Usina de energia solar completa cinco anos superando expectativas

Referência nacional em geração de energia fotovoltaica e com produção superior à expectativa inicial, a Usina Megawatt Solar celebra cinco anos hoje (25/09).
A Eletrosul transformou sua sede administrativa, em Florianópolis (SC), em um complexo integrado de geração fotovoltaica e vitrine tecnológica para o setor elétrico brasileiro.
Com potência instalada de 1 megawatt-pico (MWp) e projetada para produzir aproximadamente 1,2 gigawatts-hora (GWh) ao ano, atualmente, seu desempenho supera as expectativas.
Isso porque a incidência de raios solares tem sido superior à média prevista durante a implantação da usina.
Ao todo, são 4,2 mil módulos fotovoltaicos instalados na cobertura do edifício e do estacionamento, somando 8,3 mil metros quadrados. A usina também impulsiona a empresa no desenvolvimento de outros empreendimentos e oportunidades de negócio na área solar.
Para o Departamento de Engenharia de Geração, que está à frente da planta desde sua concepção, os conceitos e referências utilizados servem de embasamento para novas iniciativas.
Novo sistema de inversores
Em usinas fotovoltaicas, os inversores, responsáveis por converter a energia solar em elétrica, possuem menor vida útil que os painéis. E, recentemente, a equipe do Departamento de Manutenção da Eletrosul realizou testes com um novo modelo de inversor.
O objetivo é homologar um equipamento que seja compatível com as características da usina, para que essa possa ser uma alternativa aos inversores atualmente em operação, caso ocorram falhas com perda do dispositivo.
Este novo sistema está sendo testado nos Laboratórios de Borracha e Eletromecânica e de Instrumentação da Eletrosul, situados em São José (SC), e, em breve, deve ser trazido à sede para testes de operação real na Megawatt Solar.
 
 

Aprovado o Projeto de Lei Floripa Zona Livre de Agrotóxico

 
Aprovado na Câmara de Vereadores de Florianópolis, o projeto de autoria do vereador Marcos José de Abreu – Marquito (PSOL), que define como Zona Livre de Agrotóxico a produção agrícola, pecuária, extrativista e as práticas de manejo dos recursos naturais na parte insular do município. A proposição vai de encontro às várias ações já aprovadas, como a Política Municipal de Agroecologia e Produção Orgânica e a criação do programa de governo de Agroecologia e Segurança Alimentar e Nutricional, na Lei de Diretrizes Orçamentárias._
São políticas, incentivos e ações indutoras da transição agroecológica, uma mudança significativa no sistema produtivo agroalimentar, que contribuem para o desenvolvimento sustentável e possibilitam a melhoria da qualidade de vida da população, por meio da oferta e consumo de alimentos saudáveis, contribuindo para a Segurança Alimentar e Nutricional e o Direito Humano à Alimentação Adequada.
O marco para a discussão dos impactos dos agrotóxicos foi a publicação do dossiê apresentado pela Associação Brasileira de Saúde Coletiva – Abrasco, com notas técnicas de institutos de pesquisas, organizações da sociedade civil e organizações governamentais que confirmam os efeitos nocivos à saúde e ao ambiente pelo uso indiscriminado de agrotóxicos no Brasil.
Em Santa Catarina, o Ministério Público Estadual, por meio do Programa Alimento Sem Risco, realiza o monitoramento da presença de resíduos de agrotóxicos em vegetais, em 2017, 54,36% dos produtos analisados apresentaram resíduos e 18,12% dos produtos estavam fora da conformidade legal.
As proposições representam construções coletivas elaboradas por muitos anos quando atuava em organizações como CEPAGRO, SLOW FOOD e o Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional – CONSEA. Atualmente, Marquito é coordenador-adjunto do Fórum Catarinense de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos e Transgênicos.

Pesquisa aponta que 19% dos brasileiros consomem algum item orgânico

Pesquisa encomendada pelo Conselho Brasileiro da Produção Orgânica e Sustentável (Organis) mostra que 19% dos brasileiros consomem algum produto orgânico; 35% consumiram produtos orgânicos nos últimos seis meses; 67% estão dispostos a aumentar compra de produtos. Na Região Sul está o maior percentual de consumo, 48%, seguido pelo Sudeste, com 42%.
A pesquisa Consumidor Orgânico 2019 entrevistou 1.027 pessoas em maio e junho nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Fortaleza, Porto Alegre, Florianópolis, Curitiba, Manaus, Goiânia e Brasília, sendo 56% mulheres e 44% homens, de 18 a 40 anos, com renda de um a dez salários mínimos.
A primeira pesquisa Organis, em 2017, registrou 15% de consumidores de produtos orgânicos – sem incluir a Região Norte – e a deste ano mostra um crescimento para 19%.
“Constatamos que um em cada cinco brasileiros consome algum produto orgânico com frequência média de três vezes por semana, em especial hortifrutis. Há muitas oportunidades de crescimento, pois a pesquisa aferiu que 88% estão dispostos a comprar orgânico”, disse o diretor executivo do Organis, Ming Liu.
Para Ming Liu, o mercado tende a crescer nos próximos anos. “Muitos comentam que o mercado no Brasil é muito pequeno, mas eu vejo com outros olhos. O potencial que se pode chegar para um nível de consumo de oito a cada dez famílias, que é o nosso sonho, espelhado no maior mercado mundial [EUA]. A pesquisa vai mostrar que a educação para o consumidor é a chave de sucesso para o setor”.
O executivo acredita que a pesquisa vai ajudar os produtores a definirem suas próprias estratégias para aumentar o consumo de orgânicos. “A estratégia virá da informação, da demanda do consumidor. Por isso nós temos que dar esse informação para que o produtor possa entender o mercado”.
Ming Liu destaca ainda que a busca pela saúde é o que faz o consumidor comprar produtos orgânicos. “É uma demanda global de consumidores que estão buscando saúde, prevenção, segurança alimentar e qualidade de vida. A saúde envolve alimentos saudáveis, cada vez menos processados, com menos conservantes e produtos químicos”.
Os hortifrutis se mantêm na liderança de consumo no setor orgânico, sendo 35% frutas, 24% de verduras, 21% alface, 16% legumes, 15% tomate e 8% de hortaliças. A pesquisa aponta ainda que 35% dos consumidores brasileiros sabem que existem outros tipos de produtos orgânicos além dos alimentícios, como produtos de limpeza, cosméticos e vestuário.
Preço
O preço dos produtos orgânicos ainda pesa na decisão de compra para 65% dos entrevistados, mas para 48% dos que consomem essa diferença é justificada. “O que nos anima é perceber que uma parcela significativa dos brasileiros já reconhece claramente o valor agregado aos produtos orgânicos, pois tanto os que consomem como os que não consomem esse tipo de produto, entendem que os custos de produção mais elevados justificam o maior preço dos orgânicos”, disse o diretor de Branding (marca) do Organis, Cobi Cruz.
De acordo com pesquisa, 84% dos pesquisados que consumiram orgânicos nos últimos 30 dias relatam a saúde como motivo para consumir os produtos. Já 30% consideram as características do produto, 9% a preocupação com o meio ambiente, 9% por curiosidade e 7% por estilo de vida.
A Pesquisa Consumidor Orgânico 2019 pode ser acessada diretamente no site do Organis.

Qualidade da água tratada consumida em Santa Catarina foi tema de reunião no MPSC

Objetivo foi dar continuidade à articulação de 30 órgãos que compõem o Grupo de Trabalho Água (GT Água), para estabelecer a atuação em rede sobre temas específicos de regulação, fiscalização, sistemas de informação, diagnóstico e educação.
Os representantes dos órgãos que compõem o Grupo de Trabalho Água (GT Água), constituído pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) para tratar da qualidade da água fornecida pelos sistemas de tratamentos, reuniram-se nesta segunda-feira (12/8), em Florianópolis. O grupo principal foi organizado em subgrupos específicos: Regulação, Fiscalização, Sistemas de Informação, Diagnóstico e Educação Ambiental sobre Recursos Hídricos.
No âmbito da Regulação, sob a coordenação de Luiza Borges (ARESC) e Jaqueline Souza (Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável), foram abordadas questões relativas ao mapeamento das legislações federal e estadual, regulamentação do pagamento por serviços ambientais, gestão dos mananciais e política de recursos hídricos, política de potabilidade e zoneamento ecológico-econômico.
No período matutino, foram realizadas reuniões dos subgrupos Fiscalização, sob a coordenação de Willian Goetten (ARIS) e Liara Padilha (FECAM), e de Educação Ambiental dos Recursos Hídricos, conduzido por Patrícia Moreira (CIDASC) e Hélia Farias Espinoza (UNIVALI). Foram apresentadas propostas para elaboração de plano de amostragem integrado, para cooperação entre as instituições e para estudo piloto da bacia hidrográfica do Rio Camboriú.
À tarde, aconteceram as reuniões dos subgrupos Sistemas de Informação, coordenado por Rúbia Girardi (ABRHidro) e Paulo Francisco da Silva (EPAGRI), e de Monitoramento e Diagnóstico, coordenado por Cristine Silveira (Vigilância Sanitária de SC) e Heloísa Pereira (Centro de Apoio Operacional do Meio Ambiente (CME).
Foi proposto o levantamento de inquéritos civis e de termos de compromisso de ajustamento de condutas já firmados pelo Ministério Público em todo o Estado. Também se discutiu a verificação das pesquisas acadêmicas a respeito dos recursos hídricos catarinenses e a cooperação entre órgãos responsáveis pela fiscalização ambiental.
Cada um dos grupos estabeleceu a metodologia mais adequada ao seu tema, a ser aplicada já a partir do próximo encontro, marcado para o dia 20 de setembro deste ano.
“A participação efetiva das organizações é essencial na finalidade de se construir soluções conjuntas e integradas, com transparência, direito à informação e medidas no sentido de melhor proteger a qualidade da água distribuída no Estado”, avalia o Promotor de Justiça Eduardo Paladino, Coordenador do Centro de Apoio Operacional do Consumidor do MPSC.
O GT Água foi formado, em abril deste ano, para desenvolver ações conjuntas de seus integrantes com o objetivo de estudar a redução de resíduos de agrotóxicos, verificar outros parâmetros de ingredientes químicos e propor uma normatização estadual mais restritiva a respeito dos agrotóxicos e de outros contaminantes que podem afetar a qualidade da água.