1” para quesitos efetivamente cumpridos). Porém, na Tabela 12, a atribuição das notas é apresentada de forma distinta daquela explicitada no texto, de modo que dificulta a mensuração dos itens que serão avaliados.
    Os índices de desempenho referentes aos animais devem ser mais específicos, embasados nos serviços a serem prestados e nas obras obrigatórias, além de pontuados conforme explicado na pág. 101 do Estudo de Viabilidade Econômica. Ex: construção de recinto externo para ursos de óculos (1=recinto concluído; 0= recinto não concluído); construção de recinto indoor para os ursos (1=recinto concluído; 0= recinto não concluído); remoção do fosso vertical do recinto do elefante (1= concluído; 0= não concluído); criação e execução de programa de enriquecimento ambiental. Em função da constante preocupação com o bem-estar dos animais mantidos sob cuidados humanos pelo empreendimento, solicita-se a inclusão de um fator de avaliação de qualidade que perpasse pelo recebimento ou não de certificações em relação ao bem-estar animal.
    No índice de satisfação dos usuários, a entrevista deve ser dividida em áreas de interesse (ex.: Acessibilidade; Atividades Educacionais; Ambientação dos Recintos; Atendimento Ao Público). Para cada área de interesse abordada na entrevista, atribui-se nota 0 para aprovação média inferior à 59,99% e nota 1 para aprovação maior que 60%.

    O índice de satisfação dos usuários deve conter questões como Acessibilidade, Atividades Educacionais, Atendimento Ao Público e Ambientação dos Recintos

    2.II – Sugestões para o Edital:
    2.II.1 – Na qualificação técnica, exigir:
    Considerando que um dos objetivos da concessão é melhorar a prestação do serviço oferecido, tanto para o público, quanto para os animais, não entendemos como adequada a redução do número de técnicos atuando na instituição. Assim, sugerimos alterar a redação do item 13.21.1., para:
    13.21.1. Comprovar vínculo com, no mínimo, três profissionais com formação superior em Ciências Biológicas e dois profissionais com formação superior em Medicina Veterinária;
    13.21.1.1. Os profissionais citados devem possuir experiência mínima de três anos no manejo de animais selvagens sob cuidados humanos;
    13.21.1.2. O(s) atestado(s) emitido(s) em favor do(s) profissional(is) deverá(ão) estar devidamente registrado(s) no conselho de classe competente e ser acompanhado(s) da(s) respectiva(s) certidão(ões) de acervo técnico.
    2.II.2 – Na qualificação operacional:
    Tendo em vista a complexidade que envolve a atividade de um Parque Zoológico e considerando a extensa área e o grande número de animais de diferentes espécies que compõem o plantel do Parque Zoológico da FZB, entendemos que deve ser considerado como um pré-requisito à habilitação para concorrer ao certame a experiência em gestão e operação de estabelecimentos de manejo de fauna silvestre nativa ou exótica, mantida sob cuidados humanos.
    Alterar a redação do item 13.29.1, subdividindo o mesmo em dois itens. Sendo assim, substitui-se o texto:  “…Gestão e Operação de Jardins Zoológicos, pontos turísticos, parques ou assemelhados com visitação média de 165.000 visitantes por ano…” para o sugerido abaixo:
    13.29.1. Gestão e operação de empreendimento utilizador de fauna silvestre, previsto na legislação vigente, por, no mínimo, três anos;
    13.29.2. Gestão e operação, por período superior a cinco anos, de pontos turísticos, parques ou assemelhados, com visitação média de 165 mil visitantes por ano; e
    13.29.3. Execução de empreendimento no qual tenha sido realizado investimento de no mínimo, R$ 25 milhões de reais.
    2.II.3 – Plano de Negócios no Anexo 10;
    2.II.3.1 – Inclusões no item 1.4.3. Custos e Despesas;
    Incluir os seguintes custos fixos no item 1.4.3:

    • Pagamento das anuidades da Associação de Zoológicos e Aquários do Brasil (AZAB);
    • Medicamentos Veterinários;
    • Exames periódicos;
    • Material Enriquecimento Ambiental;

    2.II.c.2 – Alteração no item 1.4.6. Investimentos;
    Propõe-se a descrição das obras no edital, com as obras mais necessárias e prioritárias sendo efetuadas ao longo do primeiro ano.  Sugerimos que as seguintes obras constem no edital como obrigatórias.

    • Construção de novo recinto outdoor para os ursos-de-óculos;
    • Construção de recinto indoor para os ursos-de-óculos;
    • Construção de novo recinto para os tigres;
    • Adequação do recinto do elefante
    • Remoção do fosso Vertical
    • Construção de área para treinamento
    • Substituição do substrato da casa por areia
    • Adequação da piscina
    • Portão para acesso de maquinário pesado
    • Melhoria nos dormitórios dos chimpanzés;
    • Melhoria nos dormitórios dos mandris;

    Necessária adequação do recinto do elefante

    2.III – Sugestões para o Contrato:
    2.III.1 – Cláusula 5: Transição operacional:
    2.III.1.1 –Alteração do item 5.4.2.
    Incluir a lista de animais entregues para a concessionária neste item. Sugestão de redação:
    “…5.4.2. no prazo máximo de 60 (sessenta) dias, a contar da data de assinatura do TERMO INICIAL DE TRANSFERÊNCIA DO ZOOLÓGICO, proceder ao levantamento exaustivo dos animais, bens imóveis, instalações, equipamentos e mobiliários instalados no PARQUE ZOOLÓGICO DE SAPUCAIA DO SUL, com vistas à assinatura do TERMO DEFINITIVO DE TRANSFERÊNCIA DO ZOOLÓGICO;…”
    2.III.1.2 – Exclusão do item 5.4.6.
    Salientamos que o período de transição operacional (no que diz respeito ao manejo dos animais) é de fundamental importância para que se possa buscar um menor impacto possível na rotina dos animais e também a fim de evitar acidentes que podem ser dos mais diferentes tipos, inclusive fatais. Sendo assim, descrever com maiores detalhes como será realizada a transferência dos serviços ligados diretamente aos animas, mais especificamente o manejo diário que inclui o conhecimento do ciclo de vida e das particularidades de cada espécie ao longo das estações do ano (ex. troca de chifres, mudança na alimentação e comportamento), conhecimento das estruturas dos recintos (furnas, dispositivos de segurança, cabeamentos, etc), condicionamento, alimentação e higienização. Desta forma, entendemos que o período mínimo para transição operacional das atividades do Zoológico deve ser de um ano.
    2.III.2. – Anexo 2:  Indicador de Qualidade:
    Assim como fora observado no item 5.2 do Estudo de Viabilidade do Parque Zoológico de Sapucaia, a baixa robustez na definição dos Indicadores de desempenho das atividades relacionadas aos animais (melhoria e construção de recintos, programas de enriquecimento ambiental, programa de condicionamento ambiental, manutenção de plantel mínimo de animais, atividades e programas de conservação, entre outros) também aparece no Anexo 2 da Minuta de Contrato. A atribuição de notas sugerida é “0” para quesitos não cumpridos ou cumpridos parcialmente e “1” para quesitos efetivamente cumpridos.
    Urso de óculos

    Os sub indicadores de desempenho referentes aos animais (ITEM2.1.2, Anexo 2 da Minuta do Contrato) devem ser mais específicos, embasados nos serviços a serem prestados e nas obras obrigatórias apontadas no edital, Ex: construção de recinto externo para ursos de óculos (1=recinto concluído; 0= recinto não concluído); construção de recinto indoor para os ursos (1=recinto concluído; 0= recinto não concluído); remoção do fosso vertical do recinto do elefante (1= concluído; 0= não concluído); criação e execução de programa de enriquecimento ambiental. Em função da constante preocupação com o bem-estar dos animais mantidos sob cuidados humanos pelo empreendimento, solicita-se a inclusão de um fator de avaliação de qualidade que perpasse pelo recebimento ou não de certificações em relação ao bem-estar animal.
    No índice de satisfação dos usuários, a entrevista deve ser dividida em áreas de interesse (ex.: Acessibilidade; Atividades Educacionais; Ambientação dos Recintos; Atendimento Ao Público). Para cada área de interesse abordada na entrevista, atribui-se nota 0 para aprovação média inferior à 59,99% e nota 1 para aprovação maior que 60%.
    2.III.3. – Anexo 3: Encargos e Investimentos Obrigatórios:
    Ao abordar a reestruturação e manutenção de instalações existentes (item 2.2.), julgamos importante incluir, explicitamente, as obras mencionadas no edital como obrigatórias. São elas:

    • Construção de novo recinto outdoor para os ursos-de-óculos;
    • Construção de recinto indoor para os ursos-de-óculos;
    • Construção de novo recinto para os tigres;
    • Adequação recinto do elefante
    • Remoção do fosso Vertical
    • Construção de área para treinamento
    • Substituição do substrato da casa por areia
    • Adequação da piscina
    • Portão para acesso de maquinário pesado
    • Melhoria nos dormitórios dos chimpanzés;
    • Melhoria nos dormitórios dos mandris;

    Ao observar o item 2.3. causa estranheza o enfoque total dado às espécies exóticas, considerando que um dos pilares de atuação dos zoológicos deve ser a educação ambiental e a conservação. Também é conhecida a realidade de CETAS e CRAS ao longo de toda a extensão do país, com inúmeros animais que não possuem condições de retorno à natureza e que carecem de ambientes adequados para sua manutenção sob cuidados humanos. Sendo assim, sugerimos que seja reavaliada a lista de espécies (item 2.3.1) que comporão o plantel mínimo de animais para que seja garantida a representatividade significativa de espécies nativas, principalmente aquelas enquadradas em alguma categoria de ameaça.
    Outra situação que chamou a atenção é a não ocorrência de rinoceronte-branco no item 2.3.1. Sendo que há um casal desta espécie no Zoo atualmente. Sugerimos que esta espécie seja incluída na categoria de obrigatória.
    3.   Considerações finais
    A complexidade e imprevisibilidade das atividades de manejo de animais silvestres, nativos e exóticos, que envolvem a operação de um zoológico de grande porte, são características que tornam extremamente recomendável a necessidade de mais profissionais (biólogos e veterinários) do que o previsto no edital de concessão.
    Uma preocupação grande existe em relação a animais que atualmente habitam o Zoo e que não constam na lista de espécies que comporão o plantel obrigatório (ex. rinoceronte-branco), tendo em vista que não há previsão no edital do destino destes animais.
    Outra situação é a não determinação de prazo limite para implementar o plantel obrigatório. Não obstante, salientamos a baixíssima representatividade de espécies nativas na lista de espécies obrigatórias. Ao abordar a devolução dos bens, não está explicito como se procederá em relação aos animais.

    Os bugios-ruivos espécie nativa ameaçada/foto Caroliny Oliveira

    É extremamente importante a inclusão, de modo explícito e claro, algumas demandas que devem ser tratadas como obras obrigatórias. Estas são aquelas que, principalmente, trarão melhoras consideráveis na qualidade de vida dos animais. Estas obras estão apontadas neste documento.
    Outro aspecto de suma importância é a necessidade de detalhar melhor os índices de qualidade. Uma vez que estes são ferramentas que servirão para o poder concedente balizar suas ações de fiscalização, garantindo assim uma boa prestação de serviço para a população, as ações de conservação e educação ambiental e a melhoria na qualidade de vida dos animais.
    Ainda, colocamo-nos a disposição desta Secretaria para maiores informações sobre o que foi exposto neste documento ou mesmo para contribuir com o que for necessário à construção do edital e contrato definitivos. Para tal, nosso e-mail de contato é associação.zoomelhor@gmail.com.

  • Arquiteta desenvolve projeto de habitação social em prédios vazios do Centro

    A arquiteta e urbanista Adriana Sabadi, 26 anos, dedicou seu trabalho de conclusão de curso na UFRGS a um tema que desde adolescente lhe causa estranheza ao circular pelas ruas centrais de Porto Alegre: as dezenas de prédios vazios, alguns deles abandonados.
    Em sua pesquisa, identificou 49 edifícios ociosos, no centro histórico da capital.

    Prédio da antiga CGA, na Voluntários da Pátria, 656/ Foto João Rovati/Divvulgação

    Selecionou 30 em áreas com menos habitação e elaborou uma proposta de política habitacional para 16 desses prédios, com potencial de criar aproximadamente 1.245 apartamentos, relativamente pequenos, entre 30 e 40 metros quadrados.
    Seu trabalho “Morar no Centro, Viver na Cidade: Habitação, mistura social e funcional” foi apresentado na quarta-feira, dia 1º de agosto, no Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB RS), que recebeu um bom público.
    Adriana mapeou 49 prédios vazios na região central e selecionou 16 para a pesquisa

    Adriana nasceu na Santa Casa de Misericórdia e sempre viveu no Centro, portanto, não foi difícil mapear os prédios vazios pelas quais cruzava diariamente.
    “O centro da Capital tem que voltar a ter o uso misto, e ao revitalizar a região com moradias, aumenta a circulação de pessoas em todos os horários, dando maior sensação de segurança, inclusive nos fins de semana, quando as ruas ficam desertas”, diz a arquiteta.
    Seu trabalho propõe reabilitar esses edifícios que estão subutilizados ou ociosos, através de uso misto – salas comerciais nos andares baixos e unidades destinadas a moradias nos demais. “Preferencialmente de interesse social, em que as pessoas iriam pagar um aluguel social, conforme sua renda”, afirma Adriana, que também presta trabalho voluntário na equipe de Desenvolvimento de Habitat na ONG Teto Brasil, São Paulo.

  • Brigada Militar promete manter viaduto Otávio Rocha transitável e com segurança

    A população que morava embaixo da escadaria do viaduto Otávio Rocha, na Borges de Medeiros, no Centro Histórico de Porto Alegre, foi avisada da operação que a Brigada Militar fez na manhã de terça-feira para removê-la do local.
    Isso é que se pode deduzir da entrevista dada pelo tenente-coronel Rodrigo Mhor nessa quinta-feira à veículos de comunicação da capital.
    Quando a Brigada chegou ao local, só havia três dos cerca de 40 moradores que habitavam o lugar. Possivelmente, os antigos moradores se mudaram para outros pontos da cidade.
    Segundo o tenente-coronel Mhor, a população de rua mesmo, praticamente, tinha sido expulsa do local por ladrões, usuários de drogas e pequenos traficantes que tomaram conta do lugar nos últimos anos.
    Nessa quinta-feira, uma das moradoras do local dormia próxima à escadaria, próximo a um ponto de ônibus. O sargento Alex, que acompanhava o tenente coronel Mohr ao local, explicou que a Brigada não podia removê-la. “É visível que ela é uma moradora de rua, não é caso para a Brigada e sim para a Assistência Social”.

    Moradora se abriga em local próximo à área coberta do viaduto. Foto: JÁ

    Os brigadianos foram seguidamente abordados e cumprimentados pela ação, por pessoas que passavam pelo Viaduto. O tenente-coronel Mohr disse que o local vinha sendo monitorado pela polícia já que havia um registro alto de violência, pequenos roubos e consumo e venda de drogas.
    Outros pontos do Centro da capital, segundo o oficial, que merecem à atenção da Brigada por problemas semelhantes são o Largo Glênio Peres e a avenida Voluntários da Pátria.
    Hoje os brigadianos estavam mostrando um dos pontos mais problemáticos do trajeto de quem passa embaixo do Viaduto da Borges de Medeiros. É uma entrada, que estava fechada, mas foi arrombada, que dá acesso à uma escadaria que liga à parte de cima do viaduto. O local passará por uma limpeza, como o restante do viaduto. A promessa da Brigada e da prefeitura Municipal é manter o local limpo e transitável de agora em diante, com presença de policiais a pé e viaturas circulando pela área.
    Parte de baixo do viaduto está mais transitável. Foto: JÁ