Porto Alegre: antecipação de IPTU garantiu superávit em janeiro

Felipe Uhr
Já eram quatro e vinte da tarde desta quinta-feira quando o secretário Leonardo Busatto entrou no Salão Nobre do Paço dos Açorianos, juntou-se ao prefeito Nelson Marchezan Júnior e deu inicio ao balanço mensal da contas da Prefeitura de Porto Alegre.
Durante aproximadamente uma hora o secretario apresentou os números do primeiro mês da atual gestão. O prefeito pouco falou, apenas abriu a apresentação, depois se retirou, voltou, respondeu algumas perguntas e foi embora novamente.
Em sua apresentação de 18 slides o secretário da Fazenda foi enfático ao ressaltar a crise financeira vivida pelo município. Lembrou dos R$ 507 milhões de despesas deixados pelo governo Fortunati somente de 2016. “É um dinheiro que eu não tenho e vou ter que pagar”, afirmou Busatto.
Deste montante R$ 76 milhões já foram pagos segundo o próprio secretario.
Apesar da crise, o mês de janeiro apresentou superávit de R$ 84 milhões. “Essa não é uma receita real já que dezembro e janeiro há antecipação do IPTU” salientou o Busatto. Fevereiro também será um mês de superávit, pois ainda virá receita do IPTU antecipado, depois disso não há previsão de lucro entre receita e despesa. “Serão meses difíceis” avisou o secretário que lembrou mais uma vez que os salários irão atrasar.
“Cortes virão de todos os lados” avisa secretário
Para estancar a crise, Busatto ressaltou as medidas já adotadas que reduziram os gatos da prefeitura como corte de CCs, despesas diárias, passagens aéreas entre outros. “Somente em CCs tivemos uma redução de 29,7%” afirmou.
Medidas adotadas:
* Corte em despesas com diárias, passagens aéreas, cursos, horas-extras, etc.
* Suspensão das dívidas com fornecedores de 2016.
* Renegociação de contratos em vigor.
* Revisão das licitações em andamento.
* Suspensão de novas contratações, inclusive pessoal.
* Corte no número de CCs.
* Racionalização do uso de celulares.
Prefeito falou sobre Metrô e investimentos 
Durante a apresentação o que chamou a atenção foi o baixíssimo grau de investimento direto da prefeitura, pouco mais de R$ 300 mil reais. No ano passado foram R$ 7,4 milhões, o que representou uma queda de 95,3%. Tanto secretário e prefeito falaram que investimentos próprios agora não irão acontecer pois “não há recursos”
O Prefeito também respondeu aos repórteres sobre os R$  R$ 3,54 bilhões para o Metrô que o governo federal havia anunciado para a cidade e que foi cortado. “Sinceramente fico feliz que tenhamos entrado em mais essa aventura.” ponderou o prefeito.
Para Marchezan, se durante os anos de crescimento global e nacional da economia Porto Alegre não aproveitou para fazer obras e outros investimentos maiores não seria agora que isso aconteceria. O balanço mensal será uma marca do governo Marchezan, até o 5º dia útil do mês.
Confira abaixo alguns números apresentados pela Prefeitura:

Fonte: Secretaria da Fazenda
Fonte: Secretaria da Fazenda

 
 
 
 
 
 
 
 
 
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