Banco presidido por Dilma vai financiar rede de hospitais inteligentes no Brasil

Uma rede de hospitais inteligentes será o primeiro grande projeto financiado pelo Banco do BRICS, no Brasil.

A informação foi confirmada pelo ministro Alexandre Padilha, da Saúde.

Serão dez unidades regionais, além de um hospital-modelo, vinculado à Universidade de São Paulo (USP), que servirá como centro de pesquisa e inovação em saúde pública.

Segundo Padilha, o plano já foi apresentado ao banco e deve ser aprovado até o fim de 2025, para que as obras comecem no próximo ano.

Os novos hospitais terão equipamentos conectados, monitoramento remoto de pacientes e uso de inteligência artificial para agilizar diagnósticos e melhorar a gestão médica e administrativa.

Padilha disse que o modelo foi inspirado em experiências de países como China e Índia, onde a tecnologia já é usada de forma integrada à saúde pública. “O objetivo é trazer esse conceito para o Brasil e fortalecer o SUS com inovação e eficiência”, afirmou.

O banco BRICS, oficialmente chamado Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), é uma instituição financeira multilateral criada em 2014 para financiar projetos de infraestrutura e desenvolvimento sustentável. É presidido pela ex-presidente Dilma Rousseff.

Com sede em Xangai, China, o banco se posiciona como  uma alternativa às instituições financeiras tradicionais, com o objetivo de impulsionar o crescimento econômico dos países membros e outras nações em desenvolvimento.
No Brasil, o projeto deve priorizar o Nordeste e a Amazônia, regiões que enfrentam mais carência de infraestrutura hospitalar. Cada unidade será ligada a universidades locais, permitindo o compartilhamento seguro de dados e pesquisas entre médicos e pesquisadores.

O BRICS é formado por 11 países-membros: África do Sul, Arábia Saudita, Brasil, China, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia, Índia, Irã e Rússia. Essas nações representam 39% da economia mundial e 48,5% da população do planeta.

O grupo busca mais cooperação entre si e tratamento mais equânime em organismos internacionais.