Os dois candidatos à Prefeitura de Porto Alegre se encontraram nesta quarta-feira (20) pela primeira vez da violência que marcou a disputa nos últimos dias. Nelson Marchezan Junior e Sebastião Melo participaram do evento Tá na Mesa, da Federasul, com o salão lotado.
Após as apresentações de cada um, os candidatos falaram com a imprensa. Os repórteres deixaram de lado as plataformas eleitorais e concentraram-se na chocante morte de Plíno Zalewski, coordenador do plano de governo da candidatura Melo encontrado morto segunda-feira no banheiro da sede municipal do PMDB, com um corte no pescoço.
Sebastião Melo afirmou ter clareza de que há questões eleitorais envolvidas com a morte de Zalewski, que vinha sendo “imolado pelo MBL há 30 ou 40 dias”. Melo lembrou que há “fatos notórios”, como o hackeamento de contas de Zalewski em redes sociais, a mudança recente de telefone e o vídeo publicado pelo canal do You Tube Mamaefalei, que acusou Zalewski de ser funcionário fantasma da Assembleia Legislativa.
“O que nós queremos é esclarecimento. Quem é que ligava pro Plínio? Por que ele mudou de telefone? Por que o email e as redes sociais dele foram hackeadas?”, questionou Melo.
Já Marchezan descarta que a morte de Zalewski possa ter ligação com a campanha. “Estamos em uma disputa eleitoral, não me parece que possa levar alguém ao suicídio. Provavelmente tem outras questões, que envolvem outras pessoas, outras entidades e até questões pessoais do Plinio”, afirmou.
Nos últimos dias antes da sequência de acontecimentos que chegou a interromper a campanha, o tom do debate vinha subindo. Na primeira aparição televisiva após a morte de Plínio Zalewski, Marchezan pediu paz. Melo respondeu que “paz se pratica”.
Para o vice-prefeito, o segundo turno é o momento de mostrar qual projeto cada candidato representa e qual o jeito de fazer, “porque o orçamento é o mesmo”. “Eu levei críticas durante todo o primeiro turno, e fiz críticas também”, afirmou.
Em relação ao tom que deve tomar a campanha após os acontecimentos dos últimos dias – tiros no comitê do tucano e a morte de Zalewski -, Marchezan afirmou que “vai depender de como os candidatos vão se portar nos programas eleitorais de rádio e televisão, e de como a imprensa vai se portar.” O candidato afirmou que sua campanha sempre foi propositiva e que manterá o tom do primeiro turno e do início do segundo.
A intrigante morte de Zalewski dominou o encontro entre Melo e Marchezan
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