Dois projetos animam retomada das hidrovias no Estado

Foi inaugurado na terça feira o terminal de contêineres que retoma as atividades hidroviárias no canal de Santa Clara, para o transporte de cargas até o porto de Rio Grande. “Estamos trazendo o porto para o centro do Estado”, comemorou o presidente do Tecon Rio Grande, Paulo Bertinetti,  no evento que reuniu o governador Ivo Sartori e secretários.
Construído num canal artificial, para receber matérias primas e escoar a produção do polo petroquímico, o terminal Santa Clara não operava com contêineres desde 2009, quando a Braskem, controladora do polo, optou pelo transporte ferroviário, por questão de custo. As operações recomeçam na semana que vem com duas escalas semanais, podendo levar 85 contêiners de 40 toneladas  em cada viagem.
Segundo os empreendedores, toda a produção de uma importante região do Estado será favorecida com um transporte de menor custo que poderá deslocar por ano o equivalente a 90 mil caminhões, desafogando as rodovias.
O outro marco de uma, ainda tímida, retomada hidroviária é o início das operações dia 4 de outubro, da linha de barcaças que vai interligar o porto de Pelotas a Guaiba, trazendo toras de madeira e levando celulose. Com mais de 1.200 quilômetros de vias navegáveis, o Rio Grande do Sul transporta apenas 3% de suas cargas por hidrovias.
O secretário dos Transportes, Pedro Westphalen, disse que estimular o transporte hidroviário é uma prioridade do governo. “Este é um momento histórico em que a iniciativa privada investe porque acreditou na gestão”, avaliou.
O grupo Wilson Sons, que controla o Tecom em Rio Grande, vai administrar o terminal. Seu presidente, Cezar Baião, destacou que as operações portuárias no RS já representam 20% do faturamento da empresa, que emprega mais de mil colaboradores diretos, com investimentos na ordem de R$ 600 milhões. O diretor industrial da Braskem, Nelzo Luiz Neto da Silva, reafirmou “a confiança no Estado, parceiro na busca por competividade, logística e redução de custos operacionais”.
Operação
A Wilport, do Grupo Wilson Sons, será a responsável pela operação e prospecção de empresas. Será a empresa que fará os investimentos necessários para reativar o terminal.
Inicialmente, o Contesc será ponto de partida para transportar, pela hidrovia, grande parte das cargas de resinas da Braskem para Rio Grande, embarcadas atualmente por rodovia.
A movimentação de contêineres será feita a partir do Píer 4 do Terminal Santa Clara, construído para este tipo de operação, mas que estava adaptado para receber etanol.
A carga potencial virá de empresas localizadas em um raio de até 100 quilômetros do polo, produtoras de resinas, congelados, fumo, celulose, aço, móveis e cavaco de madeira.
A operação iniciará com uma embarcação, da Navegação Guarita, com capacidade para 300 TEUS. Serão duas viagens (ida e volta) semanais.  No início de 2017, entra a segunda, de porte semelhante, e em seguida uma terceira, cuja capacidade ainda não foi definida.
O diretor presidente do Tecon Rio Grande, Paulo Bertinetti,  afirmou que o projeto é estratégico para o Rio Grande do Sul. “Traz melhoria na logística com redução de custos, eliminação de riscos de acidentes e avarias, e diminuição de emissão de gases”, disse.
Com toda a estrutura de um terminal marítimo, o Santa Clara poderá atender qualquer tipo de produto, segundo Bertinetti. “Fizemos um estudo de mercado que apontou para um potencial de mais de 110 mil TEUS por ano que podem ser carregados pelo Terminal”.

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