“Cristianismo e Natureza, a posição da Igreja diante da degradação dos biomas brasileiros” é o tema central do Agapan Debate, logo mais às 19h, com entrada franca, no auditório da Faculdade de Arquitetura da Ufrgs.
Convidados pela Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan), participam do debate o frei Luiz Carlos Susin e o jurista e procurador de Justiça aposentado Orci Paulino Bretanha Teixeira.
Frei Susin antecipa que em sua palestra sobre “Cristianismo e natureza: etapas de uma relação poliédrica com tumultos e sucessos” pretende fundamentar sobretudo no teólogo Jürgen Moltmann e no historiador Jacques Le Gof, abordando ainda o livro “A vida dos outros – ética e teologia animal”.
Já Teixeira, em sua palestra sobre “O destino dos bens: uma visão jurídica” vai adequar o tema do Agapan Debate à Carta Encíclica “Laudato Si”, do papa Francisco, e a textos por ele publicados, como “O direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado como direito fundamental” e o livro eletrônico “A fundamentação ética do estado socioambiental”.
De acordo com o mediador da mesa, o filósofo e diretor budista Celso Marques, que presidiu a Agapan por três gestões, a escolha do tema se deve ao lema da Campanha da Fraternidade deste ano, definida pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB): ‘Fraternidade: Biomas brasileiros e defesa da vida’, ou seja, cuidar dos biomas brasileiros é uma questão de fé e cidadania.
Para este primeiro Agapan Debate do ano, também foi considerada a importância da Encíclica Laudato Si, do papa Francisco, de 24 de maio de 2015. Nela são abordados, com profundidade, temas ecológicos, éticos e o consumismo, motivadores de uma nova postura da Igreja Católica diante das questões que assolam “a nossa casa comum”, o Planeta.
“Na verdade, o que vai permear os debates são questões teológicas/filosóficas/ecológicas que apontam para um novo paradigma com relação a essa revolucionária encíclica papal”, antecipa Marques.
Debatedores
Sobre a situação de degradação que atinge não apenas o Pampa gaúcho, mas os demais biomas brasileiros, a Agapan convidou para avaliar o papel e a interferência da Igreja e das religiões nessa defesa o frei Luiz Carlos Susin, doutor em Teologia pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma, professor na PUC e na Escola Superior de Teologia e Espiritualidade Franciscana, de Porto Alegre. Foi secretário Geral do Fórum Mundial de Teologia da Libertação, durante o Fórum Social Mundial e, pela sua obra (29 livros e numerosos artigos e palestras), recebeu o Prêmio Jabuti de Literatura Religiosa no ano 2000.
Orci Bretanha Teixeira é o outro debatedor. Procurador de Justiça aposentado (Ministério Público do Rio Grande do Sul), mestre em Direito e doutor em Filosofia. Lecionou na Faculdade de Direito da PUC e na Fundação Escola Superior do Ministério. Atualmente é advogado.
Celso Marques, mediador, ecologista, presidiu a Agapan de 1986 a 1993, atual conselheiro. Bacharelado, com licenciatura em Filosofia na Ufrgs, universidade da qual é professor aposentado de Filosofia do Colégio de Aplicação. Monge budista da tradição Sotô Zen, atualmente dirige o Instituto Zen Buda Maitreya, sendo monge orientador do Zendo do Diamante, em Porto Alegre, além de escritor, violonista, compositor popular e poeta.
Cristianismo e Natureza no Agapan Debate de hoje
Escrito por
em
Adquira nossas publicações
texto asjjsa akskalsa

Deixe um comentário