O Governador José Ivo Sartori ainda não tem os votos suficientes para aprovar o projeto que retira a obrigatoriedade de plebiscito para a extinção da CEEE, CRM e Sulgás.
Há dez dias, o governo tinha 26 votos garantidos, hoje teria no máximo 29 votos, dos 33 que precisa para aprovação do projeto, a PEC 259/16.
A conta não é tão simples. O governador tem hoje, certos, os votos dos deputados de quatro partidos da sua base aliada: PMDB, PSB, PP e PSD, PPS e PSDB.
Ao todo eles somam 24 votos. Os votos do deputados Missionário Volnei (PR) e Sérgio Peres (PRB) também estão na soma.
Faltariam sete votos de 16 possíveis, já que PT, PSOL e PC do B ( que somam 14) são contra o projeto. O PDT, que já votou a favor do governo em outros projetos já se posicionou contra este.
A reportagem consultou todos os sete deputados da bancada. De Gerson Burmann não obteve uma posição, Marlon Santos ainda não tem opinião e o restante disse ser contra.
O deputado Gilmar Sossella, líder da bancada garante que o PDT todo votará contra. “Essa emenda que exige o plebiscito foi de autoria do PDT , essa é uma posição antiga do nosso partido”, disse ele.
Regina Becker (REDE) e Bombeiro Bianchini (PPL) também já se posicionaram contra o projeto.
Restaria o PTB, com cinco votos e João Reinelli, do PV. Mesmo se tiver o apoio de todos esses deputados o projeto de Sartori terá 32 votos.
Um deputado da oposição faz apostas: “Ele não passa de 30”.
O apelo dramático que o governador Sartori fez nesta quarta-f eira, ao apresentar situação das três estatais a serem privatizadas, em entrevista coletiva no Palácio Piratini, indica que o governo está consciente das dificuldades na aprovação do projeto na Assembléia.
No interior do governo, segundo uma fonte, já não se descarta mesmo a hipótese de ter que enfrentar o plebiscito para fazer as privatizações, indispensáveis para o acordo da dívida com o governo federal.

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