Nesta sexta-feira (1/8), a partir das 19h30, um manifesto da Federação Israelita do RS sobre “a crise envolvendo Israel e Hamas” e seus reflexos na comunidade internacional será lido em todas as sinagogas de Porto Alegre.
O manifesto pela paz no Oriente Médio será durante a celebração do Kabalat Shabat (cerimônia do dia de descanso semanal no judaísmo). O presidente da Federação, Mario Cardoni, fará seu pronunciamento no Centro Israelita – Rua Henrique Dias, 73 – Bom Fim.
Categoria: Geral
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'Shabat pela Paz' em Porto Alegre
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Ação contra Lei das Antenas chegou à promotoria de meio ambiente
Já chegou à Promotoria de Meio Ambiente a ação civil pública proposta pela Agapan pedindo a anulação da sessão da Câmara de Vereadores que aprovou a nova Lei das Antenas, no dia 22 de julho.
Com regras mais brandas para a instalação de antenas e estações de radio base da telefonia celular, a nova lei foi aprovada em regime de urgência e uma única audiência pública (decidida na Justiça) sem a presença da maioria dos vereadores.
A Agapan reforçou com 300 assinaturas de lideranças comunitarias e ambientalistas o pedido encaminhado ao Ministério Público Federal no dia seguinte à aprovação.
O texto aprovado está em exame pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, porque recebeu muitas emendas em plenário. Depois, será enviado para a sanção do prefeito José Fortunatti.
A presidente da Agapan, Ana Valls, diz que “não dá para entender é a pressa para decidir uma questão tão polêmica como essa”.
A alegação principal dos que defensores da mudança é a melhoria dos serviços de telefonia, com a facilidade para instalar mais antenas: “Nem isso se sustenta, porque a lei assim é só aqui em Porto Alegre, mas a telefonia tem problemas no Brasil inteiro”.
Para ela, “além de jogar no lixo o princípio da prevenção, que é consagrado pela Organização Mundial da Saude, a nova lei vai anistiar as operadores punidas com mais de 600 infrações”. Segundo a CPI da Telefonia, na Câmara Municipal no ano passado, as empresas devem mais de R$ 500 milhões em multas.(EB) -
Três mil aderem à vacinaçao no parque
Mais de 4 mil pessoas passaram pelo estande montado pela Secretaria Municipal de Saúde no Parque da Redenção, em evento alusivo ao Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais.No local, a SMS imunizou mais de 3 mil pessoas contra hepatite B.Na testagem rápida para HIV/sífilis e hepatite viral foram realizados 3078 testes, com 927 pessoas realizando o procedimento.Durante esta semana, de 28 à 1º de agosto, as Unidades de Saúde estarão orientadas a incentivar e intensificar os Testes Rápidos e, principalmente, a vacinação contra a hepatite B, que este ano é o foco da Campanha do Ministério da Saúde (MS).Hepatites – As hepatites A, B e C são inflamações no fígado causadas por diferentes tipos de vírus, constituindo um grave problema de saúde pública no mundo. Milhões de pessoas no Brasil podem ser portadoras desses vírus e não saber.Os tipos B e C podem causar doenças graves como cirrose e câncer e todos os tipos de hepatite podem levar à morte. O diagnóstico das pessoas com hepatite pode ser feito na Atenção Básica e complementado na Atenção Secundária (Serviços de Atendimentos Especializados às Hepatites Virais). -
Campanha colhe assinaturas para reduzir CCs no serviço público
A campanha para aprovar uma lei que limite a criação dos cargos de confianças (os famosos CC) no serviço público no Rio Grande do Sul já tem comitês em 20 cidades,
Oito entidades que representam os funcionários de carreira estão envolvidas. Elas querem recolher pelo menos 60 mil assinaturas para poder protocolar uma PEC (projeto de emenda constitucional) que limite a criação de cargos de confiança pelos governos.
“Cargo público não é mercadoria”, diz o slogan. O Rio Grande do Sul é o 5º estado do Brasil com maior número de cargos em comissão (CCs), considerando os três poderes. O ranking é São Paulo, Minas, Bahia e Goiás, pela ordem.
No legislativo gaúcho há 362 servidores concursados para 1.135 servidores comissionados.
Ou seja, os CCs são mais de 75% da folha de pagamento da Assembleia Legislativa.
No judiciário gaúcho – que tem mais de 6,8 mil servidores efetivos, celetistas e transpostos – há aproximadamente 1,2 mil pessoas atuando de forma comissionada.
No Ministério Público do RS, onde há em torno de 1,7 mil cargos de provimento efetivo, tem mais de 760 CCs criados.
Eis uma nota da campanha:
“Para qualificar a prestação do serviço à sociedade, moralizar o serviço público, combater o nepotismo na administração, promover a abertura de concursos públicos e a nomeação de concursados que o Fórum de Servidores Públicos do Estado do RS (FSPE-RS) lança a campanha Basta de CCs.
Esta campanha irá colher assinaturas de eleitores gaúchos no estado, com o objetivo de instituir o Projeto de Emenda Constitucional Popular que regulamenta as formas de provimento dos cargos sem concurso no serviço público.
A entrevista coletiva de lançamento da Campanha Basta de CCs acontece na próxima quarta feira, dia 30/07, às 10 horas, no auditório do CPERS/Sindicato. Na ocasião, o grupo de trabalho do FSPE-RS irá apresentar os objetivos, metas e as ações a serem desenvolvidas em todo no RS.
SERVIÇO
O que: Lançamento da Campanha Basta de CCs
Quando: Quarta feira, dia 30 de julho de 2014
Horário: às 10 horas
Onde: No auditório do CPERS Sindicato – Av. Alberto Bins, 480 | Centro de Porto Alegre/RS
Quem: Fórum de Servidores Públicos Estaduais (FSPE-RS) e CPERS SINDICATO, SIMPE RS, SINDIÁGUA RS, SINDJUS RS, SINDPPD RS, SINDISPGE RS, APROJUS RS E SINDET RS.
CONTATOS: Assessoria de Comunicação do CPERS Sindicato – João dos Santos Silva (51) 9732.5722 – Assessoria de Comunicação do SIMPE RS – Nara Roxo (51) 9124.7995 Assessoria de Comunicação do SINDJUS RS – Elaine Barcellos de Araújo (51) 9970.6088 -
Brigada prepara retirada de invasores da Avipal
Um grupo precursor do Pelotão de Operações Especiais (antigo Choque) da Brigada Militar esteve por duas horas no terreno da Avipal, na tarde desta segunda-feira, 29.
A área de dez hectares num dos pontos mais valorizados da Zona Sul de Porto Alegre começou a ser invadida há um mês e já tem, segundo a Brigada, 400 famílias, cerca de duas mil pessoas, a maioria remanescentes de antigos reassentamentos e desocupações.
Eram oito oficiais e suboficiais comandados pelo capitão Heraldo. Entre eles, duas tenentes, encarregadas do levantamento fotográfico.

Cada um tinha uma tarefa: um ouvia os moradores (de onde veio? quem disse que podia vir pra cá?) outro marcava as posições dos barracos no mapa da área, as duas tenentes fotografavam tudo. Apenas um com arma pesada: um fuzil metralhadora.
Foi cordial a relação dos invasores com os brigadianos. As tenentes fizeram selfies com crianças e as senhoras que tomavam chimarrão na frente dos barracos. O capitão Heraldo ponderou: “Temos que pensar que isso não é um problema policial, é um problema social”.
Mas lei é lei e a ordem judicial já foi dada. “Já tem a data para retirada?” O capitão sorri: “Ainda não, o problema é complexo”
Um morador veio chamar atenção para uns tanques cheios de algo que eles supõem ser veneno ou ácido. Seriam tanques com um caldo químico onde os restos das aves abatidas no extinto aviário seriam dissolvidas.
“Caiu aí já era”, diz o rapaz, diante dos enormes tanques cobertos com uma camada esverdeada. Um dos tenentes examina e explica: era um sistema de tratamento de efluentes. A água com os restos dos frangos eram lançadas em lagoas, num sistema de decantação, não tem veneno. Um sapo salta num canto do tanque, provando que o tenente tem razão.
Eram quatro da tarde, o sol batia inclinado, até os barracos feitos com pedaços de eucatex e cobertos com sacos de lixo brilhavam.

Os brigadianos se despedem apertando as mãos dos moradores na entrada da invasão, sombreada por frondosas arvores.. Um carro, duas caminhonetas e quatro motos levam os representantes da autoridade.
“Se eles me tirarem daqui vou pra cima da árvore”, diz Eva Morais, olhando de alto abaixo um enorme eucalipto. Pensa melhor: “Ou vou voltar pra baixo do viaduto”.
Todas as histórias ali são assim: situações-limite. “Um punhado de arroz e um punhado de feijão era ouro pra nóis”, diz Maura de Lourdes, na frente da moradia improvisada – quatro paredes de tijolo, sem porta sem janela e sem teto.
Nem ela e seus dois filhos, nem a vizinha que está no mesmo espaço, com quatro filhos, almoçaram. Ganharam um litro de leite e um pote de nescau, que deram para as crianças.
Até quando ficarão ali?
Paulo Pimentel, um dos coordenadores, sobe a ladeira avisando: “Não aconteceu nada, pessoal, não para nada, segue arrumando os barracos”. (E.B.) -
Energia Elétrica: geradoras aproveitam crise para turbinar os lucros
A Federação Nacional dos Engenheiros e a Associação Brasileira de Defesa do Consumidor recorreram ao Conselho de Defesa Econômica (CADE), para denunciar “práticas abusivas de empresas geradoras de energia durante crise de estiagem que afetou a produção energética no país”.
Segundo nota das entidades, as concessionárias estão aproveitando a crise para obter lucros estratosféricos, prática que pode “levar a uma crise sem precedentes, que já apresenta reflexos negativos no setor industrial”.
“Para o consumidor, o aumento na conta de luz será inevitável”. As empresas geradoras, segundo a denúncia, estão aproveitando a escassez de energia elétrica disponível, para lucrar com a venda de eletricidade no mercado de curto prazo, com preços abusivos.
Para a FNE, o governo federal está atacando de modo errado a crise do setor elétrico. Ao conceder subsídios e empréstimos com recursos públicos e privados às concessionárias de distribuição de energia elétrica, “está apenas gerando uma dívida, que será repassada aos consumidores ao longo dos próximos anos”.
No documento, as entidades denunciam que, para manter sua lucratividade, as empresas geradoras de energia deixam de firmar contratos, obrigando as distribuidoras a comprar energia no mercado de curto prazo.
Ou seja, as geradoras não participam dos leilões oficiais promovidos pelo governo federal, destinados ao atendimento das distribuidoras, fazendo com que se tenha pouca energia disponível no mercado regulado, “o que aumenta significativamente os custos de aquisição de energia”.
O diretor do Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo (SEESP), Carlos Augusto Kirchner, explica que as geradoras estão burlando a legislação que manda contratar 100% da carga disponível. Deixam de vender nos leilões oficiais, para colocar no mercado a curto prazo, a preços elevados.
Dívida impagável
Isso aumenta o prejuízo das distribuidores, que tem que ser socorridas pelo governo.
“A dívida acumulada em empréstimos emergenciais de socorro às empresas distribuidoras e aportes da União será bilionária e se tornará impagável, fazendo com que os prejuízos sejam repassados para as tarifas dos consumidores”, afirma.
As entidades pedem ao CADE que sejam adotadas medidas preventivas e coercitivas – com a abertura de inquérito administrativo para apuração das infrações à ordem econômica – junto a todos os agentes que estão se beneficiando com a venda no mercado de curto prazo.
A consultora do Proteste, Flávia Lefevre, destaca: “São necessárias ações imediatas em vista da bilionária dívida que vem sendo acumulada e que vem sempre aumentando para socorrer as empresas distribuidoras e que serão pagas pelos consumidores de energia”.
Segundo a FNE, essa política energética mercantil poderá desencadear uma crise econômica sem precedentes, além de afetar o setor industrial com a geração de desemprego, instabilidade, perda da competitividade e inflação. O presidente da FNE, Murilo Celso de Campos Pinheiro, argumenta que se trata de uma afronta não somente para os engenheiros, mas ao interesse público, aos consumidores de energia e ao setor produtivo do país.
“Nós cobramos também uma posição da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) sobre a falta de fiscalização e intervenção nesse mercado que vem sendo explorado pelas geradoras, causando forte desequilíbrio entre agentes do mercado, com prejuízos para todo o setor produtivo nacional”, destaca. Carlos Kirchner acredita que a utilização de termelétricas, desde outubro de 2012, devido à forte estiagem no país, não é o único motivo do aumento de custo para a produção de energia. “Na verdade, a geração de energia pela fonte hidráulica não deveria implicar aumento de custos, pois a maioria delas é proveniente de usinas hidrelétricas já amortizadas, ou seja, com seus contratos de venda de energia encerrados no final de sua vigência em 31/12/2012 ou em 31/12/2013”, aponta.
O diretor do SEESP explica que as empresas se respaldam em uma interpretação restrita e distorcida da legislação do setor elétrico para justificar suas condutas anticoncorrenciais e o aumento arbitrário dos lucros está em desacordo com regras de defesa do consumidor.
“O fato de se produzir energia em uma usina hidrelétrica já amortizada como é o caso da Cemig, Copel e Cesp ao custo de R$ 20,00 por megawatt-hora e de vendê-la pelo preço de R$ 822,83, com margem de 4.000% (quatro mil por cento), viola o princípio do serviço público essencial, em que a regra é a do menor lucro possível”, comenta.
De acordo com as entidades, a conduta das concessionárias é anticompetitiva e ilegal, pois o agente gerador transformou a sobra deliberada de energia numa prática corriqueira de lucro. Por sua vez, as distribuidoras de energia, que compram o produto caro no mercado, vão repassar o prejuízo integralmente aos seus consumidores, ainda que alguns empréstimos governamentais e privados protelem o pagamento destas dívidas.
“É inadmissível a conduta que tenha como resultado a retirada de energia do mercado, implicando em escassez artificial que leva ao aumento injustificado dos preços prejudicando a livre concorrência e também os consumidores”, conclui Flávia Lefevre.
Pode se considerar como mercado imperfeito todo aquele em que um dos “players” ou o conjunto deles consegue manipular os preços a seu favor, maximizando assim seus lucros em detrimento da livre concorrência.
Numa época de estiagem em que os valores do PLD atingem seu valor teto de R$ 822,83 por MWh, a forma das empresas geradoras de energia obter altíssimos lucros é muito simples e tentadora: simplesmente não ofertar a energia para ninguém e nem formalizar nenhum contrato de venda, de modo que toda a energia que fica sobrando é automaticamente classificada como uma diferença a seu favor e liquidada ao preço de PLD.
Sobre a Federação Nacional dos Engenheiros: Fundada em 25 de fevereiro de 1964, a FNE (Federação Nacional dos Engenheiros) tem sede em Brasília e, hoje, é composta por 18 sindicatos estaduais, aos quais estão ligados cerca de 500 mil profissionais.
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Dilma defende combate à inflação e lamenta episódio do Santander
Luciano Nascimento / Agência Brasil
A presidenta Dilma Rousseff afirmou a veículos de comunicação que as avaliações sobre o combate a inflação em seu governo são feitas com dois pesos e duas medidas. Dilma comparou seu governo ao do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), disse que a inflação deste ano vai ficar no teto da meta, de 6,5%, e negou que haja descontrole inflacionário no país.
“Não concordo que tenha alguma coisa errada no combate à inflação. O sistema de metas foi criado em 1999. Nesses 15 anos, em 12 deles a inflação esteve acima do centro da meta. Em cinco, esteve acima do limite superior da banda, se considerar 6,5%. Ela ficará abaixo do limite superior da meta. Hoje está 0,02 acima do centro da meta e em uma trajetória decrescente,” disse Dilma.
Dilma fez as declarações em resposta a uma pergunta durante sabatina organizada pelo jornalFolha de S.Paulo, o portal de UOL, o SBT e a Rádio Jovem Pan, realizada nesta segunda-feira no Palácio da Alvorada. Os quatro veículos de comunicação já sabatinaram neste mês os candidatos Eduardo Campos (PSB) e Aécio Neves (PSDB).
“No meu período, a minha inflação, se comparar com os governos FHC [Fernando Henrique Cardoso] e Lula [Luiz Inácio Lula da Silva], o meu e o do ex-presidente Lula se calibram. Então, acho que usam dois pesos e duas medidas para julgar o meu governo”, avaliou.
Durante a sabatina, Dilma criticou a postura do Banco Santander que, em comunicado a correntistas, disse que sua eventual reeleição poderia resultar em efeitos negativos para a economia. “Um país não deve aceitar uma interferência de qualquer instituição financeira, de qualquer nível. Sobre o Santander, eu acho inadmissível. Eu não sei o que farei, eu não vou especular. Eu sou presidenta da República, eu tenho de ter uma atitude mais prudente”, disse Dilma, que classificou o comunicado como “lamentável” e disse ainda que o pedido de desculpas do banco foi “protocolar”.
A presidenta e candidata comparou o pessimismo nas avaliações da economia ao que havia durante a preparação para a Copa do Mundo. “Ano passado falaram a mesma coisa da economia, falaram que haveria apagão. Há um pessimismo com a economia do mesmo jeito que havia contra a Copa. A economia vive de expectativa. Receitaram o racionamento pra mim, todos os meses do ano, com consequência de queda de 2 pontos do PIB [Produto Interno Bruto], e nada disso ocorreu, pelo contrário”, avaliou.
Dilma disse que país sofre com os efeitos da crise econômica de 2008 e reconheceu que o governo errou ao desconsiderar o “descontrole” financeiro internacional. “Todos nós erramos pois não tínhamos ideia do grau de descontrole. O mundo errou porque saiu completamente do controle a crise do sistema financeiro internacional. No Brasil, tentamos impedir que o tradicional efeito da crise, como a geração de desemprego, acontecesse. Minimizamos os efeitos da crise na economia brasileira”.
Dilma voltou a aformar que há um “pessimismo inaceitável” com a economia e lembrou que a “tempestade perfeita” que a “mídia previu” para o fim de 2013 não ocorreu. “Nós temos robustez fiscal, a dívida líquida caiu para 34%”, citou.
Dilma disse ainda que alguns setores estão aproveitando o momento eleitoral para especular com a economia e que quem faz isso vai “se dar mal”. “A característica de vários segmentos é especular. Sempre que especularam não se deram bem. A conjectura passa e eles se dão mal. Na eleição 2002 quem especulou contra Lula se deu mal”, ironizou. -
Casa de Cultura tem exposições, teatro e poesia nos 108 anos de Mario Quintana
A Casa de Cultura Mario Quintana, em Porto Alegre, comemora o aniversário do poeta, que faria 108 anos nesta quarta-feira, 30 de julho, com a abertura do acervo da Instituição e o lançamento do IV Festival de Esquetes, além de atividades infantis à tarde.
O lançamento do IV Festival de Esquetes da CCMQ inicia às 19 horas no Espaço Lupicínio Rodrigues, e terá como atração a apresentação de Histriônicos, do grupo Shoyu com Banana, trabalho que ficou em 5º lugar na mostra do ano passado, e se transformou em espetáculo.
Após a apresentação de 40 minutos, haverá a solenidade da festa, quando serão divulgados os 26 selecionados da edição 2014 da mostra.
Em seguida, será lançado um folder que servirá como guia para consulta pública local e virtual do Acervo e Memória, formado por documentos da Casa e da Sedac, incluindo papeis institucionais e de personalidades como o poeta, a cantora Elis Regina e o crítico de cinema Romeu Grimaldi, além da coleção de obras de arte doadas à Casa. O Núcleo de Acervo e Memória faz tratamento arquivistico do material, a fim de serem disponibilizados para consulta.
O NAM/CCMQ realiza exposições periódicas de seus acervos, como forma de divulgação ao público visitante. A primeira foi a exposição relativa aos 20 anos de falecimento do poeta (1994-2014),Saudade: 20 anos sem Mario Quintana, que pode ser vista até o dia 30, na sala Radamés Gnattali (4º andar).
Programação infantil
O Espaço Expositivo Sapato Florido e o Atelier da Oca promovem às 15h30 uma roda de poesias aberta ao público, onde as crianças escolhem um verso do poeta para declamar, com a coordenação da professora Anelore Schumann. Por volta das 16h30, será cantado parabéns para Mario Quintana e servido um bolo para os participantes que tiverem declamado um verso na roda de poesia.
A Traça Biblió fará a visita guiada para o público em geral às 14h30. A apresentação é conduzida pela atriz Dinorah Araújo, na pele da personagem Traça Biblió, de Carlos Urbim, com roteiro assinado pelo escritor e pela atriz. A Traça Biblió e o Poeta –Brincando com os versos de Quintana é uma apresentação teatral conduzida de forma lúdica pela personagem Traça Biblió, que percorre os mais variados espaços da Casa, desde a Travessa dos Cataventos, entre eles o quarto do poeta.
A atividade da Sapato Florido integra a exposição Um Sonho Realizado, que exibe trabalhos artísticos que as crianças participantes do Atelier da OCA fizeram a partir do poema O MAPA. Livros de Mario Quintana estarão disponíveis para a escolha dos versos a serem declamados e o local contará com um lounge infantil, proporcionando um momento de aproximação com sua obra de forma descontraída e aconchegante.
A peça
Histriônicos é o trabalho de estreia do grupo Shoyu com Banana. Rossano Pio é o responsável pelo audiovisual e direção. No elenco, Fábio Schuch, José Renato Lopes, Lizandra (Ayello) Bulgaro e Renata Zonatto.
No palco, quatro pessoas (que até pode ser a mesma), em diferentes épocas – o que fica evidente no figurino, com referências dos anos 1920 até 1980 – se questionam sobre o suicídio.
O acervo
O Núcleo de Arquivo e Memória funciona contíguo à Biblioteca Erico Veríssimo, no 3º andar da CCMQ, com entrada pela Ala Leste do prédio. O horário de atendimento é das 10h às 16h. Disponibiliza mesas para consulta de documentos, com a possibilidade de digitalização de itens mediante agendamento antecipado. A documentação em outros suportes, como discos, fitas K7 e CD-Roms será completamente convertida para arquivos digitais e disponibilizada via rede.
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Lei dos resíduos não será cumprida
O presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, apresentou nesta segunda-feira em Porto Alegre os resultados de uma pesquisa nacional feita com municípios brasileiros, com até 300 mil habitantes, que mostram as dificuldades das prefeituras para cumprir as normas determinadas pela Lei dos Resíduos Sólidos, cujo prazo máximo termina dia 2 de agosto.
Dos 3.005 municípios consultados, pouco mais da metade possui gestão de resíduos que são encaminhados para aterros sanitários. A Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010, determina uma série de obrigações, como a troca de lixões por aterros sanitários e a implantação da logística reversa e da coleta seletiva. “A maioria dos prefeitos não tem sequer o projeto. Não há condições para cumprir essa determinação. É uma lei inexequível. O custo para os municípios se adequarem à lei é de R$ 70 bilhões, sendo que a arrecadação total não chega a R$ 100 bilhões”, disse Ziulkoski.
A urgência é pela aprovação de uma medida provisória a fim de prorrogar o prazo para a lei entrar em vigor para dois ou quatro anos. Se não for adiado, os prefeitos estão sujeitos à multa entre 5 mil e 5 milhões de reais e responder por crime ambiental, com pena de prisão. “E, mesmo assim, o problema vai continuar ameaçando os prefeitos porque não se trata só da falta de dinheiro, mas também não há capacidade técnica. O Distrito Federal, que recebe verbas gigantescas, não possui um aterro sanitário”, completa o executivo da CNM. -
O dia em que o Santander pediu desculpas
O Santander informou aos seus clientes mais ricos que a reeleição de Dilma Rousseff à presidência, “tende a deteriorar o desempenho da economia brasileira”.
Todos os clientes da categoria “Select” (renda mensal superior a R$ 10 mil) receberam o extrato de julho acompanhado de um informe, que diz: se Dilma melhorar nas pesquisas de intenção de voto, os juros tendem a subir, o câmbio a se desvalorizar e a bolsa a cair, revertendo parte das altas recentes.
A análise vazou na internet e o Santander teve que pedir desculpas.
Não é muito diferente do que dizem os telejornais, devidamente referendados pelas manchetes dos jornais. A certeza de que está a favor da maré é que leva um diretor a aprovar um texto desses.- “É difícil saber até quando vai durar esse cenário e qual será o desdobramento final de uma queda ainda maior de Dilma Rousseff nas pesquisas. Se a presidente se estabilizar ou voltar a a subir nas pesquisas, um cenário de reversão pode surgir”, diz o texto sob o título “Você e seu dinheiro”.
- “O câmbio voltaria a se desvalorizar, juros longos retomariam alta e o índice da Bovespa cairia, revertendo parte das altas recentes. Esse último cenário estaria mais de acordo com a deterioração de nossos fudamentos macroeconômicos”, acrescenta a análise.
O extrato com a análise econômica foi revelado pelo Blog do jornalista Fernando Rodrigues e rápidamente repercutiu nas redes sociais, sendo interpretado como uma campanha contra a presidente Dilma.
O Santander confirmou a autenticidade do texto e, em comunicado enviado à imprensa e publicado também na 1ª página de seu site, afirmou que o texto feriu a diretriz interna que estabelece que toda e qualquer análise econômica não devem ter qualquer viés político ou partidário.
O banco destacou ainda que o número de clientes que receberam o extrato representa apenas 0,18% da sua base e afirmou estar convicto “de que a economia brasileira seguirá sua bem-sucedida trajetória de desenvolvimento”.
Integra da nota do Santander divulgada nesta sexta:
“O Santander Brasil vem a público esclarecer que o texto enviado a um segmento de clientes, que representa apenas 0,18% de nossa base, em seu extrato mensal, e repercutido por alguns meios da imprensa hoje, não reflete, de forma alguma, o posicionamento da instituição.
O referido texto feriu a diretriz interna que estabelece que toda e qualquer análise econômica enviada aos clientes restrinja-se à discussão de variáveis que possam afetar a vida financeira dos correntistas, sem qualquer viés político ou partidário. Sendo assim, o Banco pede desculpas aos clientes que possam ter interpretado a mensagem de forma diversa dessa orientação, e reitera sua convicção de que a economia brasileira seguirá sua bem-sucedida trajetória de desenvolvimento.”
