Confronto entre Eduardo Leite e Mateus Bandeira favorece Sartori

A Federasul ouviu cinco dos oito candidatos a governador sobre temas sugeridos por seus associados. Novamente o confronto entre os dois pelotenses Eduardo Leite (PSDB) e Mateus Bandeira (Novo) foi o que mais repercutiu na imprensa.

Bandeira disse que Leite, quando prefeito em Pelotas, descumpriu parcelamento de dívidas com o Banrisul, deixou de pagar contas. Leite rebateu: “Mateus Bandeira é mentiroso. Mentiroso. Estou dizendo com todas as letras: é mentiroso.”

Foi o momento mais quente do debate. O confronto entre os dois que defendem um programa de corte de despesas, privatizações e concessões de serviços públicos à iniciativa privada, favorece o governador Ivo Sartori, candidato à reeleição, que vem pondo em prática essa política de ajuste fiscal.

Durante os cinco blocos de debate, os palestrantes Eduardo Leite (PSDB), Jairo Jorge (PDT), José Ivo Sartori (MDB), Mateus Bandeira (Novo) e Miguel Rossetto (PT) falaram sobre empreendedorismo, gastos públicos, a nova política e segurança.

Segundo Jairo Jorge, primeiro candidato sorteado para se manifestar, é preciso resgatar a era da competitividade, incentivar o empreendedorismo e diminuir a alíquota. “Eu defendo a lei do gatilho. Proponho que, em 1º de julho de 2019, caia a alíquota para que possamos avaliar a eficácia da medida para aumentar a receita. Tenho certeza que teremos um efeito positivo em julho de 2020, quando poderemos rebaixar o percentual novamente e promover o crescimento do Rio Grande”, explicou.

Já Miguel Rossetto, defendeu a criação de uma agenda produtiva para gerar uma base estrutural ao governo. “Precisamos trabalhar para criar emprego, estimular as cooperativas e agroindústrias, integrar o governo e as universidades, além de recuperar o polo naval”, defendeu. De acordo com o candidato, “nem o Brasil, nem o Estado vai evoluir sem democracia e com exclusões políticas. É preciso pensar no desenvolvimento social para podermos ajustar as contas públicas”.

Nessa linha de focar na sociedade, José Ivo Sartori afirmou que “o problema é ver que o Estado gasta para si mesmo e não para a população”, criticou. Segundo ele, é fundamental que o Rio Grande do Sul possa aderir ao Regime de Recuperação Fiscal e inicie o processo de privatização ou federalização das empresas estatais. “Nós só conseguiremos fortalecer o Estado quando pudermos investir nossos recursos em segurança, políticas sociais e educação”, finalizou.

Para Eduardo Leite, o segredo para as finanças do Rio Grande do Sul está em uma construção conjunta com órgãos e instituições. Segundo o candidato, é preciso que o governador eleito seja uma liderança política capaz de relacionar e interagir com ministérios e Assembleia Legislativa. “Temos muita força empreendedora aqui no Estado, mas falta espaço. O governo deve fiscalizar, mas não limitar, nem dificultar, o trabalho dos empreendedores”, concluiu ao defender a redução da burocracia e a melhoria da infraestrutura estadual.

Ao finalizar o terceiro bloco, Mateus Bandeira frisou que a culpada pelo aumento da despesa no Estado é a irresponsabilidade fiscal. Segundo ele, “a educação e a segurança são os principais fatores que afetam os nossos negócios, mas a falta de recursos impede que sejam feitos investimentos nessas áreas”. A solução seria a aprovação das privatizações para criar fundos de investimento, que possam gerar riqueza e incentivar o crescimento econômico.

Apesar de algumas discordâncias durante o evento, todos os presentes concordaram no quarto bloco, quando a questão discutida foi segurança. Entre as principais soluções comentadas: integração entre as polícias, administração de efetivo, compra de equipamentos e tecnologia, educação preventiva e melhoria no sistema prisional. O quinto bloco foi apenas para considerações finais de cada candidato.

crédito da foto: Aguiar/Federasul

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