Categoria: Geral

  • Uma imprensa que defende as empresas

    É inacreditável a cobertura que a imprensa de Porto Alegre dá aos dois temas mais importantes em discussão no Rio Grande do Sul neste momento: o aumento das tarifas do transporte coletivo na Capital e a questão dos pedágios. Nos dois casos ela tem uma posição inequívoca: a favor das empresas.
    No caso do transporte coletivo de Porto Alegre, há uma omissão reiterada, que este ano não foi diferente. Se não fosse o jornal Metro, diário gratuito, que deu em manchete o pedido de aumento de 14% das empresa de ônibus, o assunto estaria fora de discussão, pois nenhum dos diários da cidade se ocupou dele nesta quarta-feira.
    Ninguém também questionou essa coincidência de estarem os trabalhadores das empresas de transporte coletivo ameaçando greve por aumento no exato momento em que as empresa pressionam a prefeitura por um reajuste muito acima da inflação.
    No ano passado, as empresas de transporte já obtiveram um aumento de 11%, quase o dobro do índice inflacionário. E no ano anterior também.
    O impacto do transporte coletivo repercute em toda a cadeia econômica. Quando um jornal como a Zero Hora deixa de dar importância a isso, alegando que é um assunto que só interessa ao povão (mas o Diário Gaúcho, o jornal da Casa destinado ao povão, também não deu nada), coloca sua ignorância na vitrine. A tarifa do transporte público tem influência em toda a economia, nas empresas inclusive.
    O caso dos pedágios chega a ser cômico. Os contratos de concessão de 1.800 quilômetros de rodovias feitas no governo Britto a empresas privadas (na verdade, consórcios de empreiteiras constituídos com essa finalidade) já foi definido como “o caso mais negro do Rio Grande do Sul” pelo ex-ministro dos Transportes, Cloraldino Severo, um técnico, estudioso do assunto e pessoa ideologicamente insuspeita.
    A cobertura, no entanto, é toda favorável às concessionárias, mesmo quando isso exige omissão ou manipulações das informações. A esse respeito é didática a matéria publicada na ZH (18/01), na verdade um “press release” esquentado.
    Antes, é didático ler o press release distribuído pela assessoria do palácio Piratini, a respeito do assunto:
    “Em reunião com os representantes do consórcio Univias, que administra os polos de pedágios da região Metropolitana, de Lajeado e Caxias do Sul, o coordenador da Assessoria Superior do Governador, João Victor Domingues, reafirmou nesta terça-feira (17), no Palácio Piratini, a disposição do Executivo em reduzir as tarifas cobradas pela empresa. Além de diminuir o valor do pedágio, o Estado propõe a manutenção dos investimentos previstos.
    Mais do que rechaçar a continuidade do modelo atual de cobrança, João Victor afirmou que o Governo do Estado mantém a exigência de acabar com a praça de Farroupilha, adotar um modelo mais transparente e criar um conselho de usuários. “Não queremos a continuidade de um modelo que não prevê uma prestação de serviço de qualidade por parte das concessionárias”, garantiu.
    Uma consultoria deve ser contratada pelo Governo do Estado até maio para apontar um diagnóstico sobre um possível desequilíbrio nas tarifas. Em 90 dias, a consultoria apresentará os resultados dos estudos.
    Vários fatores podem ser levados em consideração para a diminuição das cobranças. João Victor explica que existe a possibilidade de testar uma cobrança regionalizada das tarifas, a partir da realidade de cada região diminuir. “A proposta que nos trouxeram é de R$ 4,40, e nós achamos que podemos reduzir para R$ 3,80, R$ 4, mas sem prejuízo do volume de investimentos sinalizados de R$ 1bilhão. Isto tudo influencia, inclusive na elaboração de um novo modelo e mesmo na forma de licitação”, acrescentou.
    Conforme João Victor, a primeira alternativa do Estado é a constituição de um novo modelo por licitação. “O ambiente de conversação ajuda, inclusive para que não tenhamos uma batalha judicial que inviabilize a alteração do modelo”, disse.
    Advogado do Univias, Ricardo Breier afirmou que a empresa vai repensar critérios técnicos e avaliar os valores cobrados pela empresa. “Os contratos preveem alguns indicativos importantes e mexer nisso agora pode também mudar o índice e aumentar os índices de desequilíbrio”, frisou.
    Agora compare a matéria de ZH ( 18/01, pg. 6):
    Política: Pedágios em Jogo.
    “Em negociação, Piratini sugere tarifa de Cr$ 3,80. Contraproposta do governo Tarso faz parte da discussão em torno da renovação dos atuais contratos”.
    “Em reunião com representantes do Consórcio Univias, no fim da tarde em Porto Alegre, o  governo Tarso Genro pediu a redução de tarifa às concessionárias. Antes de dar mais um passo à possível prorrogação dos contratos até 2014, o executivo  quer  garantir que o valor cobrado pelas empresas  em caso de renovação fique entre R$ 3,80 e R$ 4,00, no máximo.
    A retomada das negociações, iniciadas em novembro, estendeu-se por uma hora no Salão dos Banquetes do Palácio Piratini. A portas fechadas, o único representante do governo, o coordenador executivo da Assessoria Superior do governador, João Vitor Domingues sugeriu a redução nos preços e fez um segundo pedido: que as empresas também apresentem tarifas regionalizadas – por entender que nas praças de maior movimento a possibilidade de cortes é maior.
    “Acreditamos que ainda há margem de negociação. As tarifas poderiam ficar em R$ 3,80 e R$ 4,00, sem prejuízo às demais propostas apresentadas – disse Domingues.
    Em novembro, além de se comprometer a baixar as tarifas de R$ 6,70 para R$ 4,40, as concessionárias prometeram fechar a praça de Farroupilha, na Serra, e investir em obras.
    Ao final do encontro, os três representantes da Univias – o advogado Ricardo Breier, e os diretores Mário Baltar e Radamés Cassab, do grupo Equipav, acionista do consórcio, deram sinais de que o acordo é possível. “Vamos dar início a um estudo e avaliar o que pode ser feito. Nosso interesse é fazer isso o mais rápido possível”, afirmou Breier.
    Embora João Vitor tenha se preocupado em  assegurar que não existe uma definição por parte do Executivo, o avanço nas tratativas é alvo de críticas dentro do próprio PT. Ontem o deputado Raul Pont, presidente do partido no Estado, disse  ser contrário às negociações.
    A postura irritou Domingues: “O que ele sugere. Eu rompa com as empresas e entre numa disputa judicial sem fim? – questionou. Em agosto, o coordenador espera ter em mãos o diagnóstico do setor que será elaborado por uma consultoria, que ainda será contratada”.
    Uma  foto de quatro pessoas numa mesa, ocupando quase ¼ da página traz a seguinte legenda: “Representantes do Consórcio Univias ouviram a proposta feita por João Vitor, assessor de Tarso”.
    Síntese: o jornal insiste que o governo está negociando a prorrogação dos contratos, quando o governo diz claramente que o atual modelo é improrrogável.

  • Rodoviários de Porto Alegre prometem 'ações' para pressionar patrões por aumento

    O Sindicato dos rodoviários de Porto Alegre se reuniu no final da tarde para receber a proposta de aumento salarial das empresas de ônibus, como não houve acordo, a entidade optou por um “estado de greve”, e promete mobilizações na cidade pra chamar atenção da população. Segundo o presidente do sindicato, Julio Gamaliel, a partir da manhã desta quinta-feira (19), ocorrerão diversas ações para pressionar as empresas de ônibus. Gamaliel não quis comentar quais seriam essas ações, mas alguns membros disseram que poderá haver operações tartarugas em alguns corredores de ônibus e até bloqueio de faixas.
    As cerca de 300 pessoas que participarão da assembleia do sindicato reprovaram as negociações com o sindicato patronal, que ofereceu reajuste de 4% – menor que a inflação em 2011, de 6%. Os trabalhadores exigem 22% de reposição de perdas salariais e mais 5,5% da inflação do período. Um novo encontro foi marcado para sexta-feira, caso não haja acordo os representantes da categoria prometem que haverá greve geral no transporte público da Capital.
    Um novo valor das passagens também depende do acordo com os funcionários, as empresas irão encaminhar até o final do mês pedido de reajuste das tarifas de acordo com as despesas do período e o pedido de aumento dos rodoviários. A previsão inicial é que a passagem subiria cerca de 10%, ficando em torno de R$ 3,00.
    O Sindicato dos Rodoviários da Capital representa 8,5 mil trabalhadores. Em janeiro do ano passado, a categoria obteve 8% de reajuste em seu dissídio coletivo com ganho real de 1,9%, além do acréscimo de R$ 1,00 ao tíquete refeição, que passou para R$ 13,00.
    Segundo dados da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), em torno de um milhão de pessoas utilizam o transporte coletivo de Porto Alegre.

  • EPTC já tem regras para escolha do novo guarda-corpo de ciclovia

    Já está disponível no site do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), departamento do Rio Grande do Sul, o regulamento para seleção de ideias para execução do guarda-corpo da ciclovia da Avenida Ipiranga, em Porto Alegre.
    Após a polêmica gerada pelo primeiro modelo instalado, que usa toras de eucalipto, a prefeitura de Porto Alegre resolveu buscar alternativas junto a especialistas. A expectativa é que dentro de duas semanas um novo projeto, menos rústico, já esteja pronto. A função do guarda-corpo é salvaguardar os ciclistas em caso de queda.
    Os critérios foram divulgados no site da Empresa Pública de Transportes e Circulação EPTC. Arquitetos e engenheiros podem enviar os projetos até 19 de janeiro. O custo máximo de execução do produto acabado e instalado deverá ser de R$ 150,00 (cento e cinqüenta reais) por metro linear; O regulamento diz ainda que o guarda-corpo não pode ser de metal, devido a exigências da CEEE, já que a ciclovia acompanha a rede elétrica, além de considerar altura mínima de 1,20 metros.
    O cronograma e este:
    16.01.2012 – Abertura e divulgação das diretrizes da seleção no site do IAB RS;
    23.01.2012 – Até as 18h00 – Entrega das propostas via e-mail;
    26.01.2012 – Divulgação dos três finalistas selecionados pela Comissão de Seleção 30.01.2012 – Divulgação do Resultado.
    Haverá um prêmio para a proposta vencedora no valor de R$ 4.553,20 (quatro mil quinhentos e cinquenta e três reais, vinte centavos). O prêmio será pago diretamente ao profissional autor da ideia pela empresa responsável pela elaboração do projeto da ciclovia da Avenida Ipiranga
    Em construção desde o dia 22 de setembro de 2011, a ciclovia da Avenida Ipiranga terá 9,4 km de extensão entre as avenidas Antônio de Carvalho e Edvaldo Pereira Paiva. A obra deve ser concluída até a metade deste ano, ainda sem data definida.

  • EPTC diz que Porto Alegre não terá pedágio urbano

    Mesmo com cada vez mais carros nas ruas da Capital, hoje são cerca de 720 mil, a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) descarta qualquer possibilidade de implantação do pedágio urbano para acesso de veículos em qualquer área da cidade.
    A condição deste tipo de iniciativa ficou aberta a partir da recente aprovação da Lei de Mobilidade Urbana, pela presidente Dilma Rousseff, que permite aos municípios cobrar pedágios para diminuir o tráfego de veículos em áreas de maior fluxo.
    “Pedágio urbano, nem pensar. Investir, cada vez mais, na qualificação do transporte coletivo, em tecnologia, educação e em engenharia de trânsito, além da fiscalização. Estas são as nossas prioridades, lembrando também das diversas obras previstas para a Copa de 2014, que certamente darão uma maior mobilidade ao nosso trânsito”, afirma o diretor-presidente da EPTC, Vanderlei Cappellari.
    Em investimento tecnológico, Cappellari lembra que são 56 as câmeras de monitoramento do trânsito, com previsão de 140 para a Copa. Outra novidade são os chamados laços virtuais – a gestão dos tempos de sinaleiras é feita através de câmeras que avaliam a fluxo de veículos. O modelo está em teste no cruzamento da Nilo Peçanha com Carazinho, ex-rótula da Encol: “Queremos ampliar este modelo, totalmente  aprovado,  para outros 33 cruzamentos da cidade, que apresentam trânsito mais pesado. Este projeto está em processo de licitação”, informa o diretor-presidente da EPTC.
    Entre os 33 cruzamentos previstos para a gestão dos semáforos por laços virtuais estão os da Assis Brasil com Baltazar de Oliveira Garcia; Assis Brasil com Sertório; Benjamin Constant com Cristóvão Colombo; Érico Veríssimo com José de Alencar; Icaraí com Campos Velho; Ipiranga com Salvador França; Protásio Alves com  Saturnino de Brito e Voluntários da Pátria com Sertório.

  • Amaury Ribeiro lança Privataria Tucana em Porto Alegre

    O jornalista Amaury Ribeiro Jr estará em Porto Alegre para lançar sua obra “A Privataria Tucana”. O lançamento seguido de debate com o autor está programado acontece no Sindicato dos Bancários de Porto Alegre, no dia 25 de janeiro, às 16hs.
    A Privataria é o livro de não ficção mais vendido no país há algumas semanas, em 344 páginas, Amaury conta o que seriam crimes de tráfico de influências, evasão de divisas e favorecimento ocorridos durante o processo de privatização realizado durante os governos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

  • População não quer novo imposto para saúde

    Uma pesquisa divulgada hoje (12) mostra que 96% da população é contrária à criação de um novo imposto para melhorar o atendimento à saúde. A necessidade de mais recursos para a saúde pode ser resolvida se o governo conseguir acabar com a corrupção – essa é a avaliação de 82% dos entrevistados do estudo feito pelo Ibope sobre o sistema público de saúde e encomendado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
    Apenas 4% dos entrevistados disseram acreditar na necessidade de o governo aumentar impostos para obter mais recursos para o setor.
    Em uma escala de 0 a 10 pontos, os hospitais públicos receberam dos entrevistados nota média de 5,7 e os privados, 8,1. A demora no atendimento aos pacientes foi citada por 55% dos entrevistados como o principal problema do sistema público de saúde; 61% já utilizaram algum serviço de saúde nos últimos 12 meses, sendo que 79% dos atendimentos foram ambulatoriais. Do total de pessoas ouvidas, 79% utilizaram o serviço de saúde na rede pública nos últimos 12 meses.
    O aumento no número de médicos foi apontado por 57% da população como uma das medidas que devem ser tomadas para melhorar o serviço médico na rede pública. Para 71% dos entrevistados, as políticas preventivas de saúde são mais importantes que a construção de hospitais.
    A privatização da saúde, com a transferência da gestão dos hospitais públicos para o setor privado, foi apontada por 63% das pessoas ouvidas como medida que melhoraria o atendimento dos pacientes.
    Um dos itens que surpreendeu os pesquisadores, segundo o gerente Executivo de Pesquisa da CNI, Renato da Fonseca, foi a concordância de 84% dos entrevistados de que a venda de medicamentos só deve ser permitida com a apresentação e retenção de receita.
    Os medicamentos genéricos foram apontados por 82% da população como tão bons quanto os de marca e 80% dos entrevistados concordaram total ou parcialmente que o parto normal é melhor do que a cesariana.
    As pessoas de maior renda familiar ou de maior grau de instrução fizeram avaliação mais negativa sobre a qualidade da saúde pública no Brasil, com ênfase nos municípios com mais de 100 mil habitantes ou nas capitais.
    O Ibope ouviu 2002 pessoas em 141 municípios.

  • Usina do Gasômetro liberada para o público a partir de quinta-feira

    O poder judiciário aprovou na tarde desta terça-feira, 10, o fim da interdição da Usina do Gasômetro, em Porto Alegre, que estava fechada desde 14 de dezembro. O Corpo de Bombeiros havia aprovado na última sexta-feira, 6, as adequações realizadas no Plano de Prevenção e Combate a Incêndios (PPCI) da Usina do Gasômetro, que data de 2009.
    Já na inspeção para liberação dos hangares (barracões) das escolas de samba no Complexo Cultural do Porto Seco, zona leste da Capital, os bombeiros pediram que fossem trocadas as placas de sinalização internas, que passarão a ser luminosas. O local, que se encontrava lacrado pelo poder judiciário, também foi liberado para os ajustes finais. Os outros itens do PPCI estão aprovados e os trabalhos de adequação por parte da Secretaria Municipal de Obras e Viação (Smov) devem estar prontos até quinta-feira, 12. O sinal verde dos bombeiros para a completa liberação do local pode ocorrer na sexta-feira, 13.
    O secretário Municipal da Cultura, Sergius Gonzaga, afirmou que a Usina do Gasômetro será limpa nesta quarta-feira, 11, e estará aberta à visitação já na quinta-feira, 12. Foram treinadas 40 pessoas para o combate a incêndios na Usina e igual número no Porto Seco, seguindo orientação dos bombeiros. O PPCI da Usina do Gasômetro foi implantado em 2009, ao custo de R$ 500 mil, e a sua atualização foi requerida pelo Ministério Público devido à construção do Teatro Elis Regina.

  • Frota de veículos ultrapassa cinco milhões de unidades no RS

    Os dados levantados apontaram um crescimento médio de 6,4% ao ano, de 2004 até agora, passando de 3,2 milhões naquele ano para 4,1 milhões, em 2008, até chegar ao valor obtido no final de 2011. Se a média de crescimento for mantida, em 2020, (marco que a ONU estabeleceu para que seja atingida a meta de redução em 50% das mortes em acidentes de trânsito no mundo) serão 8,7 milhões de veículos circulando no Rio Grande do Sul.
    O Rio Grande do Sul atingiu no mês de dezembro a marca dos cinco milhões de veículos. O recorde histórico motivou, por parte do Detran/RS, um estudo aprofundado da frota estadual, sua distribuição por regiões, o índice de motorização nas cidades gaúchas e a posição do RS em relação aos outros Estados.
    Os dados levantados apontaram um crescimento médio de 6,4% ao ano, de 2004 até agora, passando de 3,2 milhões naquele ano para 4,1 milhões, em 2008, até chegar ao valor obtido no final de 2011. Se a média de crescimento for mantida, em 2020, (marco que a ONU estabeleceu para que seja atingida a meta de redução em 50% das mortes em acidentes de trânsito no mundo) serão 8,7 milhões de veículos circulando no Rio Grande do Sul.
    O aumento da frota (a evolução no período foi de 54%, ou seja, mais de 1,7 milhão) traz desafios não só ao Poder Público, mas também ao cidadão. Deverá ser observada a qualificação na infraestrutura das cidades, o cuidado com a questão da poluição ambiental, da prevenção de acidentes e educação para o trânsito. Outra questão pouco lembrada é a da destinação dos veículos fora de uso.
    Segundo o estudo, o motorista gaúcho começa a perceber as desvantagens do veículo particular: congestionamentos, custos cada vez mais altos com despesas de estacionamento, a própria falta de locais para estacionar, aumento dos furtos e roubos. Esses fatores tem tornado o carro, muitas vezes, um inconveniente, mais que um conforto. Assim, algumas pessoas buscam alternativas como morar mais próximo do trabalho, utilizar transporte público e transportes alternativos, como a bicicleta.

    O aumento da frota de motocicletas é um reflexo dessa situação. Contornando as desvantagens dos congestionamentos e dos custos elevados de manutenção de um automóvel, a frota de motocicletas cresceu quase 97% no período, enquanto a de automóveis cresceu 45%. Hoje, as motos são 19,6% da frota gaúcha e, juntamente com os automóveis, totalizam 80% da frota gaúcha.
    As regiões com maior taxa de motorização (mais veículos em relação à quantidade de habitantes) são o Vale do Taquari e a Serra Gaúcha, com 577 e 576 veículos a cada mil habitantes, respectivamente. As maiores taxas estão nas cidades de Lajeado e Bento Gonçalves, com mais de 600 veículos por mil habitantes. Porto Alegre está na 148ª posição no RS, com uma taxa de motorização de 504 (a 10ª entre as cidades com mais e 70 mil habitantes).
    A posição do RS no ranking brasileiro
    Dados do Denatran, que centraliza estatísticas de frota de todos os Estados brasileiros, apontam que a maior taxa de veículos por habitante está na região Sul, destacando-se Santa Catarina, com a maior taxa do Brasil. São 587 veículos a cada mil habitantes.
    O RS ocupa a 5ª posição no ranking, com 480 veículos para cada mil habitantes (quase um para cada duas pessoas), bem acima da taxa do País, que é de 374 veículos a cada mil habitantes (um para três). A comparação entre as capitais brasileiras mostra que Curitiba tem o maior índice de motorização, com 774 veículos a cada mil habitantes. Segue-se Goiânia (734), Florianópolis (640) e Belo Horizonte (627).

  • Placa de alerta para radares deixa de ser obrigatória

    Os motoristas não precisam ser mais avisados da presença de radares fixos ou móveis nas ruas e estradas do país. Resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) derrubou a obrigatoriedade da instalação de placas de informação antes dos equipamentos de fiscalização eletrônica.
    Apesar de abolir a instalação dos avisos, a resolução estabelece que os radares não podem estar escondidos da visão dos motoristas. Até 2003, a presença das placas era obrigatória. A norma foi revogada, mas entrou novamente em vigor em 2006.
    O Contran também flexibilizou outras exigências em relação aos radares móveis, que foram liberados em trechos de rodovias sem sinalização de velocidade máxima. O conselho também dispensou a realização de estudo prévio para a presença desses equipamentos em estradas. Agora, qualquer ponto pode ser alvo de fiscalização eletrônica com radares de velocidade.

  • Sushi, opção para o almoço

    A numerosa clientela da rede de restaurantes do Bom Fim, Santana e arredores, ganhou uma nova opção para o almoço. É a Tamafa, casa de sushi, que abriu faz um mês na Augusto Pestana, quase na esquina do Pronto Socorro num dos pontos mais tradicionais e movimentados da região.
    Tatiana, formada em contabilidade, e Fabiana, enfermeira, são as empreendedoras. Moraram em Londres onde descobriram os encantos da culinária japonesa. De volta ao Brasil, ampliaram seus conhecimentos com um curso do SEBRAE e se lançaram no próprio negócio.
    A especialidade é o sushi, a cargo de dois sushi-man.  Uma porção com 11 variedades custa R$ 15,00. Mas a casa não é ortodoxa. Oferecem também pratos à base de grelhados com carne, salmão ou frango. O iakissoba, em três sabores, vem também na porção “kids”, para crianças.
    Diariamente das 11 às 19 horas, na sexta-feira a casa estende até às 23h30. Um grande sucesso é a saqueirinha, caipirinha com saquê, o vinho de arroz dos japoneses. Confira e manda pra gente seus comentários pelo canal do leitor – wwwjornalja.com.br