Foi entregue no sábado ao governador Tarso Genro um manifesto,”tirado em reunião acontecida sexta-feira, 12, na vila Padre Cacique, noticiando e reclamando que o secretário da SEHABS, Marcel Frison, se nega a assinar a Concessão de Uso, além de não atender compromissos que assumiu no MP”.
A Concessão de Uso abriria caminho para regularizar as vilas, onde vivem 1.600 familias, consolidadas em áreas do Morro Santa Teresa, num dos pontos mais valorizados de Porto Alegre.
As 48 entidades que assinam o manifesto integram o Movimento em Defesa do Morro Santa Teresa, formado ainda no mandato de Yeda Crusius, como reação a um plano do governo, de permutar a área do Morro com uma construtora privada, em troca de imóveis menores em várias áreas da cidade, para descentralizar os serviços da Fase (Fundação de Assistência Socio-Educativa), que lida com menores infratores.
Tarso apoiou o movimento desde o início e tomou medidas no terreno das formalidades.
Na prática, como reclamam os defensores do morro, quase nada aconteceu. O morro continua ameaçado pelo aumento das invasões, para degradação ambiental e pela especulação imobiliária.
A regularizaçao das comunidades consolidadas há mais de 20 anos na área é um dos é um dos três pontos defendidos pelo movimento. Os outros são a delimitação de uma área de preservação, um parque ambiental, e o tombamento dos prédios históricos remanescentes.
MANFESTO EM DEFESA DA GARANTIA DA POSSE DAS COMUNIDADES
DO MORRO SANTA TERESA – PORTO ALEGRE
Excelentíssimo Senhor Tarso Genro Governador do Estado
As comunidades do Morro Santa Teresa, reunindo 1.600 famílias, através do Movimento em Defesa do Morro Santa Teresa, receberam, nesta semana, um duro golpe contra seus direitos adquiridos, depois dos Decretos 48.029/2011[1] e 49.265/2012, editados por V. Exa. que deram acolhida às suas três demandas deste Movimento e reconhecem o direito de permanência no local, e de um ano sem resposta da FASE e Casa Civil ao Pedido de Concessão de Uso, entregue em março de 2012: o Secretário Marcel Frison se nega a assinar a Concessão de Uso, elaborada conjuntamente por equipe técnica da SEHABS e representantes deste Movimento liderados pelo Dr. Jacques Alfonsin.
As comunidades do Morro Santa Teresa, em conjunto com as suas assessorias e seus apoiadores, vem desde 2010 lutando pela defesa do seu território de moradia e pela preservação de um dos mais belos patrimônios ambientais da cidade de Porto Alegre, o Morro Santa Teresa. Uma luta que teve seu ápice com a tentativa de venda da área pertencente à FASE/RS pela então Governadora Yeda Crusius, à época impedida pela força do movimento popular organizado.
Em apoio a esta demanda do Movimento em Defesa do Morro Santa Teresa, o seu governo editou dois Decretos – Decreto 48.029/2011[2] e Decreto 49.265 / 2012 – que, afirmando o seu compromisso com a pauta do movimento, impulsionou a nossa caminhada rumo à garantia dos nossos direitos, em especial o direito à cidade e à moradia.
Complementarmente às ações governamentais, de ordem normativa, lutamos muito e conquistamos junto ao legislativo e executivo municipal um Zoneamento que especializou as nossas demandas: a Lei Complementar no 717/2013[3] gravou no Morro Santa Teresa a AEIS nas áreas ocupadas por assentamentos informais, a AEIC nas áreas de interesse cultural e AEPAN nas áreas de preservação do ambiente natural.
Nossa luta avança, e precisa avançar. Estamos focados em materializar o nosso direito à cidade, à moradia e ao meio ambiente através de obras emergenciais que tragam luz às vilas União Santa Teresa e Gaúcha, que promova a urbanização dos assentamentos e a consequente qualificação do meio ambiente e que garanta definitivamente a posse das famílias que ali moram a mais de 40 anos e que já possuem esse direito à moradia reconhecido pelas normas e pelas políticas públicas que sonhamos e construímos juntos nesses mais de 13 anos de luta pela reforma urbana no país e no nosso Rio Grande do Sul.
Contudo, nossa luta está em pausa. Uma pausa provocada pela NÃO AÇÃO PÚBLICA e que está travando a materialidade dos nossos direitos: (i) desde 2011 o GT instituído pelo Decreto 49.256 de junho de 2012, o qual é liderado pela SEHABS, se reuniu apenas uma vez (1º de abril de 2014) sem nenhum encaminhamento concreto, pontual ou de caráter intersetorial; (ii) há mais de dois anos as comunidades aguardam a finalização dos trabalhos técnicos realizados pela empresa Engeplus sob a coordenação da SEHABS, sendo que esses são a base fundamental para o início do processo de regularização fundiária; (iii) neste período a SEHABS só recebeu as comunidades no Ministério Público Estado do Rio Grande do Sul[4] e não realizou nenhuma intervenção ou diálogo com a comunidades sobre a situação do Morro. Mesmo as obras da CEEE nas vilas Gaúcha e União, conquistadas com muita insistência e dialogo com CEEE e Secretaria de Justiça e Direitos Humanos, iniciou e paralisou, com a significativa retirada dos postes recentemente colocados e dos empreiteiros de dentro das comunidades; (iv) a partir de insistentes demandas do Movimento em Defesa do Morro Santa Teresa, a SEHABS, desde maio desse ano vem discutindo junto aos técnicos do Movimento – ONG ACESSO e ONG CDES – uma Minuta de Termo de Concessão de Uso Especial para fins de Moradia Coletiva que garantirá a segurança na posse das famílias que residem no Morro até que o processo de urbanização da área seja impulsionado pelo Estado, visto que em dois anos não se avançou dos levantamentos técnicos para os projetos necessários à urbanização.
Importante destacar que após toda essa trajetória de luta e também de conquistas, as comunidades do Morro Santa Teresa foram surpreendidas recentemente pela posição CONTRÁRIA à CUEM do Secretário de Habitação. Foi um golpe duro pois contrariou inclusive a previsão do próprio Secretário para a contratação de projeto de urbanização até o final de 2014 afirmada na reunião como Ministério Público! O Movimento em Defesa do Morro Santa Teresa, suas entidades e comunidades, entendem que a Concessão de Usos Especial para Fins de Moradia é um DIREITO que deve ser reconhecido pelo Estado do Rio Grande do Sul através da expedição dos termos em seu caráter coletivo. SEM A TERRA NÃO SE GARANTE A MORADIA. PELO DIREITO À MORADIA, CUEM JÁ!
Porto Alegre, 13 de setembro de 2014.
MOVIMENTO EM DEFESA DO MORRO SANTA TERESA
1) Associação de Moradores União Santa Teresa
2) Associação de Moradores da Vila Gaúcha
3) Associação de Moradores da Vila Ecológica
4) Associação de Moradores Vila Padre Cacique
5) Acesso Cidadania e Direitos Humanos,
6) CDES Direitos Humanos
7) SENGE/RS
8) SAERGS/RS
9) IAB – Institutos dos Arquitetos do Brasil
10) AJURIS – Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul
11) CUT – Central Única dos Trabalhadores
12) CPERS – Sindicato; Comissão Especial de Direito Urbanístico e Planejamento rbano da OAB/RS
13) FETRAFI/RS – Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Instituições inanceiras do RS
14) SINDBANCÁRIOS – Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e Região
15) SINDSEPE/RS – Sindicato dos Servidores Públicos do Estado do RS
16) SINDIÁGUA/RS – Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Purificação e istribuição de Água e em Serviços de Esgotos do Estado do RS
17) SINPRO-RS – Sindicato dos Professores do Ensino Privado do RS
18) UGEIRM – Sindicato de Escrivães, Inspetores e Investigadores de Polícia do RS
19) SEMAPI – Sindicato dos Empregados em Empresas de Assessoramento, Perícias, Iformações e Pesquisas e de Fundações Estaduais do RS
20) ASAE – Associação dos Servidores da Ascar/Emater-RS
21) AFUFE – Associação dos Funcionários da FPE e FASE
22) AGAPAN – Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural
23)INGÁ – Instituto Gaúcho de Estudos Ambientais
24) Movimento Gaúcho em Defesa do Meio Ambiente – MOGDEMA
25) ASTEC – Associação dos Técnicos Industriais da Corsan
26) AECO – Associação dos Engenheiros da Companhia Riograndense de Saneamento
27) CMP – Central dos Movimentos Populares do RS
28) MTD – Movimento dos Trabalhadores Desempregados
29) Grande Oriente do Rio Grande do Sul
30) Associação de Moradores da Vila Figueira
31) Associação de Moradores da Vila Santa Rita
32) Associação dos Moradores do Centro
33) Associação Comunitária do Morro da Cruz
34) Associação dos Moradores do Bairro de Ipanema
35) Amigos do Bairro Jardim Botânico
36) Amigos da Rua Gonçalo de Carvalho
37) Movimento em Defesa da Orla do Guaíba
38) Movimento Abrace o Guaíba;
39) ONG União pela Vida
40) ONG Solidariedade
41) Núcleo Piratininga de Comunicação (NPC)
42) Defender – Defesa Civil do Patrimônio Histórico
43) Centro de Desenvolvimento dos Bairros Tristeza, Vila Assunção, Conceição e Pdra Rdonda
44) Centro Comunitário Educacional
45) CIDADE – Centro de Assessoria e Estudos Urbanos
46) Associação Ambiental Amigos da Paisagem ASPreservada de Quintão/PS/RS
47) Comunidade Autonoma Utopia e Luta (Coopsul)
48) AGB – Associação dos Geógrafos Brasileiros – Seção Porto Alegre
Categoria: Geral
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Morro Santa Teresa: 48 entidades assinam manifesto a Tarso
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Torpedo atinge a campanha de Ana Amélia
Reportagem do Sul21 nesta sexta-feira caiu como uma bomba no comitê da senadora Ana Amélia, que lidera a campanha para o governo do Rio Grande do Sul, com dez pontos à frente do segundo colocado governador Tarso Genro.
Nem o argumento de que o portal noticioso é ligado ao PT ameniza o impacto da denúncia, bem documentada: Ana Amélia ocupou cargo em comissão no gabinete de seu falecido marido, senador Otávio Cardoso, ao mesmo tempo em que era diretora e colunista do jornal Zero Hora em Brasilia. É o oposto de todo o discurso moralista que a senadora vem fazendo.
Finalmente a morna campanha para o governo gaúcho vai esquentar. -
RBS justifica a sindicatos as 130 demissões de agosto
Representantes do Grupo RBS e dos sindicatos dos Jornalistas e dos Radialistas do Estado se reuniram na tarde de quarta-feira, 10, em audiência no Ministério Público do Trabalho (MPT), para tratar sobre as demissões realizadas pela empresa no último mês. No encontro, que teve a mediação do procurador Ivan Sérgio Camargo dos Santos, os representantes da RBS reforçaram as justificativas já apresentadas para os cortes, com mudança de perfil e maior investimento em novas tecnologias. Também detalharam os benefícios estendidos aos profissionais dispensados, como bonificação por tempo de serviço para aqueles com mais de cinco anos de casa; e plano de saúde por 12 meses para titular e dependentes.
Apenas em agosto, a organização dispensou cerca de 130 profissionais, medida anunciada aos funcionários com 48 horas de antecedência. Na época, as entidades representativas reclamaram não ter sido previamente comunicadas. Agora, foi acordado que, em caso de novos movimentos significativos, serão realizadas reuniões prévias, com o objetivo de conduzir o processo de forma a reduzir prejuízos aos funcionários e ao mercado.
Participaram da reunião o diretor do Sindicato dos Radialistas, Silvonei Alex Nunes Benfica; o presidente e o assessor jurídico do Sindicato dos Jornalistas, Milton Simas e Antônio Carlos Porto; o vice-presidente de Gestão de Pessoas do Grupo RBS, Deli Matsuo; o diretor de relações sindicais da corporação, Ary dos Santos; e o advogado da empresa, Claudio Dias de Castro. (Coletiva.Net) -
Dilma cresce contra todas as expectativas criadas na mídia
Quase nenhuma atenção tem sido dada ao fato mais surpreendente desta fase final campanha presidencial, tão cheia de sobressaltos: a estabilidade de Dilma Roussef, candidata à reeleição, nas pesquisas de intenção de voto.
As últimas pesquisas, CNT na terça feira e Datafolha nesta quarta, 10, mostram inclusive que, contra todas as expectativas criadas, ela voltou a crescer três ou quatro pontos, até nas simulações para o segundo turno.
Considere-se a pertinaz e insidiosa campanha contra a sua política econômica, que ganha na mídia contornos catastróficos (na Zero Hora até os press release da seção de economia ganham um invariável toque negativo: “Com a economia ladeira abaixo…” ou “Enquanto a economia patina …” ou “Uma conjuntura tempestuosa..”)
Considere-se a entrada triunfal de Marina Silva na disputa, após a morte de Eduardo Campos, imediatamente transformada em “fenômeno eleitoral”, “furacão” ou “tisunami”, a ponto de os mais afoitos apostarem na sua vitória no primeiro turno;
Considere-se a enxurrada de denúncias bombásticas contra o governo, que culmina com esse petardo da delação de Paulo Roberto da Costa, ex-diretor da Petrobras;
Considere-se a atuação maciça dos grupos de comunicação como um partido de oposição, a bater diuturna e implacavelmente no governo Dilma (que, apesar disso, sobe nas avaliações dos eleitores)
Enfim…é forçoso reconhecer que estamos diante de um fenômeno: a consistência da candidatura oficial e o desgaste principalmente da mídia, por suas posturas mais ideológicas do jornalísticas.
Neste ritmo, com o “fenômeno” Marina Silva dando sinais de esgotamento, o mais previsível é mesmo a reeleição.
Lembremos que a mídia saiu chamuscada de sua última aposta no fracasso da Copa do Mundo. Numa vitória de Dilma nesta eleição, ela será a principal derrotada, mais uma vez (E.B.). -
Melnick ainda não tem projeto para terreno da Avipal
A construtora Melnick Even ainda não decidiu o que vai fazer no terreno da Avipal, numa das áreas mais valorizadas de Porto Alegre, na Zona Sul, a 30 minutos do centro. São dez hectares de terreno, parte dele com os escombros da extinta Avipal, parte com vegetação remanescente de mata atlântica.
Segundo Marcos Colvero, diretor da Melnick, a empresa solicitou as diretrizes do plano diretor para a área para ver como será feito o loteamento. Ainda não recebeu resposta. A intenção é um condomínio fechado com setores de serviços.
A Melnick vai chegar aos 280 milhões em vendas este ano, tem cerca de 20 condomínios em construção, em diversos estágios. Um deles é o Novo Baltimore, no coração do Bom Fim, que vai ficar pronto em janeiro de 2015.
A torre espelhada que vai ocupar o terreno do antigo Cine Baltimore, terá cerca de 200 salas comerciais, 95% delas já vendidas, segundo a empresa. Quatro andares serão estacionamentos, um dos melhores negócios da região.
A empresa não vê recessão em seu mercado. Preocupa mais a incerteza na aprovação junto à prefeitura.
O terreno da Avipal, que esteve um mês nas manchetes, ocupado por 500 famílias sem teto, é um exemplo: o pedido de diretrizes para o projeto foi feito há um ano e até agora não teve resposta.
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Nova lei anula inventário feito no bairro Petrópolis
Nesta quarta-feira em audiência pública às 19 horas no Grêmio Náutico Gaúcho, os moradores de Petrópolis terão a chance de esclarecer muitas dúvidas sobre o inventário que arrolou mais de 500 imóveis do bairro para fins de preservação.
O inventário, concluído em maio, provocou forte reação dos proprietários dos imóveis, que não haviam sido avisados com antecedência, como determina a lei.
A prefeitura então refez todo o processo, cumprindo todos os trâmites, mas no meio do caminho a Câmara de Vereadores aprovou uma lei, do vereador Idenir Cecchim, que exige a aprovação do Legislativo antes de iniciar o inventário.
O prefeito José Fortunati vetou a lei, mas a Câmara derrubou o veto e o texto, publicado no Diário Oficial, está em vigor desde o dia 6 de setembro.
A lei é retroativa a 2013, o que significa a anulação de tudo o que foi feito em Petrópolis.
O Instituto dos Arquitetos do Rio Grande do Sul se manifestou contra: a lei transfere para os vereadores decisões sobre questões técnicas. Vai propiciar um “balcão de negócios” envolvendo interesses culturais e urbanísticos da cidade. “Criaram uma instância a mais”, diz um a funcionário do Ephac.
Bairro essencialmente residencial, de um tempo em que a classe média ascendente sonhava em viver em casas no centro de amplos terrenos ajardinados, Petrópolis é um dos maiores potenciais construtivos de Porto Alegre.
E é o único bairro daquela região da cidade que está livre do limite de altura imposto pela proximidade do aeroporto Salgado Filho.
Oito bairros foram inventariados em Porto Alegre, desde 2011, sem maiores problemas.
Quando chegou em Petrópolis, ocorreu uma omissão que deu origem a toda a polêmica. Não foi feito o “bloqueio”, quando todos os proprietários são informados de que vai ser feito o inventário.
Foi o que revoltou os proprietários dos imóveis arrolados em Petrópolis. Eles só ficaram sabendo quando o processo estava concluído. Por que não foi feito o “bloqueio”, que é procedimento regulamentar? Eis a pergunta sem resposta.
Os moradores estão divididos em relação ao assunto, embora seja notável o esforço de todos para manter as relações de vizinhança e camaradagem.
Uma parte deles concorda com a preservação do patrimônio arquitetônico do bairro. Outra, lamenta a desvalorização dos imóveis em terrenos grandes. “A família mora lá, com um quintal de meio quarteirão, porque gosta. Recusamos propostas de compra de dois milhões. Hoje, ofereceriam 400 mil reais, querem só o terreno”, relata um morador.
TRÊS ESTILOS PREDOMINAM
O bairro Petrópolis se consolidou nas décadas de 1930/40, seguindo o conceito dominante na época da “cidade jardim”, com casas ou pequenos prédios em amplas áreas ajardinadas.
Predominam nesses conjuntos de Petrópolis três tendências, conforme a época da construção: o estilo colonial espanhol, nas mais antigas, o art decó dos anos 50/60 e o modernista, presente em pequenos prédios de 2 ou 3 andares, mais recentes.
ONZE IMÓVEIS ESTAVAM ARROLADOS
Antes do inventário, agora suspenso, havia 11 bens relacionados como de interesse cultural no bairro Petrópolis:
– a Caixa Dágua da Praça Mafalda Veríssimo, tombada em 2008 a pedido dos moradores.
– Oito casas na av. Felipe de Oliveira, entre elas a casa do escritor Érico Veríssimo.
-o Restaurante Barranco, antiga sede de uma chácara.
– a Casa Estrela, na rua Camerino, 34.
Era obviamente um número muito insuficiente para uma preservação da memória do bairro, que por sua condição de “bairro jardim” é um dos mais bonitos de Porto Alegre.
BAIRRO É COBIÇADO POR CONSTRUTORAS
O bairro Petrópolis é uma das áreas mais cobiçadas pela indústria imobiliária e passa por uma forte transformação, com a derrubada de casas ou pequenos prédios para a construção de espigões.
No próprio relatório da equipe técnica que fez o inventário dos imóveis está assinalado que:
“O atual plano diretor tem dado incentivo à acelerada transformação do bairro Petrópolis, causando demolições semanais de imóveis de grande valor patrimonial, deixando lacunas e descontinuidades na malha urbana e descaracterizando a paisagem local”.
Os técnicos enfatizam a “necessidade de proteger da forte descaracterização e demolição do patrimônio”.
A verdade é que pesados interesses do setor imobiliário estão por trás desse imbróglio do inventário dos imóveis indicados para preservação em Petrópolis.
Em oito bairros, inclusive no 4° Distrito, o inventário já foi feito sem problemas.
Com relação a Petrópolis as “influências” começaram já na etapa inicial, quando a Secretaria do Planejamento não atendeu aos reiterados pedidos do Comphac para que fizesse o “bloqueio” do bairro.
“Bloqueio” é a expressão técnica que indica a inclusão do bairro no processo de inventário e determina sua divulgação junto aos moradores da área. Bins Ely era o secretário do Planejamento ao tempo em que os pedidos foram feitos.
Petrópolis é o bairro onde são permitidas as maiores alturas em toda aquela região da cidade, porque está fora das rotas aéreas e restrições que a Aeronáutica impõe às áreas próximas ao aeroporto, pela segurança dos vôos.
O grande número de imóveis unicelulares em grandes áreas de terreno, sua localização, sua imagem de bairro residencial, tornam Petrópolis altamente cobiçado pelos construtores de edifícios.
CASAS DE MADEIRA
Impressionou os pesquisadores o número de casas de madeiras remanescentes em Petrópolis, quase meia centena. Mas, o estado de deterioração da maioria delas desencorajou sua inclusão no inventário, uma vez que é mínima a chance de sobrevivam ao rápido processo de expansão do bairro.
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Pesquisa: Dilma e Marina sobem, Aécio segue em queda
A CNT/MDA acaba de divulgar mais uma pesquisa de intenção de voto para as eleições presidenciais. Dilma e Marina cresceram em relação à pesquisa anterior, do dia 27 de agosto. Dilma passou de 34,2% para 38,1%. E Marina de 28,2% para 33,5%. O tucano Aécio Neves, o processador de tuiteiros, continua na operação nanicão. Foi de 16% das intenções de voto para 14,7%.
A pesquisa também simulou o segundo turno e a diferença entre Dilma e Marina caiu muito das outras pesquisas recentes que apontavam até 10 pontos de diferença e essa da CNT. Marina teria 45,5% e Dilma 42,7%. A margem de erro da pesquisa é de 2,2 pontos percentuais. Ou seja, elas estariam em empate técnico.
A pequisa do CNT/MDA parece indicar um lento movimento de recuperação de Dilma, a estagnação de Marina e a continuidade da queda de Marina. No último Datafolha, por exemplo, Dilma aparecia com 35% e Marina 34%. No último Ibope, Dilma teve 37% e Marina 33%.
Em pesquisas regionais realizadas por campanhas de candidaturas a governos esse movimento já foi identificado em trackings há alguns dias. Marina perdeu terreno, por exemplo, no Rio Grande do Sul, no Rio de Janeiro, em estados do Norte e do Centro Oeste. Em São Paulo, ela começa a dar sinais de que pode perder alguns pontos nos próximos levantamentos.
Na sua campanha, a estratégia atual é a de tentar mantê-la na casa dos 30% e buscar com isso garantir-se no segundo turno. Onde imagina-se que ela contaria com o apoio total do PSDB e que conseguiria derrotar Dilma por conta de sua alta rejeição.
Para Marina, entre outras coisas, passa a interessar a partir de agora a vitória no primeiro turno de Geraldo Alckmin, em São Paulo. Sua campanha avalia que com Aécio fora do segundo turno e com Alckmin eleito seria tranquila uma aliança entre ambos para abrir uma vantagem considerável em São Paulo na disputa final. (Da Forum) -
Lideres comunitários declaram apoio a Tarso Genro
Depois de um manifesto assinado por 700 intelectuais, Tarso Genro, candidato á reeleição, recebeu o apoio em plenária com movimentos comunitários na noite desta segunda-feira (08). Mais de 300 representantes de comunidades estavam presentes. Olívio Dutra, candidato ao senado estava junto. .
“Olho os rostos aqui na minha frente e vejo companheiros de 30 anos atrás que construíram o movimento comunitário mais ousado, capaz de instituir o Orçamento Participativo, a partir do governo do companheiro Olívio. Uma grande transformação que as classes dominantes da cidade não têm mais como derrocar”, comemorou o governador.
Em um ambiente democrático, vários líderes usaram a palavra se dirigindo aos candidatos da Unidade Popular. Avanços no SUS, cotas nas universidades federais, Orçamento Participativo e outros programas sociais foram citados por quem usou a palavra.
Tarso falou logo depois, lembrando a criação do Orçamento Participativo que, para ele, “não é propriedade de um partido ou de um governo, é um exemplo para o mundo que é de todos os cidadãos e cidadãs que construíram juntos esse processo”.
(Informações da Assessoria de Imprensa) -
Carlos Nabinger fala sobre campos nativos no Pampa
“Conservação do Bioma Pampa a partir do manejo correto das pastagens naturais” é o tema da palestra com o professor Carlos Nabinger (UFRGS), que acontece na terça-feira, 9, promovida pela Fundação Gaia em parceria com a Livraria Cultura de Porto Alegre . O evento inicia às 20h no auditório da livraria, com entrada franca.
A atividade integra o Ciclo de Palestras Ecologia na Cultura, cuja temática norteadora de 2014 é “Construir o Futuro com Visão”. Trazendo assuntos relacionados às questões ambientais, no final da apresentação será proposto ao palestrante um questionamento: qual visão permite um avanço sustentável e mais acertado em direção ao futuro comum na Terra?
Com periodicidade mensal, os encontros realizam-se sempre na segunda terça-feira de cada mês. Interessados podem obter certificado de participação nas palestras, tanto para cada evento como para todas nas quais participarem. Para isso basta escrever para reservas@fgaia.org.br e solicitar maiores informações. (Cláudia Dreier) -
Candidatos na Expointer: Aécio quis carne gorda, Marina só água quente
Atacando uma costela no almoço na Expointer, a presidente Dilma confessou que só come carne do Rio Grande do Sul. Recebe regularmente um estoque.
Já o candidato Aécio Neves preferiu uma picanha bem gorda e aos presentes que se espantaram explicou: “É que carne assim eu só como aqui”.
Quanto à Marina Silva, que ficou uma hora e meia reunida a com os representantes da Farsul, pediu apenas uma jarra com água – quente. Foi o vice Beto Albuquerque que avisou aos anfitriões na Expointer da exigência da candidata. “E o pior é que não era pra chimarrão, era pra tomar pura, bem quente”. comentou um dos presentes.
Esses detalhes foram contados na reunião com a imprensa, na tarde do domingo, quando a Farsul apresentou um balanço preliminar da 37a. Expointer, que encerrou à noite. Os candidatos estiveram na Feira na quinta (Marina) e na sexta-feira (Dilma e Aécio).
E.B.
