Categoria: Geral

  • Demissões e programação cancelada na TVE e FM Cultura

    Recebemos do Movimento dos Servidores da TVE e FM Cultura a seguinte nota:
    TVE E FM CULTURA TÊM PROGRAMAÇÃO CANCELADA E SEIS SERVIDORES SÃO DEMITIDOS
    Interventor da TVE e FM Cultura, usa greve dos caminhoneiros como desculpa para cancelar a programação local das emissoras.

    Um e-mail da presidência da Fundação Piratini, responsável pelas emissoras, determinou a folga dos funcionários a partir desta quarta-feira (30/05), com retorno previsto apenas na segunda-feira (04/06)
    .
    A medida causou indignação e preocupação entre os servidores, que mesmo com as dificuldades de transporte estavam comparecendo normalmente ao trabalho. Enquanto grupos de funcionários estavam organizando caronas para que todos fossem ao trabalho nesta quarta, o presidente da Fundação Piratini determinou aos seguranças que nenhum empregado entre na instituição pública.
    Além disso, o interventor também anunciou, na tarde desta terça-feira (29/05), a demissão de seis servidores do quadro e a exoneração de 15 Cargos Comissionados (CCs). Apenas três apadrinhados políticos continuarão na Fundação Piratini: o presidente, o diretor-geral e uma assessora jurídica.
    O servidores de carreira desligados tinham mais de 30 anos de trabalho na TVE. Alguns estavam em pré-aposentadoria, direito que foi ignorado pelo governo, e foram demitidos por telefone.
    No início da noite de hoje (terça-feira), um site de notícias divulgou o verdadeiro objetivo da folga despropositada dada pela presidência: o governo pretende extinguir a Fundação Piratini nos próximos dias, quando deve ocorrer também a realocação de cerca de 30 servidores para secretarias e órgãos do Estado.
    Com isso, o Governo Sartori deseja, em seguida, transformar a TVE e a FM Cultura em emissoras governamentais, subordinadas à ingerência da Secretaria de Comunicação (SECOM), que é um órgão sem fins culturais, dedicado a fazer a propaganda dos governantes.
    Isso representa o fim do caráter público da programação, que será definida exclusivamente por interesses partidários. Confirmada a extinção, nada impede que os CCs exonerados da Fundação Piratini sejam recontratados para gerir os servidores realocados para a SECOM.
    O Movimento dos Servidores repudia a demissão dos colegas e se solidariza a eles.
    #SalveSalveTVEeFMCultura
  • Comandante da Brigada Militar adverte para risco da greve tomar novos rumos

    O coronel Mário Ikeda, comandante da Brigada Militar, disse em entrevista nesta manhã que os serviços de inteligência estão detectando uma mudança de rumos no movimento  dos caminhoneiros, que arrefeceu nas últimas 24 horas mas ainda tem núcleos muito ativos em vários Estados.
    Segundo o comandante, novos agentes e novos temas estão surgindo nos pontos de protestos que ainda ocorrem em todo o Rio Grande do Sul.
    O movimento, que iniciou contra os aumentos do preço do diesel, agora começa a incorporar novas demandas como o congelamento do preço da gasolina e do gás e até a redução de todos os impostos.
    Multiplicaram-se também os relatos de coação a motoristas por agentes infiltrados que impedem a volta às estradas.
    O comandante Ikeda estimou em mais de 100 os pontos de bloqueio que continuam nas estradas estaduais e federais em território gaúcho.
    Ele disse que para reforçar o contingente e garantir a volta da normalidade, impedindo uma “virada” na greve, a BM interrompeu os cursos de formação de soldados e oficiais e suspendeu o expediente interno, para liberar o máximo possível de homens para as ações de rua.
    A situação é mais preocupante em Caxias do Sul, principal polo industrial do Estado, mas há protestos e bloqueios em toda a região.
    Os pontos de manifestação seguem numerosos e as restrições de abastecimento e circulação de mercadorias e caminhões ainda são consideráveis.
    O movimento já não é liderado pelos caminhoneiros em muitos municípios. Ruralistas, empresários e comerciantes se juntaram aos atos, agregando pautas diversas, e tentam manter os protestos.
    Em São Luiz Gonzaga, por exemplo, nos últimos dias, entre as lideranças e integrantes da retaguarda dos protestos, estão empresários do setor de transportes, agropecuaristas, fazendeiros, comerciantes e até criadores de cavalo crioulo. A pauta principal passou a ser a intervenção militar e a manifestação de indignação generalizada com a política brasileira.
    A greve dos petroleiros, deflagrada nesta quarta-feira, aumenta a tensão, embora tenha uma pauta – a defesa da Petrobras – até agora uma pauta estranha ao movimento dos caminhoneiros.
    Na Refap, na região Metropolitana, já na primeira hora da manhã, na tentativa de barrar a saída do combustível das refinarias, os grevistas entraram em choque com as forças de segurança.

  • Lições da greve: desejo de dar um basta não é suficiente

    O que a greve dos caminhoneiros deixou evidente é a indignação geral da população e o desejo de fazer alguma coisa para mudar, um impulso de protagonismo, voluntarista, sem objetivo claro.
    Como disse a líder de uma manifestação em Passo Fundo: “Vamos pegar uma carona com os caminhoneiros e vamos mudar o Brasil!”
    Em Porto Alegre 300 gaúchos a cavalo atravessaram o centro até o Palácio Piratini, para entregar uma carta ao governador Ivo Sartori, contra a corrupção e a carga de impostos.
    O governador, que não pode abrir mão de impostos, não recebeu a comitiva dos manifestantes. Quando isso foi anunciado, muitos gritavam: “Te cagaste, gringo”;
    A 200 metros dali, na Rua da Praia, cerca de 30 donas de casa e familiares desfilavam diante dos quartéis, com faixas pedindo “Intervenção Militar Já”.
    Pelo país afora, foram incontáveis as manifestações desse desejo de dar um basta, revelando uma energia social, que não consegue ser canalizada para um processo de mudança.
    A desinformação e a manipulação confundem os diagnósticos e os objetivos e resultam na pulverização das opiniões.
    Essa é a questão que fica em aberto, aguardando a próxima crise.

  • Esquerda não conseguiu carona com os caminhoneiros

    A esquerda, especialmente o PT, não conseguiu explorar a contradição que se estabeleceu com a greve dos caminhoneiros, que colocou o governo Temer contra a parede.
    O MST distribuiu alimentos em alguns pontos, as centrais declararam apoio à greve.
    Mas o  “Fora Temer “, que é o bordão de toda a esquerda não apareceu nas manifestações dos grevistas, nem mesmo dos grupos que queriam a queda do governo.
    Contradições do processo brasileiro.
     

  • Prédio histórico que ameaça desabar interdita esquina no centro de Porto Alegre

    Segue interditada desde segunda-feira a esquina da rua Riachelo com Marechal Floriano no coração do centro histórico de Porto Alegre.
    A causa é um prédio centenário que chegou a ser tombado, mas depois saiu da lista e após muitos anos de abandono está em estado considerado irrecuperável. Estacas estão segurando as colunas.
    Não se sabe a data certa da construção, mas seguramente é um dos prédios mais antigos do centro de Porto Alegre. Um comerciante antigo da rua afirma que é de 1894.
    Foi sede de uma ferragem e chegou a abrigar no segundo andar algumas academias de ginástica.

  • Governo inicia campanha que antecipa o debate eleitoral

    O governo Sartori colocou em andamento sua estratégia para a campanha eleitoral, de centrar o debate em torno da privatização das estatais gaúchas nas áreas de carvão, energia e gás.
    Uma campanha publicitária começou a circular na semana passada  no rádio e na televisão. E, nesta segunda feira (28), o tema foi apresentado para os empresários do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Rio Grande do Sul (Sinduscon/RS).
    A secretária de Minas e Energia, Susana Kakuta e o chefe da Casa Civil, Cleber Benvegnú, apresentaram à diretoria da entidade as razões do governo para se desfazer da Companhia de Gás do Estado do Rio Grande do Sul (Sulgás), Companhia Riograndense de Mineração (CRM) e Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE Distribuição, CEEE Geração e Transmissão e CEEE Participações).
    De acordo com Benvegnú, o governo começou a apresentar em 2015 um plano de modernização de estado. “Dentre as mudanças estão a redução de 29 para 17 secretarias, extinção de nove fundações e duas estatais. É uma visão de papel do Estado”.
    A Secretária de Energia detalhou a situação econômico financeira de cada empresa e e disse que além de ineficientes elas precisam de investimentos que o governo não tem condições de fazer.
    (Com informações da Assessoria)

  • Greve no 8º dia: ministro fala em "infiltrados", líder denuncia "intervencionistas"

    A maioria dos caminhoneiros em greve quer voltar ao trabalho, depois das concessões anunciadas pelo governo. Mas estão sendo impedidos por “intervencionistas que agem para derrubar o governo”.

    Foi o que declarou à imprensa na tarde desta segunda, o Presidente da Associação Brasileira do Caminhonheiros (Abcam), José da Fonseca Lopes, um dos lideres que assinaram o acordo com o governo Temer.

    Lopes é presidente da Abcam desde a fundação, em 1983 e sempre fez acordos.

    Ele mencionou “intervencionistas” que “querem derrubar o governo”, sem dar nomes.

    No oitavo dia, a greve dos caminhoneiros transtornou as rotinas em todo o país e se for mantida pode ter consequências imprevisíveis, devido ao desabastecimento de combustível e à falta de gêneros e alimentos. .

    “Não é o caminhoneiro mais que está fazendo greve. Tem um grupo muito forte de intervencionistas aí e eu vi isso aqui em Brasília, e eles estão prendendo caminhão em tudo que é lugar”, declarou Lopes ao sair de uma reunião no palácio.

    Quem são?

    “São pessoas que querem derrubar o governo. Não tenho nada a ver com essas pessoas nem os nossos caminhoneiros autônomos têm. Mas estão sendo usados para isso.”, afirmou.

    Sobre nomes, disse que “na hora certa” serão divulgados. Lopes  disse que, primeiro, informará ao governo.

    “Vou entregar porque eu não faço parte desse tipo de situação. Eu não faço parte disso e não aceito que estão usando caminhoneiros para isso. Se querem derrubar o governo, que montem um esquema separado”, declarou. “Os caras quem dar um golpe no Brasil e eu não vou fazer parte disso”, afirmou.

    Segundo ele, o pacote de medidas anunciado pelo governo para atender às reivindicações dos caminhoneiros “resolveu o problema da categoria tranquilamente”.

    “O pessoal quer voltar a trabalhar, mas eles têm medo porque estão sendo ameaçados de forma violenta”, afirmou. “Isso está pegando em todo lugar”, declarou.

    Lopes disse que, neste momento, o caminhoneiro está sendo usado “como bode expiatório”. “Acho que chegou a hora de o governo fazer alguma coisa”, afirmou.

    Lopes estima em pouco menos de um terço dos caminhoneiros que ainda resistem a suspender a greve. “Faltam uns 30% [de caminhoneiros para desmobilizar], mais ou menos. Eu acho que até amanhã já está bem encaminhado para voltar à realidade.”

    ‘Inflitrados’

    O discurso do líder da Abcam reforça o que disse mais cedo o Ministro Carlos Marun, em entrevista coletiva no Palácio do Planalto: “O serviço de inteligência do governo avalia a possibilidade de que pessoas com interesses “políticos” estejam infiltradas no movimento dos caminhoneiros.

    “Nós tivemos as informações dos líderes de que muitas dessas concentrações, pessoas que ali estão, são pessoas que não são caminhoneiros. São pessoas que se infiltraram no meio do movimento com objetivos diferenciados, objetivos políticos. Nosso serviço de inteligência está cuidando disso”, afirmou.

    Na sexta-feira, quando sofreu o primeiro revés nas negociações com os grevistas, o governo denunciou um lock out (greve de empresas).
    O Globo chegou a dar em manchete na sexta-feira  que 17 inquéritos seriam abertos pela Polícia Federal para investigar grandes empresas do setor de transportes que estariam dando sustentação ao movimento dos caminhoneiros.
    No domingo, Temer mudou de tom, atendeu a todas as reivindicações dos grevistas, não mencionou nem as forças armadas que requereu nem o locaute que seus ministros denunciaram. Também o noticiário tirou de lado a questão dos empresários fomentando a greve dos caminhoneiros com propósitos outros.
    Restou a greve que continua imprevisível, agora atribuida a “infiltrados” e “intervencionistas”.
  • Pensões pagas a filhas de militares podem custar R$ 10 bilhões este ano

    As Forças Armadas ainda resistem em apresentar dados detalhados sobre um dos benefícios mais polêmicos: as pensões pagas às filhas de militares mortos, muitas delas casadas e em idade produtiva.
    O jornal O Globo, depois de mais de ano tentando obter as informações, publicou nesta segunda-feira uma estimativa de gasto superior a R$ 5 bilhões por ano, somente para pagar às 110 mil filhas de militares do Exército, que recebem a pensão pela morte do pai.
    É mais do que toda a receita previdenciária das três forças em 2017, mas ainda não é tudo. A Marinha e a Aeronáutica não forneceram informações que permitissem um calculo todal de seus gastos com essas pensões.
    O gasto com as filhas pensionistas do Exército seria pouco mais da metade do total das três forças, indicando que a conta global pode se aproximar dos R$ 10 bilhões  anuais.
    O benefício está extinto desde o fim de 2000, mas a assessoria do Exército informou ao Globo que ele será pago pelo menos até 2060, quando ainda haverá filhas de militares com direito a pensão..
    Na  Aeronáutica o benefício é pago a mais de 20 mil mulheres, das quais 11.178 são casadas e 8.892 são solteiras. Algumas, 64  no caso da Aeronáutica, acumulam mais de uma pensão, por serem além de filha, viúva de militar.
    Segundo a Marinha, há 22.829 pensionistas filhas de militares, das quais 10.780 são casadas e 12.049 solteiras. Do total, 345 recebem mais de uma pensão.
    O Exército foi o único que deu informações sobre valores: afirmou ter gasto R$ 407,1 milhões em abril com pensões de 67.625 filhas de militares, o que dá mais de R$ 5 bilhões por ano.
    Todas as receitas previdenciárias das três forças ao longo de 2017 — destinadas ao pagamento desse e de outros benefícios — ficaram em R$ 3,342 bilhões. Com isso, o déficit previdenciário das Forças Armadas em 2017  chegou a R$ 37 bilhões naquele ano, com a diferença sendo coberta pelo Tesouro.
    “Proporcionalmente, é um rombo maior do que entre os servidores civis federais e muito acima do que o registrado entre os trabalhadores atendidos pelo INSS”.
     

  • Temer recua para salvar seu governo: "Todas as reivindicações foram atendidas"

    O governo federal cedeu e decidiu congelar por 60 dias a redução do preço do diesel na bomba em R$ 0,46 por litro.
    A proposta foi anunciada na noite de domingo (27) pelo presidente Michel Temer, em um pronunciamento depois de um dia inteiro de negociações no Palácio do Planalto.
    Completamente diferente do tom ameaçador adotado na sexta-feira, quando o foi anunciada a intervenção do Exército e o ministro Carlos Marun chegou a informar que a Policia Federal ia prender empresários por incitarem os caminhoneiros à greve, Temer elogiou a “laboriosa categoria”.
    O presidente disse que esse desconto equivale a zerar as alíquotas da Cide e do PIS/Cofins. Os representantes dos caminhoneiros autônomos não aceitaram o congelamento do diesel por apenas 30 dias, como havia sido inicialmente proposto.
    O governo federal concordou ainda em eliminar a cobrança do pedágio dos eixos suspensos dos caminhões em todo o país, além de estabelecer um valor mínimo para o frete rodoviário. Essas determinações deverão constar em medidas provisórias a serem publicadas em edição extra no Diário Oficial da União. A expectativa do Palácio do Planalto é que a paralisação, que já dura sete dias e causa enormes prejuízos e transtornos em todo o país, termine logo.

    “Os efeitos dessa paralisação na vida de cada cidadão me dispensam de citar a importância da missão nobre de cada trabalhador no setor de cargas. Durante toda esta semana, o governo sempre esteve aberto ao diálogo e assinamos acordo logo no início. Confirmo a validade de tudo que foi acertado”, afirmou o presidente. Temer disse que, nas últimas 48 horas, o governo avançou na negociação dessas novas medidas. “Assumimos sacrifícios sem prejudicar a Petrobras.”
    Ele destacou que o congelamento valerá por 60 dias e, a partir daí, só haverá reajustes mensais. “Cada caminhoneiro poderá planejar seus custos. Atendemos todas as reivindicações”, ressaltou o presidente.
    A equipe econômica foi chamada ao Palácio do Planalto para calcular o impacto das novas vantagens concedidas ao setor. Durante todo o dia, custos, cortes e compensações foram avaliados.
    Além de restrições orçamentárias, empecilhos legais tiveram de ser examinados. Na primeira rodada de negociações com os caminhoneiros, quando se acordou que a Petrobras baixaria em 10% o preço do diesel nas refinarias durante 30 dias, e os caminhoneiros fariam uma trégua de 15 dias na paralisação, o Ministério da Fazenda estimou em R$ 5 bilhões o valor das compensações do Tesouro Nacional à estatal.
    Agora, com a validade do congelamento do preço nos postos – e não na refinaria – pelo dobro do tempo, as despesas serão proporcionalmente elevadas. Segundo o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, as reivindicações custarão R$ 10 bilhões ao Tesouro.
    (Com informações da Agência Brasil)

  • Quem manda: STF autoriza uso da força contra a greve dos caminhoneiros

    Deu no G1:

    O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes concedeu nesta sexta-feira (25) uma liminar (decisão provisória) em que autorizou o uso das forças de segurança pública para o desbloqueio de rodovias ocupadas por caminhoneiros grevistas. A liminar de Moraes atende a um pedido do governo federal.

    A pedido do governo, Moraes impôs multa de R$ 100 mil por hora às entidades que atuarem nas interdições de vias, além de multa de R$ 10 mil por dia para motorista que esteja obstuindo a pista.

    Na ação, assinada pelo presidente Michel Temer e pela advogada-geral da União, Grace Mendonça, o governo pede que o STF considere a greve ilegal porque, apesar de ter “compromisso democrático” com a livre manifestação, não se pode inviabilizar direitos fundamentais, como a locomoção.

    A Advocacia Geral da União apontou ainda risco de “caos social” em razão da falta de combustível e desabastecimento de alimentos.

    “Autorizo que sejam tomadas as medidas necessárias e suficientes […] ao resguardo da ordem no entorno e, principalmente, à segurança dos pedestres, motoristas, passageiros e dos próprios participantes do movimento que porventura venham a se posicionar em locais inapropriados nas rodovias do país; bem como, para impedir, inclusive nos acostamentos, a ocupação, a obstrução ou a imposição de dificuldade à passagem de veículos em quaisquer trechos das rodovias […] inclusive com auxílio, se entenderem imprescindível, das forças de segurança pública, conforme pleiteado”, diz o ministro na decisão.

    O caso ainda terá que ser julgado pelo plenário do Supremo Tribunal Federal, em data ainda não estipulada.

    Na decisão de 16 páginas, o ministro Alexandre de Moraes considerou que houve “abuso no exercício dos direitos de reunião e greve” por conta “da obstrução do tráfego em rodovias e vias públicas”, impedindo o abastecimento de combustíveis e outros insumos.

    “Na presente hipótese, entendo demonstrado o abuso no exercício dos direitos de reunião e greve, em face da obstrução do tráfego em rodovias e vias públicas, impedindo, a livre circulação no território nacional e causando a descontinuidade no abastecimento de combustíveis e no fornecimento de insumos para a prestação de serviços públicos essenciais. […] O quadro fático revela com nitidez um cenário em que o abuso no exercício dos direitos constitucionais de reunião e greve acarretou um efeito desproporcional e intolerável sobre todo o restante da sociedade”, destacou.