Procede a informação da assessoria de imprensa do Banrisul, de que a decisão sobre o patrocínio ao Premio ARI de Jornalismo 2010 foi tomada pela diretoria do banco no dia 22 de novembro.
Acontece que, como a própria assessoria admite, qualquer decisão na área do marketing do Banrisul tem que ser aprovada pelo Palácio Piratini, em alguns casos pela própria governadora Yeda Crusius.
Essa é uma distorção que seria inaceitável em qualquer companhia de capital aberto, que negocia seus papéis em bolsa, mas que se tornou uma tradição em relação ao Banrisul.
Vem do tempo em que o governo era o dono do Banco e, por razões que só a falta de uma imprensa ativa no Estado explica, manteve-se intocada mesmo depois que o governo Yeda vendeu a metade do Banrisul a acionistas privados.
Quando a assessoria menciona “todo um trâmite legal para assinatura da autorização do processo” esta se referindo a essa “aprovação” que necessariamente tem que vir do Piratini e que caracteriza o uso político das verbas de marketing e publicidade do Banrisul.
Uma prova disso são as dezenas de processos para pagamento de anúncios veiculados em blogs, jornais e revistas, que a diretoria do banco há muito já autorizou que sejam pagos, mas estão trancados no Piratini.
Esses processos se acumularam devido a suspensão de todas as operações de marketing, decidida depois que surgiram denúncias de um esquema fraudulento montado naquele departamento e que teria causado um prejuízo de R$ 10 milhões ao banco.
Quanto ao Prêmio ARI, a lista dos finalistas já era conhecida na tarde de segunda-feira, 6. Na terça-feira pela manhã o presidente da ARI, Ercy Thorma, declarou à Coletiva que ainda não havia decisão sobre o patrocínio, embora a diretoria do banco fosse favorável.
Prêmio ARI: Palácio Piratini segurou decisão sobre o patrocínio
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