Pesquisa mostra crescimento de Eduardo Leite que já ameaça Sartori

A terceira pesquisa Ibope/RBS sobre as intenções de voto para governador do Rio Grande do Sul na eleição de outubro, divulgada na noite desta quinta-feira, traz o atual governador do Estado, José Ivo Sartori (MDB) e o ex-prefeito de Pelotas Eduardo Leite (PSDB) em “empate técnico” na disputa ao Piratini.
Sartori cresceu quatro pontos e está com 29% mas ameaçado por uma verdadeira escalada de Eduardo Leite que em menos de um mês saltou de 8% para 25% das intenções de voto. Levando em conta a margem de erro, o estreante Leite já empatou com o veterano Sartori, que busca a reeleição.
O que surpreende na pesquisa é que os dois candidatos tem projetos semelhantes. com base no ajuste fiscal, redução da máquina pública, privatizações, concessões de serviços públicos.
Ambos inclusive tem como âncora de suas propostas o mesmo Programa de Ajuste Fiscal, plano do governo federal para enquadrar os Estados nas metas do ajuste que congelou o orçamento da União por 20 anos.
O crescimento de Sartori indicaria aprovação de seu projeto de ajustes, com suas “medidas amargas”, vencendo inclusive a resistência do funcionalismo submetido ao atraso sistemático de seus salários.
O crescimento de Eduardo Leite se expIicaria pela novidade. Um candidato de 33 anos, praticamente um estreante, que vem de uma gestão bem avaliada na prefeitura de Pelotas.
O crescimento dos dois indicaria que o eleitor aprova o projeto do ajuste iniciado por Sartori mas num ritmo de Eduardo Leite?.
O resultado desta pesquisa se torna ainda mais intrigante quando se verifica o desempenho dos dois candidatos à esquerda dos dois favoritos: Miguel Rossetto (PT), com 12%, com uma queda de 2% e Jairo Jorge (PDT) com 7% e queda de 1% em relação à pesquisa anterior. Surpreende principalmente Miguel Rossetto, caindo abaixo do indice histórico do PT e num momento em que o partido cresce nacionalmente.
Os dois, Jairo e Rosseto, somados não alcançam 20%.
Considerando-se que o percentual de indecisos e de brancos e nulos reduziu apenas 4%, mantendo-se em 24%, o que se pode deduzir é que o crescimento de Sartori e Leite se dá com uma migração dos votos dos candidatos à esquerda, cujo espectro encolheu significativamente, de acordo com a pesquisa.
Roberto Robaina, do PSOL, e Julio Flores, do PSTU, chegaram a 4% agora estão com 1%. E ai tem-se outra questão: para onde estão indo os votos da esquerda?
 
 

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