Copesul é o principal alvo das negociações (Foto: Divulgação/JÁ)
Elmar Bones
Está formatado há uma semana um “memorando de entendimento” entre Petroquisa e Ipiranga, que pode dar novo rumo às negociações da Petrobras com vistas à troca de ativos na petroquímica.
O memorando consumiu mais de dois meses de tratativas entre as duas partes e contém uma proposta similar à que vem sendo negociada com a Braskem, com uma diferença essencial: tem anexa uma pré-minuta de acordo de acionistas, em que a Ipiranga aceita compartilhar a gestão da Copesul com a Petroquisa, num formato que a Braskem reluta em aceitar.
O documento ainda não conseguiu entrar na pauta da diretoria da Petrobras, mas uma cópia já chegou à mesa da ministra Dilma Rousseff.
A troca de ativos envolve ações que a Petroquisa tem na Copesul (15%) na Petroquímica Triunfo (80%) e na Petroquímica Paulínea (40%), que seriam transferidas para a Braskem. Em contrapartida, a Petroquisa aumentaria de 10% para 30% sua participação no capital da Braskem.
A negociação entre Braskem e Petrobras já se desenvolve há mais de ano e está na fase de avaliação dos ativos, a cargo de dois bancos franceses, que têm o prazo de 31 de março para a conclusão.
Uma fonte da Ipiranga informou ontem que a empresa poderá se manifestar nos próximos dias a respeito do assunto. O porta-voz da Braskem, Alexandrino de Alencar, disse: “Já ouvi falar que eles estão conversando por iniciativa da Ipiranga, mas não sei o que é, o assunto ainda está muito restrito”. Para a Braskem, segundo ele, nada muda e o prazo de 31 de março está mantido.
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