Uma homem entrou no ônibus com um galão de gasolina. Os passageiros ainda estavam desembarcando, quando ele começou a espalhar o combustível mandando todos descerem. Em seguida, saiu do veículo e ateou fogo.
Este é o relato do motorista Aureo Reis, do ônibus da linha 731 Parque dos Maias, incendiado no final da tarde desta quarta-feira, no Terminal Parobé, no Centro Histórico de Porto Alegre.
“Ele chegou atirando gasolina em tudo, eu fiquei molhado, pois o cinto de segurança travou. Quase não deu tempo de sair. Em seguida ele já ateou fogo e o painel começou a incendiar”, contou. O homem, com o rosto descoberto, saiu correndo.
O terminal concentra grande parte dos ônibus que passam pelo Centro de Porto Alegre. O fato ocorreu perto das 18h, um dos horários de maior movimento no local.
As motivações do crime, no entanto, são desconhecidas.
Segundo um militar do Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), as informações apuradas até o momento dão conta de que o ônibus estava parado no terminal aguardando o embarque de passageiros. Ele disse que o crime foi praticado por quatro indivíduos e “um deles teria queimado os pés durante a ação”..

O prefeito Nelson Marchezan Júnior que chegou a ir até o terminal conferir o ocorrido arriscou um palpite: seria uma resposta à ofensiva das forças de segurança no Estado e na Capital dos últimos meses.

Conforme a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), os coletivos da linha Icaraí não estão circulando no início desta manhã em Porto Alegre.
No terminal Parobé, as linhas D73, D72, 731, 721 e 727 foram transferidas emergencialmente para a avenida Júlio de Castilhos.

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