POA em Cena: Um Inquisitor pra lá de chato

Adriana Lampert
Considerado um dos maiores encenadores do século 20, assinando montagens revolucionárias entre as décadas de 60 e 80, Peter Brook, aos 83 anos, investe cada vez mais fundo no teatro minimalista – a mesma vertente por onde Antunes Filho vem trabalhando no Brasil há alguns anos. Esse é um teatro muito difícil de acertar, pois exige gestos mínimos dos atores (que ocorrem somente quando indispensáveis), e trabalha com pouco cenário (no máximo uma cadeira e outro elemento), e mínimos efeitos de luz e som.
Difícil mesmo. Tanto é, que apesar do brilhantismo do diretor (Peter Brook), do talento do ator (Bruce Myers) e da excelência do texto de Fiodor Dostoievski, o espetáculo O Grande Inquisitor (com apresentações dias 14, 15 e 16 de setembro, no Teatro do CIEE) deixa muito a desejar para aqueles que esperam do teatro mais do que uma “conversa” com o espectador.
Impossível não ter vontade de cochilar, durante os 55 minutos em que Bruce Myers despeja o texto (praticamente na íntegra), retirado do romance Os Irmãos Karamazov, da obra de Dostoievski. Em cena, ofuscado por Myers, um ator (Lucas Fontoura, que substituiu Ismael Caneppele na noite de domingo, 14) faz nada mais, nada menos que o papel de Jesus Cristo, curvado em um banquinho, sem a menor presença cênica. Enquanto Fontoura espera o momento de se retirar, para a cena final do espetáculo, Myers caminha pelo cenário aproximando-se e afastando-se, ora do público, ora do ator-figurante, falando sem parar, em um tom de voz praticamente linear. No domingo, a platéia ainda aplaudiu em pé. (!)

0 comentário em “POA em Cena: Um Inquisitor pra lá de chato”

  1. Fui colega de teatro do Lucas há dez anos atrás. Fizemos uma peça chamada O amor é uma falácia, que não fez sucesso algum, mas que curtimos muito fazer. E, desde então, nunca mais nos encontramos. Também nunca mais vi a Mariana que atuava cm a gente. Ele e ela foram pro exterior, eu fui pro Rio, enfim… Gostaria muito de reencontrar ele. Poderiam me ajudar? Obrigado.

  2. Ola bom dia! estou precisando de uma ajuda. Sou acadêmica de Direito e nos foi pedido que representássemos através de peça teatral o Texto de M. Sulman – O amor é uma falácia. Ocorre, que estamos tendo uma dificuldade em montar essa peça. Gostaria então de saber, qual a possibilidade de nos dá uma força?
    Muitíssimo obrigada

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