Por Wanderley Sorares
Os procuradores do Estado – leia-se os advogados integrantes da PGE (Procuradoria Geral do Estado) – nunca admitiram o cumprimento de uma decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) que equipara seus salários com os de delegados da Polícia Civil. Do mesmo modo, nunca explicaram o recebimento de R$ l50 mil, cada um deles, por conta de valores atrasados decorrentes da URV (Unidade Real de Valor).
Em verdade, eles realizaram em causa própria um acordo “por dentro” de uma ação judicial que cobrava do Estado tais valores. Igualmente, é desconhecida a fórmula mágica, forjada por eles, para furar a fila dos precatórios de modo a receber aqueles valores, antecipando-se, por exemplo, às pensionistas do IPE, que passaram anos tricotando na Praça da Matriz, em protesto pelo não pagamento de seus precatórios, até que o atual governo resolvesse encaminhar o problema delas para uma solução. Vale salientar que a PGE sempre recorreu, até o STF, nos processos que beneficiavam as pensionistas, envolvendo pequenos valores, todavia, importantes para uma melhor qualidade de suas vidas.
Estranhamente, no processo que beneficiava a si próprios, envolvendo altos valores, ao invés de recursos, que são os remédios da lei, optaram por um acordo, nunca explicado, que lhes proporcionaram furar a fila dos precatórios, numa nova e invisível modalidade de tricotagem.
Procuradores furam fila dos precatórios
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Comentários
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É lamentavel e antiético o procedemento dos Procuradores do ERGS.
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Acho correto. Tenho precatório a receber e não me queixo.
Assim como as categorias se dividem na hora de reivindicar melhorias salariais, leia-se Delegados de Polícia, eles também não teriam por que ficar esperando decisões meramente políticas, porque no Brasil o que prevalece em todas as esferas é o poder do dinheiro e da influência. Parabéns a eles e se fosse um deles faria a mesma coisa. -
O que não se admite é que os Delegados de Polícia fiquem treze anos a espera de uma melhoria salarial.
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Tive clientes meus MORRENDO sem ver o valor a que tinham direito frente ao Estado. Se ocorreu exatamente o que noticia a página, estamos frente a um ato antiético, imoral e ilegal. Sem considerar que a PGE recorre de qualquer coisa até onde for possível, mesmo contra jurisprudência pacífica do STF. Estranho o processo deles terminar em acordo… Mesmo que o seu direito seja legítimo, o meu e dos meus clientes também é. Se o ERGS está em mora com pensionistas, servidores e credores em geral, me sinto como um senhor de 80 anos que se levanta para um guri de 18 sentar-se.

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