Carta apreendida pela polícia ligaria desvio de verba em Alvorada à campanha de Manuela D’Ávila

Apreendida em julho deste ano durante a Operação Cartola – deflagrada pela Polícia Civil gaúcha em oito cidades do estado para investigar suspeitas em contratos de publicidades que somam R$ 30 milhões-, a correspondência acusa o titular da secretaria de Juventude e Esportes de Alvorada, Nelson da Silva Flores, de forçar a devolução de sobras de caixa do programa “Alvorada Olímpica” para  financiar a campanha da deputada federal Manuela D’Ávila (PCdoB).
A denúncia foi feita pelo então diretor de esportes da cidade Márcio Taylor, ex-filiado do partido. Datado de maio de 2010, o documento, escrito à mão, relata o desvio de R$ 10 mil da secretaria para a campanha.
O PCdoB e a deputada Manuela D’Ávila reagiram indignado ao conteúdo da carta, que foi divulgada pelo jornal Zero Hora desta quarta (18).
Para o partido, a denúncia é uma tentativa de aproveitar o momento político nacional para atacar a deputada Manuela d’Ávila, que lideraria as pesquisas de intenção de voto para Prefeitura de Porto Alegre.
Segundo o presidente estadual do PCdoB, Adalberto Frasson, o conteúdo não tem nenhuma base real. “Isso não é uma prática do PCdoB e não tivemos nenhum recurso oriundo de Alvorada na nossa campanha”.
O dirigente afirmou ainda que “todas as contas do Partido e da campanha foram devidamente aprovadas e são de conhecimento público”. Frasson também diz que o PCdoB não faz parte e nem mesmo é citado na operação Cartola.
O PCdoB do RS e a deputada Manuela d’Ávila já estão tomando providências para interpelar judicialmente os envolvidos no episódio.
Pelo seu blog pessoal a deputada falou sobre as suspeitas, leia abaixo parte do que foi postado por Manuela D’Ávila.
“Há uns três meses um jornalista me telefonou e perguntou se eu sabia que ‘numa gaveta em Alvorada havia sido apreendida uma carta que me citava durante a operação cartola’. Pedi mais informações e ele me disse que o policial afirmava que não havia nada demais e que eu podia ficar tranquila.
Um mês depois sai o relatório da operação Cartola e outro jornalista me liga e pergunta se sei que a tal carta foi incluída nos anexos. Disse que não sabia. Liguei para o chefe da polícia do estado, Delegado Ranolfo, perguntando o que era, se precisava fazer algo, o que dizia. Ele me disse para ficar tranquila, que era uma carta sem muito sentido, de um cara dizendo que deu 10.000 reais para outro cara para minha campanha. E que quando eu tivesse um tempo eu fosse lá e lesse…


…Quantos adesivos de carro faço com esse valor? Bem, claro que ignorei que às vezes a fome e a vontade de comer se encontram. E com a crise no ministério do esporte os jornais redescobriram a carta! Bem… É da vida e da disputa. O que posso garantir? Que vou processar esse indivíduo civil e criminalmente por me envolver em sua disputinha política. Que vou falar na twitcam e aqui no blog sobre o tema. E que acho o fim fazerem qualquer ilação que me envolva. Mas… Pelo visto a eleição já começou”.

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