Terra de dinossauros, São João do Polêsine aposta no turismo

Ele viveu há 230 milhões de anos, mas só foi descoberto há cinco anos quando parte de seu esqueleto foi encontrada em São João do Polêsine, município de 2,7 mil habitantes na região central do Rio Grande do Sul.
É um dos mais antigo fósseis já descobertos e foi batizado Gnathovoraz cabreirai pelos os pesquisadores da Universidade Federal de Santa Maria e Universidade de São Paulo que o encontraram em 2014 e o apresentaram ao público na semana passada.
{'nm_midia_inter_thumb1':'http://www.jornaldocomercio.com/_midias/jpg/2019/11/11/206x137/1_dinos3-8898233.jpg', 'id_midia_tipo':'2', 'id_tetag_galer':'', 'id_midia':'5dc976fdc44ee', 'cd_midia':8898233, 'ds_midia_link': 'http://www.jornaldocomercio.com/_midias/jpg/2019/11/11/dinos3-8898233.jpg', 'ds_midia': 'Pesquisadores da UFSM descobrem fóssil de um dos mais antigos dinossauros predadores do mundo - nova espécie de dinossauro predador, o Gnathovorax cabreirai. Originário do período Triássico (com aproximadamente 230 milhões de anos), ele é um dos mais antigos já encontrados no mundo. Escavação mostra fóssil no bloco de rocha', 'ds_midia_credi': 'RODRIGO TEMP MÜLLER/UFSM/DIVULGAÇÃO/JC', 'ds_midia_titlo': 'Pesquisadores da UFSM descobrem fóssil de um dos mais antigos dinossauros predadores do mundo - nova espécie de dinossauro predador, o Gnathovorax cabreirai. Originário do período Triássico (com aproximadamente 230 milhões de anos), ele é um dos mais antigos já encontrados no mundo. Escavação mostra fóssil no bloco de rocha', 'cd_tetag': '1', 'cd_midia_w': '800', 'cd_midia_h': '541', 'align': 'Left'}
Esqueleto na rocha mostra a descoberta em escavações em 2014 no Centro do Estado. Foto: UFSM/Divulgação
Dentes pontiagudos, serrilhados, garras longas nos dedos das mãos, indicam que ele era carnívoro, diferente da maioria dos achados arqueológicos na região, de espécies herbivoras.
.
As características revelam o perfil de caçador, daí o nome Gnathovorax, que significa mandíbulas vorazes. Já cabreirai é uma referência ao paleontólogo Sérgio Furtado Cabreira, que coordenou os trabalhos da descoberta em 2014.
Ainda que fosse de estatura menor em comparação com predadores mais conhecidos da era Mesozoica (compreendida nos períodos Triássico, Jurássico e Cretáceo), como o Tiranossauro Rex, o Gnathovorax cabreirai era “seguramente, um dos maiores carnívoros do seu ambiente”, informam os pesquisadores.
A pesquisa foi conduzida pelo pós-graduando em Biodiversidade Animal da UFSM Cristian Pereira Pacheco, pelos paleontólogos Rodrigo Temp Müller, Leonardo Kerber, Flávio Pretto e Sérgio Dias da Silva, também da UFSM, e pelo paleontólogo da USP Max Cardoso Langer.
Marcio Castro, paleo artista fez a reconstituição do Gnathovorax que  pode ser vista no Centro de Apoio à Pesquisa Paleontológica da Quarta Colônia (Cappa/UFSM), em São João do Polêsine.
O Centro fica aberto de segunda-feira a sábado, das 9h às 12h e das 13h30min às 17h, com entrada gratuita.
A repercussão do achado entusiasmou a pequena comunidade de São João do Polêsine na região central do Estado, um dos 231 municípios gaúchos que têm menos de 5 mil habitantes.
Emancipado em 1992, o município tem 2,7 mil habitantes, mas em princípio está fora do alvo do governo federal que quer extinguir os pequenos municípios que  tem menos de 10% de receita própria. Polêsine, segundo a prefeitura, tem 17,4% de receita própria. E a tendência, segundo a prefeitura é crescer ainda mais.
A notoriedade por conta do Gnathovorax, que ganhou longa reportagem no Fantástico (10) anima as expectativas.
O município está no centro de uma região famosa no mundo científicos pela quantidade e variedade de achados arqueolóticos. Fósseis encontrados nessa região estão em museus na Alemanha e na Inglaterra,
Imigrantes Italianos
Protegido por um belo vale na tranquilidade do interior gaúcho, o município de São João do Polêsine  chamou-se inicialmente Terra de Manoel Py, depois mudado para homenagear Polêsine, a terra de origem no Vale do Pó, no norte da Itália de onde vieram os pioneiros e “agradecer ao Padroeiro São João Batista pela boa acolhida na terra nova”.
Situado na parte central do Vale do Jacuí, fica a 45 quilômetros de Santa Maria e integra a Quarta Colônia de Imigração Italiana do Estado.

A vocação para trabalhar a terra fica visível antes mesmo de chegar-se em São João do Polêsine, quando as plantações de arroz indicam ao visitante que a cidade está próxima. Essa relação com a natureza fez com que os seus recursos naturais se mantivessem muito bem preservados.
Programar-se para um passeio pelos vales e morros que cercam São João do Polêsine ou conhecer a reserva das Pedras Brancas, uma área de mata nativa, com trilhas ecológicas são opções das mais saudáveis.

 

Deixe uma resposta