Categoria: Geral

  • Sartori agenda debates, mas não vai à TVE

    José Sartori, do PMDB, que disputa a eleição estadual com o governador Tarso Genro (PT), não compareceu a dois debates, Radio Gaúcha e Band, no início do segundo turno, dando a entender que iria adotar uma estratégia seletiva para não se desgastar
    Seu adversário compareceu e explorou sua ausência no horário eleitoral, acusando-o de “fugir do debate” .
    Nesta segunda feira, 13, a assessoria de Sartori confirmou  a participação dele em sete debates até o pleito, dia 26 de outubro, já agendados com as principais redes de TV e emissoras de rádio do Estado.
    Não foram incluidas a TVE e Rádio Cultura FM, emissoras públicas do Estado, que protestam contra a discriminação.
    O primeiro encontro entre os dois candidatos será já nesta terça-feira (14), na Rádio Gaúcha.  Ainda no mesmo dia, haverá debate na TV Pampa, no início da noite.
    Até o dia 23, serão realizados outros cinco debates: Band Rádio e TV (dia 16), SBT (17), TV Record (19), Rádio Guaíba (22) e RBS TV (23). Assim como fez no primeiro turno, Sartori participará de todos os encontros que estão acordados entre as coordenações das duas candidaturas, para discussões de propostas para governar o Rio Grande.
    Na avaliação da coordenação de campanha de Sartori, como a eleição acontece daqui a 13 dias, é inviável realizar o mesmo número de debates do primeiro turno, pois não haveria tempo ao candidato para percorrer o Estado e ter contato direto com a população.
    CONFIRA A AGENDA
    14 de outubro (terça-feira)
    10h: Rádio Gaúcha
    18h20: TV Pampa
    16 de outubro (quinta-feira)
    22h: Band TV
    17 de outubro (sexta-feira)
    18h15: SBT
    19 de outubro (domingo)
    18h: TV Record
    22 de outubro (quarta-feira)
    13h30: Rádio Guaíba
    23 de outubro (quinta-feira)
    22h30: RBS TV
    Assessoria de Imprensa Sartori

  • Festa nacional da música reune artistas e empresas em Canela

    Considerada o maior encontro da Música Popular Brasileira, a Festa Nacional da Música se tornou referência para artistas e gravadoras de todo o país.
    A10ª Edição do evento será realizada entre os dias 19 e 23 de outubro, em Canela, Rio Grande do Sul.
    A programação inclui  apresentação de diversos artistas, noite de premiação, palestras, jam sessions e shows, além de lançamentos de novos músicos, novos trabalhos de artistas já consagrados, divulgação de parcerias e projetos.
    A atual Festa Nacional da Música nasceu com outro nome: chamava-se Festa do Disco.
    Durante 15 anos, nas décadas de 1970 e 1980, reuniu grandes nomes da Música Popular Brasileira, no início em Porto Alegre, na sede da Sogipa; e a partir de 1981, em Canela.
    Passados mais de uma década, o evento voltou a ser realizado, em versão mais moderna e ampliada, a partir de 2005 já com o nome de Festa Nacional da Música.
    Hoje, completando 10 anos de retomada, a Festa Nacional da Música está consolidada como o maior encontro musical da América Latina.
    Apesar da modernização, a essência permaneceu a mesma. Um evento que congrega todos os gêneros da música para discutir temas ligados à música e ao mercado fonográfico.
     
    EQUIPO PARTICIPA DA FESTA NACIONAL DA MÚSICA COM ESTANDE REPLETO DE PRODUTOS DE SUAS PRINCIPAIS MARCAS DE INSTRUMENTOS MUSICAIS, EM CANELA, RIO GRANDE DO SUL, DE 19 A 23/10
    A Equipo, importadora e distribuidora de mais de 15 grandes marcas de instrumentos musicais, equipamentos de áudio e iluminação, participa novamente da Festa Nacional da Música
    Dentre os inúmeros destaques levados pela empresa para a 10ª Edição do evento, os visitantes terão a oportunidade de conferir a guitarra Cort da linha Signature Matthias Jabs, de um dos maiores guitarristas do mundo e integrante da banda Scorpions, e o baixo Signature Gene Simmons, do Kiss.
    Da marca japonesa Ibanez, dentre os consagrados modelos que serão expostos temos as inovações da linha como as guitarras 8 cordas da linha RG e a RG550XH, a primeira guitarra de  30 trastes perfeita para riffs e solos velozes e inimagináveis.
    Já da linha de amplificadores Hartke, as atrações ficarão por conta da linha HD HyDrive e para os britânicos Laney teremos o mais novo Multi Instrumentos AudioHub e cabeçote/interface IRT Studio.
    http://www. festanacionaldamusica.com.br/
     

  • Líderes pedem urgência para projeto que pune pesquisas fraudulentas

    Líderes partidários da Câmara dos Deputados apresentaram requerimento de urgência para o projeto que aumenta a punição a institutos de pesquisa envolvidos em levantamentos fraudulentos (Projeto de Lei 96/11).
    O requerimento ainda precisa passar pelo Plenário. Se a urgência for aprovada, no entanto, o projeto só poderá ser votado depois da análise de uma proposta sobre biodiversidade (PL 7735/14), que tranca a pauta.
    Assim como em 2010 e em 2012, as divergências entre os números das pesquisas eleitorais e os resultados das urnas neste primeiro turno motivaram uma série de críticas na Câmara dos Deputados.
    Entre os casos mais citados estão o para presidente da República, em que o segundo colocado, senador Aécio Neves (PSDB), obteve 33,5% dos votos válidos, enquanto os levantamentos de Ibope e Datafolha às vésperas da eleição indicavam-no com menos de 30%. A primeira colocada, presidente Dilma Rousseff (PT), aparecia nas últimas pesquisas com índices entre 44% e 46%, sendo que, nas urnas, alcançou 41,6% dos votos válidos.
    Bahia e Rio Grande do Sul: disparates
    Na disputa para o governo da Bahia, as pesquisas apontavam como favorito o candidato Paulo Souto (DEM). No domingo, no entanto, os baianos elegeram Rui Costa (PT) em primeiro turno.
    No Rio Grande do Sul, às vésperas da votação, os institutos indicavam Tarso Genro (PT) à frente de Ana Amélia (PP) e José Ivo Sartori (PMDB), empatados, na corrida para o governo estadual. O resultado das urnas, contudo, levou Sartori ao segundo turno como o mais votado, seguido por Tarso Genro.
    Multa e detenção
    O projeto de lei com urgência requisitada pelos líderes determina, por exemplo, que seja considerada fraudulenta a pesquisa realizada e divulgada até cinco dias antes da eleição e cujo resultado apresente margem de erro acima do resultado das urnas. Pelo texto, de autoria do deputado Rubens Bueno (PPS-PR), o levantamento fraudulento poderá ser punido com multa de até R$ 1 milhão, além de detenção de até um ano.
    Transparência
    O deputado Félix Mendonça Júnior (PDT-BA) é relator, na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, de outra proposta (PL 4574/12), que permite a veiculação de pesquisas eleitorais somente até 15 dias antes das eleições.
    No lugar desse prazo de divulgação, Mendonça Júnior propõe um prazo de dez dias antes da eleição para que os institutos publiquem detalhes sobre a metodologia do levantamento (o prazo atual é de cinco dias). Com base nessas informações, o juiz poderá determinar, cautelarmente, a não divulgação dos resultados de pesquisa impugnada ou a inclusão de esclarecimentos na publicação dos dados.
    O deputado cobra mais transparência nas pesquisas e estuda mudanças em seu parecer para ampliar a possibilidade de checagem das informações divulgadas. “Precisamos saber, de forma transparente, como foi feita a pesquisa, os critérios usados, se ela está na técnica correta”, disse Mendonça Júnior.
    Sistema de amostragem
    Para o professor aposentado da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e consultor da empresa Statistika, José Ferreira de Carvalho, os erros são motivados pela estrutura dos levantamentos.
    “Para ser barata e rápida, a pesquisa no Brasil é feita por um sistema chamado de amostragem por cota, que não é um sistema estatístico, não é uma amostragem científica. De modo que as margens de erro assim chamadas, que são divulgadas pelos institutos, não têm o menor respaldo científico”, disse Carvalho.
    Procurados pela reportagem da Agência Câmara, Ibope e Datafolha não se pronunciaram sobre o assunto.

  • Cultura: Ms. Full incita, provoca, excita

    Ms. Full, escritora de literatura erótica, está lançando nesta segunda-feira, 13/10, seu terceiro livro, INCITAÇÕES, 265 páginas, produção independente, às 19h, na Livraria Cultura – Bourbon Shopping Country.  A porto-alegrense foge de rótulos, verdades ou certezas. Prefere definir-se como uma anarquista, excêntrica e paradoxal. Nada em sua vida é definitivo, nem o próprio nome.
    Este novo livro é de reflexões, aforismos, poemas e textos curtos. Enfim, um livro de ideias. Mas atenção: Ms. Full não está se afastando do erotismo. Com INCITAÇÕES, ela incita, instiga, desafia, excita. “É um convite à reflexão, com o sexo às vezes presente como pano de fundo, outras vezes completamente explícito”, revela.
    Sua carreira de escritora teve início em 2008 com um blog chamado Olhobservando. Ali ela começou a transitar nos sinuosos caminhos do erotismo.  Essa experiência levou à publicação de Olhobservando, seu primeiro livro de contos eróticos, lançado em 2010 pela editora Livre Expressão. Assinou com o pseudônimo de Marypop.
    Em 2012, lançou seu segundo livro pela mesma editora: “Coquetel Molotov”, assinando Marinez Full, com textos de um erotismo mais filosófico, sem focar somente no sexo. Seu objetivo foi sair do lugar-comum, em que tudo gira em torno do ato sexual. Queria tratar o erotismo de forma mais profunda.
    Ms. Full é resultado de múltiplas influências. No pacote está a francesa Anaïs Nin (1903/1977), mais Henry Miller (1891/1980), Pauline Réage, um dos pseudônimos de Anne Cécile Desclos (1907/1998), autora de um ícone da literatura erótica, A História de O; Marquês de Sade (1749/1814) e também a paulista Hilda Hilst (1930/2004), que se consagrou na poesia, dramaturgia e prosa narrativa, mas escreveu uma trilogia pornográfica de forma irônica e debochada. Ao mesmo tempo, Full é leitora do sociólogo polonês Zygmunt Bauman (1925), que investiga a fragilidade dos laços humanos na atualidade, gerando níveis de insegurança sempre maiores.
    Ela adapta suas influências aos dias atuais. Neste momento de preconceitos explícitos, acredita que o erotismo não pode deixar de fora o relacionamento gay. E completa: “O que me incita é a quebra de paradigmas.”
    convite
    Serviço
    O que: Lançamento do livro INCITAÇÕES
    Autora: Ms. Full
    Onde: Livraria Cultura – Bourbon Shopping Country
    Endereço:   Avenida Túlio de Rose, 80, Porto Alegre
    Quando: Dia 13 de outubro
    Horário: 19h

  • Terror em Santa Catarina: mais de 100 atentados em 33 cidades

    Aline Torres*
    Desde o dia 26 de setembro, a população está tensa em Santa Catarina.
    O sexto Estado mais rico da federação, reconhecido pelo alto índice de desenvolvimento humano, é alvo pela terceira vez em menos de dois anos, da facção criminosa Primeiro Grupo da Capital (PGC).
    Prédios públicos estão marcados a tiros, escolas não foram poupadas, 37 ônibus foram incendiados, policiais e agentes penitenciários tiveram as casas alvejadas. Um deles, foi baleado e morreu no portão.
    É o revide dos líderes do tráfico aos horrores do sistema prisional, o chamado “salve geral”, que já atingiu 33 cidades catarinenses em mais de 100 atentados.
    O epicentro da crise se encontra em São Pedro de Alcântara, uma cidade rural de 5.000 habitantes, fundada por imigrantes alemães, a 32 quilômetros de Florianópolis, capital do Estado.
    Lá foi erguida sobre erros a penitenciária da cidade. O projeto inicial era de segurança máxima, mas na prática a unidade serviu como o berço do crime organizado. De lá são ordenados os ataques.
    Entre a noite de terça-feira e a manhã desta quarta, uma série de ocorrências foram registradas.
    Primeiro, a casa de um policial foi alvejada em Camboriú, no Litoral. Na sequência, um ônibus foi incendiado em Blumenau, na região dos Vales.
    No Sul do Estado, um militar teve a casa metralhada em Tubarão, e um carro foi queimado em Laguna.
    Na região Oeste, em Chapecó, dois homens armados renderam o vigia de um colégio e atearam fogo no prédio. A vítima escapou.
    Na madrugada anterior, duas escolas foram queimadas em Navegantes, assim como veículos em Blumenau e Joinville.
    Dois documentos, em poder da Polícia Civil, ajudam a esclarecer as raízes desta crise.
    O “Manifesto Pacífico”, escrito dia 11 de agosto, descreve a pressão dos detentos para que algumas reivindicações fossem atendidas – “Pedimos em caráter de urgência, a manifestação dos órgãos responsáveis (…) se nos manifestarmos de forma radical seremos ouvidos mas estamos buscando diálogo (..)São Pedro de Alcântara é hoje uma bomba relógio”.
    A carta que pedia o cumprimento das leis penais foi ignorada. Há também um áudio gravado um mês depois, desta vez, convocando os atentados. “Nossa realidade é de miséria.Na Penitenciária Sul [em Criciúma], a situação é pior. Pois não conseguimos vencer a opressão, torturas e covardias dentro do sistema. Quatro dias por semana é macarrão cru para comer. 70% dos irmãos não têm visita, não têm trabalho”.
    Para coibir a onda de crimes, o governo de Dilma Rousseff enviou um pelotão da Força Nacional.
    Os soldados chegaram no sábado, dia 4, também para garantir as eleições na capital.
    A população estava com medo de voltar para casa, já que as concessionárias de transporte coletivo instituíram toque de recolher às 18h. Tempo cronometrado para o voto.
    Há cinco dias não havia transporte noturno, o comércio fechou mais cedo, aulas foram canceladas e os táxis desapareceram dos pontos. A ordem era: os ônibus devem voltar seguros para as garagens.
    O reforço nacional não resgatou a paz. Os atentados continuam frequentes, apesar das 55 prisões e das 21 transferências de líderes do PGC para a Penitenciária Federal de Porto Velho, em Rondônia. Mesmo com a suspensão do toque de recolher, a população não se atreve a ficar até tarde nas ruas.
    O governador do Estado, Raimundo Colombo (PSD), reeleito em primeiro turno, não propôs nenhuma ação de combate à tortura de prisioneiros, mesmo com a questão escancarada na reta final da sua campanha por uma das mais violentas crises da segurança pública brasileira em 2014.
    Uma guerra que começou há 11 anos com o nascimento do PGC, dentro da penitenciária de São Pedro de Alcântara. Oficializada pelo estatuto escrito pelo criador da facção, Nelson de Lima, o Setenta, no dia 3 de março de 2003.
    O estatuto do PGC convocava a “união dos irmãos contra as opressões do Estado”. E irmão paga o dízimo. É lei.
    Segundo investigações da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado, os 4.000 filiados pagam R$ 100 por mês à facção. Assim o PGC arrecada mais de R$ 4 milhões ao ano, dinheiro investido no fortalecimento de bocas de fumo em crise, na contratação de gravatas (advogados), no auxílio às famílias dos detentos e na corrupção de agentes penitenciários.
    Presos libertos têm três meses de carência. Caloteiros são executados.
    O estatuto foi inspirado no do Primeiro Comando da Capital (PCC), a maior organização criminosa do Brasil, criada para vingar a morte dos 111 presos no massacre do Carandiru em 1992, em São Paulo.
    João Moacir Corrêa, presidente da Comissão de Assuntos Prisionais da OAB/SC, afirma que o PGC surgiu para suprir negligências: “Cadeia é lugar de frio, fome, dor, solidão. Os apenados se agrupam como defesa e respondem à violência com violência, a linguagem mais comum”.
    A primeira denúncia de tortura em São Pedro de Alcântara é de 2008. Cinco agentes prisionais e o então diretor da penitenciária, Hudson Queiroz, afogaram prisioneiros nas privadas.
    Em 2011, 15 homens foram assassinados na unidade. Os líderes do PGC avisaram que “se não trocarem o diretor haverá uma morte por mês”.
    O diretor era Carlos Alves, que um ano mais tarde, foi acusado de agredir detentos. O ouvidor dos Direitos Humanos Bruno Teixeira encontrou 69 homens agonizando, uma semana sem médico, com perfurações profundas no corpo e ossos quebrados nas sessões de torturas.
    Viu que na unidade não havia pratos ou talheres, a carne era servida crua, a água amarelada e os encarcerados passaram meses sem sol. As idas ao pátio estavam suspensas.
    Para lidar com a crise, o Estado tem repetido a fórmula. Articula as forças de segurança sem intervir humanamente nas cadeias.
    O problema de São Pedro de Alcântara, ao contrário das grandes prisões brasileiras, não é a superlotação. Há 1.250 vagas para 1.198 homens. O gatilho dos ataques são os crimes contra a Lei de Execuções Penais cometidos por servidores públicos.
    Entretanto, o governador Raimundo Colombo disse que “o governo realizou um extraordinário trabalho durante os atentados”.
    Em coletiva de imprensa, nesta segunda, 6, ele afirmou que “não existe tortura nas prisões catarinenses”, apesar dos sete inquéritos sobre o assunto.
    Nenhum agente acusado de tortura foi demitido. Todos os inquéritos – desde 2008 – foram engavetados. O secretário de Justiça e Cidadania de Santa Catarina, Sady Beck Júnior, apenas conclui que a “situação já foi muito pior”.
    O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, esteve em Santa Catarina, no dia 3, com o objetivo de traçar estratégias para sufocar a facção. Nenhuma, no entanto, atenta para a garantia dos diretos humanos, o que surpreende já que ele ficou conhecido pela frase “prefiro morrer a ficar preso no Brasil”.
    *Publicado originalmente no El Pais

  • Vereadores aprovam orçamento de Porto Alegre para 2015

    O Plenário da Câmara Municipal de Porto Alegre aprovou hoje (8/10), com 22 votos favoráveis e um contrário, o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2015, enviado pelo Executivo.
    Das sete emendas apresentadas por parlamentares, quatro (1, 5, 6 e 7), foram aprovadas. As demais não foram apreciadas por terem sido rejeitadas pela Comissão de Finanças e Orçamento (Cefor).
    Na proposta, a Prefeitura afirma que foram consideradas as decisões do Orçamento Participativo. Habitação apareceu como a maior prioridade, seguida da saúde, assistência social, educação, saneamento básico urbano (esgoto e água), pavimentação, desenvolvimento econômico, cultura, juventude, e esporte e lazer. A receita total em valor corrente estimada na LDO 2015 é de R$ 5,9 bilhões.
    A LDO divide as ações do Executivo em 12 programas: Cidade em Transformação; Desenvolver com Inovação; Qualifica POA; Infância e Juventude Protegidas; Porto Alegre mais Saudável; Porto da Igualdade; Porto da Inclusão; Porto Viver; Segurança Integrada; Cidade da Participação; Gestão Total; e Você Servidor.
    Emendas aprovadas
    Emenda n° 1 – Garante o repasse de recursos às creches comunitárias conveniadas ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). Autoria da vereadora Sofia Cavedon (PT).
    Emenda nº 5 – Dispõe sobre a realização da Mostra de Artes Cênicas, Música e Dança do Teatro Glênio Peres da Câmara Municipal, por meio da inscrição de projetos para a seleção de espetáculos na área de dança, circo, música e teatro, visando à realização das apresentações em datas que serão oferecidas no ano de 2015.
    Emenda nº 6 – Disponibiliza aos servidores da Câmara Municipal auxílio financeiro para custear em parte ou integralmente cursos de qualificação pertinentes a sua área de atuação. De autoria do vereador Professor Garcia (PMDB).
    Emenda nº 7 – Permite que recursos dos órgãos e fundos do poder Executivo com superávit financeiro possam ser convertidos, em um limite de até 80%, para o tesouro municipal, em conta específica, para utilização em investimentos, inversões financeiras, dívida pública e precatórios.
    Excetuam-se as transferências de recursos constitucionais, legais e voluntários, recebidas da União e do Estado; fundos e receitas vinculadas estabelecidos por legislação federal, estadual e municipal; fundos que receberem recursos de pessoas físicas ou jurídicas de direito privado; e de operações de crédito.
    Emendas rejeitadas
    Emenda nº  2  – Considera como objetivo da Administração Pública Municipal a promoção da cultura, do respeito e da garantia dos direitos da criança e do adolescente. Visa incentivar o paradigma da proteção integral e da preservação dos vínculos familiares e comunitários preconizados pelo Estatuto da Criança e do Adolescente. De autoria da vereadora Sofia Cavedon (PT).
    Emenda nº 3 – Dispõe sobre a realização de concursos culturais a serem realizados em espaços públicos definidos pelo Poder Público Municipal. De autoria da vereadora Sofia Cavedon (PT).
    Emenda nº  4 – Tem por objetivo realizar o levantamento e restauro de obras de arte públicas no Município de Porto Alegre, definindo critérios e normas de limpeza, conservação e restauro, com informações atualizadas sobre cada obra, complementadas por pesquisas sobre o seu significado artístico e histórico. De autoria da vereadora Sofia Cavedon (PT).
    Com informações da Câmara

  • Eleição renova quase metade do Congresso, que fica mais conservador

    Houve uma renovação de 47% na composição da Câmara dos Deputados. “Ela ficou mais conservadora”, diz Antonio Augusto Queiroz, do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar, o DIAP, uma das instituições mais respeitadas no que concerne à análise do comportamento do Congresso Nacional.
    “A circulação que houve no poder trouxe para o Parlamento um grupo de novos parlamentares vinculados a segmentos altamente conservadores, como a bancada evangélica; pessoas da área de segurança, que tem,  como mentalidade, aquela de que “bandido bom é bandido morto”; o pessoal da bancada da bala, que vem com o objetivo de desmontar o Estatuto do Desarmamento; um grupo com uma visão muito provinciana, especialmente os parentes, que são eleitos em função do sobrenome, e não de uma proposta que tenha a defender.
    A bancada sindical sofreu uma redução muito substantiva, e isso se deve em grande medida ao financiamento de campanha, que subiu a preços estratosféricos. Os sindicalistas, pela sua formação, não têm o hábito de procurar empresários para financiar a campanha.
    E, por isso, ele ficou prejudicado e a bancada empresarial, até mesmo em função do financiamento da campanha, tende a crescer em relação a atual, que já é muito substantiva. Então nós vamos ter, na Câmara, com certeza maioria absoluta (dos empresários em detrimento dos sindicalistas). E isso fará com que, dependendo de quem seja o próximo Presidente da República, haja ou não flexibilização ou redução dos direitos trabalhistas”.
    Eis a entrevista feita por Paulo Henrique Amorim, do blog Conversa Afiada
    PHA – Em quanto cresceram os que você chamaria de empresários?
    TONINHO – Na verdade, esse levantamento está em curso ainda, porque estamos analisando se o parlamentar tem ou não participação em empresa. Porque, nosso critério aqui é considerar empresário quem vive de renda. Então, o sujeito se declara advogado, médico, mas a gente também está analisando a composição da declaração de Imposto de Renda, que ele tem que fazer para a Receita Federal. Nós identificamos 189, mas a nossa estimativa é que passe de 270.
    PHA – Isso seria uma aumento de quanto? 20%, 30%?
    TONINHO – Na nossa estimativa fica muito próxima da atual, que é de 273. Mas a diferença fundamental é que na composição do Congresso atual não havia uma motivação mais objetiva dos empresários de flexibilizar direitos. Porque eles tinham, ainda, o que esperar do Governo Federal, especialmente em termos de desoneração e de incentivos fiscais e creditícios. Isso agora se esgotou. O Governo terá que fazer um ajuste. Então, certamente, a bancada empresarial se voltará para enfrentar a redução de direitos (do trabalhador), como forma de reduzir custos. Portanto, mais importante do que o próprio número (de empresários congressistas), que será muito próximo ou até maior, é o ambiente em que essa bancada se elege, e as suas prioridades.
    PHA – Então quer dizer que nós teremos, provavelmente, cerca dos mesmos 280 parlamentares chamados empresários. Nesses 280 estão os ruralistas, os donos de fazenda?
    TONINHO – A bancada empresarial inclui a ruralista, porque ela sobrevive da sua atividade de produtor rural. Agora, a bancada ruralista tem um enfoque muito específico. Por exemplo, para a bancada empresarial, o tema da relação de trabalho e o tema da reforma tributária interessam a todos os empresários. Já quando vai se decompor a bancada do ponto de vista do agronegócio, dos interesses agrários, aí já há uma modificação. Nem todo empresário acompanha, por exemplo, o debate a respeito da reforma agrária. Então, há essa distinção. Mas, os que vivem de renda, de modo geral, estariam incluídos nessa bancada empresarial.
    PHA – Então aquela frase que ficou famosa no primeiro turno, da Presidenta Dilma, de “nem que a vaca tussa” ela mexe em férias, 13º, Fundo de Garantia… você acha que isso tudo, com essa nova composição do Congresso, passa a ficar no alvo desse novo Congresso?
    TONINHO – Na verdade,  não havia nos períodos anteriores vontade no sentido de modificar as relações de trabalho. Quando houve a modificação da chamada “PJtização”, ou seja, da substituição do empregado pela pessoa jurídica, o Lula vetou, naquela oportunidade. E o setor empresarial não conseguiu aprovar mais nenhum projeto no Congresso flexibilizando direito. (do trabalhador). Agora, acho que a CNI fez uma lista com 101 proposições, e que essa lista vai servir de pauta. E certamente os empresários terão número para aprovar no Congresso. Se for a Presidenta Dilma, ela pode vetar. E, agora, há uma alteração que é o seguinte: o voto é aberto para apreciação de vetos. Antes era difícil derrubar. Agora, com a pressão empresarial, ficou mais fácil. Então, o risco que se tem  em relação à supressão de direitos é muito grande. Se for o Aécio, pela identidade que ele tem com o setor empresarial e resgatando o legado o Fernando Henrique, que quase aprovou a flexibilização da CLT – o Lula é que retirou do Congresso – a tendência é que isso passe com facilidade.
    PHA – E essa questão da terceirização, que a Marina chegou a propor, depois não propôs, depois propôs, ficou aquele impasse… essa questão da terceirização volta à agenda?
    TONINHO – Esse é o tema prioritário da reforma trabalhista em debate no Congresso. Ele voltará independentemente de quem seja eleito Presidente da República. Esse é um assunto, que na minha avaliação, é inexorável. Ele vai ser aprovado lá no Congresso e regulamentada a terceirização. A dúvida é com que intensidade será feito isso, se protegendo minimamente os direitos dos trabalhadores ou se precarizando completamente. Eu acho que na hipótese da eleição de Dilma, a tendência é que haja uma regulação com mais proteção (ao trabalhador). Já na hipótese do Aécio, não acredito que ele resista a uma medida que atenda mais aos interesses dos empresários.
    PHA – É mais fácil se formar uma base aliada da Dilma, ou do Aécio?
    TONINHO – Muito mais fácil da Dilma, porque ela já parte de um patamar, da sua coligação, com 300 votos na Câmara e 40 no Senado. Enquanto o Aécio parte com 130 na Câmara e 20 no Senado. Então, o Aécio terá que fazer negociação com um grupo muito maior de partidos e, naturalmente, fazer muito mais concessões. Então, por exemplo, há aí um universo de partidos – como o PR, PP, PTB, etc – que está ali naquele meio e qualquer governante tem facilidade para cooptar, ou trazer para a sua base a apoio. O determinante nisso será o PMDB. Acho que o PMDB, num primeiro momento, na hipótese de uma eleição do Aécio, não iria para a sua base e ele teria muita dificuldade para fazer qualquer reforma em nível constitucional sem o apoio do PMDB, já que com PT e dos partidos de esquerda ele não contará.
    PHA – Uma reforma política, com esse novo Congresso que está aí, vai ser possível?
    TONINHO – É praticamente impossível fazer uma reforma política profunda, com vigência para a próxima eleição, com um Congresso com 28 partidos. Eram 22 e agora são 28. E uma redução dos grandes partidos. O que acontece é que os temas que tem maior consenso na sociedade, como por exemplo, o fim das coligações nas eleições proporcionais, requer alteração do texto constitucional. Ora, esses pequenos e médios partidos tiveram a bancada que tiveram porque se coligaram. Não vão ser contra o fim da coligação. Não vão concordar.
    Então, se o tema com maior índice de consenso não tem chance, imagine aqueles outros mais polêmicos, como o financiamento público, fechamento da lista etc. Então, não creio muito. Acho que só haverá reforma política no Brasil se houver, em primeiro lugar, o empenho forte do Poder Executivo. Segundo, pressão forte da sociedade. E, terceiro, se houver uma consulta popular, orientando o tipo de reforma a ser feita. Porque se for feita pelo atual Congresso certamente não estará em sintonia com o que as ruas defendem.
    PHA – É o plebiscito, de que fala a Dilma Rousseff. Agora, você falou que o número de partidos passou de 22 para 28. Você acha possível governar com 28 partidos?
    TONINHO – É uma tarefa muito difícil. Requer do Governo muita habilidade. Vai ter que fazer muita concessão e, portanto, vai requerer do Presidente muita habilidade. Então, o Governo tem que estabelecer algumas premissas para não virar refém de determinados segmentos. E esses pequenos e médios partidos podem fazer blocos, com capacidade de bloquear e impedir que haja reforma. Tem que ter todo um trabalho de articulação. E isso vai requerer muito mais habilidade dos líderes do Governo e disposição do Governo para dialogar.
    PHA – Com esse Congresso que está aí, com tantos empresários, aumentou a bancada da telecomunicação? O coronelismo eletrônico se instalou mais forte agora neste Congresso? Existe a possibilidade de ser aprovado um Marco para a Comunicação no Brasil?
    TONINHO – Eu acho que o setor de telecomunicação, o empresariado desse segmento, manteve ou mesmo ampliou a sua participação na atual e na futura Legislatura. Eu acho que a Presidenta Dilma, se for reeleita, tem a obrigação moral de enfrentar esse assunto. Não é possível que todos os setores da economia sejam regulados e esse setor da mídia não seja. Tem que ter liberdade plena para publicar, mas tem que responder pelo conteúdo, ter responsabilidade por aquilo que publica. E aí, se houver uma participação e uma iniciativa do Governo, o debate vai ser muito intenso. Agora, do ponto de vista de resultado, eu acho pouco provável que consiga (aprovar um marco) com o Congresso com essa conformação.

  • Reeleição: os fatos e as expectativas da mídia

    Temos um sistema de mídia de tal forma concentrado e com um poder tão grande que é capaz de transformar em fatos as expectativas que ele mesmo vai criando ao sabor dos seus interesses e das suas idiossincrasias.
    É o caso do resultado das eleições.
    A candidatura de Marina Silva, por exemplo. Nunca teve a consistência que certos  “analistas” lhe atribuiram.  “Fenômeno”, “tsunami”, “a política que as ruas pediram”…foram as expressões quando ela despontou nas primeiras pesquisas .
    Era evidente que o aparente maremoto era, na verdade, um espasmo, resultado do clima de comoção nacional criado com a morte de Eduardo Campos.
    Ex-petistas, “saudosos da inocência perdida” e anti-petistas, angustiados com o fraco desempenho de Aecio Neves até aquele momento, acreditaram ter encontrado “a escolhida” e embarcaram na canoa marinista.
    Os mais afoitos previram até a vitória no primeiro turno.
    Iniciada a campanha, Marina se revelaria o que sempre foi: uma candidata errática, sonhática, sem discurso e sem programa – que o oportunismo de alguns tentava embandeirar na sua ânsia de derrotar o PT a qualquer custo.
    Marina caiu sozinha, pela inconsistência de sua candidatura que ficou evidente ao longo da campanha. Mas hoje se diz e se repete que ela foi demolida pela pela “política do medo” praticada pelo PT.
    O crescimento de Aécio Neves foi o resultado natural de dois fatores:o desencanto com Marina e a consistência que o PSDB demonstraria no andamento da campanha.
    Mas, agora, dispostos a turbinar Aécio, os nossos “analistas” atribuem-lhe uma arrancada surpreendente que, segundo estimam, levará de roldão os sonhos de reeleição de Dilma Rousseff.
    Estão novamente misturando seus desejos com os fatos e continuam ignorando as graves fragilidades da candidatura Aécio Neves para enfrentar o segundo turno, começando pela composição de forças partidárias, até as questões pessoais.
    Ele pode ganhar, claro,estamos a vinte dias da eleição. Mas o que a realidade factual indica é a reeleição, não o contrário como querem os “analistas” da mídia.
     
     
     
     
     

  • "Sartori no segundo turno será um osso duríssimo de roer"

    Perdoe-me o carissimo leitor, mas sou obrigado a uma auto-citação.
    No dia 2, quinta-feira, às 22h16 postei um artiguete neste espaço com o título: “Sartori cresce: pior cenário para Ana Amélia e Tarso Genro”.
    Ivo Sartori havia crescido cinco pontos na pesquisa do Datafolha divulgada naquela data.
    Ana Amélia pela terceira semana consecutiva estava em queda, lenta e renitente.
    A trajetória de Sartori, ao contrário, desde o início era ascendente.
    Com aquela pesquisa, há três dias da eleição, ele se tornara um pesadelo para Ana Amélia e começava a tirar o sono de Tarso Genro.
    Conclusão do artiguete: “Sartori no segundo turno será um osso duríssimo de roer”.
    Não estou rememorando isso para me jactar, já passei da idade.
    Quero apenas lembrar o seguinte: o pior cego é o que não quer ver.
    Os analistas da mídia, visivelmente empolgados com a senadora, que ia derrotar o PT (chegaram a prever vitória no primeiro turno) não queriam ver as fragilidades da sua candidatura e, quando elas apareceram, trataram se minimizá-las.
    Ela própria vendo a pouca repercussão das denúncias no noticiário, achou que não teriam impacto, demorou para reagir
    O mesmo aconteceu com os estrategistas do PT que já tendo sua “presa” agarrada, fragilizada, não quiseram ver o “gringo” que corria por fora.
    Sabiam (e não queriam admitir) que ele no segundo turno, pelos apoios que pode mobilizar, seria um adversário muito mais temível do que a senadora.

  • Divisão dos votos de Marina vai decidir segundo turno

    Calculos de um amigo petista esperançoso:
    Dilma ganhou  de Aécio Neves no primeiro turno com uma vantagem de 7,5 milhões de votos.
    No segundo turno ambos vão disputar os votos de Marina Silva, que são 20 milhões.
    É razoável que Aécio leve 60% desses votos, seriam 12 milhões.(Em 2010, os votos de Marina foram 50% para Dilma, 50% para Serra)
    Dilma ficará com 40% dos votos de Marina, ou seja 8 milhões.
    Nessa divisão,  Dilma perde 4 milhões de votos mas ainda tem uma sobra de 3,5 milhões de votos (7,5milhões da vantagem no primeiro turno, menos 4 milhões de perda na divisão dos votos de Marina).
    Some-se a isso os votos de Luciana Genro (1,6 milhão), por exemplo, a eleição está matematicamente ganha.
    Falta saber se o eleitor vai concordar.