Polícia quer saber se há um mandante no ataque a Bolsonaro

Adelio Bispo de Oliveira, de 40 anos, preso no ato, confessou, alegando motivos pessoais. Ouvia Bolsonaro falar e tinha nojo. A polícia, porém, não descartou a possibilidade de haver outras pessoas envolvidas.
Um suspeito foi preso e liberado e haveria uma terceira pessoa identificada. Até agora, no entanto, o agressor mantém a versão inicial que agiu por conta própria.
A familia descreveu-o como um “homem evangélico”, uma pessoa tranquila, nas que ultimamente apresentava comportamento estranho. A familia é de Montes Claros, no norte de Minas.
Aos 10 anos, ficou órfão de mãe e, aos 23 perdeu o pai. Para a familia, desde menino ele é o “Tuca”.  Ele nunca se casou e não tem filhos. Há vários anos, vive afastado da família. Há alguns anos, entrou para a igreja Evangelho Quadrangular, da qual se tornou missionário. A familia teme represálias .
“O que ele fez foi um ato isolado”, declarou uma sobrinha.”Somos uma família de paz e não aprovamos nenhuma forma de violência contra ninguém, seja uma pessoa importante ou um mendigo”.
A sobrinha contou que não acompanha nenhum candidato a presidente. “Vou votar nulo”, disse. Diz que há três anos Adelio começou a apresentar comportamento estranho, “falando coisas sem nexo”. “Mas ele nunca foi agressivo”.
Nas redes sociais, Adelio Bispo mistura publicações com ataques à direita e conspirações contra a maçonaria.
No entanto, a sobrinha dele disse que Adelio nunca demonstrou ter militância ou engajamento em algum movimento partidário. “A única coisa que ele fala que é contra a corrupção e sempre reclamou da situação do Brasil”.
Conforme osfamiliares, Adelio deixou a casa dos pais em Montes Claros aos 18 anos e foi trabalhar em Santa Catarina, para sobreviver, “onde encarou de tudo”.
Lá estudou e chegou a trabalhar como camareiro em um cruzeiro marítimo. “Ele fez cursos e aprendeu a falar inglês e espanhol para trabalhar no navio”, outra sobrinha. Ela conta que há três anos o tio não dava informações para a família sobre o paradeiro dele. “Eu só sabia que ele estava sempre viajando entre Uberlândia, Uberaba e Florianópolis. Pensei que realmente estivesse trabalhando. Nunca imaginava que ele fosse se envolver com uma coisa dessas”.
Outra sobrinha de Adelio Bispo disse que tomou soube pelo marido, que assistia televisão acompanhou a notícia do atentado contra a vida de Jair Bolsonaro. “A nossa família entrou em pânico. A gente nunca esperava uma coisa dessa”, disse J., que está em tratamento de um câncer no intestino. Com medo de represálias, as duas irmãs não quiseram mostrar os rostos em fotos. Uma delas disse que um primo dela sofreu ameaças nas redes sociais.
(Com informações do Estado de Minas)

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