Desde a madrugada desta quarta-feira (15), o Comitê de Escolas Independentes (CEI) articula a continuidade das ocupações de escolas estaduais. O grupo é contrário ao acordo firmado na Assembleia Legislativa (AL) pela União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), União da Juventude Socialista (UJS) e Juntos! com a presidente da AL Silvana Covatti, do PP, e com o líder do governo Sartori na AL Gabriel Souza, do PMDB, por não atender as necessidades dos estudantes da rede pública.
O CEI classifica o pacto a ser formalizado hoje, às 10h, no Núcleo de Conciliação e Mediação (CEJUSC), como “indevido, imoral e ilegítimo”. Em nota, acusa as dirigentes da Ubes de não submeterem a proposta apresentada na reunião à uma assembleia com representantes de todas escolas para ficarem com os louros da luta. “As [escolas] independentes não vão aceitar aquele acordo e vão seguir ocupando, independente do que tenha sido debatido em gabinete”, disse fonte em contato com o Jornal Já.
A divisão do movimento dos secundaristas não é novidade para o Governo, que elaborou respostas e propostas baseadas em ofícios de dois grupos diferentes: um de estudantes de escolas independentes e outro ligado aos movimentos estudantis. Outro episódio que demonstrou as divergências, foi o desentendimento em frente a sede da Umespa, onde os independentes realizaram um escracho surpresa durante caminhada. Houve relatos de agressões antes das trocas de empurrões generalizados na subida da marcha para a praça da Matriz, momentos antes da proposta do Governo virar uma fogueira.
O termos aceitos pelo grupo ligado aos movimentos estudantis de partidos não mudam muito se relacionados com a proposta queimada em frente ao Piratini, na sexta-feira (10): o PL 44/2016 não foi retirado, fica em debate até 2017, sem maiores especificações de datas; não houve aceno de valores nem datas para aumento de verba para merenda por aluno, tudo vai depender das finanças do Estado; fórum Farol do Futuro especificou agora mínimo de 10 estudantes presentes; sobre Obras nas Escolas, governo repetiu o valor imediato de R$ 40milhões e deixou confusos outros valores; e nas nomeações de professores, a proposta de 08/06 reconhecia eventuais faltas de docentes e falava em nomeações imediatas, que passaram para o condicional de concurso ainda aberto.
Leia a nota do CEI abaixo, na íntegra:
CEI – Comitê Das Escolas Independentes
A União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (dirigida pela UJS) GOLPEOU os estudantes que ocupam as escolas no Rio Grande do Sul.
Hoje, que era para ser um dia histórico, a Entidade conseguiu jogar no lixo um mês inteiro de luta.
A conhecida face hipócrita e de não diálogo com as bases se fez presente de novo.
Os estudantes que conhecem a maneira como a UBES/UJS age a repudiam.
E por isso o CEI foi criado.
Há mais de 10 anos, a UJS dirige a UBES em uma eleição forjada, recrutando novos militantes analfabetos-político que só servem para votar na chapa da UJS e aplaudirem as falas dos dirigentes da Entidade.
Há 10 anos a UJS faz o perfeito trabalho de MANCHAR a história dessa importante Entidade.
E mais uma vez o fez.
As dirigentes da UBES sentaram para negociar com o governo, e com a comum vontade de querer ficar com o louro de uma luta que não a pertence, aceitaram uma negociação QUE NÃO TEM LEGITIMIDADE, POIS NÃO DIALOGA COM A REAL NECESSIDADE DOS ESTUDANTES DA REDE PÚBLICA DE ENSINO DO RIO GRANDE DO SUL.
A UBES/UJS E O JUNTOS!, HOJE, CUSPIRAM NA CARA DOS ESTUDANTES E FECHARAM UM ACORDO INDEVIDO, IMORAL E ILEGÍTIMO.

Estudantes independentes rechaçam acordo
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