Categoria: Geral

  • Ciro Gomes ataca Haddad e o PT: "O Brasil não aguenta outra Dilma"

    Ao participar ontem, no Rio, da segunda sabatina com presidenciáveis, promovida pelo jornal O Globo, o candidato do PDT, Ciro Gomes não poupou ataques a Fernando Haddad e ao PT.
    Disse que o candidato petista faz política “com punhozinho de renda” e não tem experiência. “O Haddad não conhece o Brasil”, declarou.
    Ciro atacou também a vice da chapa, Manuela D’Ávila (PCdoB) – criticada pela falta de experiência e maturidade -, e o próprio o ex-presidente Lula, a quem tinha poupado até agora. Disse que vê isolado e “meio que cercado de puxa-sacos” – “Ele perdeu um pouco a percepção genial que tinha da realidade” – e ao partido que ameaça sua chegada ao segundo turno em outubro: “O PT só pensa em si”.
    Ciro sugeriu que Haddad pode ser alvo de impeachment como foi a sucessora e também apadrinhada de Lula, Dilma Rousseff.
    Deu estocadas no líder das pesquisas Jair Bolsonaro (PSL), e disse que seu vice, o general Hamilton Mourão (PRTB) é um “jumento de carga”.
    Afirmou que, se fosse presidente, o comandante do Exército, general Villas Bôas, estaria demitido e “provavelmente pegaria uma cana”, por ter dito que o próximo presidente pode não ter legitimidade para governar. “Eu mando, eles obedecem”, disse, ao mostrar como procederia em relação às Forças Armadas.
    Mesmo numa sabatina permeada por temas econômicos – em que apresentou propostas para a reindustrialização, defendeu a tributação sobre lucros e dividendos, e uma alíquota mais progressiva sobre heranças, além de detalhar seu plano de limpar o nome dos brasileiros do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) – Ciro não perdeu oportunidade de criticar o adversário.
    Ao falar sobre sua proposta para desconcentrar o sistema bancário, foi lembrado da tentativa de Dilma intervir no setor. Achou uma ofensa ser comparado à petista – cujo governo definiu como “desastrado” – mas comparou Haddad à ex-presidente.
    Fez as deferências de praxe em seu discurso – “é uma mulher honrada, decente” – para logo em seguida mandar sua mensagem. “Olha aí como é que funciona esse negócio de indicar pessoas que não têm treinamento. (…) Outro ramo é o dela, não esse [a política]”, disse.
    O ex-governador do Ceará afirmou que a petista foi incapaz de ter “um terço dos deputados para impedir um golpe contra o país no primeiro ano de mandato”.  Disse que “uma pessoa boa como o Haddad” não terá pulso para encarar a o jogo bruto no Congresso. “Como vai encarar? Com punhozinho de renda, da USP, da Maria Antonia?”, disse.
    Numa estratégia de desconstruir Haddad, Ciro destacou a importância de se eleger um presidente com liderança. Contou que, quando Lula foi condenado em segunda instância, se viu “cercado por praticamente 48 horas” por emissários do ex-presidente, como Dilma e Roberto Requião, que o queriam para vice da chapa petista. “Agradeci a honra mas disse que isso não era forma de se construir uma liderança. O Brasil não precisa de presidente por procuração, por mais respeitável que seja o outorgante. O Brasil não aguenta outra Dilma”, disse.
    Para Ciro, o atual candidato do PT também seria um “presidente por procuração”, não por demérito, mas porque “o Haddad não conhece o Brasil”. “Ele não tem experiência, daí até ele saber onde fica a Cabeça do Cachorro, o Vale do Jequitinhonha, o [Vale do] Mucuri, em Minas Gerais; mesmo em São Paulo, o Vale do Ribeira, o Alto Solimões… Aí fica difícil, de fato”, afirmou.
    O presidenciável continuou a associação Dilma/Haddad: “A gente já viu esse filme. No auge da crise do impeachment, a Dilma nomeou Lula ministro. Eu quase morro de vergonha naquela ocasião. E agora Lula tá na cadeia. O que vai acontecer?”, perguntou, para logo desenhar uma cenário pessimista caso o PT volte ao Planalto. “Uma crise tremenda. Basta o PT voltar ao poder que essa crise vai se eternizar, porque basicamente PT e PSDB construíram isso. O espasmo mais doído e mais ameaçador é o Bolsonaro, que surgiu a partir daí”, disse.
    Ciro também buscou igualar o PT ao deputado de extrema direita. Em sua opinião, ambos estariam “insultando a inteligência média do povo brasileiro a toda hora”. “Um por gratidão [a Lula], outro por solidariedade cristã pela violência absolutamente descabida que sofreu”, disse, ao se referir à facada da qual Bolsonaro – uma “aberração” – foi alvo em ato de campanha em Juiz de Fora (MG).
     

  • Vox Populi mostra transferência de votos para Haddad que já lidera com 22%

    O Instituto Vox Populi divulgou nesta quinta-feira uma nova pesquisa feita entre os dias 7 e 11, na qual o candidato do PT, Fernando Haddad aparece na liderança da disputa presidencial com 22%, confirmando a expectativa de transferência de votos do ex-presidente Lula, que teve sua candidatura impugnada pelo TSE.
    Jair Bolsonaro, do PSL, aparece em segundo, com 18%. Ciro Gomes, do PDT, registra 10%, enquanto Marina Silva, da Rede, e Geraldo Alckmin, do PSDB, aparecem com 5% e 4%, respectivamente. Brancos e nulos somam 21%.
    A pesquisa voi encomendada pela CUT. O Vox Populi ouviu 2 mil eleitores em 121 municípios entre 7 e 11 de setembro. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, para cima ou para baixo. O índice de confiança chega a 95%.
    O instituto tomou a decisão de associar Haddad diretamente a Lula no questionário, ao contrário das demais empresas de pesquisa. Segundo Marcos Coimbra, diretor do Vox Populi, não se trata de uma indução, mas de fornecer o máximo de informação ao eleitor.
    “Esconder o fato de que o ex-prefeito foi indicado e tem o apoio do ex-presidente tornaria irreal o resultado de qualquer levantamento. É uma referência relevante para uma parcela significativa dos cidadãos. Chega perto de 40% a porção do eleitorado que afirma votar ou poder votar em um nome apoiado por Lula”.
    Um pouco mais da metade dos entrevistados (53%) reconhece Haddad como o candidato do ex-presidente. O petista, confirmado na terça-feira 11 como o cabeça de chapa na coligação com o PCdoB, também é o menos conhecido entre os postulantes a ocupar o Palácio do Planalto: 42% informam saber de quem se trata e outros 37% afirmam conhece-lo só de nome.
    O desconhecimento é maior justamente na parcela mais propensa a seguir a recomendação de voto de Lula, os mais pobres e menos escolarizados. De maio para cá, decresceu sensivelmente o percentual de brasileiros que afirmam não saber que o ex-presidente está impedido de disputar a eleição: de 39% para 16%.
    Ainda assim, é em meio a este público que Haddad registra grandes avanços. Na comparação com a pesquisa de julho, o ex-prefeito passou de 15% para 24% entre os eleitores com ensino fundamental e de 15% para 25% entre aqueles que ganham até dois salários mínimos. O petista chega a 31% no Nordeste e tem seu pior desempenho na região Sul (11%), mesmo quando associado ao ex-presidente.
    Ciro Gomes é o menos rejeitado (34%) entre os cinco candidatos mais bem posicionados. Haddad tem a segunda menor taxa, 38%. No outro extremo, com 57%, aparece Bolsonaro.
    O deputado, internado desde a sexta-feira 7 no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, registra contudo o maior percentual de menções espontâneas (13%), contra 4% de Ciro e Haddad, 3% de Marina e 2% de Alckmin.
    O fato de as citações espontâneas se aproximarem da porcentagem registrada por Bolsonaro nas respostas estimuladas demonstra, ao mesmo tempo, um teto do candidato do PSL e uma resiliência que tende a leva-lo à próxima fase da disputa presidencial.
    O Vox realizou diversas simulações de segundo turno. Bolsonaro venceria Alckmin (25% a 18%), empataria tecnicamente com Marina (24% a 26%) e perderia para Ciro (22% a 32%) e Haddad (24% a 36%). O pedetista e o petista vencem os demais. O instituto não fez a simulação de um confronto entre os dois.
     

  • Movimento de mulheres contra Bolsonaro chega a um milhão

    O movimento das mulheres contra o a candidatura à Presidência da
    República, pelo PSL, Jair Bolsonaro, cresce no Facebook.
    Existem vários, mas o Mulheres Unidas Contra o Bolsonaro criado há menos
    de duas semanas na rede social, atingiu 1 milhão de integrantes na
    madrugada de quarta-feira, 12.
    A publicitária Ludmilla Teixeira, uma das criadoras do grupo, disse à
    imprensa que Bolsonaro representa tudo que é de atraso na luta
    pelos direitos das mulheres e que ataca diretamente a licença
    maternidade, a diferença salarial entre homens e mulheres.
    No Rio Grande do Sul, também foi criado o grupo Mulheres Unidas
    Contra o Bolsonaro e em 30 dias teve mais de 10 mil adesões. Nesta
    quarta-feira, 12, estavam inscritas 13.295 mulheres.
    Segundo as administradoras, “a finalidade é combater a ameaça que
    é a eleição de Jair Bolsonaro e outros candidatos com propostas
    fascistas, racistas e misógicas, que ameaçam diretamente a vida das
    mulheres.” E, ainda, promover manifestações de repúdio ao ideário.
    Também querem debater projeções para as eleições a nível nacional
    e estadual, de maneira respeitosa, sem sobreposição de uma
    candidata, ou outra.
    No Facebook também existem grupos de mulheres de duas a seis mil
    integrantes, apoiando Bolsonaro, alguns criados nos últimos dias
    para rebater os das mulheres contra o capitão reformado.

  • Eleição 2018: partipação das mulheres fica no limite da lei

    As regras, que obrigam os partidos a apresentar 30% de candidaturas de mulheres e a destinar parte do fundo partidário para elas, não garantem uma efetiva participação  feminina nos espaços de poder.
    Maioria do eleitorado brasileiro, com 52% do total, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o total de mulheres candidatas pouco ultrapassa a cota mínima estabelecida. Nas últimas eleições mais recentes, em 2016, a participação feminina chegou apenas a 31,89%.
    Nas eleições deste ano, segundo o TSE, são 8,3 mil mulheres disputando votos, o que corresponde a apenas 30,64% do total de candidatos.
    “As redes que os homens formam por tradição e até por cultura paternalista são mais fortes do que as formadas pelas mulheres”, analisa a socióloga Fátima Pacheco Jorgão.
    Atualmente, apenas 12% dos mandatos no Congresso Nacional são femininos e entre os mais de 50 mil vereadores em todo o país, aproximadamente 16% são mulheres.
    (Com informações da RBA)

  • Ruas compara abandono da Zoobotânica ao incêndio do Museu Nacional

    O deputado Pedro Ruas, do PSOL, ocupou a tribuna da Assembléia Legislativa  nesta terça-feira para denunciar o abandono das instalações da Fundação Zoobotânica, que está pondo em risco o acerto do Museu de Ciências e do Jardim Botânico de Porto Alegre, duas instituições de pesquisa que integram a FZB. O Jardim Botânico comemorou seus 60 anos nesta segunda-feira com seus portões fechados.
    “Há poucos dias todo o pais ficou chocado com o incêndio que queimou um patrimônio cultural incalculável no Museu Nacional no Rio de Janeiro. Pois aqui no Estado, por uma ação deliberada do governo do Estado, estão ameaçados os acervos do Museu de Ciências e do Jardim Botânico, que também reúnem acervos de inestimável valor e que estão abandonados depois da insana decisão do governo do Estado de extinguir a Fundação Zoobotânica”.

  • Candidatura de Haddad define quadro eleitoral a 25 dias do pleito

    Faltam 25 dias para a eleição de 7 de outubro e só agora o quadro eleitoral está definido.
    O PT finalmente definiu seu candidato, indicando Fernando Haddad para substituir o ex-presidente Lula, que insistiu até esgotar todos os recursos para manter a sua candidatura, impugnada formalmente pelo TSE desde o dia 31 de agosto.
    Jair Bolsonaro, o outro candidato líder nas pesquisas, continua na disputa, mas estará fora da campanha se recuperando da facada que levou no dia 6 de setembro e ainda precisará passar por uma cirurgia em dois ou três meses.
    A campanha de Bolsonaro ao que tudo indica será coordenada por seus dois filhos que são candidatos a deputado estadual e federal, com o vice, general Hamilton Mourão substituindo o candidato nas atividades de rua.
    Há ainda uma indefinição quanto a participação do general nos debates e entrevistas.
    No mais, o quadro segue sem maiores alterações. Três candidatos – Ciro, Marina e Alkmin – estão tecnicamente empatados na disputa pelo segundo lugar e Fernando Haddad embora tenha dado sinais de que vai crescer ainda é uma expectativa.
     
     

  • Sartori busca "acordo prévio" da dívida para segurar liminar no STF

    Uma missão do governo gaúcho, liderada pelo vice-governador José Paulo Cairoli, passou o dia em reuniões em Brasilia  na terça-feira, 11.
    Segundo nota do governo do Estado, “ficou acertado com o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, que o Estado e a União assinarão um acordo prévio de adesão do Rio Grande do Sul ao Regime de Recuperação Fiscal”.
    “Teremos o tempo necessário, até a assinatura do acordo final, para cumprir todas as exigências previstas”, disse Cairoli.
    A iniciativa, na verdade, tem dois objetivos: passar ao eleitor a impressão de que o governo Sartori já garantiu o acordo com a União e, mais importante, evitar que a liminar que mantém suspensos os pagamentos da dívida seja derrubada no STF neste período crucial para as pretensões do governador, candidato à reeleição.
    O Programa de Recuperação Fiscal é o principal  trunfo de Sartori para tentar a reeleição.
    “Nossa preocupação é que a liminar que suspende o pagamento da dívida do Estado com o governo federal não seja derrubada no Supremo Tribunal Federal. Esse movimento, de assinatura deste documento, nos dá, em parte, a segurança de que isso não acontecerá”, explicou.
    Segundo Cairoli, “a adesão ao Regime de Recuperação Fiscal é o único plano viável para sanar a crise nas finanças do Rio Grande do Sul. Não existe plano B”.
    Para se credenciar ao acordo, o governo gaúcho ainda precisa resolver a polêmica questão das privatizaçoes da CEEE, CRM e Sulgás, exigida pelos termos do Programa aprovados pelo congresso.
    Segundo Cairoli, “caberá ao próximo presidente e ao próximo governador assinarem o acordo final, como já estava programado. E a equipe técnica montada para acompanhar todo o processo em níveis federal e estadual deve ser a mesma no próximo ano”.
    O socorro federal prevê a suspensão do pagamento da dívida com a União nos próximos três anos, prorrogáveis por mais três. Mas não há qualquer garantia de que o próximo presidente em outubro vá manter o programa.
    Para o procurador-geral do Estado, Euzébio Ruschel, “é mais um passo importante que está sendo trilhado, no sentido de fortalecer a liminar que obtivemos junto ao STF, porque demonstra para o seu relator que Estado e União estão conversando e buscando entendimento para se chegar a um denominador comum, que é a renegociação da dívida do Estado”, avaliou.
     
    Regime de Recuperação Fiscal
    O RRF foi criado pelo governo federal para ajudar os Estados a equilibrar suas contas e se enquadrar no programa de ajuste definido pelo governo Temer.
    No caso do Rio Grande do Sul, o Regime possibilita a suspensão por 36 meses (prorrogáveis por mais 36) do pagamento da dívida com a União, aliviando o caixa do Estado em R$ 11,3 bilhões até 2020. Aderindo ao RRF, o Estado também fica autorizado a contratar novos financiamentos. Não há nenhuma garantia de que ele será mantido pelo próximo presidente.

  • Sites com informações de candidatos ajudam eleitor a escolher

    Para ajudar o eleitor a encontrar candidatos que se alinhem com suas ideias e interesses, organizações não governamentais lançaram sites com informações que permitem identificar os postulantes que mais se alinham com suas ideias.
    Cada página utiliza uma abordagem diferente. Alguns utilizam temas gerais que estão em discussão atualmente, como liberação do porte de armas e redução de direitos sociais.
    Há aquelas que se preocupam em revelar se o candidato responde a processos ou já foi condenado. Outros que alinham o eleitor aos partidos e não à pessoa de um candidato.
    Nem todos os candidatos estão nas listagens, já que para participar é preciso responder ao questionário da organização.
    O site Vota SP, elaborado pela ONG Minha Campinas,  possibilita que os eleitores do estado de São Paulo encontrem candidatos a deputado federal e estadual por afinidade. Também apresenta a justificativa dos candidatos para as respostas.
    Dentre as questões apresentadas estão a concordância com a liberação do porte de armas, a garantia de previdência social pública, a privatização do Sistema Único de Saúde, a adoção de crianças por casais homoafetivos e a taxação de fortunas.
    São Paulo tem 1.682 candidatos a deputado federal e 2.167 candidatos a deputado estadual.
    Calculadora de Afinidade Eleitoral, do site O Iceberg, alinha o eleitor com as candidaturas presidenciais. Dentre as questões estão a concordância com a reforma trabalhista, com o teto de gastos, com a política de preços variáveis dos combustíveis, a redução da maioridade penal e adoção do Programa Escola Sem Partido.
    Do mesmo grupo, a Calculadora de Afinidade Partidária trás questões para ajudar o eleitor a escolher o partido em que deve votar nas eleições legislativas.
    Posicionamento sobre o impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff (PT), sobre o financiamento de campanhas eleitorais e a privatização da Petrobras estão entre os temas.
    #TemMeuVoto permite pesquisas de candidatos em todos os estados. Trás questões sobre candidatos que respondem a processos judiciais ou que já disputaram eleições, além de temas gerais como atuação do Estado na economia, liberdades individuais e quais as duas prioridades que o escolhido deve ter para os próximos anos. Dentre as opções estão o combate ao desemprego, ações de desenvolvimento social, segurança pública e cidadania.
    Focado em sustentabilidade, nova economia e direitos humanos, a página Voz Ativa também possibilita conhecer candidatos em todo o país.
    Dentre as questões propostas estão a garantia da manutenção, demarcação e homologação de terras indígenas e quilombolas, a flexibilização do registro e uso de agrotóxicos no Brasil e a tipificação dos crimes de caixa dois, enriquecimento ilícito e corrupção entre entes privado na legislação penal.
    (Com informações da RBA)

  • Jardim Botânico de Porto Alegre faz 60 anos com os portões fechados

    O Jardim Botânico de Porto Alegre completou 60 anos, neste dia 10 de setembro, com acesso liberado somente aos funcionários. Nem estudantes do Instituto de Biociências da UFRGS, que teriam uma aula de manejo e conservação da flora com o professor Paulo Brack, no início da tarde, conseguiram entrar.
    O presidente da Fundação Zoobotânica, Paulo Cerutti, explicou que o Jardim Botânico é fechado às segundas-feiras e que não foi feito agendamento da oficina com os universitários.
    No meio da tarde, um grupo de estudantes e ambientalistas fez uma manifestação em defesa da FZB, ameaçada de extinção pelo governo do Estado. O professor Brack lamentou os portões fechados num dia que deveria ser festivo e, portanto, estar aberto à visitação.
    A implantação de um Jardim Botânico na capital gaúcha foi decidida pelo governador Ildo Meneghetti  e efetivada pelo secretário de Obras, Euclides Triches, que depois foi governador do Estado. Foi aberto ao público em 1958, mas só recebeu a atual denominação em 1959, no governo de Leonel Brizola.
    Na comissão de implantação figuravam cientistas, médicos, engenheiros, arquitetos e urbanistas, como Edvaldo Pereira Paiva, Alarich Schultz, padre Balduino Rambo, Curt Mentz, F. C. Goelzer, Ruy B. Krug, Guido F. Correa, Nelly Peixoto Martins, Paulo Annes Gonçalves, Deoclécio de Andrade Bastos, além do senador Mem de Sá e do jornalista Say Marques, um dos idealizadores da Feira do Livro de Porto Alegre.
    Possuía 81,5 hectares, mas hoje não passam de 36 hectares. O terreno original incluía uma colônia agrícola e a antiga chácara do Visconde de Pelotas, “compreendendo a elevação de um morrinho granítico a 50 metros sobre o nível do mar, vales de alguns arroios à sua periferia, marginados por várzeas de regular extensão”, na descrição do jesuíta Teodoro Luís, conservacionista espanhol que coordenou a implantação do Jardim Botânico.
    Foi no período do governo militar que o Jardim Botânico teve suas maiores perdas. Os governadores nomeados doaram partes do terreno do JB a várias instituições: o Clube Farrapos, da Brigada Militar ; o Hospital São Lucas, da PUC; o Círculo Militar, do Exército; a vila Juliano Moreira, a Escola de Educação Física da Ufrgs; e os laboratórios da Fepam, que já foram retirados do local.
    Em 2003, o JB foi declarado Patrimônio Cultural do Estado do Rio Grande do Sul, pela Lei nº 11.917. Atualmente, é considerado um dos cinco maiores jardins botânicos brasileiros, com um acervo significativo da flora regional. Possui 29 coleções científicas que somam mais de 4.300 plantas, incluindo espécies raras, ameaçadas de extinção e endêmicas ( que se encontram somente no RS).

  • Primeira pesquisa no novo cenário: Lula cai, Bolsonaro sobe

    Divulgada nesta segunda feira a primeira primeira pesquisa realizada após o atentado sofrido por Jair Bolsonaro (PSL) e com mais de uma semana após o início do horário eleitoral.
    A pesquisa da FSB para o banco BTG Pactual foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral e as entrevistas foram feitas nos dias 8 e 9 de setembro. Dois mil eleitores foram ouvidos e a margem de erro da pesquisa é estimada em 2%.
    Bolsonaro  teve um forte aumento nas intenções de voto, tanto no cenário espontâneo quanto estimulado.
    Já o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que teve a sua candidatura barrada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) na madrugada do último dia 1, despencou nas intenções de voto no cenário espontâneo.
    No cenário espontâneo, a intenção de voto de Bolsonaro passou de 21% para 26%, de uma semana para outra.
    Já Lula ficou com 12%  ante 21% da pesquisa anterior.
    Ciro Gomes (PDT) foi de 4% para 7%, alta acima da margem de erro, enquanto Geraldo Alckmin (PSDB) e Marina Silva (Rede) se mantiveram em 3%, mesmo percentual de João Amoêdo (Novo) e de Fernando Haddad (PT).
    Álvaro Dias (PODE) oscilou positivamente de 1% para 2%, enquanto os demais não pontuaram. Não sabem ou não responderam passaram de 24% para 22%, não votariam em ninguém foram de 14% para 13%, enquanto brancos e nulos oscilaram de 5% para 4% em uma semana.
    Já na intenção de votos estimulada – desta vez há o cenário apenas com Fernando Haddad como substituto de Lula, uma vez que o ex-presidente petista teve a sua candidatura barrada -, Jair Bolsonaro passou de 26% de intenção de voto no levantamento anterior para 30%. Enquanto isso, Ciro Gomes ganhou ainda mais força para disputar o segundo turno ao ultrapassar Marina Silva, apesar de manter os 12% das intenções de voto do levantamento anterior.
    Isso porque Marina teve forte queda de 11% para 8% de uma pesquisa para outra sendo que, duas semanas atrás, tinha 15%. Alckmin manteve os 8%, enquanto Haddad oscilou no limite da margem de erro, passando de 6% para também 8%. Ou seja, em terceiro lugar, os candidatos do PSDB, da Rede e do PT aparecem com os mesmos 8%. Amoêdo oscilou para baixo, passando de 4% para 3% dos votos, enquanto Alvaro Dias seguiu com 3%. A porcentagem de quem não votaria em ninguém caiu de 18% para 13%, branco/nulo somam 3%, enquanto não sabe/não responderam foi para 8%.
    Os eleitores de Bolsonaro também são aqueles cuja certeza do voto é maior. Para 78% deles, a decisão de voto é definitiva, sendo seguido pelos de Haddad (68%), Alvaro Dias (62%), Amoêdo (59%), Ciro (58%), Alckmin (49%), Boulos (40%), Marina (37%) e Meirelles (24%). Vale destacar que 55% dos que disseram votar branco/nulo apontaram ter certeza do seu voto.
    O apoio de Lula a Haddad também mostrou uma certa estabilidade em sua importância. O número de pessoas que não votaria de jeito nenhum em Haddad caso Lula apoiasse o ex-prefeito paulistano oscilou dentro da margem de erro, de 61% para 63%, enquanto o número dos que votariam com certeza foi de 19% para 20%. Os que poderiam votar oscilou para baixo, de 14% para 12% de uma semana para outra.
    Potencial de voto X rejeição
    Com relação ao potencial de voto (porcentagem dos que poderiam votar em um determinado candidato), Bolsonaro aparece na frente com 40%, ante 35% do levantamento anterior, sendo seguido por Ciro, que oscilou positivamente de 34% para 36%.
    Já Alckmin subiu de 27% para 30% de uma semana para outra, sendo seguido por Marina, que caiu de 35% para 29%. Haddad aparece em seguida, subindo de 20% para 24%. Alvaro Dias teve alta de 15% para 19%, mesmo percentual de Meirelles,que subiu ante os 12% de potencial de voto da semana passada, enquanto Amoêdo oscilou para cima, passando de 11% para 12%. Cabo Daciolo (PATRI) tem 7% de potencial de voto, seguido por Guilherme Boulos com 5%, mesmo porcentual de João Goulart Filho (PPL) e Vera Lúcia (PSTU). Já José Maria Eymael (DC) registra 4% de potencial de voto.
    Já Marina Silva ultrapassou Alckmin na lista de maior rejeição – ou seja, a porcentagem de quem não votaria “de jeito nenhum” no candidato/candidata – passando de 58% para 64%, um forte aumento ainda mais considerando os 54% de rejeição registrados no levantamento de duas semanas atrás. Alckmin oscilou para baixo em termos de rejeição, passando de 63% para 61%. O tucano é seguido por Meirelles, que teve queda de 55% para 52%, mesmo percentual de Haddad. Ciro Gomes e Bolsonaro possuem 51% de rejeição, mesmo patamar do levantamento anterior.