Categoria: Geral

  • Parque da Orla recebe 30 mil no fim de semana de pouco sol

    No final de semana em que completou seu primeiro mês de aniversário, a Orla Moacyr Scliar, recebeu um público aproximado de 30 mil pessoas.
    O sábado úmido e com pancadas de chuva e o domingo, embora ensolarado, ventoso e frio, reduziram a presença de visitantes. A média de público tem sido em torno de 50 mil pessoas nestes dias.
    Quem apareceu, gostou do que viu. Iraci Berstein, por exemplo, saiu de Teutônia bem cedo, junto ao esposo e netos. Deixaram o carro no entorno do Paço Municipal e só retornaram ao final da tarde. “Lugar perfeito para uma boa caminhada, um chimarrão e ainda esperar o pôr do sol, o que não deu desta vez, mas voltaremos no verão”, prometeu.
    A visitante também elogiou a preocupação com a limpeza do local, mas observou pessoas jogando sobras de alimentos e sacos plásticos pelo caminho. Nesse sentido, a Secretaria Municipal do Meio Ambiente e da Sustentabilidade (Smams), responsável pela gestão do parque, vem atuando junto aos frequentadores para divulgar boas práticas de uso, como recolher os resíduos gerados, conduzir animais na guia, não fazer fogueiras, não utilizar amplificadores de som, não circular com veículos no interior do parque entre outras boas práticas.
    A Smams também firmou parceria com a empresa Uber do Brasil Tecnologia Ltda, a qual irá adotar o parque urbano da orla, desenvolvendo serviços de limpeza geral, corte de grama e zeladoria, o que inclui manutenção dos pisos e vigilância.
     
     

  • Por trás dos buracos da freeway, o primeiro leilão de rodovias do governo Temer

    Há 23 dias sem manutenção, a free way virou uma sucessão de buracos.
    O repórter Marcelo Kervalt, da RBS, contou 288 buracos, com muita “crateras” nos 96 quilômetros de Porto Alegre até Osório..
    A quantidade de imperfeições no asfalto intrigou o DNIT, segundo o superintendente regional Allan Magalhães, que solicitou levantamento técnico para identificar “possíveis problemas estruturais”.
    “Um pavimento de qualidade não se deteriora com tanta facilidade”, disse em entrevista o superintendente regional do DNIT. Alguns buracos em close na mídia mostravam uma camada fina de asfalto.
    Apontada como mais um sinal da incompetência do poder público, a deterioração da rodovia, que já foi “a melhor do Brasil”, é na verdade resultado de um jogo bruto de interesses.
    A Concepa, ao final de uma concessão de 20 anos mais um de prorrogação, era por sua performance, favorita na disputa pelo primeiro lote de concessões rodoviárias do governo Temer este ano.
    É a chamada Rodovia da Integração Sul. Envolve a BR 290,(um trecho mais a  “free way”) e outras três estadas federais das mais movimentadas do Estado, num total de 473 quilômetros, onde seriam instaladas sete praças de pedágios..
    O processo de licitação estava a cargo da Secretaria Especial do Programa de Parcerias e Investimentas, comandadas pelo ministro Moreira Franco. A situação era tão favorável à Concepa que a ela foi encomendada a minuta do edital para a escolha dos concessionários.
    O ministro dos Transportes na época, Geraldo Quintella, falava do “Concepão”, como era conhecido internamente esse projeto de concessão.
    Em fevereiro deste ano, porém, um relatório do TCU rejeitou a minuta do edital e os estudos para a concessão feitos pela Triunfo Participações e Investimentos, a dona da Concepa.
    Diz o TCU que foram “omitidos investimentos necessários, além de diversas inconsistências e assimetrias de informações”, além de  “favorecer a inclusão de aditivos contratuais após o leilão, favorecendo a empresa com o aumento do pedágio”.
    O relatório exige 34 mudanças no edital e critica os estudos técnicos feitos pela Triunfo Participações e Investimentos.
    A TPI foi a única a realizar estudos para o leilão por meio de Procedimento de Manifestação de Interesse Público que repassa da União para a iniciativa privada os estudos de concessões.
    Os auditores do TCU tiveram, também, acesso a documentação apreendida pela Polícia Federal na Operação Cancela Livre em agosto de 2017, que apurou possíveis fraudes e desvios de receitas  pela empresa durante obras na freeway. Ela teria faturado R$ 72,4 milhões indevidamente.
    A Concepa contesta tudo isso e diz que ao contrário é credora por investimentos que fez no periodo de prorrogação do contrato e que não estavam previstos.
    O leilão dos pedágios na Rodovia da Integração Sul está marcado para novembro. Depois das eleições, no último mês do governo Temer.
     

  • China já compra do Brasil mais do que 28 países da União Européia

    A soja em grão respondeu por 16% do total de exportações do Brasil no primeiro semestre deste ano, segundo o Indicador do Comércio Exterior divulgadopelo Instituto Brasileiro de Economia.
    Em seguida no ranking do comércio exterior, vêm as vendas de minério de ferro e o petróleo bruto. Os três itens chegam a 33% do total exportado pelo país
    Mas o que chama atenção na pauta de exportações do Brasil é a participação da China.  O país asiático, segundo o Indicador, mantém-se como principal destino dos produtos brasileiros, já tendo ultrapassado a parcela dos 28 países da União Europeia.
    Segundo a publicação, as exportações brasileiras para a China cresceram 26% no primeiro semestre do ano.
    Segundo o estudo , como a pauta de exportações do país tem se concentrado em poucas commodities e a China vem ganhando participação como país destino dos produtos brasileiros, “é forçosa a necessidade de se discutir uma nova agenda da política de comércio exterior do país”.
    No volume global, as  exportações brasileiras caíram 11%, por conta das restrições à carne (-42%) e petróleo (-49%). Já o complexo da soja, por sua vez, registrou variação positiva de 11,6%, com o término da greve dos caminhoneiros.
     

  • Bancos fecham 10 mil postos de trabalho por ano desde 2012

    De janeiro de 2012 a junho de 2018, o setor bancário no Brasil fechou 57 mil postos de trabalho, o que dá uma média aproximada de 10 mil por ano.
    Esse é um dos dados colocado na mesa pelo Comando Nacional dos Bancários nesta quarta-feira (25) em mais uma rodada de negociações da campanha salarial com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).
    A pauta da reunião é a garantia de emprego, em um setor que, apesar dos lucros astronômicos, eliminou mais de 57 mil postos de trabalho desde 2012.
    A categoria também reivindica cláusulas contra contratos precários, previstos na legislação após a “reforma trabalhista”.
    Bancários de todo o país foram convocados a participar de um tuitaço para reivindicar o fim das demissões e mais contratações no setor financeiro, para melhorar o atendimento à população e reduzir a sobrecarga de trabalho. A hashtag a ser usada é #empregoébomeeugosto.
    Clientes também podem participar do tuitaço para expressar sua insatisfação com as grandes filas e o atendimento precário nas agências, problemas decorrentes da falta de funcionários..
    A categoria reivindica responsabilidade social equivalente à lucratividade do setor. Em 2017, os cinco maiores bancos no Brasil (Itaú, Bradesco, Santander, BB e Caixa) lucraram, juntos, R$ 77,4 bilhões, crescimento de 33,5% em relação ao ano anterior.
    Só no primeiro trimestre deste ano, os mesmos cinco já atingiram R$ 20,3 bi em lucro, 18,7% a mais do que em igual período de 2017.
    Por outro lado, entre janeiro de 2012 e junho de 2018, os bancos eliminaram 57.045 postos de trabalho, o que representou redução de 11,5% neste período.
    Uma média de 731 desempregados por mês. No primeiro semestre, o total de vagas extintas já chegou a 2.846. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho.
    “Os bancos não têm razão para demitir e é isso que vamos cobrar na rodada de negociação desta quarta-feira”, afirma a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira. “Queremos respeito aos empregos e também garantir na CCT que os bancários não sejam trocados por trabalhadores terceirizados, nem pelas formas de contratação previstas na lei trabalhista do pós-golpe, como autônomos, intermintentes”, reforça a dirigente, que é uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários.
    Segndo dados da Contraf-CUT, o número de clientes por empregado subiu 13,3% no Bradesco; 6,9% no Santander; 14% na Caixa; 6,9% no Itaú; 6,7% no BB. Para a entidade, isso se traduz em sobrecarga, estresse, pressão por metas, assédio moral e o consequente adoecimento da categoria. “Um setor que bate recorde de lucratividade todos os anos há quase duas décadas, devolve à sociedade brasileira uma legião de desempregados e adoecidos”, ressalta Juvandia, lembrando que o setor foi responsável por apenas 1% dos empregos criados no país, mas provocou 5% dos afastamentos por doença, entre 2012 e 2017 (de acordo com dados do Observatório Digital de Saúde e Segurança do Trabalho).
    (Com informações da RBA)

  • Facebook exclui por fake news páginas atribuídas ao MBL

    Uma rede de páginas e contas do Movimento Brasil Livre (MBL) foi excluída pelo Facebook, nesta quarta-feira (25), conforme informou a agência Reuters..
    Os perfis eram utilizados para propagar notícias falsas pelo grupo de extrema-direta.
    Segundo a agência, foram desativados 196 páginas e 87 contas no Brasil por sua participação em “uma rede coordenada que se ocultava com o uso de contas falsas no Facebook, e escondia das pessoas a natureza e a origem de seu conteúdo com o propósito de gerar divisão e espalhar desinformação”.
    A rede social alega que tenta  evitar influência de mentiras nas eleições de outubro.
    Através de comunicado, o Facebook afirma que retirou a rede do ar no Brasil após uma “rigorosa investigação” porque os perfis envolvidos eram falsos ou enganadores, violando sua política de autenticidade.
    Mesmo sem identificar as páginas ou usuários envolvidos, a Reuters afirma que a rede era administrada por membros importantes do MBL. Até o fechamento desta matéria representantes da entidade ainda não haviam respondido de imediato a diversos pedidos por comentários.
    As páginas desativadas tinham, ao todo, cerca de meio milhão de seguidores. Elas replicavam notícias sensacionalistas relacionadas à política, com uma abordagem conservadora, de sites como Jornalivre e O Diário Nacional, entre outros.
    (Com informações da Rede Brasil Atual)

  • Estudo prevê crescimento da população brasileira até 2047

    A população do Brasil vai parar de crescer em 2047, quando o país chegar a 233,2 milhões de habitantes.
    A partir deste ano, entrará em declínio gradual. Em 2060 terá cerca de 5 milhões a menos, chegando aos 228,3 milhões.
    As projeções são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e fazem parte da Revisão 2018 da Projeção de População, que estima os padrões de crescimento da população do país ano a ano, por sexo e idade para os próximos 42 anos.
    Antes de 2048, 12 estados (Piauí, Bahia, Rio Grande do Sul, Alagoas, Minas Gerais, Paraíba, Rio de Janeiro, Ceará, Pernambuco, Maranhão, Paraná e Rio Grande do Norte) deverão ter redução na sua população.
    Segundo o IBGE, a principal característica dessas unidades da federação é o saldo migratório negativo.
    No limite da projeção em 2060, oito estados (Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Amapá, Roraima, Amazonas e Acre) não terão queda nas suas populações. O IBGE explicou que eles apresentam saltos migratórios positivos e/ou têm taxas de fecundidade total mais elevadas.
    Fecundidade
    O órgão acrescentou que o crescimento populacional é determinado pela combinação do perfil migratório, incluindo áreas de expulsão ou atração de pessoas; com taxas de fecundidade de uma unidade da federação.
    Os estados do Piauí e da Bahia apresentam quedas importantes de fecundidade nos últimos anos e, segundo o instituto, perdem população para outros estados do país.
    Apesar de não registrar altas quedas de fecundidade, atualmente, a situação já foi diferente para o Rio Grande do Sul, que é também um estado “emissor”. Na definição do IBGE, as três unidades da federação devem ser os primeiros a apresentar redução de população.
    A taxa de fecundidade total para 2018 é 1,77 filho por mulher. Quando chegar a 2060, o número médio de filhos por mulher poderá cair para 1,66. Os estados de Roraima com 1,95; o Pará,  Amapá,  Maranhão,  Mato Grosso e  Mato Grosso do Sul, com 1,80, são os que deverão ter as maiores taxas de fecundidade. As menores poderão ser no Distrito Federal com 1,50; e em Goiás, no Rio de Janeiro e em Minas Gerais, esses com 1,55. A idade média de 27,2 anos em que as mulheres têm filhos em 2018, aumentará para 28,8 anos, em 2060.
    Idade
    A média de idade da população brasileira é  32,6 anos em 2018. Os estados da Região Norte, Alagoas e Maranhão têm a média em 30 anos. A explicação é que têm taxas de fecundidade total mais elevadas e se situam mais tardiamente na transição da fecundidade. O Acre tem a menor média (24,9 anos). Ao contrário, os estados das Regiões Sul e Sudeste registram média acima da projetada para o Brasil. O mais envelhecido é o Rio Grande do Sul com 35,9 anos. Para o IBGE, o avanço na idade populacional pode ser medido também com a comparação das pessoas com 65 anos ou mais e os menores de 15 anos, por meio do índice de envelhecimento da população.
    Conforme o estudo, em 2060, um quarto da população (25,5%) terá mais de 65 anos. No total, para cada 100 pessoas com idade de trabalhar, que é a faixa compreendida entre 15 e 64 anos, o país teria 67,2 indivíduos acima desta idade ou abaixo de 15 anos. No nível do Brasil, o índice em 2018, indica que o país tem 43,2 crianças de até 14 anos para cada 100 idosos com 65 anos ou mais. Em 2039, a projeção aponta que o indicador vai passar de 100, o que representará mais pessoas idosas que crianças. O estudo mostra que, em 2029, o Rio Grande do Sul deverá ser o primeiro a ter uma proporção maior de idosos do que de crianças de até 14 anos. Mas em 2033, o Rio de Janeiro e Minas Gerais deverão ter relação semelhante. Com comportamento diferente, o Amazonas e a Roraima vão continuar com mais crianças e idosos até o limite da projeção em 2060.
    Expectativa de vida
    Com 79,7 anos, Santa Catarina, que, atualmente, tem a maior esperança de vida ao nascer para ambos os sexos, subirá para 84,5 anos em 2060. O Maranhão, com a menor expectativa de vida ao nascer (71,1 anos) em 2018, vai perder a posição para o Piauí que em 2060, terá a taxa de 77 anos.
    Dependência
    O IBGE estimou também que a razão de dependência da população brasileira em 2018 é 44%. Isso significa que 44 pessoas com idades menores de 15 anos e maiores de 64 dependiam de cada 100 indivíduos em idade de trabalhar. A proporção deve subir para 67, 2% em 2060.
    O instituto chamou atenção que em 2010, a razão de dependência era 47,1% e atingiu o menor patamar em 2017, quando registrou 44%. Até 2028 a expectativa é crescer alcançando 47,4%, o mesmo do que foi anotado em 2010.
    Eleitores
    O IBGE informou que, em 2018, o Brasil tem 160,9 milhões potenciais eleitores, ou seja, pessoas com 16 anos ou mais. Em comparação com 2016 houve uma elevação de 2,5%, quando havia 156,9 milhões nesta faixa de idade.
    Imigração
    A Projeção de População avaliou os movimentos de migração internacional. A estimativa é que, entre 2015 e 2022, o número de venezuelanos imigrantes no Brasil chegue a 79 mil.
    Estudo
    A projeção detalha a dinâmica de crescimento da população brasileira, acompanhando suas principais variáveis: fecundidade, mortalidade e migrações. Além de projetar o número de habitantes do Brasil e das 27 unidades da federação no período entre 2010 e 2060. O estudo é uma parceria do IBGE com órgãos de planejamento de quase todos os estados brasileiros e segue as recomendações da Divisão de População das Nações Unidas.
    (Com Informações da Agência Brasil)

  • Comitê faz malha fina para cortar benefícios irregulares na Previdência

    Até o final do ano, mais de R$ 5 bilhões em benefícios da Previdência Social deverão ser cortados por causa de irregularidades.
    O corte segue o trabalho de revisão de benefícios sociais feito pelo Comitê de Monitoramento e Avaliação de Políticas Públicas Federais (CMAP), criado em abril de 2016 e formado por técnicos e dirigentes da CGU e dos ministérios do Planejamento, da Fazenda e da Casa Civil.
    Conforme o Secretário Federal de Controle Interno da CGU, Antônio Carlos Bezerra Leonel, ainda não é conhecido o número de pessoas que perderão os benefícios por causa de fraude. A CGU não divulgou quais irregularidades estão em apuração.
    Nesta terça-feira (24), o governo anunciou a suspensão de 341.746 auxílios-doença e 108.512 aposentadorias por invalidez, que totalizam R$ 9,6 bilhões no pagamento de auxílios-doença acumulado entre o segundo semestre de 2016 e 30 de junho de 2018.
    Até o fim do ano, serão revisados 552.998 auxílios-doença e 1.004.886 aposentadorias por invalidez.
    Bolsa Família
    Além de benefícios previdenciários, o CMAP revisou os benefícios pagos pelo programa Bolsa Família. Em dois anos, 5,2 milhões de famílias foram excluídas, e outras 4,8 milhões entraram no programa.
    “No caso do PBF [Bolsa Família] não há propriamente uma economia de recursos, mas a focalização do programa”, assinala o ministro do Desenvolvimento Social, Alberto Beltrame. Segundo ele, a exclusão de pessoas recebendo benefícios de forma irregular permitiu manter zerada a fila de espera de novos cadastrados no programa.
    Os anúncios de corte de benefícios sociais e previdenciários são recebidos com cautela pela sociedade civil.
    Lylia Rojas, do Conselho Federal de Serviço Social (CFESS), argumenta que falta à medida “transparência necessária” e que há casos de pessoas que tem o benefício indevidamente cortado e depois recuperam o direito na Justiça, gerando mais gastos ao erário.
    Para o diretor-executivo da Transparência Brasil (ONG), Manoel Galdino, as fraudes ocorrem porque “o governo é desorganizado” e não mantêm a base dos cadastros eletrônicos interligados – o que dificulta cruzamentos, e não divulga informações sobre envolvidos e a abertura de processos.
    Para Gil Castelo Branco, do site Contas Abertas, “é preciso que seja feito regularmente um trabalho de inteligência para evitar que as fraudes cheguem às atuais proporções”. De acordo com ele, “onde há benefício há alguém tentando se favorecer ilegalmente”.
    Fraudes fiscais
    Em resposta às críticas, o Secretário Federal de Controle Interno da CGU, Antônio Carlos Bezerra Leonel, afirma que “o corte de benefícios irregulares é na casa dos milhões e que os recursos judiciais são na casa dos milhares”.
    De acordo com ele, o Comitê de Monitoramento e Avaliação de Políticas Públicas Federais está investindo em tecnologia de informação para melhorar o cruzamento de dados cadastrais e registros administrativos. Ele pondera que a divulgação de nomes de supostos envolvidos em fraude tem que observar a lei, que prevê confidencialidade de dados cadastrais.
    Conforme Bezerra Leonel, o governo também criará um comitê de monitoramento das políticas fiscais. Uma portaria está em elaboração na Casa Civil para a implantação de um grupo que apure eventuais fraudes de empresas beneficiadas com isenções de tributos e de renúncia fiscal.
    (Com informações da Agencia Brasil)

  • Empresas que devem ICMS ainda tem prazo para pagar com precatórios

    Os devedores de ICMS e outros tributos, com dívida inscrita até março de 2015, tem ainda uma semana para aproveitar condições especiais de paqamento, podendo usar precatórios vencidos para pagar até 85% do total e ainda ter desconto nos juros.
    As empresas que aderirem ao programa Compensa-RS até o próximo dia 2 de agosto (quinta-feira) terão redução de 20%, 25% ou 30% nos juros, dependendo da condição de pagamento escolhida.

    Lançando em março, o programa registrou até o momento o ingresso de R$ 22,975 milhões, com 95 processos sob análise.
    Para o subsecretário adjunto da Receita Estadual, Luis Fernando Crivelaro, o movimento deve aumentar na reta final desta fase do Compensa-RS.
    É o período mais atrativo para os contribuintes de ICMS que declararam os débitos em GIA, por isso a expectativa é de crescimento acentuado nos processos de compensação até quinta-feira.
    É um momento também em que vai esquentar o mercado de precatórios
    Depois deste prazo, as negociações utilizando de precatórios seguirão valendo, porém sem estes benefícios. A dívida do governo com precatórios atualmente é de cerca de R$ 12 bilhões. A dívida ativa com o Estado supera a marca de R$ 43 bilhões, dos quais R$ 37 bilhões foram inscritos até 25 de março de 2015, período de corte para adesão ao programa.
    O débito inscrito em dívida ativa pode ser compensado em até 85% do seu valor atualizado, com o restante devendo ser pago aos cofres públicos. Como condição para adesão, o devedor deve pagar 10% do débito em dinheiro, em até três parcelas. Os 5% restantes podem ser parcelados em até 60 vezes. É possível indicar mais de um débito para compensar com o precatório ou usar mais de um precatório na operação.
    (Com informações da Assessoria de Imprensa.)
  • Maioria dos acessos à internet no Brasil é via celular

    A conexão à internet somente pelo celular se tornou a forma mais comum de navegar na web no Brasil.
    A conclusão é da pesquisa TIC Domicílios 2017, produzida pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (CETIC.Br), vinculado às Nações Unidas e ao Comitê Gestor da Internet no Brasil. O levantamento divulgado hoje (24) é um dos mais importantes do país sobre o tema.
    Em 2017, 49% dos lares brasileiros dependiam de um celular para acessar a rede mundial de computadores. O índice foi pela primeira vez superior aos domicílios que usam tanto dispositivos móveis quanto computadores de mesa (os chamados desktops) para se conectarem. Dos lares pesquisados, 19% acessavam a internet mas não possuíam computador.
    A exclusividade da conexão móvel está mais presente nas classes de menor renda. Enquanto na classe A o índice de domicílios com acesso à web e computador é de 98%, nas classes D e E esse índice é de apenas 7%. Entre os usuários deste segmento, 80% dependem de um celular pra navegar. Essa prevalência se manifesta também nas áreas rurais (72%) e no recorte de gênero, estando presente mais entre mulheres (53%) do que entre homens (45%).
    O fator socioeconômico foi confirmado pelos entrevistados como barreira. A dificuldade de pagar pelo serviço foi apontada como principal obstáculo à conexão, mencionado por 27% dos entrevistados. Os dados revelam desigualdade no acesso à internet em geral com índice na casa dos 30% nas classes D e E e em 99% na classe A.
    “Existe uma população de internautas no Brasil que tem relação exclusivamente mediada pelo telefone celular. Isso está ligado ao marcador socioeconômico. Os de A e B combinam atividades mais convenientes pelo celular e outras pelo computador, quando requer teclado ou tela maior. Quem não tem acesso ao computador utiliza apenas o celular e isso acaba sendo um fator de limitação dos serviços que a pessoa acessa e das habilidades que vai desenvolver”, analisa Winston Oyadomari, coordenador da pesquisa.
    O coordenador acrescenta que esta exclusividade da conexão móvel muitas vezes não significa que seja por meio de tecnologias 3G ou 4G, ficando limitada, em determinados casos, apenas às transmissões sem fio conhecidas como Wi-Fi.
    Limites econômicos
    Na avaliação de diretor do Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e Serviço Móvel Celular e Pessoal (Sinditelebrasil), Alexander Castro, as restrições econômicas de uma parcela da população fazem com que ela busque a conexão via celular em razão dos planos serem mais acessíveis e terem mais opções. “A banda larga móvel apresenta muito mais opções para a população, em termos de planos e preços, do que a banda larga fixa. Esta última trabalha com o plano ilimitado, com variação por velocidade”, compara.
    Segundo Castro, o preço médio do megabit no Brasil caiu de pouco mais de R$ 21,8 para R$ 4,64 entre 2011 e 2017. Contudo, por conta da situação econômica do país ainda há dificuldade nas camadas mais pobres de adquirir o serviço. “Com a crise, o desemprego, a população se manteve sem condições de contratar, mesmo com a queda nos preços”, opina.
    Qualidade
    Na avaliação da advogada que ocupa uma das representações da sociedade civil no Comitê Gestor da Internet Flávia Lefévre, o aumento da dependência do celular é uma tendência preocupante, já que evidencia a desigualdade entre ricos e pobres no acesso à Internet. Além disso, as limitações destes aparelhos e das conexões móveis, como planos com limites de dados, fazem com que a qualidade do acesso seja consideravelmente pior. São restrições que dificultam tarefas como assistir a filmes, baixar documentos pesados, usar chamadas de voz, acessar serviços de governo eletrônico, entre outros.
    Par Lefévre, que também integra a campanha Internet Direito Seu, os brasileiros que dependem do celular vão ficar a mercê de pacotes limitados e dos serviços patrocinados, que não consomem dados da franquia. “Essas pessoas vão ficar sujeitas aos aplicativos ‘gratuitos’, à seleção editorial do Facebook. A internet vai virar o Facebook, o Whatsapp ou os apps definidos pela operadora. A gente não pode considerar que alguém com essa qualidade de acesso esteja sendo incluído digitalmente”, comenta.
    (Da Agência Brasil)

  • Caso Marielle: testemunha diz que homem preso estava no carro

    Duas prisões, nesta terça-feira, se encaixam no quebra-cabeça que a polícia está montando para desvendar o assassinato da vereadora Marielle Franco, no Rio de Janeiro.
    Um ex-PM, Alan de Morais, o “Cachorro Louco” e o ex-bombeiro Luiz Cláudio Barbosa eram procurados pela morte de dois PMs (um aposentado) em fevereiro deste ano.
    Os dois fariam parte de um grupo de extermínio de uma milícia comandada por Orlando Oliveira de Araújo, o “Orlando da Curicica” que vinha expandindo seus domínios na Zona Oeste do Rio, deixando um rastro de mortes.
    Alan de Morais estaria no carro de onde partiram os quatro tiros que mataram a vereadora e seu motorista, no dia 14 de março.
    O delegado Giniton Lopes, da Divisão de Homicídios, conduz as investigações em silêncio.  Ele trabalha em cima do depoimento de uma testemunha-chave que diz ter ouvido a conversa, num restaurante, onde foi tramado o crime.
    No restaurante, o vereador  Marcelo Siciliano do PHS teria cobrado de Orlando uma solução para o caso Marielle, que o estaria “incomodando”.
    Essa testemunha, que está sob proteção da polícia, diz que fez parte da milícia e hoje é ameaçado de morte por Orlando.
    Siciliano já depôs e disse que a história não tem sentido, mas o cerco sobre Orlando se fecha com essas duas prisões.
    Ele está preso desde outubro na penitenciária de Mossoró, condenado a quatro anos por porte ilegal de arma militar.
    Responde a outros cinco inquéritos, teria sido mandante de pelo menos três homicídio.