Matheus Chaparini
Diante dos muitos questionamentos que envolvem o projeto de revitalização do Cais Mauá, o prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, não garante que as obras saiam do papel.
“Só deus sabe”, admitiu, desesperançoso, ao ser perguntado sobre o futuro da polêmica iniciativa na Federasul.
A licitação da área do cais é questionada na Justiça, em âmbito federal e estadual, e no Ministério Público e motivou a realização de uma audiência pública na Assembleia Legislativa na semana passada.
Na ocasião, a prefeitura confirmou presença, mas não apareceu. A audiência resultou na criação de uma frente parlamentar para discutir um projeto sustentável para a área.
A declaração foi dada em coletiva de imprensa antes da palestra-almoço “Tá na Mesa”, nesta quarta-feira (23).
O tema eram os 244 anos da leal e valorosa cidade de Porto Alegre e diante deste cenário, a reportagem do JÁ foi até a Federasul para saber a opinião do prefeito sobre a obra que promete transformar o nascedouro e principal cartão postal da capital.
A pergunta do JÁ foi a última pergunta da coletiva. Na sequência, como é praxe, ocorreu o almoço com a palestra do convidado.
Entrada, salada mista verde com pedaços de bacon, risoto funghi, medalhões de filé mignon e sobremesa. Tudo servido por garçons de fino trato. Enquanto os convidados almoçavam, a trilha sonora era executada ao vivo pela Orquestra de Câmara do Theatro São Pedro. Depois, foi convidado o maestro Tasso Bangel para brindar os convivas com sua canção Coração Farroupilha juntamente aos músicos da orquestra.
Ao lado do prédio da Federasul, isolado e deserto, permanecia o Cais Mauá. E a tarde seguiu. Quem sabe hoje dá por-do-sol.