Novo presidente da Assembleia coordenou a campanha da reeleição de Lula no RS

Toma posse nesta segunda-feira, 31, o novo presidente da Assembleia  do Rio Grande do Sul, deputado Valdeci Oliveira.

Aos 65 anos, Valdeci é filiado ao PT desde 1986 e foi o coordenador da campanha da reeleiçao de Lula à presidencia da República, em 2006.

Ex-metalúrgico, agricultor e comerciário, o santa-mariense Antônio Valdeci Oliveira de Oliveira começou sua trajetória política nos movimentos sociais.

Na década de 80, foi presidente do Sindicato dos Metalúrigicos de Santa Maria e vice-presidente regional da Central Única dos Trabalhadores (CUT) da região Centro.

Em 1986, se filiou ao PT e em 1988 se elegeu vereador de Santa Maria. Reeleito em 1992 com a maior votação da cidade, ele concorreu a deputado federal em 1994 ficando na primeira suplência.

Em 1997, assumiu o mandato de deputado federal, sendo eleito novamente em 1998.

Em 2000, venceu as eleições para prefeito de Santa Maria e em 2004 se tornou o primeiro prefeito reeleito da história da quinta maior cidade gaúcha.

Em 2006, foi escolhido pelo diretório nacional do PT para coordenar a campanha à reeleição do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Rio Grande do Sul.

Em 2016, concorreu novamente à prefeitura de Santa Maria em pleito disputadíssimo em que perdeu para Jorge Pozzobom do PSDB, por 1.774 votos, pouco mais de 1% dediferença.

 

São Paulo: seis de cada dez moradores de rua chegaram à cidade em busca de vida melhor

Uma reportagem do Fantástico neste domingo abordou um problema que está nas ruas de todas as grandes cidades do país, mas que as autoridades e a mídia de modo geral parece não enxergar: os moradores de rua, ou as “pessoas em situação de rua”, como quer o jargão sociológico.

A reportagem se restringiu a São Paulo, onde um novo Censo da População de Rua aponta que em dois anos esse contingente de desabrigados dobrou na maior cidade do Pais.

São 32 mil pessoas nas ruas da capital paulista neste início de 2022. A maioria são homens, idade média de 41,7 anos e 70% deles são pretos ou pardos.

Em cada dez, apenas quatro são naturais da cidade, dois são de outras cidades do Estado os quatro restantes são de outros Estados.

Ou seja, seis em cada dez moradores das ruas de São Paulo são pessoas que saíram de suas cidades em busca de vida melhor na capital paulista.

O Censo da população de rua em São Paulo é feito periodicamente. O próximo seria em 2023, mas a prefeitura decidiu antecipá-lo diante de um cenário de urgência: o visível aumento do número de pessoas vivendo nas ruas da cidade.

Em 2019 eram cerca de 24 mil pessoas, agora são quase 32 mil pessoas. Em dois anos, essa população cresceu 31%. Isso contando também quem pernoita em abrigos.

Levando em consideração apenas os que ficam o tempo todo na rua, o aumento registrado pelo Censo é ainda maior: 54%. O novo Censo também mostra que 18 em cada 100 pessoas vivem há menos de um ano nas ruas.

O primeiro levantamento foi feito em 2000.

Na época, em cada 10 mil paulistanos, 8 viviam na rua. Em pouco mais de duas décadas, a proporção saltou para 26 moradores de rua em cada 10 mil paulistanos.

Os movimentos e agentes sociais que dão assistência a essa população consideram os números do censo estão aquém da realidade. O Padre Júlio Lancellotti, por exemplo, diz que muitos moradores de rua não são sequer localizados.

“Não é só aquele que está na rua ou está no abrigo. Às vezes ele está em buracos, em lugares inacessíveis. E se você não tem contato com essas pessoas, você não é capaz de saber que elas existem”, afirma Júlio Lancellotti.

Perfil do morador de rua de SP – 2021

96,44% das pessoas em situação de rua na cidade são nascidas no Brasil
39,2% das pessoas são naturais da cidade de São Paulo
19,86% são de outras cidades do estado de SP
40,94% são naturais de outros estados brasileiros
3,56% são estrangeiros
Idade média: 41,7 anos
70,8% deles são pretos ou pardos.
93,5% das pessoas frequentaram escola
92,9% sabem ler e escrever
21,4% têm ensino médio completo
15,3% concluíram o ensino fundamental
4,2% concluíram o ensino superior
Fonte: Instituto Qualitest/IPP

](Com informações do G1)

Correção: Funcionárias da Prefeitura esclarecem não ter ligação com o Podemos

Duas funcionárias da Prefeitura de Porto Alegre entraram em contato com o jornal JÁ para retificar informações.

Elas são citadas na lista de 53 nomes, que circula entre os partidos da base aliada do governo Melo, como sendo indicações do partido Podemos para Cargos em Comissão na Prefeitura.

Ambas são funcionárias de fato, mas garantem não ter nenhuma ligação com o Podemos.

O que elas declaram:

Patrícia da Silva Coelho Salcedo:

“Trabalho na Prefeitura mas não tenho filiação partidária. Já recebi muitas mensagens por causa disso e vou esperar a retificação da informação.”

Roberta Brum:

“Meu nome consta na lista, poém eu não tenho nenhuma ligação com o Podemos. Inclusive o departamento no qual eu trabalho não é o que consta. Sei da existência da lista, já foi publicada em outro site, mas realmente não tenho nenhuma ligação  com o Podemos, nem sou indicada por nenhum agente político do partido.”

A lista, que publicamos,  foi submetida ao secretário de Governança, Cassio Trojildo, também presidente do Podemos em Porto Alegre.

Como  publicamos, ele ressalva que “muitos nomes que constam da lista” não têm qualquer ligação com o partido”, mas não quis detalhar quais seriam esses nomes.

 

Indicações do partido de Moro causam “desconforto” na base do governo Melo

Uma lista com 53 cargos em comissão (CCs) com nomes e respectivos salários, circula pelos gabinetes dos partidos que formam a coesa “base aliada” que aprovou todos os projetos do prefeito Sebastião Melo em 2021.

O texto que acompanha a lista diz:

“Mesmo sem ter oficialmente nenhum vereador na Câmara de Vereadores, o Partido Podemos, do ex-juiz Sérgio Moro, indicou 53 cargos na Prefeitura de Porto Alegre, na administração de Sebastião Melo”.

“Os salários variam de R$ 1.486,47 a R$ 15.363,89.”

“Somados os salários dos 53 CCs chegam a R$ 428.996,09 por mês. A presença de numerosos cargos indicados pelo Podemos tem causado desconforto à base aliada, visto que os demais partidos tem menos da metade dos postos da sigla de Moro”.

O jornal JÁ submeteu a lista com os 53 nomes, cargos e salários, ao secretario de Governança e Coordenação Política, Cassio Trogildo, também  presidente do Podemos, em Porto Alegre.

Ele respondeu, por wattsapp:

“Muitas das pessoas elencadas nesta listagem não tem ligação com o Podemos. Entendemos que a ocupação de espaços no executrivo muncicipal são de consumo interno partidário e estão em um contexto geral de uma composição de governo que conta com a participação de 17 partidos políticos”.

Atender os apetites de 17 partidos aiiados em ano de eleição, é o desafio que o prefeito de Porto Alegre tem pela frente.

 

Usina do Gasômetro terá a maior reforma em mais de 90 anos

A prefeitura lançou, nesta segunda-feira, 26, o edital de concorrência pública internacional para obras de requalificação da Usina do Gasômetro, fechada desde 2017. Os investimentos, estimados em R$ 12,5 milhões, são oriundos do Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF) e de recursos próprios do Município. O projeto integra a remodelação da Orla do Guaíba e será a maior intervenção realizada nos mais de 90 anos do prédio.
A apresentação do edital ocorreu na Pinacoteca Aldo Locatelli do Paço Municipal, com a presença do prefeito Nelson Marchezan Júnior. Marchezan explicou que o projeto inicial previa a necessidade R$ 40 milhões, mas foi aperfeiçoado para garantir que terá os recursos para ser entregue.
A empresa ou consórcio de empresas que vai executar as obras será conhecida por meio de uma licitação na modalidade concorrência pública de âmbito internacional. Do total a ser investido, R$ 10 milhões virão de empréstimo junto à CAF e R$ 2,5 milhões, dos cofres da prefeitura. A compra de equipamentos para o Teatro Elis Regina e a sala de cinema PF Gastal precisarão ainda de mais R$ 2,5 milhões, também incluídos no orçamento municipal. A abertura dos envelopes deve ocorrer no dia 26 de setembro e o início das obras, ainda este ano. A previsão é de 14 meses de duração, a partir da ordem de início.
O diretor da Usina do Gasômetro, Luiz Armando Capra Filho, explica que o projeto é da 3C Arquitetura e Desing e tem aprovação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado (Iphae), Conselho do Patrimônio Histórico Cultural da Secretaria Municipal da Cultura (Compahc) e Plano de Proteção Contra Incêndios (PPCI), liberado em julho pelo Corpo de Bombeiros. “A usina é tombada duas vezes: pelo município e pelo Estado. Esse projeto é seguro, funcional e respeita o patrimônio histórico”, afirma.
Modernização – Com a reforma, os espaços ganharão equipamentos modernos, mas manterão a essência de exibição de espetáculos experimentais. A ideia é que, com as operações comerciais, a Usina se torne financeiramente sustentável. Para maior segurança, está planejada a modernização da infraestrutura do prédio. O cinema, por exemplo, vai sair do terceiro andar para o térreo (embaixo do teatro). Duas novas escadas, uma voltada para os trilhos do aeromóvel e outra para acesso ao terraço, vão reforçar a independência dessa área.
Segundo o secretário municipal de Cultura, Luciano Alabarse, o lançamento do edital é um momento histórico para a vida da Usina do Gasômetro. “É uma obra que encontrará a alma de um povo”, diz ele. Presente no evento, a secretária estadual de Cultura, Beatriz Araújo, diz reconhecer a complexidade do projeto, do processo de contratação e as dificuldades em buscar entendimento entre todos os órgãos. “Será uma entrega relevante para todo o Estado, e torcemos para que tudo dê certo”, observa.
A secretária municipal de Planejamento e Gestão, Juliana Castro, ressalta a importância das obras do Gasômetro, que integram um projeto amplo de requalificação urbana da Orla do Guaíba e de parte da área central da cidade. “É um orgulho estar aqui. Este é um projeto que passou por diversas etapas e trará benefícios à população”, salienta. O vereador Reginaldo Pujol lembra a entrega do Largo dos Açorianos revitalizado, na última quinta-feira, 22, e que o local foi tomado por visitantes no final de semana. “Quando não se tem recursos na área cultural, temos que procurar. Vejo que várias das minhas expectativas estão se tornando realidade”, completa.
O QUE O PROJETO PREVÊ PARA A ESTRUTURA DO PRÉDIO
– Assentos e pergolados para apreciar a vista do Guaíba.
– Restaurante com vista panorâmica no quarto andar.
– A sala de cinema P.F. Gastal será requalificada e mudará do terceiro andar para o térreo.
– No segundo pavimento, ficará o Teatro Elis Regina, no formato de arena. Os assentos em volta do palco poderão abrigar até 300 pessoas.
Todos os espaços serão 100% acessíveis a pessoas com deficiências.