Bolsonaro diz que "muita coisa" do governo Temer será mantida

Após a reunião que formalizou o governo de transição, o presidente eleito, Jair Bolsonaro, disse hoje (7) que “muita coisa” da gestão Michel Temer vai ser mantida, sem citar detalhes.
Ele afirmou que “não se pode furtar” do conhecimento de quem passou pela Presidência da República. Bolsonaro agradeceu o encontro e disse que conta com a experiência de Temer para ajudá-lo.
“Se preciso for voltaremos a pedir que ele nos atenda. Porque tem muita coisa que continuará. O Brasil não pode se furtar do conhecimento daqueles que passaram pela presidência”, disse Bolsonaro, que concedeu entrevista ao lado de Temer, no Palácio do Planalto.
Foi o primeiro encontro entre o presidente eleito e o atual, desde a vitória de Bolsonaro, no último dia 28. Da mesma forma, é a primeira vez que ele vem a Brasília desde a eleição. No encontro, Temer entregou simbolicamente a chave do gabinete de transição, que funcionará no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB).

Unidade

Após as declarações de Bolsonaro, Temer ressaltou que está à disposição do presidente eleito para o que ele e sua equipe necessitarem. O presidente da República afirmou que o momento é de unidade. “Vamos todos juntos”.
O presidente afirmou ainda que, se houver projetos de interesse do governo eleito em tramitação no Congresso Nacional, podem ser especificados para que ele e sua equipe tentem, assim, negociar sua prioridade nas votações.
Temer convidou Bolsonaro para que o acompanhe em viagens ao exterior, como a próxima Cúpula do G20 (grupo que reúne as 20 maiores economias do mundo) será em Buenos Aires, na Argentina, de 30 de novembro a 1º de janeiro, e contará com a presença do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Presente

Durante a reunião, Temer deu um livro de presente para Bolsonaro. Nele, há uma compilação dos projetos realizados do seu governo, em seis eixos: Social e Cidadania, Econômico, Infraestrutura, Brasil e o Mundo, Segurança e Defesa Nacional e Ações Regionais. A publicação começa com a frase “O Brasil é hoje um país completamente diferente de dois anos e seis meses atrás”.
Segundo Temer, durante a reunião no Planalto, foi transmitido a Bolsonaro um balanço das ações do governo nos últimos dois anos e meio e o que está programado. O presidente destacou que o programa vai ser “apreciado” pelo sucessor para analisar se deve ser mantido.
Em sua agenda na capital federal, Bolsonaro também conheceu as instalações do CCBB. A visita ocorreu na manhã de hoje. Ele chegou de carro ao local e um helicóptero militar acompanhou o comboio no trajeto.

(Com Agencia Brasil)

Reduzir maioridade penal é retrocesso, diz Margarette Macaulay no STF

A presidente da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), Margarette Macaulay, avaliou que será “um retrocesso se o Brasil reduzir a maioridade penal para abaixo dos 18 anos”.
Em visita ao Supremo Tribunal Federal (STF), Margarette Macauley ressaltou que pelas normas vigentes no direito internacional qualquer pessoa abaixo dos 18 anos não pode ser considerada um adulto. “Crianças não devem se encarceradas, a não ser em circunstâncias extremas”, afirmou.
Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA visita o Brasil até o dia 12 de novembro, a convite do governo brasileiro.
Questionada sobre se a redução da maioridade penal poderia ser considerada um retrocesso em termos de direitos humanos, ela respondeu que “definitivamente”. Margarette destacou ainda que o Brasil assinou a Convenção Internacional dos Direitos da Criança, que prevê que a infância vai até os 18 anos.
Ela lembrou, porém, que o órgão apenas comenta assuntos que tenham potencial de afetar a boa aplicação dos Direitos Humanos nas Américas e não interfere diretamente em questões políticas internas dos países.
A redução da maioridade penal consta no plano de governo do presidente eleito Jair Bolsonaro, que confirmou nesta segunda-feira (5), em entrevista à TV Band, que pretende levar adiante a proposta.
Prisões
Margarette Macauley lidera uma comitiva da CIDH que faz uma inspeção no Brasil até a próxima semana.
Um relatório preliminar sobre a visita deve ser divulgado em 12 de novembro. Serão examinados diversos pontos relativos aos direitos humanos, entre eles a situação das prisões brasileiras.
“A comissão, no geral, não está muito feliz com a situação carcerária do Brasil, está bastante insatisfeita”, afirmou a presidente da CIDH.
Ela lembrou que o Brasil ficou mal avaliado no último relatório anual da CIDH e que que por esse motivo a comissão resolver realizar uma inspeção no terreno, para avaliar uma possível melhora nos indicadores avaliados pelo órgão. “Parece que pode melhorar”, avaliou ela.
Audiências de custódia
Segundo o presidente do STF, ministro Dias Toffoli, a presidente da CIDH fez perguntas específicas sobre três assuntos: o acesso à Justiça no Brasil, a implementação das audiências de custódia e a aplicação do habeas corpus coletivo concedido pela Corte às mulheres grávidas e mães de filhos até 12 anos.
Ele disse que fornecerá à comitiva todos os dados disponíveis sobre esses assuntos que estão disponíveis no Conselho Nacional de Justiça (CNJ). “No que diz respeito às audiências de custódia, já foram dezenas de milhares de pessoas soltas imediatamente por não terem cometido crime ou por não serem delitos passíveis de encarceramento”, destacou Toffoli.
Criada em 2015 pelo CNJ, a audiência de custódia prevê que qualquer preso em flagrante deva ser ouvido por um juiz em até 24 horas do encarceramento, ocasião na qual será examinada a necessidade real de detenção.
(Com Agência Brasil)

Onyx Lorenzoni, nomeado ministro extraordinário, vai coordenar a transição

O Diário Oficial da União desta segunda-feira (5)publica a nomeação do deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS)  como ministro extraordinário do governo de transição do presidente eleito Jair Bolsonaro. A nomeação foi assinada pelo presidente Michel Temer e o ministro Eliseu Padilha a pedido do presidente eleito.

Nomeação de Onyx Lorenzoni publicada no Diário Oficial — Foto: Reprodução/Diário Oficial da UniãoNomeação de Onyx Lorenzoni publicada no Diário Oficial — Foto: Reprodução/Diário Oficial da União

Um dos principais articuladores da candidatura de Bolsonaro e um dos coordenadores da campanha, Onyx Lorenzoni já foi anunciado pelo presidente eleito como futuro chefe da Casa Civil.

Desde que Bolsonaro venceu a eleição presidencial no último domingo (28), Onyx passou a comandar o processo de transição do novo governo. Na última semana, ele se reuniu quase diariamente com o presidente eleito no Rio de Janeiro, onde Bolsonaro reside com a família. Ele se licenciará do mandato de deputado a partir do ano que vem para assumir o comando da Casa Civil.

O futuro presidente poderá indicar até 50 pessoas para cargos temporários na equipe de transição, que funcionará no Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB), próximo ao Palácio do Planalto e à Esplanada dos Ministérios.

De acordo com relatos de assessores próximos a Bolsonaro, sua equipe pretende trabalhar em três etapas: a primeira para análise da situação, em seguida avaliação sobre como reduzir gastos e pessoal e a última, definição de metas e dados.
Além de Onyx,  foram confirmados os nomes do juiz Sergio Moro para a Justiça, do general da reserva Augusto Heleno para a Defesa, do economista Paulo Guedes para o superministério da Economia e do astronauta Marcos Pontes para a Ciência e Tecnologia.
Conhecido pela contundência de suas opiniões contrárias aos governos do PT, o deputado federal Onyx Dornelles Lorenzoni (DEM-RS), ocupará a partir de janeiro, a chefia da Casa Civil, no Palácio do Planalto, no fundo do quarto andar, bem acima do gabinete da Presidência, que ocupa todo o terceiro andar.
A pasta é responsável por acompanhar, de forma integrada, as principais políticas públicas dos demais ministérios, coordenar os balanços de ações governamentais, publicar nomeações e exonerações, além de auxiliar na tomada de decisões do Chefe do Executivo.
Nascido no dia 3 de outubro de 1954, Onyx Lorenzoni tem 64 anos e construiu carreira política ao longo de vários mandatos parlamentares. Deputado federal desde 2003, ele está finalizando o quarto mandato na Câmara. Nestas eleições, foi reeleito com mais de 180 mil votos, sendo o segundo deputado mais votado do Rio Grande do Sul.

História

Entre 1995 e 2003, ele foi deputado estadual durante duas legislaturas. Formado em Veterinária e nascido em Porto Alegre, Onyx iniciou a sua atuação política como presidente do Sindicato dos Médicos Veterinários do estado, na década de 1980. Antes da vida pública, ele trabalhou no Hospital Veterinário Lorenzoni, empresa de que é sócio.
O parlamentar gaúcho está há 21 anos no DEM, que até o ano de 2007 se chamava Partido da Frente Liberal (PFL). Antes, era filiado ao PL. Onyx é defensor da flexibilização do Estatuto do Desarmamento e de outras posições do campo liberal e conservador, como redução da maioridade penal, contra as cotas raciais e a favor de projetos ligados à pauta ruralista.
Onyx faz parte da Frente Parlamentar da Segurança Pública, conhecida como Bancada da Bala, que conta com dezenas de deputados. O grupo é coordenado pelo deputado Alberto Fraga (DEM-DF), que também é cotado para assumir algum cargo no governo Bolsonaro. Crítico ao Estatuto do Desarmamento, costuma argumentar que a posse e o uso de armas de forma legalizada não está relacionada ao aumento ou redução da criminalidade no país.
Em 2014, quando a doação empresarial a campanhas eleitorais ainda era permitida, o deputado recebeu R$ 100 mil de duas das maiores empresas de armas e munições do Brasil:  a Companhia Brasileira de Cartuchos (CBC) e a Forjas Taurus S.A. Quatro anos antes, a Taurus repassou R$ 150 mil para a campanha de Onyx, mesmo valor doado pela Associação Nacional da Indústria de Armas e Munições.

O deputado Efraim Filho (DEM/PB), que foi líder do Democratas na Câmara em 2017 e 2018, dez anos após ter sido liderado por Onyx, ainda no PFL, elogia a firmeza com que ele defende as posições em que acredita. Ele afirma que o parlamentar aliado de Bolsonaro teve a capacidade de se antecipar nos últimos anos a movimentos que posteriormente ganharam força a nível nacional, como as críticas ao petismo, a defesa do impeachment e o sentimento de “renovação da política” que vinha da sociedade.
Caixa 2
Em maio do ano passado, quando vieram à tona as delações de executivos do Grupo JBS em que Onyx foi citado como tendo recebido dinheiro dos executivos, ele confessou o uso do dinheiro. Na época, deu entrevistas e gravou um vídeo reconhecendo que recebeu R$ 100 mil durante a campanha eleitoral de 2014 de um empresário e não declarou o valor na sua prestação de contas, o que configura o crime de caixa 2. O parlamentar disse que entregaria uma declaração ao Ministério Público Federal (MPF) assumindo o erro e que pagaria por ele.

Coordenador de campanha

Desde que a candidatura de Jair Bolsonaro ganhou força, Onyx se tornou um aliado de primeira hora. Ainda durante a pré-candidatura à Presidência de Rodrigo Maia (DEM-RJ), atual presidente da Câmara, a avaliação do deputado gaúcho e de outros integrantes do DEM era de que o partido não deveria apoiar o candidato do PSDB, Geraldo Alckmin. O DEM acabou compondo a coligação do presidenciável tucano, mas a cúpula do Democratas soube que haveria integrantes da sigla trabalhando pela campanha do PSL.
Nas últimas semanas, o trabalho de Onyx junto à campanha se intensificou. Foi ele o responsável, na semana passada, por organizar encontros de Bolsonaro com diferentes grupos, dentre eles a bancada da bala e integrantes do agronegócio.
(Com informações da Agencia Brasil)

Direito à leitura foi tema de aula pública na Feira do Livro

 “O direito humanizador do acesso à leitura” foi o tema de uma aula pública na Feira do Livro de Porto Alegre, neste sábado. Foi às 10h deste sábado, no Teatro Carlos Urbim.
Promoção do coletivo “Redes de Leitura – Bibliotecas Comunitárias de Porto Alegre”, que comemora 10 anos em 2018, a iniciativa reuniu para o debate militantes da área da leitura do Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e São Paulo.
Participaram Mara Esteves (LiteraSampa – São Paulo/SP), Maria Chocolate (Tecendo uma Rede de Leitura – Duque de Caxias/RJ), Pri Macedo e Viviane Peixoto (Redes de Leitura – Porto Alegre/RS), e  mediação de Eduardo Peixoto (Redes de Leitura – Porto Alegre/RS).
O eixo central da conversa é a necessidade de políticas públicas que garantam o acesso à leitura e à escrita em âmbito municipal, estadual e nacional e o compartilhamento de vivências que visam a democratização do acesso através de ações e intervenções literárias, dentre elas as bibliotecas comunitárias.
Composto por sete bibliotecas comunitárias localizadas nas periferias de Porto Alegre, o Redes de Leitura é um coletivo que busca democratizar o acesso ao livro nas comunidades da Capital.
“Acreditamos que o direito humano do acesso à leitura nos dá voz e vez. O tema central da conversa é compartilhamento de vivências em bibliotecas comunitárias, colocando em evidência o papel humanizador da leitura e da literatura nas ações desenvolvidas nas comunidades periféricas”, destaca Camila Schoffen Tressino, bibliotecária do coletivo. “Também falaremos um pouco da importância da incidência das comunidades nas políticas públicas de leitura e como elas contribuem para a democratização do acesso ao livro”, completa. (Ana Cariolina Pinheiro).

DMLU testa contêiner para coleta seletiva em Porto Alegre

Cerca de 45 coletores serãocolocados num perímetro do Centro Histórico para coleta automatizada de recicláveis, a Seletiva no Contêiner.
A instalação dos conteiners começou manhã desta quinta-feira, 1º, com a presença do secretário municipal de Serviços Urbanos, Ramiro Rosário, que vistoriou os contêineres instalados próximo ao Largo Glênio Peres.
Os equipamentos serão na cor verde, diferente dos já existentes para resíduos orgânicos e rejeito, que são na cor cinza. Na área a ser atendida, os materiais seletivos poderão ser descartados a qualquer hora do dia, todos os dias da semana.
Este é um projeto-piloto que tem prazo de duração de um ano para teste e será feito pelo DMLU, por meio da empresa terceirizada RN Freitas, que já presta serviço ao departamento com a coleta automatizada.
O impacto financeiro da operação será de R$ 16 mil, que equivale a 2,27 % do contrato com a prestadora do serviço.
Os materiais feitos de plástico, vidro, papel seco e metal podem ser descartados no contêiner verde da Coleta Seletiva e poderão ser reaproveitados. Embalagens longa vida, arame, baldes, brinquedos, caixas em geral, canos e tubos metálicos e em PVC, cobre, copos descartáveis, garrafas pet, latas de alumínio, raio-x, isopor, plástico filme e bisnagas plásticas de alimentos são considerados resíduos recicláveis.
O objetivo do projeto Seletiva no Contêiner é recolher e levar estes resíduos para a reciclagem nas Unidades de Triagem (Uts) e gerar renda aos trabalhadores.
Também busca manter mais limpa a área ao redor dos coletores, assim como vias e calçadas, evitando que resíduos recicláveis fiquem dispostos nas ruas à espera da coleta.
“Precisamos destacar que este projeto-piloto é uma solicitação da comunidade e será um teste. Não queremos prejudicar o sistema de coletas, mas aprimorá-lo. É muito importante que a população separe corretamente os recicláveis dos orgânicos e rejeito, e contamos com o auxílio dos moradores e da imprensa para divulgar, fiscalizar e melhorar o serviço”, ressalta o secretário Ramiro Rosário.
“Estamos atuando com equipes pela manhã e à tarde, todos os dias, informando sobre o novo sistema de coleta e buscando conscientizar da importância da separação correta dos resíduos e limpeza dos espaços por meio de uma conversa direta com as empresas, condomínios, transeuntes e moradores de rua”, afirma a coordenadora de Gestão e Educação Ambiental do DMLU, Patrícia Russo.
Nas próximas três semanas, o grupo da educação ambiental estará nas ruas do Centro Histórico esclarecendo as dúvidas da população e realizando um levantamento dos grandes geradores de resíduos para uma futura capacitação.
Para Pedro Machado dos Santos, que há 32 anos trabalha com a catação de resíduos, o projeto é uma boa alternativa também para ajudar na limpeza da cidade. “Quando eu vejo os outros catadores espalhando todo o lixo no chão em volta dos contêineres, mando eles juntarem e recolherem”, fala Pedro.
Além dos benefícios ambientais, há vantagens econômicas e sociais na reciclagem. A Coleta Seletiva gera renda para cerca de 600 trabalhadores que atuam nas 17 UTs.
No entanto, todos os dias, cerca de 23% dos resíduos de toda a cidade, o que equivale em torno de 260 toneladas com potencial reciclável são descartadas incorretamente na coleta domiciliar e enviadas para o aterro sanitário, o que custa aproximadamente R$ 9,3 milhões ao ano aos cofres públicos.
São depositados, equivocadamente, nos contêineres, todos os dias, mais de 52 toneladas de materiais que deveriam ser destinados aos trabalhadores das UTs.
Destas, somente na área onde serão colocados os contêineres da coleta seletiva automatizada, aproximadamente 2,2 toneladas são enviadas diariamente para o aterro de forma irregular.
Somente no período de um ano, de outubro de 2017 à outubro de 2018, já foram emitidos 211 autos de infração referentes à resíduos recicláveis descartados incorretamente nos contêineres da automatizada de orgânicos e rejeito.
A penalidade é de 720 UFMs, o que equivale a um valor de R$ 2,89 mil por multa. Já a multa por colocar resíduo orgânico ou rejeito no contêiner de reciclável é de 180 UFMs, ou R$ 722,61.
O perímetro onde serão colocados os contêineres da Seletiva no Contêiner fica localizado entre as ruas Caldas Júnior, Riachuelo, Dr. Flores e avenida Mauá, no Centro Histórico.
Serão instalados 45 equipamentos e cinco unidades ficarão à disposição para reposição por possíveis danos ou até mesmo vandalismo.
As vias com previsão de receber equipamentos são as avenidas Borges de Medeiros, Sete de Setembro, Júlio de Castilhos, Salgado Filho, Siqueira Campos, Voluntários da Pátria e as ruas Dr. Flores, Travessa Leonardo Truda, Andrade Neves, Caldas Júnior, Capitão Montanha, Praça Conde de Porto Alegre, Gen. Câmara, Gen. Vitorino, Marechal Floriano Peixoto, Praça Pereira Parobé, Praça XV de Novembro, Praça Rui Barbosa, Riachuelo e Vigário José Ignácio. Clique aqui e veja o mapa do perímetro.
Histórico da Coleta Seletiva – Em 1990 foi criado um projeto-piloto de coleta seletiva no bairro Bom Fim; em 1991 foi criada a primeira Unidade de Triagem (UT); em 1996, a coleta seletiva passa a atender 100% dos bairros; em 2009 a coleta é ampliada para duas vezes por semana; em 2015 passa a atender em 100% das ruas; e, em 2018, começa o projeto-piloto da coleta seletiva automatizada, a Seletiva no Contêiner.
(Com informações da Assessoria de Imprensa)

Bolsonaro no Jornal Nacional: a ameaça se estende a toda imprensa

As declarações do presidente eleito, no Jornal Nacional,  de cortar verbas publicitárias dos veículos de imprensa que propagarem mentiras tinham um alvo direto e explícito: a Folha de São Paulo.
Mas a ameaça se estende a toda a imprensa e contém também um recado à Globo, que tradicionalmente abocanha a maior parte das verbas da propaganda oficial.
Na sua primeira entrevista, dada mais cedo,  à TV Record, Bolsonaro foi comedido. Afirmou que não vai atuar para impor limites à liberdade de expressão, deixando a tarefa aos cidadãos.
— Quem vai impor limite é o leitor. Tem certos órgãos de imprensa que caíram em descrédito por ocasião das eleições. Estão perdendo assinantes ou telespectadores. Quem vai limitar isso vai ser o cidadão na ponta da linha — disse Bolsonaro, sem citar nomes.
No Jornal Nacional, ele avançou: citou a Folha de S.Paulo e afirmou que veículos que mentirem não terão propaganda oficial do governo.
“Sou totalmente favorável à liberdade de imprensa, mas temos a questão da propaganda oficial do governo, que é uma outra coisa”, disse Bolsonaro no JN.
“Não quero que ela (Folha) acabe, mas, no que depender de mim, da propaganda oficial do governo, imprensa que se comportar mentindo descaradamente, não terá apoio do governo federal”, acrescentou.
Bolsonaro citou especificamente como mentira a reportagem da Folha que revelou que empresários apoiadores de sua candidatura teriam pago R$ 12 milhões pelo envio em massa de mensagens forjadas contra a campanha de Fernando Haddad.
Há uma investigação em andamento apurando esta denúncia.
Normalmente, o corte de verbas publicitárias do governo, além das  campanhas do executivo, inclui também a propaganda de estatais, como a Caixa Federal, o Banco do Brasil que estão entre os maiores anunciantes do país.
Bolsonaro tem mirado a Globo, com quem ele teve atrito durante a campanha e a quem preteriu em sua primeira entrevista, dada à Record, do bispo Edir Macedo que o apoiou ostensivamente.
A Globo sempre ficou com a maior fatia das verbas da publicidade oficial e já foi muito beneficiada por essa forma de censura econômica que atingiu concorrentes seus durante os governos militares.
 
 

Novo presidente deve passar por cirurgia no início de dezembro

O deputado Onyx Lorenzoni, um dos principais cabos eleitorais do presidente eleito e provável chefe da casa civil no novo governo, disse em entrevista nesta segunda-feira, 8, a cirurgia corretiva pela qual Bolsonaro precisa passar será realizada na segunda semana de dezembro.
A cirurgia é complexa e extensa, embora seja um procedimento dominado pelos médicos, vai permitir a retirada da bolsa externa que Bolsonaro porta desde que foi ferido com uma facada no abdomen no dia 6 de setembro, durante a campanha eleitoral.
 

Feira do Livro: "Uma feira menor com uma programação excelente", define Sônia Zanchetta

Entrevista: Sonia Zanchetta
Há uma semana da abertura da feira, Sônia Zanchetta está atrás de uma mesa no canto de uma sala que tem cadeiras empilhadas, pacotes e ventiladores pelo chão. “Não repara, isso aqui vai ficar arrumadinho”,  diz ela.
Há 22 anos é assim.  No início de outubro ela acampa no térreo do vetusto prédio do Memorial  para dar os últimos retoques a um trabalho que é preparado o ano inteiro e que ali, na Praça da Alfândega, no coração histórico de Porto Alegre,  encontra o seu sentido maior.
É quando editores, autores e leitores se encontram naquela que ainda é a mais antiga feira do livro do Brasil.
A feira acontece desde 1955. Desde 1996 Sonia Zanchetta coordena a área de literatura infantil e juvenil da Câmara Riograndense do Livro que, na feira, colhe os frutos do trabalho que promove junto a  mais de 300 escolas, para formar leitores e mentes pensantes.
Ela falou ao JÁ:
Que feira é essa, aos 64 anos?
– A feira já foi enorme, chegou a invadir o cais do porto.  De 2005 a 2012 ocupou três armazéns junto ao Guaíba.  Aí veio a crise, teve que reduzir a área física. Nos tiraram do cais e atravessamos a rua e estamos de volta à praça simplesmente. É uma feira menor, mas com uma programação excelente, posso afirmar.
De onde vem o otimismo?
-Da parceria excelente que temos com os autores e com as editoras. Por incrível que pareça também colaborou para isso aquela história do boleto que a prefeitura mandou cobrando 180 mil da feira pelo aluguel da praça. As pessoas começaram a nos ligar: “Temos que ajudar a feira…” houve uma mobilização. Já vínhamos contando com as editoras.
Quem vêm este ano?
Ainda não tenho a lista completa…Olha aqui,  a Book está trazendo um ilustrador da Austrália. Alguns autores já confirmaram.  Ziraldo acabou de sair do hospital mas garantiu que vem. Todas as editoras nos deram passagens, temos autores que compraram as passagens  com milhas acumuladas. Um autor, o Otávio Junior, que é conhecido como Alemão, das bibliotecas comunitárias no complexo do Alemão, disse: “Não te preocupa em pedir para a editora”, eu vou.
Os autores fazem questão de vir à feira
– Com certeza, eles adoram. Eles chegam aqui encontram alunos que estão há três meses trabalhando com as obras deles nas escolas.
Esse é o programa de leitura
Sim, desde agosto estamos agendando alunos de vários municípios para virem à feira. No ano passado tivemos alunos de Santa Catatrina. As escolas particulares vêm com ônibus próprios… Os alunos de Viamão, Alvorada, Cachoeirinha, Gravatai, Canoas, Esteio tem passe livre no Trensurb…
É um convênio
O trensurb transporta alunos dos cinco municípios e da Zona Norte de Porto Alegre. Temos essa parceria com a Trensurb há anos. Temos também ônibus  contratados através de um patrocinador. A gente loca e eles vão buscar.
Quantos alunos mais ou menos?
No ano passado foram 330 turmas e foi um ano difícil porque a feira coincidiu com a greve das escolas municipais, eles vem com ônibus disponibilizado pela Secretria Municipal de Educação. Mais de 30 alunos cada turma.
Tudo agendadinho?
-Eles se inscrevem lá em agosto para conseguir o ônibus. O professor tem que apresentar um projeto com os livros e os autores. É um trabalho permanente, coordenado pela professora Paula Cecatto, que é fabulosa.
Esse é o núcleo de formação…
Nucleo de Formação de Mediadores da Leitura nome pomposo que adotamos para chamar atenção. Temos uma biblioteca de sete mil volumes, a nata da literatura infantil. Muita coisa nós ganhamos, mas o  que é realmente bom a gente compra. É um modo de qualificar. Como não posso qualificar a oferta, qualifico a compra. Temos também um curso de extensão com a UFRGS, de quatro meses e vem gente de todo o Estado, professores de municípios que já tem ou querem criar programas de leitura escolas.
Essa biblioteca é montada na feira?
Aqui no térreo do Memorial. A biblioteca que fica à disposição do público. Motivamos os professores, diretores e bibiliotecários a que venham complementar. Tem uma sala para os autores…Os autores não vão conhecer Gramado, ficam por aqui em contato com os leitores.
Quantos este ano?
Tenho 70 autores,  mais de 45 são de fora. Este ano vamos ter a “Cordelteca”, que é uma mini-biblioteca da literatura de cordel. Antes da literatura de cordel ganhar o título de patrimonio imaterial, já tinhamos convidado o pessoal que a gente tem relações lá na Paraíba. Este ano é uma data importante para eles: são 100 anos de morte do Leando, o pioneiro do cordel. Então, vêm quatro pessoas da Paraíba e dois de Pernambuco. Vamos ter aqui uma exposição, três dias de atividades só sobre cordel, todo o dia a partir das seis e meia da tarde atividades.
E o programa “Adote um Escritor”?
O programa existe há 17 anos, com a Secretaria Municipal de Educação. Este ano a gente rompeu com a SMED. Não é só o problema de corte de recursos, no ano passado já cortaram…é a dificuldade de acertar as coisas com eles. Então eles ficaram com o programa  e nos retiramos.
A Câmara está fora?
A Câmara não participa mais do programa “Adote um Escritor”. Mas temos um programa com a secretaria estadual que leva a leitura a 60 escolas da Região Metropolitana, tem também um projeto que é “A Feira vai à Fase”, 2002, nas sete unidades da Fase, que abriga menores infratores. Em Cachoeirinha as 33 escolas recebem apoio. As escolas vem para a feira trazem os alunos mas também vem mostrar o que fizeram. O colégio Rosário, por exemplo, é a sexta ou sétima vez que vêm. Já fizeram serão de autógrafo com 1.200 pessoas.
Vai ter esse ano a “Bebeteca”
Sim, para os pequeninhos nos temos o QG dos Pitocos que este ano vai estar na frente do Memorial, com teatros de bonecos para crianças de até seis anos. Na biblioteca a gente tem uma casinha lá  que é a Bebeteca com acervo de 300 livros, para as mães com seus bebês.
 

Ministra Rosa Weber reconhece fracasso no combate às fake news na eleição

Em entrevista em andamento, a presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministra Rosa Weber, reconheceu que as autoridades ainda não dispõem de condições de conter    a onda de fake news que assola as eleições brasileiras.
“Gostaríamos de ter uma solução pronta e eficaz, de fato, não temos. Se tiverem a solução, por favor, nos apresentem. Ainda não descobrimos o milagre”, disse a ministra.
Explicou que a questão de disseminação de notícias falsas pelas redes sociais é um problema que preocupa autoridades do mundo inteiro. “Estamos enfrentando um fenômeno mundial”, disse a ministra.
Mas garantiu que ainda não há indício de que tenha havido interferência do fenômeno no pleito em andamento.
“Entendemos que não houve falha alguma da Justiça Eleitoral no que tange a isso que se chama fake news”, afirmou.
Uma das principais dificuldades para combater as fakes, segundo a ministra, é o perigo de incorrer em censura, ferindo o direito de expressão.
A entrevista coletiva foi motivada pela denúncia do uso de disparos em massa de fake news pela internet por empresários apoiadores de Jair Bolsonaro.
Participam o ministro da Segurança, Raul Jungmann, o assessor especial da Presidência e presidente da Abin, general Sérgio Etchegoyen e o diretor da Polícia Federal.
Jungmann disse que não há como alguém produzir uma ação de fake-news e disseminá-la pelas redes sociais e não ser identificado,
A ministra disse que há 8 ações de investigação eleitoral em andamento e que não há como prever um desfecho, que seguirão os trâmites processuais normais.
A ação da chapa Haddad-Manuela com base na reportagem da Folha de São Paulo, sobre empresários que estariam comprando pacotes para ataques em massa de fake news para favorecer Bolsonaro na reta final da eleição é uma delas.
 

TSE se pronuncia sobre denúncia de propaganda ilegal a favor de Bolsonaro

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) marcou para hoje (21) à tarde uma entrevista à imprensa em que devem ser anunciadas medidas de combate à disseminação de notícias falsas (fake news) nas redes sociais.
A entrevista ocorre no momento de acirramento de acusações entre as campanhas de Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT).
Além da presidente do TSE, ministra Rosa Weber, deverão participar da entrevista os ministros Raul Jungmann, da Segurança Pública, e Sérgio Etchegoyen, do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, a advogada-geral da União, Grace Mendonça, e o diretor-geral da Polícia Federal, Rogério Galloro.
O TSE está investigando as denúncias sobre a existência de empresários que financiariam um esquema criminoso para a propagação de fake news anti-PT via WhatsApp.
A Polícia Federal e a Procuradoria-Geral Eleitoral também estão nas apurações.
A semana que passou foi tensa, pois Haddad acusou Bolsonaro de estar por trás do esquema. Os adversários trocaram acusações. Bolsonaro negou envolvimento.
Pelo Twitter, o candidato do PSL afirmou que não tem controle sobre apoios voluntários e que o PT não está sendo prejudicado por fake news, e sim pela “verdade”.
Partidos políticos, que apoiam ambos os candidatos, recorreram à Justiça Eleitoral em busca de providências. O PT pediu ao TSE para declarar Bolsonaro inelegível por 8 anos com base nas denúncias publicadas na imprensa.
(Com informações da Agência Brasil)