Estudantes criam bloco de papel reciclado que pode ser plantado

Um grupo de estudantes do Colégio Marista Rosário está lançando um produto inovador. Os alunos arrecadaram mais de 10 quilos de papel, reciclaram e desenvolveram um bloco de anotações que, depois de usado, pode ser plantado. As folhas trazem sementes de girassol e camomila, e quando o papel perde a serventia, pode ser plantado na terra.
A iniciativa está inserida em um projeto de miniempresas do qual o colégio participa. O grupo de 29 estudantes do segundo ano criou a Vivá S.A/E, que tem como lema “da terra para a terra”. Os blocos custam R$ 10 e podem ser adquiridos na escola ou diretamente com a empresa, através das redes sociais.
A ideia é um papel que tenha uma vida útil maior e que, quando for descartado, ao invés de se tornar um problema ecológico, volte a ser uma planta. Na próxima leva, os estudantes querem incluir sementes de outras espécies, como temperos.

Os bloquinhos custam dez reais / Foto: Divulgação/Vivá
Os bloquinhos custam dez reais 

A sugestão do produto partiu da estudante do segundo ano do Ensino Médio Luisa Fossatti Chisté Florian. “Eu me dei conta de que eu anotava as coisas e depois que passava a prova, por exemplo, aquele papel ia pro lixo. Assim, nós devolvemos para a natureza o que ela nos dá.” Luisa é a diretora de produção da empresa. Ela pretende fazer faculdade de engenharia de produção, mas ainda não tem certeza em relação à área e acredita que o trabalho na miniempresa ajuda na decisão, pois é uma possibilidade de experimentar.
A miniempresa dos estudantes rosarienses faz parte de um projeto da Junior Achievement, empresa internacional que realiza parcerias com escolas para desenvolver iniciativas de empreendedorismo. Anualmente, são concedidos prêmios para os projetos de maior destaque. O Rosário foi premiado em 2015 pela miniempresa que criou uma espécie de miniatura de quadro negro para anotações.
A Vivá funciona como uma empresa de verdade, produz, vende, organiza as finanças e paga contas. A equipe se divide por funções, são quatro diretorias – finanças, recursos humanos, marketing e produção – e tem até presidente, escolhida pelo voto da maioria. O projeto cria ainda despesas como aluguel de sala, com valores simbólicos que, ao fim da execução, serão doados a uma entidade escolhida pelo grupo. Se houver lucro, será dividido entre os acionistas da empresa – cada aluno comprou uma ação e teve de vender outra.
A presidente da Vivá é a estudante Patricia Carvalho. “O projeto nos proporciona uma simulação bem realista de como é uma empresa”, afirma ela, que diz não temer a possibilidade de a empresa falir. “Quem está na chuva é pra se molhar”, comenta. Além disso, ela destaca a oportunidade criada pelo projeto de conhecer pessoas de outras turmas e até mesmo de outros colégios.
A equipe da miniempresa tem encontros semanais de cerca de 3h, nas quais são produzidos os blocos. As estudantes garantem que todo mundo tem que colocar a mão na massa, incluindo diretores e a presidente. A comunicação interna funciona também através de grupos no whatsapp. Se o projeto engrenar, as estudantes não descartam dar continuidade ao trabalho da  empresa para além do ambiente escolar.

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Comentários

Uma resposta para “Estudantes criam bloco de papel reciclado que pode ser plantado”

  1. Avatar de Bruninho
    Bruninho

    nossa, achei genial! que ideia revolucionaria. parabens à luisa fossati chisté florian

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