Por Paula Bianchi
Com o recesso da Câmara Municipal ficou suspensa também a discussão sobre o passe livre. Ainda sem projeto, o tema foi debatido pela Comissão de Urbanização, Transportes e Habitação (Cuthab) no dia 16 de junho e deve voltar a pauta dos vereadores em agosto.
Para a assessora técnica da Câmara, Márcia Mello, “o que saiu da reunião foi a decisão de aprofundar a discussão”.
De concreto, apenas a encomenda à Brigada Militar de um relatório comparando o número de ocorrências em dias de Passe Livre com as ocorrências em domingo normais – uma dos principais argumentos contra o passe livre é o suposto aumento da violência. As novas discussões devem partir desse dado.
“Alguns já estão chamando estes domingos de Dia do Deus Me Livre”, afirmou Jairis Maciel, presidente do Conselho Municipal de Transportes Urbanos (COMTU), entidade que convocou a reunião.
Para Maciel, o objetivo do Passe Livre foi desvirtuado com o tempo. “O Comtu não quer extinguir o Passe Livre, mas apenas discutir novos moldes de gratuidade.”
Outra questão levantada pelo Comtu é o preço da passagem. “Para o empresário, não faz diferença, mas não é justo para o pagante não poder utilizar o ônibus nesses dias por falta de segurança”, disse Maciel.
Segundo a EPTC, que não tem posição sobre o assunto, a eliminação do passe livre nesses dias representaria uma redução de apenas 3 a 4 centavos na tarifa do ônibus, o que contabiliza a rodagem realizada nesses datas.”
No entanto, para o presidente da Cuthab, vereador Waldir Canal (PRB), antes de mais nada é preciso buscar mais subsídios para uma tomada de posição sobre o assunto. “Precisamos analisar profundamente todos os aspectos do passe livre”, declarou.
O Passe Livre, no primeiro domingo de cada mes em todos os ônibus da capital, foi criado há 18 anos para permitir que pessoas com menor poder aquisitivo pudessem usufruir do transporte coletivo em dias de lazer.
Em domingos normais, cerca de 291 mil pessoas pegam ônibus na capital, número que sobe para 762 mil em dias de isenção.
Além da diminuição de passageiros, no fim de semana a frota também cai passando de 1.575 para cerca de 800 carros, o que explica a lotação dos ônibus.
Um comentário um pouco atrasado, mas quem já foi vítima dos marginais em dia de passe livre, concorda com fim desse “benefício”. Que novas soluções sejam buscadas, como passe livre só em dia de eleição, vacinação… fora essas datas, o passe livre é totalmente desnecessário. Um dia que o cidadão de bem fica em casa e o marginal na rua.