Essas narrativas independentes dos Ninjas faz parte de um processo, de uma sociedade que se democratiza e reage a um sistema de mídia que não lhe dá as informações que ela precisa para avançar.
Os jovens captam essas necessidades, eles são as antenas para o futuro, os mais criativos agem, alimentam a reação da sociedade à tentativa do sistema de mantê-la presa no passado.
A questão, uma delas, é que os Ninjas estão na rua, lá onde a mídia não ia, bastando-lhe dar a versão de seus interesses. É importante, é fundamental.
Mas os grandes conchavos, aqueles que decidem sobre bilhões, continuam a acontecer nos gabinetes. E ali, na porta, só está por enquanto a mídia convencional, como sempre mais atenta aos seus interesses empresariais e corporativos do que aos fatos.
Desses fatos a gente talvez só venha saber depois, quando já será tarde. O que quero dizer? Que ainda falta muita imprensa na democracia brasileira (e falta muita democracia na imprensa brasileira).