Um morto, 23 feridos e estragos em 49 municípios: um balanço do ciclone no RS

A Defesa Civil do Estado do Rio Grande do Sul confirmou a morte de uma pessoa, após a queda de uma árvore sobre uma residência, na cidade de Rio Grande.

As informações mais detalhadas sobre a vítima não foram confirmadas porque a cidade enfrenta limitações de comunicação por causa da passagem do ciclone extratropical que se formou na região.

Segundo a meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) Jeane Lima, as últimas 24 horas que terminaram na manhã desta quinta-feira foram as mais críticas.

A passagem do ciclone causou vendavais com ventos que chegaram a atingir 146,9 quilômetros por hora, na cidade de Bom Jardim da Serra.

Outras cidades como Canguçu, Canela e Cambará do Sul, no Rio Grande do Sul, e Joaçaba e Chapecó, em Santa Catarina, também registraram vendavais.

Um volume aumentado de chuvas também foi registrado na região, com 115,4 mm (milímetros), em Bagé (RS), e 100,2 mm, em Canguçu.

Segundo o Inmet, o ciclone já se deslocou para o Oceano Atlântico e começa a perder força, mas o alerta vermelho foi mantido para a faixa leste do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Na faixa leste de São Paulo, há um alerta laranja para vendaval e, no litoral do Rio de Janeiro, o alerta laranja é para ventos costeiros.

Feridos
Até o momento, a Defesa Civil do Rio Grande do Sul contabiliza que as chuvas e vendavais causados pelo ciclone atingiram 49 municípios, deixando 23 feridos, todos fora de perigo.

Desses, 15 estão na cidade de Sede Nova, onde uma pessoa foi hospitalizada, e oito estão em Tapejara.

Em todo o estado do Rio Grande do Sul, há 234 pessoas desabrigadas e 236 desalojadas. Cinco municípios registraram pedidos para que seja decretada situação de emergência, que ainda não foram oficializados.

Serviço
A Defesa Civil do Rio Grande do Sul informa que, para receber alertas relacionados a potenciais fontes de risco, basta enviar um SMS com o número do CEP para o telefone 40199.

Matéria alterada as 14h33 para acréscimo de informações.

(Com Agência Brasil)

Chapecó será capital brasileira do mel neste fim de semana

Os três estados do sul respondem por cerca de 40% da produção de mel do Brasil. A região tem 66.554 apicultores e meliponicultores, sendo 12.491 no Paraná, 16.838 em SC e 37.225 no Rio Grande do Sul.

Parte representativa desse universo estará em Chapecó, nesta semana, para participar dos principais eventos técnicos e científicos da cadeia produtiva do mel programados para os dias 30 de junho, 1 e 2 de julho.

Espera-se 1.500 pessoas entre pesquisadores,produtores, universidades, instituições de pesquisa, entidades e autoridades do setor.

As atividades incluem 76 palestras que serão desenvolvidas no Campus da Unichapecó.

Para o dia 30 de junho (das 14 às 18 horas) está programado o Fórum de Integração entre pesquisas, políticas públicas, assistência técnica e extensão no setor de abelhas.

Nos dias 1º de julho (das 8 às 18 horas) e 2 de julho (das 8 às 12 horas) será cumprida a programação do 2º COSBRAPIM (Congresso Sul Brasileiro de Apicultura e Meliponicultura), o 2º Simpósio dos Produtos de Colmeia e o 35º ECAM (Encontro Catarinense de Apicultores e Meliponicultores).

A organização é da Federação das Associações de Apicultores e Meliponicultores de Santa Catarina (FAASC) com apoio do Sebrae/SC, Senar/SC, Epagri, UFRGS, Udesc, Unochapecó e Associação dos Apicultores de Chapecó. Entre os participantes estarão produtores e pesquisadores do Chile, Bahia e Mato Grosso do Sul, além de 300 do Paraná e do Rio Grande do Sul.

O coordenador geral, biólogo e presidente da FAASC Ivanir Cella expõe que Santa Catarina se destaca na esfera nacional. É o primeiro estado em produtividade, com 68 kg de mel por quilômetro quadrado, enquanto a média nacional é de apenas 4,8 kg. Dedicam-se à produção de mel e derivados 6.824 produtores rurais que cultivam 315.000 colmeias (50.000 dedicadas à polinização de frutíferas e as demais destinadas à produção de mel) e geram um volume que varia de 6.500 a 8.500 toneladas por ano.

O produto catarinense foi eleito e premiado internacionalmente como o melhor do mundo em cinco concursos sucessivos.

Essa condição resulta de fatores como clima, solo, manejo e principalmente, ausência total de resíduos químicos. Desde 2021 o mel barriga-verde tem selo de produto com indicação geográfica (IG) conferido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

O gerente de desenvolvimento regional do Sebrae/SC Paulo Rocha destaca a importância dos eventos como fator de integração e atualização tecnológica de toda a cadeia produtiva do mel e demais produtos derivados das abelhas.

O foco central do Fórum de Integração será o planejamento estratégico para melhorar a eficiência e a otimização de recursos das políticas públicas e das pesquisas, assistência técnica, extensão rural e consultorias na criação de abelhas no sul do Brasil e os planos estaduais de desenvolvimento do setor.

O 2º COSBRAPIM, o 2º Simpósio dos Produtos de Colmeia e o 35º ECAM abordarão um extenso e variado leque de temas, envolvendo perspectivas de mercado, mortalidade de abelhas, legislação & controle de qualidade, nutrição, sanidade, elaboração de produtos das abelhas, transporte de rainhas, multiplicação de colônias, bem-estar, melhoramento genético e integração de meliponicultura em sistemas agroflorestais, entre outros. Também estão na pauta os assuntos própolis, um aliado importante contra a covid-19, mercado de mel e custos de produção.

 

 

S E R V I Ç O

 

Evento I:

Fórum de Integração entre pesquisas, políticas públicas, assistência técnica e extensão no setor de abelhas.

Data: 30 de junho, quinta-feira.

Horário: das 14 às 18 horas.

Local: Campus da Unochapecó.

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Eventos II, III e IV:

2º COSBRAPIM (Congresso Sul Brasileiro de Apicultura e Meliponicultura).

2º Simpósio dos Produtos de Colmeia.

35º ECAM (Encontro Catarinense de Apicultores e Meliponicultores).

Datas: dias 01 e 02 de julho.

Horário: 1º de julho (das 8 às 18 horas) e 2 de julho (das 8 às 12 horas).

Local: Campus da Unochapecó.

 

Terceiro maior conglomerado industrial de carnes do Brasil comemora 50 anos

Formada por mais de 100 mil famílias espalhadas por cerca de 300 municípios brasileiros, os festejos do cinquentenário iniciam hoje, 12 de abril, e encerram em 23 de novembro.
A Coopercentral Aurora Alimentos é um conglomerado agroindustrial sediado em Chapecó (SC) que pertence a 11 cooperativas agropecuárias. Ela sustenta 28 mil empregos diretos e tem uma capacidade de abate de 20 mil suínos/dia, 1 milhão de aves/dia e um processamento de 1,5 milhão de litros de leite/dia. Com oito unidades industriais de suínos, sete unidades industriais de aves, seis fábricas de rações, 13 unidades de ativos biológicos (incluindo granjas, incubatórios e unidade de disseminação de gens), 16 unidades de vendas e a sede central.
Nessas operações estão 65,5 mil famílias rurais cooperadas que formam a base produtiva no campo e 10,2 mil colaboradores das 11 cooperativas agropecuárias que a constituem, totalizando 104.000 famílias.
“As perspectivas para 2019 são estimulantes em face da decisão da nova administração federal em manter uma política econômica ortodoxa e priorizar a aprovação de reformas estruturais, que podem promover o reequilíbrio fiscal, abrindo espaço para recuperação mais rápida da economia.”, opina o presidente da Coopercentral, Mário Lanznaster, reeleito em janeiro.
Dezoito fazem história
No dia 15 de abril de 1969, dezoito homens representando oito cooperativas do Oeste Catarinense assinaram uma ata com o objetivo comum: construir uma Cooperativa Central para industrializar e comercializar a produção de suínos dos associados.
Ao organizar a produção e obter uma oferta em escala, a Coopercentral criou as bases para a industrialização da produção gerada pelos associados das cooperativas filiadas. A determinação e o arrojo dos dirigentes cooperativistas – tendo à frente o pioneiro Aury Luiz Bodanese – permitiram construir uma estrutura agroindustrial capaz de absorver, transformar e conquistar mercado para essa produção.
Em uma época em que as políticas de desenvolvimento não chegavam ao campo e ao produtor rural era destinado o incipiente papel de fornecedor de matérias-primas baratas para a indústria de transformação de outras regiões, Aury Luiz Bodanese, no comando da Coopercentral e da CooperAlfa, projetou a instalação do parque agroindustrial das próprias cooperativas para processar carnes, grãos e leite.
Começava, assim, um movimento de autoindustrialização que marcou o cooperativismo brasileiro, agregando valor à produção e garantindo renda à família rural. Assegurando assistência técnica, extensão rural e benefícios à população – inclusive um inédito serviço de assistência médica no campo – muito antes do Poder Público estruturar e oferecer algo parecido.
A Aurora tem atuado também como difusora do conhecimento científico, assegurando o acesso do pequeno produtor aos avanços da pesquisa agropecuária. Graças ao cooperativismo, o campo incorporou novas tecnologias, diversificou as atividades, tecnificou a agricultura e outras explorações pecuárias, adquiriu mais máquinas e equipamentos, automóveis e utilitários, móveis e eletrodomésticos. O cooperativismo ajudou a levar a eletrificação rural a todos os recantos, garantiu assistência técnica em todas as propriedades rurais, proporcionou habitação e saneamento.
Crescimento em meio à crise
Em 2018, a receita bruta com vendas da Cooperativa alcançou R$ 9,1 bilhões, um crescimento de 2,5% em relação ao ano anterior. O mercado interno representou 76% das receitas e, o mercado externo, 24%.
Na área de suinocultura, as oito plantas industriais operaram à plena carga, totalizando, em 2018, o abate e processamento de 5 milhões e 80 mil cabeças, aumento de 7,7% em relação ao ano anterior. A produção in natura de carnes suínas atingiu 424,7 mil toneladas, com 8,3% de expansão. A industrialização também cresceu (6,3%) e totalizou 347,4 mil toneladas de curados, defumados, empanados, linha festa, fatiados, hambúrgueres, linguiças cozidas, linguiças frescais, mortadelas, presuntaria, refinados, salsichas e porcionados.
A Aurora Alimentos investiu R$ 188 milhões para a ampliação e contínua modernização de unidades industriais: implantação do terceiro turno no Frigorífico Aurora Chapecó I (R$ 42,7 milhões); incremento de linguiças cozidas e curados na Indústria Aurora Chapecó (R$ 31,8 milhões), aquisição de máquinas desossadoras de pernas no Frigorífico Aurora Guatambu (R$ 16,9 milhões) e de máquinas desossadoras de coxas Mayekawa no Frigorífico Aurora Mandaguari (R$ 8,4 milhões), e incremento de linguiças cozidas e mortadelas no Frigorífico Aurora Chapecó II (R$ 6,6 milhões).
O desempenho econômico da Aurora repercutiu na sociedade: nos quase 300 municípios onde atua nos Estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso do Sul – diretamente ou através de suas cooperativas filiadas – a Aurora gerou R$ 1,2 bilhão em ICMS, R$ 3,5 bilhões em valor adicionado na atividade agropecuária, R$ 2,8 bilhões na atividade industrial e R$ 1 bilhão em remuneração e encargos sobre a folha de pagamento.
Em  2018 a cooperativa contava com 28.149 colaboradores, sendo 16.343 homens e 11.806 mulheres.