Lula cutuca Bolsonaro em carta da prisão e presidente eleito morde a isca no twitter

Os dois grandes derrotados em 2018 – Lula e Fernando Henrique Cardoso – falaram no fim de semana.
Fernando Henrique para lamentar que “pedras sejam lançadas”, antes mesmo “do novo governo assumir”.  Não ficou claro se ele se refere às investigações do Coaf ou às investidas do general Mourão, o vice.
Já o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao que tudo indica, abriu uma nova fase de suas mensagens da prisão. Nelas começou a delinear uma estratégia para  enfrentar a avalanche bolsonarista.
Na primeira que emitiu sexta-feira dirigida à ex-presidente Dilma no dia de seu aniversário (71 anos) Lula definiu os postulados básicos da sua estratégia:
1) ele não troca a dignidade por liberdade, ou seja não reconhece a sentença do juiz Moro, mesmo depois de sua confirmação por um tribunal federal, e continuará a questioná-lo como ministro da Justiça;
2) vai resistir defendendo e atacando.
No dia seguinte, já deu exemplo ao emitir uma carta ao povo de Cuba, em que critica  a interrupção da participação dos médicos cubanos no programa Mais Médicos, que atribuiu ao presidente eleito, Jair Bolsonaro.
“Eu lamento que o preconceito do novo governo contra os cubanos tenha sido mais importante que a saúde dos brasileiros que moram em comunidades mais distantes e carentes”, disse Lula na carta.
Lula também agradece aos médicos cubanos que superaram as críticas e preconceitos de muitos brasileiros.
“Nos ensinaram que uma medicina mais humana não só é possível, como é mais eficiente para melhorar os padrões de saúde de nossas comunidades. No final os cubanos trocaram experiências com muitos médicos brasileiros, e chamaram a atenção de todos para a importância da medicina preventiva e da atuação na saúde das famílias”.
“Por isso quero dizer ao povo de Cuba: tenham muito orgulho dos seus médicos e das suas escolas de medicina. Vocês conquistaram milhões de admiradores, milhões de pessoas gratas no Brasil”.
Por volta das quatro da tarde do domingo, Bolsonaro deu sinais que mordeu a isca. Postou no twitter:
“Diferente do que diz o corrupto preso Lula sobre o novo governo ser preconceituoso por retirar médicos cubanos do país, foi Cuba que os retirou por recusar-se a pagar salário integral a eles… Oferecemos asilo aos que querem ficar. Informações estão chegando erradas na cadeia”
Da cadeia, Lula assume a liderança da oposição ao governo Bolsonaro.

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