Por Pedro Lauxen
Faça chuva ou faça sol, um personagem está sempre presente na movimentada esquina na frente do Pronto Socorro, na Osvaldo com Venâncio Aires, bem no coração do Bom Fim: João Batista Oliveira Fagundes. No popular, ele é o João das Flores.
Ele é do Alegrete. Tem 30 anos, mulher e quatro filhos. Está sempre de bem com a vida. E ganha bem vendendo flores na rua, há oito anos. “Eu trabalhava no Zaffari, mas o salário era pequeno, mal dava pra sustentar o primeiro filho. Fiz outros três depois de ser florista”, conta, bem-humorado.
Pra garantir o sustento da filharada, João acorda as 6 todo dia, menos domingo. Vai de casa na Vila Safira e vai ao Ceasa, no Humaitá, pra comprar suas flores. Às 8h já está na banca pronto para atender a freguesia.
Quem compra dele ? Familiares de pacientes do HPS, uma freguesia que se renova todo dia. Orgulhoso de seu cantinho na frente do Tabelionato, João sabe que é uma figura popular no bairro. “São muitos anos vendendo, passo mais tempo aqui do que em casa. Fico feliz quando as pessoas me cumprimentam, mesmo que não compre nada”.
Pensam que vender flores não rende ? “Depois que vim pra cá consegui sair do aluguel”, comemora.
Flor mais vendida ? Crisântemos amarelos. O que significa presentear com eles ? São sinal de amor frágil, bem na medida pra quem está dodói. Dizem os floristas que crisântemos aquecem, curam e fortalecem.