Um discurso antipetista se constrói em torno da candidatura Marina Silva :
“Marina é o rosto que faltava aos levantes de junho de 2013.
Nem o governo, nem os partidos entenderam o clamor das ruas.
Agora a insatisfação das massas encontra um agente em Marina Silva”.
Daí se explica a adesão de tantos jovens à sua candidatura.
Ela será o resultado eleitoral das jornadas de junho…
Belo discurso, capaz de eleger Marina Silva. E se ela, eleita, quiser mesmo atender ao clamor da massa?
Essa é uma pergunta que o antipetismo está deixando para depois.
Categoria: Geral
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A pergunta que o antipetismo deixa para depois
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Para dobrar Petrobras, Braskem ameaçou paralisar polo de Triunfo
A Braskem, braço do grupo Odebrecht que controla a petroquímica brasileira, venceu a parada com a Petrobras, sua sócia e fornecedora estatal.
A Braskem ameaçou paralisar o polo do Rio Grande do Sul se a Petrobras não cedesse e não mantivesse o atual contrato, pelo qual a estatal subsidia a matéria-prima importada (nafta) que entrega para o monopólio privado. Eis a nota que a Braskem distribuiu no início da noite:
NOTA À IMPRENSA
A Braskem informa que assinou com a Petrobras um aditivo ao contrato de nafta petroquímica com vigência até o fim de fevereiro de 2015. As condições atuais foram mantidas e o preço será ajustado retroativamente a 1º de setembro de 2014, na assinatura do novo contrato.
Este aditivo evitou a paralisação iminente da produção de centrais petroquímicas, o que traria graves consequências ao setor químico e petroquímico brasileiro.
A Braskem segue empenhada na identificação de uma solução estrutural que permita a assinatura de um contrato de longo prazo com a Petrobras que assegure a competitividade da indústria química e petroquímica brasileira. -
Um perigo chamado Marina Silva
Opinião – ENIO SQUEFF
A real possibilidade de Marina Silva se tornar presidenta do Brasil, relembra aquele filme – uma comédia inglesa do grupo Monty Python, – em que um dos protagonistas, ao trilhar por uma floresta encantada, é atacado, no pescoço, por uma lebre assassina. Há, realmente, quem pense que a candidata à presidência pelo Partido Socialista é um bichinho da Amazônia: nas circunvoluções ideológicas que tem sofrido nos últimos dias, contudo, tem-se claramente que a pele de cordeiro é ainda um bom disfarce, que lhe cabe na medida. Uma lebre com dentes de víbora. Foi assim com Collor. De repente, um governador de quinta categoria transformou-se no “caçador de Marajás”. O povo o elegeu e deu no que deu.
A opinião não é apenas de quem vota no PT, ou na esquerda. Há dois dias saiu um artigo no Estadão, lá no fundo do jornal, em que um ecologista desancou Marina sob uma alegação respeitável: quem não vota na Marina Silva é quem conviveu com a ela. Uma ególatra, diz o articulista. E elencou todas as contradições que vem se acumulando na candidata , desde que seu nome passou a ser viável para a conquista do poder no Brasil.
Há, parece, realmente, muitas razões para muitos temores. A se crer em alguns levantamentos, o entusiasmo pela ex-discípula de Chico Mendes parte principalmente de setores jovens: eles veriam uma verdade incontestável em seu discurso como “terceira via”. Eles acreditariam entusiasticamente que a mulherzinha frágil, com um discurso messiânico, seria o mais próximo do ideal para tirar o Brasil daquilo que a grande imprensa chama de pasmaceira do governo do PT. E que será sempre assim, enquanto o PT governar o Brasil – não importam os ganhos dos setores mais pobres, as obras de infra-estrutura, a descoberta e a exploração do Pré-sal, o desemprego em baixa e o país internacionalmente em alta, ou seja, exatamente a mudança de que o Brasil necessita com todos os entraves à sua transformação numa verdadeira potência democrática, e até quando isso possa existir sob o capitalismo.
De fato, evoquem-se alguns fatos e Marina Silva passa a encarnar o que há de mais tradicional – e perigoso – na política brasileira. Ela era contra os transgênicos e tem como seu vice um dos mais intransigentes defensores dos transgênicos. Enquanto pertenceu ao governo Lula, atacou o agronegócio como o mal maior de um país a ser destruído por “plantadores de soja e de vacas”.
Confirmada, porém, sua ascensão vertiginosa nas pesquisas, logo tratou de procurar os ruralistas. Não seriam tão deletérios quanto a antiga musa – a ecológica – lhe cantava. Ou seja, nem mesmo o poder lhe chegou às mãos, a frágil nativa das florestas abraça-se com Kátia Abreu, até anteontem – para a candidata do PSB, – a defensora dos poderosos e opressores.
Mudou o Natal ou mudei eu? Mudaram as condições de chegar ao poder, apenas isso. Como perguntaria Bonner, o indelével âncora do Jornal Nacional da Globo: não será isso o sintoma mais evidente da transformação de Marina Silva na mais tradicional das políticas brasileiras? O tempo está a falar por si.
Enquanto isso, porém, divisam-se as muitas perguntas que é claro, não são feitas. Uma vez eleita, qual o caminho tomará a hoje candidata? Se cessar as obras de construção das hidroelétricas, como ela sempre pregou, trairá os empresários – mas se não o fizer, será a mais notável traíra dos ecologistas radicais.
As contradições evidentemente não cessam por aí. Mas a ameaça de termos um “tournant” no desenvolvimento brasileiro dos últimos anos, não parece obra de petistas ou de paranóicos de plantão. Era meridiano que Collor – sem qualquer estrutura partidária, psicológica ou intelectual – não era páreo para a complexidade de um país como Brasil.
No caso de Marina Silva e do apoio de amplos setores da juventude, pensa-se na reflexão feita pelo cineasta em seguida à primeira eleição de Silvio Berlusconi para governar a Itália. Bertolucci insistiu num tema que quase ninguém se lembra, mas que vale também para o Brasil: a questão da educação. “Falhamos na educação de nossos jovens” constatou o realizador do “Último Tango em Paris”. Foram os jovens italianos, de fato, os maiores entusiastas da eleição do homem que, como diria Walter Benjamin sobre Hitler, soube “estetizar a política” como nenhum de seus adversários à direita ou à esquerda . A se confirmar a onda Marina, como insuperável -, sem alarmismos, aguarda-se o pior, já que no Brasil o futuro sempre se afigura o pior.
Leonel Brizola, quando Collor recebeu o “Impeachment”, com a sua indiscutível sagacidade – à parte seus inúmeros defeitos – assacou uma conclusão irreprochável. Disse das elites brasileiras que eram suficientemente irresponsáveis, para toparem qualquer coisa, desde que contra a esquerda.
Há outros aspectos, evidentemente. Por mais que a tese da morte de Eduardo Campos como fruto de um conluio internacional, seja o que de mais próximo temos da “teoria da Conspiração”, uma coisa é certa. Foi a partir da morte de Eduardo Campos que Marina Silva – sem partido, sem reais condições de ascender ao poder como vice do ex-governador pernambucano, – alcançou a condição inequívoca de disputar a presidência. Como diz o ditado italiano, “se non è vero, è bene trovato”…
A isso, porém, se alia o que até agora é um boato. Uma vez eleita, Marina Silva, comenta-se, convidaria o indefectível Joaquim Barbosa para o Ministério da Justiça. Com isso, se fecharia o circo. Do homem que conseguiu gravar na opinião pública de que o PT seria o partido mais corrupto do Brasil, pode-se dizer muita coisa – uma é de que seria realmente um justiceiro. Agiu como tal, pouco se importando o quanto a comunidade negra deve aos governos Lula e Dilma na tentativa de eliminar a injustiça histórica contra a discriminação de que são alvos os negros brasileiros, ainda hoje cidadãos de segunda categoria na sociedade brasileira. Ah, mas ele condenou os culpados e isso mostra o quão foi justo. É um bom argumento, desde que não se discuta a sério o tal processo do “Mensalão”. E desde que não se constate que este mesmo homem justo (?) fez-se de cego, surdo e mudo perante o escândalo muito maior, (um bilhão de reais) perante o comprovado crime de roubo do metrô de São Paulo, a envolver muitos tucanos da mais fina estampa. Não mexeu uma palha para desvendar o caso. E não apenas para não compensar, mas como presidente do Supremo, regalou-se em todo o tipo de violência contra os réus – especialmente José Dirceu e José Genoíno – palavras da OAB e de inúmeros juristas, inclusive claramente de direita, como Ives Gandra Martins e Cláudio Lembo.
Deste personagem, enfim, pode se dizer que nunca, em tempo algum a direita brasileira, principalmente os partidos de oposição, deveram tanto a uma pessoa quanto a ele, Joaquim Barbosa. O hoje aposentado ex-presidente do STF conseguiu cuspir na mão que o afagava e cravou no partido que se preocupou com os direitos dos negros, a pecha de “o mais corrupto”da história recente do País. Concluir que, com Marina Silva, ele se completa na história assustadora que vem por aí, pode ser mero alarmismo de um homem de idade provecta que já viu muita coisa neste país – não será, porém, uma mera hipótese. Quem conhece os dois personagens sabe do que são capazes. É rezar para que não assumam o poder. E não descurar do óbvio: há quem se interesse que o Brasil passe a ser uma nação de segunda categoria como o nosso complexo de vira-latas sempre pregou. Se eleita Marina Silva, o pior estará se desenhando sem meias tintas. Os sobreviventes verão.
A propósito, seria de se criticar o PT e a sua pífia campanha eleitoral no Brasil.
Mas isso é outra história. -
Indústria de máquinas vai investir R$ 15 milhões no parque
Por Geraldo Hasse |
Em plena fase final de montagem dos estandes para a 37ª Expointer, que começa neste sábado, circulou ontem no Parque Assis Brasil, em Esteio, uma informação animadora: nos próximos dois anos, a indústria de máquinas agrícolas vai investir R$ 15 milhões em obras de infraestrutura e construções, dentro do acordo de parceria público-privada com a Secretaria da Agricultura.
O dado foi recebido pela direção do parque como sinal de que caminha muito bem o projeto de mudança na forma de gestão do principal espaço de eventos agropecuários do Estado. Este ano, o Sindicato da Indústria de Máquinas (Simers) paga à Expointer R$ 40 por metro quadrado usado para exposição de tratores e implementos agrícolas. A partir do próximo ano, os valores do negócio serão diferentes, mas “bons para as duas partes”, ressalva Adeli Sell, o administrador do espaço.
Além da notícia acima, há outros sinais no ar. Ainda que no lançamento da Expointer 2014, em 5 de agosto, os dirigentes do setor de máquinas agrícolas tenham manifestado grande cautela quanto à possibilidade de se repetir o recorde de 2013, quando foram encaminhados negócios de R$ 3,2 bilhões, este ano a área de exposição é maior do que no ano passado. Além disso, há vários lançamentos de tratores para a agricultura familiar, de plantadeiras e de colheitadeiras de grãos.
São máquinas que podem ser compradas pelo sistema de crédito rural a juros abaixo da inflação, com carência para o início do pagamento em até dez anos. Como este ano as safras foram boas e os preços satisfatórios em praticamente todos os ramos agropecuários, os produtores podem ir além das expectativas iniciais. Sem tirar os pés do chão, alguns são bem capazes de “fazer uma loucura” diante de um trator novo com sua esteira de implementos.
NEW HOLLAND
Uma das “loucuras” da Expointer vem de Contagem, MG: a New Holland Construction anuncia uma operação especial para vender em Esteio a retroescavadeira B90B pelo sistema de consórcio. Pode emplacar: estimativas feitas em 2013 indicam que, no caso da aquisição de um carro popular, o consórcio é 30% mais barato do que os financiamentos vigentes no mercado bancário.

Retroescavadeira em campo / Foto Divulgação
Capaz de fazer açudes, curvas de nível e valas de drenagem, a B90B é a máquina mais vendida da New Holland mineira, que vem encontrando no setor rural do Rio Grande do Sul um mercado bastante ativo. Daí a decisão de abrir um plano de consórcio para que os agricultores possam comprar a retro em 72 meses pagando R$ 2 036,77 mensais, sem entrada nem juros, como é praxe no sistema de consórcio, no qual o objeto de desejo pode ser obtido por sorteio mensal ou por lance em dinheiro.
A NHConstruction marcou para 9 de setembro a primeira assembléia do consórcio da retro. Se o plano de vendas for realizado, serão sorteados 20 máquinas por mês, totalizando 100 até o final do ano. O que parece uma liquidação de estoque poderá ser tomado também como um indicador da liquidez dos agricultores gaúchos.
Outra retroescavadeira na Expointer será a CASE, presente em Esteio pelo sétimo ano consecutivo, em parceria com a concessionária J. Malucelli. Um release da empresa (pertencente ao grupo New Holland) informa que a participação do agronegócio nas vendas das máquinas de construção da CASE subiu para 70% do total desde que, nos últimos dois anos, se desaceleraram as compras de empresas de construção civil e infraestrutura. As retroescavadeiras são muito usadas em lavouras de arroz irrigado. -
Lasier Martins: "Nunca me censuraram na RBS"
O candidato ao Senado pela coligação O Rio Grande Merece Mais (PDT\DEM\PSC\PV\PEN), Lasier Martins, disse que não entende bem como seria a regulamentação dos artigos sobre Comunicação que constam na Constituição aprovada em 1988.
Eles nunca foram regulamentados por pressão dos donos dos jornais e redes de TV, muitos deles atuando no Congresso. O parágrafo quinto do artigo 220, por exemplo, diz que os meios de comunicação social não podem, direta ou indiretamente, ser objeto de monopólio ou oligopólio, mas não foi regulamentado.
Lasier afirmou nesta quarta-feira, 27, durante entrevista à imprensa antes do tradicional Tá na Mesa promovido pela Federasul, que sempre teve total liberdade para trabalhar tanto na Caldas Júnior como depois na RBS, lugar que ficou por 27 anos. “Eles nunca me censuraram.”
Para ele, a formação de oligopólios na mídia nacional é uma questão de competência, “mas estou disposto a repensar este conceito”, completou. E ainda fez uma provocação: “por que não regulamentam o patrocínio oficial? A maior parte da verba publicitária do governo Dilma Rousseff é dirigida para a Rede Globo.”
O candidato não comentou o histórico de perseguições que líderes trabalhistas sofreram pela mídia conservadora. Os ataques de Carlos Lacerda na sua Tribuna da Imprensa, jornal do Rio de Janeiro, levaram Getúlio Vargas ao suicídio. João Goulart também foi perseguido pelos jornalões de São Paulo e rede Globo, assim como Leonel Brizola, que acabou ganhando na Justiça um antológico direito de resposta no Jornal Nacional.
Lasier também respondeu ao candidato Olívio Dutra, do PT, que o chamou de puxa saco dos empresários. “Ele só acredita na agricultura familiar, que é importante, mas não é a única. A economia brasileira depende intensamente dos empresários e de empresas fortes.” (Sergio Lagranha) -
Avião de Eduardo Campos chega ao Jornal Nacional
Mais uma vitória dos blogs sujos, no caso o Tijolaço, que investigou já nos primeiros dias as dúvidas sobre as condições em que estava sendo usado o avião que caiu em Santos com o candidato do PSD, Eduardo Campos.
Tijolaço: “Chega-se à conclusão de que Eduardo e Marina faziam campanha num avião fantasma. Ninguém admite ser dono do Cessna, ninguém admite ter bancado as despesas com o jatinho – e ninguém declarou qualquer informação sobre o uso do avião à Justiça Eleitoral”..
Nesta terça feira, 26, o assunto que já vinha ocupando primeira página nos jornais, chega ao Jornal Nacional, da Rede Globo:
DOCUMENTOS INDICAM EMPRESAS FANTASMAS NA COMPRA DO AVIÃO EM QUE MORREU EDUARDO CAMPOS
O Jornal Nacional teve acesso com exclusividade aos extratos da conta AF Andrade – empresa que, para a Anac, é a dona da aeronave.
O Jornal Nacional obteve, com exclusividade, documentos importantes da operação de compra e venda do jato Cessna, que era usado pelo candidato do PSB à presidência, Eduardo Campos.
O dinheiro que teria sido usado para pagar o avião em que morreu o candidato Eduardo Campos passa por escritórios em Brasília e São Paulo, e por uma peixaria fantasma em uma favela do Recife.
“Rapaz, eu estou até desnorteado. Como é que eu tenho uma empresa uma empresa sem eu saber?”, questiona um homem.
O Jornal Nacional teve acesso com exclusividade aos extratos da conta AF Andrade – empresa que, para a Anac, é a dona da aeronave. Mas a AF Andrade afirma que já tinha repassado a aeronave para outro empresário, que emprestou para a campanha de Campos.
Os extratos que já foram entregues à Polícia Federal mostram o recebimento de 16 transferências, de seis empresas ou pessoas diferentes. Num total de R$ 1.710.297,03.
Nos extratos aparecem os números do CPF das pessoas físicas ou do CNPJ, das empresas que transferiram dinheiro para a AF Andrade. Com esses números foi possível chegar aos donos das contas.
A empresa que fez a menor das transferências, de R$ 12.500, foi a Geovane Pescados. No endereço que consta no registro da peixaria encontramos Geovane, não a peixaria.
“Acha que se eu tivesse uma empresa de pescado eu vivia numa situação dessa?”, diz Geovane.
Outra empresa, a RM Construções, fez 11 transferências, em duas datas diferentes. Cinco no dia 1º de julho e mais seis no dia 30 de julho, somando R$ 290 mil.
O endereço da RM é uma casa no bairro de Imbiribeira em Recife. Mas a empresa de Carlos Roberto Macedo não funciona mais lá. “Tinha um escritório. Às vezes, guardava o material o outro”, conta ele.
Tentamos falar por telefone com Carlos, mas ele pareceu não acreditar quando explicamos o motivo da minha ligação.
Repórter: Você andou depositando dinheiro para comprar de um avião?
Carlos: Tem certeza disso?
Já um depósito de quase R$ 160 mil saiu da conta da Câmara & Vasconcelos, empresa que tem como endereço uma sala vazia em um prédio e uma casa abandonada. Os dois lugares em Nazaré da Mata, distante 60 quilômetros do Recife.
A maior transferência feita para a AF Andrade foi de R$ 727 mil, no dia 15 de maio, pela Leite Imobiliária, de Eduardo Freire Bezerra Leite.
E completam a lista de transferências João Carlos Pessoa de Mello Filho, com R$ 195 mil, e Luiz Piauhylino de Mello Monteiro Filho, advogado com escritórios em Brasília, Recife e São Paulo, com uma transferência de R$ 325 mil.
Luiz Piauhylino de Mello Monteiro Filho disse que realizou, em junho, uma transferência bancária de R$ 325 mil e que esse valor é referente a um empréstimo firmado com o empresário João Carlos Lyra Pessoa de Mello Filho.
O empresário João Carlos Lyra declarou que, para honrar compromissos com a empresa AF Andrade, fez vários empréstimos, com o objetivo de pagar parcelas atrasadas do financiamento do Cessna.
A Leite Imobiliária confirmou que transferiu quase R$ 730 mil para a AF Andrade como um empréstimo a João Carlos Lyra.
Já o PSB declarou, nesta terça-feira (26), que o uso do avião foi autorizado pelos empresários João Carlos Lyra Pessoa de Mello Filho e Apolo Santana Vieira. -
Marina Silva: fenômeno, tsunami ou apenas espuma?
É difícil entender porque uma coisa tão previsível como o crescimento de Marina Silva nas pesquisas eleitorais consegue causar tantas emoções a jornalistas experimentados.
“É um fenômeno eleitoral”, disse Cristina Lobo, colunista do Globo. “É um tsunami”, disse Rosane Oliveira, da Zero Hora. “Marina personifica o desejo de mudança”, disse Jose Roberto Toledo, do Estadão. E assim por diante.
Entende-se. O jornalista que está na linha de frente, obrigado a comentar em cima do lance, não tem muito tempo para refletir e, no impulso, nem sempre acerta. É do jogo.
No caso, porém, soa como uma torcida organizada.
É como se já houvesse uma conclusão, só faltavam os números da pesquisa para confirmar a tese de que “temos uma nova eleição, e dentro dela um fenômeno, Marina Silva, que virou tudo de pernas para o ar”.
Ou seja: “a reeleição de Dilma Rousseff está em xeque”. Não é bem assim.
Talvez não seja, como disse um dirigente petista, apenas o resultado de uma comoção turbinada pela própria mídia e o crescimento de Marina Silva não passe de uma “espuma” que a campanha vai dissipar.
O que é certo é que uma vitória de Marina Silva ainda está longe da realidade. O cenário não se alterou essencialmente.
A disputa, renhidíssima, ainda vai ser entre a continuidade petista, com Dilma (que continua na frente e com seu governo bem avaliado) e o anti-petismo impenitente, que agora desborda de Aécio (que ainda não está morto!) para Marina.
A grande novidade é que a campanha, retardada pela tragédia que vitimou Eduardo Campos, recém está começando e falta pouco mais de um mes para o pleito.
Confira abaixo os números na modalidade estimulada da pesquisa (em que o pesquisador apresenta ao entrevistado um cartão com os nomes de todos os candidatos):
– Dilma Rousseff (PT): 34%
– Marina Silva (PSB): 29%
– Aécio Neves (PSDB): 19%
– Luciana Genro (PSOL): 1%
– Pastor Everaldo (PSC): 1%
– José Maria (PSTU): 0%*
– Eduardo Jorge (PV): 0%*
– Rui Costa Pimenta (PCO): 0%*
– Eymael (PSDC): 0%*
– Levy Fidelix (PRTB): 0%*
– Mauro Iasi (PCB): 0%*
– Brancos/nulos/nenhum: 7%
– Não sabe:
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Rombo na prefeitura pode chegar a R$ 300 milhões este ano
É comovente o esforço que a Zero Hora faz diariamente para preservar o prefeito José Fortunatti no noticiário sobre a administração municipal de Porto Alegre.
Nesta segunda-feira mesmo se pode ler, na coluna política do jornal, o título burocrático – “Contenção de gastos na prefeitura”. É um caso exemplar – a uma nota sobre as contas públicas da capital, que estão há dois anos no vermelho.
No ano passado, o balanço da prefeitura apresentou um buraco de quase 150 milhões de reais, equivalente a quase 10% da receita de impostos.
Já era o segundo ano consecutivo no negativo (em 2012, o déficit foi de 60 milhões de reais) e está a caminho do terceiro ano.
Segundo a mesma nota, o déficit mensal este ano está entre 25 e 30 milhões. O que significa que no final de 2014, o rombo pode superar os 300 milhões de reais.
As causas apontadas – despesas com a Copa do Mundo e redução da atividade econômica – não convencem, quer pelo valor dos investimentos com recursos próprios nas obras da copa, quer pelos dados do balanço do ano passado, quando a receita de impostos cresceu quase 4% acima da inflação.
Assim, sem esclarecer as causas nem dar a real dimensão do problema, o jornal destaca o esforço da prefeitura em “racionalizar as despesas” para voltar ao equilíbrio.
Será essa uma das contrapartidas pela permissão, acertada com o gabinete do prefeito, para que o jornal promova seus 50 anos com instalações temporárias nos principais parques da cidade? -
Segunda reviravolta na campanha para o Senado
Desmentindo todas as notícias das últimas semanas, o senador Pedro Simon aceitou ocupar a vaga de Beto Albuquerque, que trocou a candidatura ao Senado pela de vice-presidente na chapa de Marina Silva.
Simon vai disputar o seu quarto mandato consecutivo de senador, depois de ter várias vezes anunciado o fim da carreira. (Teve um primeiro mandato em 1978/86, antes de ser governador).
Sua presença na disputa provoca uma segunda reviravolta na campanha ao Senado no Rio Grande do Sul. A primeira foi a entrada do ex-governador Olívio Dutra que rachou o favoritismo do jornalista Lasier Martins, a novidade desta eleição.
Com Simon a correlação de forças se altera novamente, ao que tudo indica em detrimento de Lasier, já que o voto em Olivo tende a ser o voto partidário consolidado, menos sujeito a flutuações.
A candidatura de Pedro Simon de reeleição ao Senado será oficializada em coletiva de imprensa às 14h desta segunda-feira, no diretório estadual do PMDB.
“Candidato ao governo do Estado pelo PMDB, José Ivo Sartori, considerou a aceitação de Simon um “ato de renúncia” do senador, que, aos 85 anos, chegou a receber recomendações do médico Fernando Lucchese para não participar da eleição.
Pedro Simon
O quarto consecutivo, o quinto mandato.
Senado Federal
1.º – 15 de março de 1979
até 15 de março de 1982
Min. Agricultura Tancredo/Sarney
15 de março de 1985
14 de fevereiro de 1986
Governador do RGS
15 de março de 1987
até 1 de abril de 1990
Senado Federal
2.º – 1 de fevereiro de 1991
até 1 de fevereiro de 1999
3.º – 1 de fevereiro de 1999
até 1 de fevereiro de 2007
4.º – 1 de fevereiro de 2007
(em exercício)
(Com assessoria de imprensa)
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Seminário debate legado político e social de Getúlio Vargas
A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul realiza na segunda-feira, 25, a partir das 9 horas, o seminário “Getúlio Vargas: Pensamento, legado político e social do Estadista Brasileiro”. Paralelamente ao evento, será inaugurada a exposição sobre líder trabalhista, com fotos inéditas de autoria do fotógrafo Pedro Flores e projeto museográfico da arquiteta Juliana Erpen, contendo documentos também inéditos.
O seminário e a exposição são realizados no Memorial do Legislativo. A mostra permanecerá até o dia 12 de setembro. O Memorial do Legislativo fica na Duque de Caxias, 1029, ao lado do Palácio Piratini. Informações: (51) 3210-1674; 3210-1673.
Confira a programação
9h
Credenciamento
9h30min
Abertura: Presidente da ALERGS, Deputado Gilmar Sossella
10h
Painel 1: Origens e formação
André Lapolli (Arquiteto e Urbanista, Me. Planejamento Urbano e Regional / Memorial do Judiciário do RS/TJRS)
Cíntia Vieira Souto (Historiadora, Me. em Ciência Política, Profa. FAPA / Ministério Público do RS)
Mediador: Miguel F. Espírito Santo (Procurador de Justiça / Instituto Histórico e Geográfico do RS)
12h
Intervalo almoço
14h
Painel 2: A Organização do Estado na Era Vargas
Desa. Magda Barros Biavaschi (Me. em Direito UFSC, Dra. e Pós-Dra. Economia Aplicada IE-UNICAMP / Memorial da Justiça do Trabalho)
Pedro Fonseca (Economista / UFRGS)
Mediador: Fausto José Leitão Domingues (Historiador / Ministério Público do RS, IHGRGS)
16h
Intervalo
16h30min
Painel 3: Nacionalismo: A Herança Política de Vargas
Alcy Cheuiche (Historiador e Escritor)
Juremir Machado da Silva (Sociólogo, Historiador, Me. e Dr. em Sociologia da Cultura, prof. PUCRS)
Luiz Carlos Rodrigues Duarte (Procurador de Justiça)
Mediador: Luis Carlos Passos Martins (Prof. Adjunto e PPG História / PUC-RS)
19h
Fala do Presidente da ALERGS, Deputado Gilmar Sossella
Lançamento de livro: “Parlamentares Gaúchos – Getúlio Vargas: discursos (1903-1929)”, 3ª ed., ALERGS
