Prometida para este final de ano, a conclusão das obras do Hospital de Pronto Socorro provavelmente só vai acontecer nos primeiros meses de 2015.
Em setembro, a Secretaria Municipal da Saúde anunciou que o bloco cirúrgico estaria pronto em novembro e o setor de emergência um mês depois.
Num relatório de janeiro, a previsão era junho.
Agora a secretaria prefere falar das dificuldades de fazer obras num hospital funcionando e ter que mexer num prédio antigo (70 anos) que é tombado pelo patrimônio público.
Em resposta a um questionário do JÁ, enviado via assessoria de imprensa, a direção diz apenas que “a reforma avança entre muitas dificuldades,a não específicamente financeiras”.
De acordo com os últimos dados divulgados, o custo do novo bloco cirúrgico está dentro do previsto: R$ 3,6 milhões. Mas a reforma da emergência, no térreo e em parte do primeiro andar, orçada originalmente em R$ 8,9 milhões, vai custar R$ 13,3 milhões, ou seja: 30% a mais.
Eis as perguntas que enviamos ao HPS:
Pontos sobre os quais gostaríamos de ser esclarecidos, para elaborar uma matéria sobre a reforma:
1. Já tem data para a conclusão das obras? Em setembro, foi anunciado que seriam entregues em duas etapas, neste fim de ano: o bloco cirúrgico em novembro e a emergência em dezembro. Está mantido esse cronograma? É possível detalhar o que foi feito em cada um?
2. O orçamento inicial para a reforma do setor de emergência (térreo e parte do primeiro andar) era de R$ 8,9 milhões, conforme foi divulgado na época. Na placa na frente da obra informa que serão R$ 11,6 milhões. Em setembro, quando anunciou a conclusão das obras para o fim do ano, a SMS informou o custo de R$ 13,3 milhões. Por que essas diferenças?
3. Outras informações que possam ser úteis aos leitores.
Resposta da diretora:
“O HPS está passando pela maior reforma de seus 70 anos de história, sem suspender nenhum serviço ao público. Por ser referência absoluta em atendimento de trauma (quase metade dos atendimentos são de pessoas de fora de Porto Alegre), a SMS, juntamente com a Direção do HPS, decidiu tocar o projeto de reforma sem paralisar nenhum setor, pois isso significaria simplesmente risco de morte para os que procuram o HPS.
A reforma avança entre muitas dificuldades, e não são especificamente as financeiras. São principalmente questões relacionadas ao fato de mexer estruturalmente em um prédio que é patrimônio histórico (com as limitações que isso impõe), que não tem mais espaço lateral para explorar (está espremido entre a Osvaldo Aranha e a Venâncio Aires) e os pavimentos não suportam uma ampliação vertical, como a construção de mais andares.
A mesma limitação estrutural impõe limites ao peso de equipamentos (como tomógrafos e outros extremamente pesados) em pavimentos acima do térreo. O projeto busca construir nos espaços que ainda existem entre os três prédios (grosseiramente falando, o HPS visto de cima lembra um pé de galinha) e adaptando as estruturas existentes da melhor forma possível.
Todas estas circunstâncias criaram vários desafios de engenharia, pois os parâmetros atuais de construção para uma unidade de saúde como o HPS trazem exigências e certificações que não existiam em outros tempos, como janelas de metal bem vedadas, à prova de som, que não se encontram em qualquer loja de material de construção, e uma série de imposições tecnológicas das quais não se pode escapar quando se constrói um novo e moderno hospital”.
HPS: obras vão entrar em 2015
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Comentários
Uma resposta para “HPS: obras vão entrar em 2015”
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Gostaríamos de apontar uma imprecisão na matéria sobre as obras do HPS. O
texto já no início “as obras do HPS”, como se fosse a conclusão de todo
o projeto de reforma. Sempre foi divulgado que ficariam prontos até o
final do ano (e ficarão) apenas os setores de Emergência e Bloco
Cirúrgico (que são a coluna vertebral da instituição), e alguns
setores de apoio.
Esta informação está no Memorial das Obras do HPS,
documento técnico encaminhado por esta assessoria ao Jornal Já,
juntamente com o texto reproduzido na matéria. A obra total no prédio
tem previsão de conclusão em 2018, como tem sido divulgado, e consta em
detalhes no memorial enviado enviado à redação do JÁ, onde consta todo o
cronograma do projeto com seus detalhamentos, inclusive previsão
orçamentária para cada etapa.
Ricardo Azeredo
Coordenador da Assessoria de Comunicação Social
Secretaria Municipal de Saúde

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