“Um jornal de opinião e cultura”
Assim se apresentou o jornal JÁ, quando foi lançado em edição impressa, tablóide, de 32 páginas, em agosto de 1985.
Pretendia circular uma vez por mês para publicar o que a imprensa local não publicava. Porto Alegre, que já tivera sete jornais diários estava submetida a um virtual monopólio.
A trajetória foi tumultuada e já rendeu um livro*, mas rendeu frutos.
Em 1988 ampliou para uma experiência comunitária com o jornal JÁ Bom Fim no tradicional bairro judeu de Porto Alegre.
Em cinco anos, eram quatro jornais: JÁ Bom Fim, JÁ Moinhos, JÁ Cidade Baixa e JÁ Petrópolis.
Em 1997 começaram os projetos culturais com as leis de incentivo: História Ilustrada de Porto Alegre, no formato de fascículos colecionáveis, pioneirismo no Sul.
No ano seguinte, História Ilustrada do Rio Grande do Sul, também em fascículos encartados no jornal Zero Hora, sucesso de vendas.
“A Espada de Floriano”, de 2000, é o primeiro livro. Já são mais de 40 títulos: jornalismo, história, literatura.
Em 2004 o JÁ tornou-se o primeiro jornal do Sul do Brasil a ganhar o Prêmio Esso de Reportagem, na categoria nacional, com a reportagem “A Tragédia de Felipe Klein“, de autoria de Renan Antunes de Oliveira, falecido em 2020.
Em 2015, por ocasião de seus 30 anos, o projeto JÁ ganhou o troféu de Antônio Gonzalez, da Associação Riograndense de Imprensa, por sua de “Contribuição à Imprensa”.
Em 2016 publicou em seu portal o “Dossiê Cais Mauá“, a primeira série de reportagens produzidas mediante financiamento coletivo. Duzentos leitores bancaram os custos da investigação para as reportagens sobre a privatização do porto de Porto Alegre.
Em 2020, a edição impressa foi suspensa, circulando apenas em edições especiais temáticas, de circulação dirigida.
*“Uma reportagens, duas sentenças”, Elmar Bones, Já Editora, 2012.