Gerdau e RBS na lista da Operação Zelotes

O grupo Gerdau e a RBS estão numa lista de grandes empresas – Bradesco, Santander, Safra, Pactual, Bank Boston, Ford e Mitsubishi,  BR Foods –  investigadas por suspeita de pagar propina para apagar débitos com a Receita Federal no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF).
Constam da lista também a Petrobrás, Camargo Corrêa e a Light, distribuidora de energia do Rio.
Todas estão na Operação Zelotes, deflagrada pela Polícia Federal na última quinta-feira.
A lista ainda incompleta foi publicada pelo jornal O Estado de São Paulo. nesta sábado, 28.
A estimativa é de que a sonegação chegue aos 19 bilhões, o que faria desta a maior das  fraudes contra os cofres públicos, superando inclusive o Mensalão e a Lava Jato.
“Aqui no só os pequenos devedores pagam. Os grandes, não”, diz um ex-conselheiro do CARF (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais) , numa conversa interceptada com autorização da Justiça, segundo relato dos investigadores
A fórmula para fazer o débito desaparecer era o pagamento de suborno a integrantes do órgão, espécie de “tribunal” da Receita, para que produzissem pareceres favoráveis aos contribuintes nos julgamentos de recursos dos débitos fiscais ou tomassem providências como pedir vistas de processos.
O grupo RBS é suspeito de pagar R$ 15 milhões para obter redução de débito fiscal de cerca de R$ 150 milhões. No total, as investigações se concentram sobre débitos da RBS que somam R$ 672 milhões, segundo investigadores.
O grupo Gerdau também é investigado pela suposta tentativa de anular débitos que chegam a R$ 1,2 bilhão. O banco Safra, que tem dívidas em discussão de R$ 767 milhões, teria sido flagrado negociando o cancelamento dos débitos.
Estão sob suspeita, ainda, processos envolvendo débitos do Bradesco e da Bradesco Seguros no valor de R$ 2,7 bilhões; do Santander (R$ 3,3 bilhões) e do Bank Boston (R$ 106 milhões).
A Petrobrás também está entre as empresas investigadas. Processos envolvendo dívidas tributárias de R$ 53 milhões são alvo do pente-fino, que envolve a Polícia Federal, o Ministério Público Federal e as corregedorias da Receita Federal e do Ministério da Fazenda.
A Camargo Corrêa é suspeita de aderir ao esquema para cancelar ou reduzir débitos fiscais de R$ 668 milhões. Também estão sendo investigados débitos do Banco Pactual e da BR Foods.
Os casos apurados na Zelotes foram relatados no Carf entre 2005 e 2015. A força-tarefa ainda está na fase de investigação dos fatos. A lista das empresas pode diminuir ou aumentar. Isso não significa uma condenação antecipada.
Procuradas pela reportagem, a maioria das empresas informou não ter conhecimento do assunto.

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