Na ânsia por manchetes negativas sobre a economia nacional, a imprensa não deu importância a um estudo do IPEA sobre o “Ressurgimento da Indústria Naval no Brasil (2000/2013). O estudo foi apresentado há uma semana na Marintec South America – 11ª Navalshore, no Rio de Janeiro, o principal evento da indústria naval e offshore da América Latina.
Mostra que há mais de uma década a industria naval brasileira cresce a quase 20% ao ano. (19,5% é o crescimento médio anual no período estudado). Nos 13 anos que o estudo abrange, os investimentos chegaram a R$ 150 bilhões, suficientes para consolidar o setor..
Os maiores investimentos decorrem de três programas coordenados pela Petrobras: o Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Prominp), o Programa de Renovação e Expansão da Frota de Embarcações de Apoio Marítimo (Prorefam) e o Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef), da subsidiária Transpetro.
A indústria naval brasileira entrou em declínio a partir de 1980, chegando a quase extinguir-se em 2000, quando empregava apenas 1.900 pessoas. A industria naval voltou a ter o tamanho da industria automobilística. Hoje ocupa 104 mil pessoas, 52 vezes mais do que em 2000. Mas isso não é notícia, porque contraria a tese de que o país está a caminho do caos. (G.H.)
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Industria naval cresce 20% ao ano
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Um parque para os negócios do campo
Por Geraldo Hasse |
A 37ª. Expointer que começa no fim de agosto vai ser um teste decisivo para o projeto de transformar o Parque Estadual Assis Brasil num grande centro de eventos ligados ao agronegócio, com atividades permamentes em seus 141 hectares.
O projeto, já em andamento, prevê a construção de um agroshopping, um hotel, um centro tecnológico e um centro educacional agrorural.
Tudo em regime de parceria público-privada – o Estado cede os espaços, os empreendedores privados ocupam e exploram os negócios.
“Já existem interessados, inclusive de capital internacional”, garante Adeli Sell, subsecretário da Agricultura, responsável pelo parque.
Dois contratos já foram fechados com a concessão de duas das maiores áreas do parque de Esteio parque de Esteio para a Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC) e o Sindicato da Indústria de Máquinas (Simers).
Com os quatro grandes espaços a serem concedidos por 25 anos, renováveis por outro tanto, o subsecretário espera completar a “transição para a sustentabilidade” iniciada este ano com as duas concessões já contratadas.
Responsável por uma das principais atrações da Expointer – as finais do Freio de Ouro, disputado por cavalos da raça crioula –, a ABCCC vai cobrir a arena de provas, de modo que a partir dos próximos anos, em caso de chuva, cavalos e ginetes ficarão livres das poças d’água e da lama.
Somado a obras de infraestrutura a serem feitas pelo governo do Estado, o investimento previsto para a área de 7,5 hectares da ABCCC é de R$ 15 milhões. O cavalo crioulo representa a grande maioria do rebanho equino gaúcho, estimado em 4,6 milhões de animais.
Cláudio Bier, presidente do Simers, apresentou recentemente ao governador Tarso Genro um esboço da estrutura que pretende construir dentro dos 12,4 hectares reservados às máquinas no parque, mas admite que depende de conversas com os grandes fabricantes que todo ano expõem em Esteio.
O Simers possui 160 associados, entre eles as norte-americanas John Deere e a Agco, as maiores fabricantes de tratores e colheitadeiras do país, ambas com fábricas no Rio Grande do Sul.
Como tradicionalmente montam estandes onerosos na Expointer, esses gigantes e os fabricantes menores, como as nacionais Agrale e Tramontini, com seus tratores para a agricultura familiar, provavelmente vão investir na construção de estruturas permanentes que poderão ser usadas durante todo o ano, de forma compartilhada, com revendas regionais.
O investimento previsto na área do Simers é de R$ 25 milhões.

Prefeito Gilmar Rinaldi Esteio visitou em maio as obras da Unibraspe, empresa paranaense de logística de combustíveis instalada junto à refinaria Alberto Pasqualini / Foto Divulgação PM Esteio / Divulgação
Independentemente do encaminhamento desses grandes projetos, o parque de Esteio tende a evoluir para a operação permanente durante todo o ano e não apenas sazonalmente, com grande destaque para a Expointer, no final de agosto.
Desde março o parque está sendo aberto ao público nos fins de semana. Em dias de sol, milhares de pessoas ocupam as áreas verdes.
A direção promete criar atrações para que a população regional tenha uma nova opção de lazer.
Está decidido que a “casa branca”, antiga sede fazenda existente no local, será transformada no museu da agricultura e da pecuária do Rio Grande do Sul.
Também será implantado o Brique de Esteio. No inicio de novembro será realizado ali a November Fest, tendo como protagonistas as cervejas artesanais do RS.
Está previsto também um grande encontro religioso. E uma feira de automóveis. Na realidade, cabe quase tudo no parque. Faltava pique para a inovação.
Segundo Adeli Sell, há diversos interessados na dinamização do espaço administrado desde 1968 pela Secretaria da Agricultura.
A Associação das Pequenas Indústrias de Laticínios (Apil) poderá construir sua sede dentro do parque. O mesmo pode acontecer com a Associação dos Municípios da Grande Porto Alegre (Agrampal), que precisa instalar em algum lugar sua central de compras.
A expectativa da direção do parque é que lhe seja permitido construir além do gabarito vertical de 16 metros (quatro pisos). “Não há nenhum motivo para que não possam ser construídos prédios mais altos neste local”, diz Sell.
O projeto do “Hotel Expointer” depende expressamente da liberação do gabarito. “Sem problemas”, diz o prefeito Gilmar Rinaldi, seguro de que uma eventual mudança na legislação passa tranquilamente pela Câmara, com 10 vereadores (Esteio tem 84 mil habitantes).
Com mandato até o final de 2016, o prefeito do PT está animado com as mudanças em curso não apenas no Parque Assis Brasil, mas no entorno. A inauguração da BR-448 (Rodovia do Parque), de Sapucaia do Sul a Porto Alegre, mudou o fluxo de veículos da BR-116.
Em maio passado, ele visitou as obras da Unibraspe, a nova vizinha da Expointer. Trata-se de uma empresa paranaense de logística de combustíveis que veio construir tanques de armazenagem perto da Refinaria Alberto Pasqualini.
Primeira ocupante do Loteamento Industrial de Esteio, a Unibraspe comprou 70 hectares de uma das últimas áreas pertencentes a herdeiros da família Kroeff, antiga dona da fazenda existente na região.
O último pedaço, com 600 hectares, foi comprado pela Bolognesi Empreendimentos, que não esconde sua intenção de construir ali, no futuro, condomínios residenciais para a classe média, como vem fazendo em Porto Alegre, Canoas e Cachoeirinha.
Antes disso, ela poderá negociar áreas para projetos comerciais ou industrais.
Para atrair parceiros, ela realiza pequenas obras de infraestrutura para evitar, por exemplo, enchentes como a de 2013, quando as águas de um afluente do rio dos Sinos inundaram boa parte do recinto de máquinas da Expointer.
Mostrando-se boa vizinha, a Bolognesi construiu um dique e um acesso para facilitar os negócios do parque de Esteio. -
Eleições 2014: "Os eleitores terão que ser quase mágicos"
A frase é do jornalista Hélio Gama, num artigo do seu Almanaque, duas semana atrás, alertando que a campanha começaria efetivamente a partir deste 19 de agosto, com o início da programação eleitoral no rádio e na televisão.
Eleições gerais, para presidente, governadores, um terço do senado, câmara federal, assembleias estaduais, o poder político está em jogo.
A morte de Eduardo Campos introduziu novas variáveis, embaralhou ainda mais as cartas.
Mas não alterou essencialmente a situação, descrita por Gama: “Com uma das maiores democracias do mundo e exibindo um sistema eleitoral que é encerrado com um processo de votação eletrônico que é o mais moderno do mundo, o Brasil apresenta também um sistema político-partidário medíocre e que é uma das causas dos grandes problemas brasileiros”.
“Os eleitores terão que ser quase mágicos para conseguir escolher os melhores e fazer o Brasil avançar”.
Ante o novo quadro, que o imponderável montou, terão que ser efetivamente mágicos.(E.B.) -
Vinho brasileiro ganha mercado em 35 paises
Recordes na exportação do vinho brasileiro engarrafado: 257% mais no primeiro semestre de 2014, em relação ao mesmo período do ano anterior. Até junho, o Brasil exportou US$ 7,16 milhões em vinhos engarrafados, num total de 1,78 milhão de litros.
Em todo o ano de 2013, as vendas para o exterior somaram US$ 5,3 milhões, com 1,5 milhão de litros (o mercado interno consumiu 8,71 milhões de litros).
O que as vinícolas mais comemoram é a valorização do preço médio por litro exportado, que passou de US$ 3,36 para US$ 4,01, um ganho próximo de 20%.
O Reino Unido, que no ano passado ocupava a sexta posição entre os destinos do vinho brasileiro, nos últimos três meses despontou como o maior importador. Gastou doze vezes mais, US$ 1,56 milhão, quase 20% do total exportado.Para a, gerente do Wines of Brasil, um projeto do Instituto Brasileiro do Vinho, o setor está colhendo os resultados da aproximação com redes de varejo internacionais. Entre elas, estão a Waitrose, cadeia de supermercados de luxo no Reino Unido (312 lojas na Inglaterra, Escócia e Gales), e a Marks & Spencer, a maior rede de lojas de departamento do Reino Unido (840 lojas em 30 países). Ela acredita que a visibilidade que a Copa deu ao Brasil contribuiu para as marcas brasileiras no exterior.
A Bélgica foi a que mais aumentou suas compras: US$ 1,16 milhão, quase 60% mais do que importou no primeiro semestre de 2013.
O terceiro maior comprador foi a Alemanha (US$ 730 mil). A China, que começou a importar vinhos brasileiros há apenas três anos, hoje está entre os 10 principais compradores, e paga um dos valores mais altos na média de preço por litro, de US$ 7,47. “Isso se deve ao fato do vinho na China estar ligado a status e não necessariamente à cultura de consumo. Entretanto, o país é estratégico principalmente pelo tamanho de seu mercado potencial”, observa Roberta.
No total, nos primeiros seis meses do ano, os vinhos brasileiros engarrafados foram exportados para 35 países, três mais que no mesmo período de 2013.
Os cinco países-alvo do Wines of Brasil – projeto de promoção dos vinhos brasileiros no Exterior – estão entre os 10 principais destinos de exportação: Reino Unido, Alemanha, Holanda, Estados Unidos e China/Hong Kong. Além da Bélgica, figuram entre os destinos de destaque Paraguai, Japão, Suíça e Colômbia. -
Entre Dilma e Marina, cresce o fator Lula
Todos sabiam que Campos não jogava para 2014. Em todas as suas conversas com o empresariado ele sempre falou de um projeto a longo prazo.
Ele era o homem para truncar a continuidade do lulismo em 2018 , quando o próprio Lula poderá retornar.
Para 2014, já que Aécio Neves não sai do chão, truncar a continuidade do lulismo tornou-se o objetivo das corporações midiáticas, com a Globo e suas repetidoras na cabeça.
Daí o entusiasmo com a tese de que, depois da trágica morte de Eduardo Campos, temos “uma nova eleição” e que com a ascensão de Marina Silva o segundo turno é inevitável. Parece mais um desejo do anti-petismo da mídia do que uma realidade, até agora.

Nem mesmo a pesquisa do Datafolha, a primeira depois do acidente que matou Campos, dá suporte de verdade a essa interpretação, mais coerente com o clima emocional e a manipulação midiática do que com os fatos políticos.
O que mostra a pesquisa? Mostra Dilma em situação estável e confortável.
Está lá com os mesmos 36% da pesquisa anterior e o índice de aprovação de seu governo subiu (38% de bom e ótimo). O otimismo dos brasileiros em relação ao futuro também aumentou, segundo o mesmo Datafolha.
Com mais de 20 minutos diários na televisão a partir de amanhã, Dilma terá tempo para mostrar tudo o que tem feito no governo, o que apesar dos detratores não é pouco. Não convém esquecer que ela está há 12 anos no governo, oito como ministra de Lula e quatro em seu próprio mandato.
Campos também tinha obras para mostrar, de seus dois governos estaduais, assim como Aécio também as tem. Marina tem o quê? Sem contar que o programa de Campos não cabe exatamente no figurino de Marina. Como diz Cesar Maia, “o tempo de TV de Marina e a muito menor capilaridade de sua coligação podem transformar estes 21% num teto”.
Por falar em Lula, ele parece ser o grande beneficiário das mudanças decorrentes da tragédia. Por puro preconceito, a cobertura não deu atenção aos lances ágeis e precisos de Lula em seguida da morte e no velório de Eduardo Campos. Foi o único político que se moveu com desenvoltura nestes momentos difíceis.
Uma foto no velório, aliás, é simbólica. Lula está no centro da cena, abraçando a filha de Campos. Dilma está atrás, com a mão espalmada em suas costas. Marinha está do outro lado, olhando o vazio.
Passado o trauma, Lula está no centro da cena política, com tudo para garantir a eleição de Dilma e com o terreno desimpedido para 2018.(E.B.) -
Uma outra leitura dos números da pesquisa
A pesquisa do Datafolha/RBS divulgada nesta sexta-feira mostra, à primeira vista, um quadro favorável à candidata do PP, senadora Ana Amélia.
Ela tem 39% das intenções de voto, enquanto o governador Tarso Genro tem 30%. Os que ainda não sabem em quem votar, são apenas 14%.
Além disso a rejeição a Tarso (27% não votariam nele de jeito nenhum) é mais que o dobro de sua adversária (13%).
Outros dados da pesquisa no entanto relativizam essa vantagem.
O índice de aprovação do governo Tarso Genro é de 30% (ótimo/bom), o mesmo do percentual na intenção de voto.
A grande maioria (44%) acha que o governo é regular. Quem acha regular, poderá mais facilmente convencer-se que o governo é bom quando ele mostrar suas obras na tevê.
Fora isso, o percentual dos que votariam em qualquer um (19%) somado ao dos que não sabem ( 18%), somam um contingente de 37% dos eleitores aberto ao convencimento.
A -
Campos foi aos empresários antes de ser candidato
“Ele é a grande novidade da cena política brasileira”, saudou a revista Exame em reportagem sobre os primeiros movimentos do ainda não candidato Eduardo Campos, em maio de 2013.
Em oito páginas, a principal revista de economia e negócios do país relata as andanças do jovem governador entre os maiores empresários do país, para falar de seu projeto político. Em público, ele ainda negava que fosse candidato.
Dois repórteres da revista – Daniel Barros e Tatiana Bautzer – falaram com 50 empresários de primeiro time que haviam encontrado ou queriam encontrar Campos. Itaú, Bradesco, Santander, Odebrecht, Gerdau… quase todos da lista dos 100 “maiores e melhores” ouviram Campos.
Os mais influentes, individualmente, os demais em almoços ou eventos. O que disse Campos aos big boss da plutocracia nacional?
Disse o que eles queriam ouvir: é preciso menos intervenção do governo, remover muitos entraves aos negócios, liberar as taxas de retorno nas concessões públicas: “Não é o governo que deve definir a taxa de retorno das concessionárias de serviços públicos. É a competição dos leilões” foi uma de suas afirmações recorrentes.
Segundo a revista o “status de estrela ascendente foi rapidamente captado pelo meio empresarial”.
Qualquer que tenha sido o grau efetivo de apoio empresarial à candidatura Campos, fica uma constatação: Eduardo Campos era um jovem e promissor líder político, mas não era propriamente o “novo na política brasileira”.
E uma pergunta: até que ponto esse capital será transferido para seu substituto?
(E.B.) -
Por que os abonados do Brasil compram imóveis nos EUA
Não foi só o ministro Joaquim Barbosa que comprou apartamento em Miami: segundo dados do Banco Central, em 2013 aumentaram em 17% os investimentos de brasileiros em imóveis no exterior, EUA à frente, com 31% das aquisições registradas, que somam US$ 5,4 bilhões (não se conhecem os investimentos off line). Os brasileiros já são o segundo maior comprador de imóveis em Miami, atrás apenas dos venezuelanos.
Fugindo do alto preço dos imóveis no Brasil, onde segundo alguns haveria até uma “bolha imobiliária”, os brasileiros estão aproveitando pechinchas geradas pela crise financeira de 2008. A recuperação da economia americana atrai compradores brasileiros que vislumbram morar ou fazer negócios nos Estados Unidos e especialmente na Flórida, o estado americano que possui maior comércio com o Brasil, cerca de R$20 bilhões anuais.
Ao contrário dos americanos, que podem financiar 100% do valor do imóvel, os estrangeiros precisam pagar pelo menos 40% cash, podendo financiar o resto em até 30 anos com juros anuais de 4% a 5%. O governo americano dá incentivos fiscais para o estrangeiro que der entrada de 80%. De um jeito ou de outro é bom negócio para quem possui bala.
O investidor que tiver dinheiro aplicado no Brasil (onde a taxa-base de remuneração do Banco Central é de 10,50%) não só paga o investimento nos EUA com a aplicação brasileira como, com a sobra do rendimento, pode passar férias lá ou na Praia Que Preferir. Se alugar o imóvel lá comprado, pode tirar mais um rendimento equivalente a 8% a 10% ao ano. (G.H.)
(Nota elaborada a partir de um release da Faccin Investments) -
Fraude do leite também em Santa Catarina
Como previu o procurador Altino Bastos Filho, um dos responsáveis pelas investigações do Ministério Público Federal sobre adulterações no leite produzido no Rio Grande do Sul, um ramal da fraude foi detectado pela primeira vez em Santa Catarina.
As autoridades policiais e sanitárias estão colocando fora do comércio uma parcela da produção de um laticínio catarinense na qual foram encontrados vestígios de formol, substância usada para mascarar a deterioração de leite cru.
Segundo o procurador Bastos Filho, é lógico esperar que a fraude detectada em 2013 no Rio Grande do Sul também exista em outros estados, já que a cadeia produtiva de leite opera da mesma forma em todo lugar: a matéria-prima altamente perecível é recolhida nos milhares de sítios produtores por centenas de fretistas autônomos, alguns dos quais se transformam em proprietários-exploradores de “linhas de leite” a serviço de poucas indústrias de laticínios. São poucas mesmo: no RS, apenas duas dezenas – três das quais fecharam depois das investigações que já condenaram sete pessoas a penas de dois a 18 anos de reclusão.
Nesse longa história que começou com o tradicional “batismo” do leite com água por leiteiros avulsos, falta apurar quem ensinou os modernos transportadores a “corrigir” leite estragado com produtos como peróxido de hidrogênio (a popular água oxigenada), soda cáustica e ureia com formol. Só pode ser coisa de técnicos de nível médio a superior que trabalham ou trabalharam em indústrias alimentícias e sabem os efeitos dessas substâncias em produtos perecíveis. O peróxido de hidrogênio é usado pela indústria láctea no processo de limpeza da caixinha de UHT antes do seu enchimento com o produto oferecido aos consumidores.
(Geraldo Hasse)
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Campanha de pernas para o ar a sete semanas da eleição
Nenhum colunista ou analista político arriscou até agora qualquer previsão sobre o que vai acontecer com a campanha para eleger o novo presidente da República, depois da morte de Eduardo Campos, nesta quarta-feira 13.
A sete semanas da eleição, nem mesmo a indicação de Marina Silva, a vice da chapa de Campos, é certeza.
Marina, com Roberto Freire, do PPS, de vice é a melhor hipótese. Mas não passa disso.
Da mesma forma, o resultado da eleição virou uma incógnita. Aumenta a chance de Dilma ganhar no primeiro turno? O fator Marina pode surpreender? Só o tempo vai responder. Com a campanha suspensa por três dias, será necessário esperar o início do horário eleitoral na televisão para se ter alguma coisa sob os pés. (E.B)
