Ditadura: coronel foi a primeira vítima

Corre na 2ª Vara Federal, em Canoas, a ação civil pública contra a União.
É movida pelo Ministério Público Federal, assinada pelo procurador Pedro Antonio Roso.
Requer que o tenente-coronel Alfeu de Alcântara Monteiro, morto três dias após o golpe militar, em 1964, seja reconhecido como vítima da ditadura.
O tenente-coronel Alfeu de Alcântara Monteiro foi morto a tiros no dia 4 de abril de 1964 na sala de comando da Base Aérea de Canoas.
Na época, o inquérito militar, cercado de sigilo e sem ouvir testemunhas, concluiu que foi “legítima defesa”: Alfeu teria puxado a arma primeiro.
Segundo o presidente do Movimento de Justiça e Direitos Humanos, Jair Krischke, Alfeu Monteiro foi a primeira vítima fatal da ditadura militar no Rio Grande do Sul.
A ação parte de uma denúncia do Movimento de Justiça e Direitos Humanos, que busca resgatar a verdadeira história de Alfeu de Alcântara Monteiro, que era “nacionalista e defensor dos direitos e garantias constitucionais”.
O procurador aponta uma série de inconsistências colhidas dentro do IPM que tratou da morte do tenente-coronel Alfeu e apresenta testemunhos que contradizem a versão oficial apresentada pelo IPM.
A ação civil pública está sob a guarda da 2ª Vara Federal de Canoas.
Procurador Federal – Dr. Pedro Antonio Roso – processo 50143670820147112 – 2ª Vara Federal de Canos – Juiz Roberto Schaan Ferreira.
Audiência – dia 18/11 – às 15hs. – 2ª Vara Federal de Canos
(Leia a história completa na Edição Especial da Revista JÁ sobre os 50  anos do golpe militar de 1964, segundo volume: peça ao seu jornaleiro ou veja arquivo digital em https://jornalja.com.br/1964-o-que-saber-para-evitar-que-se-repita/)

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