Elmar Bones
“Ler enriquece” é o bordão da Feira do Livro de Porto Alegre de 2008, que abre nesta sexta-feira.
As peças da campanha de divulgação foram apresentadas à imprensa na terça-feira.
Luiz Coronel, diretor da Agência Matriz, explicou que a campanha já estava pronta em setembro, quando estourou a crise financeira que abalou a economia mundial.
“Foi premonição”, brincou. “A crise fortaleceu o apelo que tem a idéia: a solução pelo conhecimento, que está contido nos livros, ao qual se chega através da leitura”
A campanha estará no rádio, jornal e tevê até o dia 16 de novembro quando encerra a feira, que há 54 anos ocorre na Praça da Alfândega, no centro cultural da cidade.
Incentivos ainda não aprovados
Apesar do otimismo do presidente da Câmara do Livro, João Carneiro, havia uma certa tensão na apresentação da programação da 54ª. Feira do Livro, na terça-feira.
O motivo era evidente: a aprovação do projeto da feira pelo Conselho Estadual de Cultura. O projeto está no conselho desde abril, mas só será examinado nesta quinta, 30, na véspera da abertura da feira.
A aprovação permite que a Câmara Riograndense do Livro, que organiza o evento, capte cerca de 700 mil reais via Lei de Incentivo à Cultura (o patrocinador abate do imposto a pagar a maior parte do valor que aplica ).
É pouco provável a não aprovação. Se isso acontecer, os organizadores terão que cortar 30% das atividades programadas para os 16 dias de feira, o que significa segundo uma estimativa, suspender 450 atividades. Por isso, ninguém conta com essa hipótese.
Mesmo com a aprovação, o fantasma da perda dos incentivos fiscais seguirá rondando a Feira do Livro de Porto Alegre. Ganha adesões no Conselho a tese de que “projetos consolidados”, como é o caso da feira, não possam se habilitar a benefícios fiscais, cuja finalidade principal seria estimular novos projetos.