A patrulha de sete João (JÁ Editores), do jornalista Euclides Torres, é um romance que abrange o período mais violento da história do Rio Grande do Sul. Ao contar a história de um imigrante, Torres retrata os costumes no interior do Rio Grande do Sul, as guerras no Sul do continente e a imprensa gaúcha na segunda metade do século XIX.
O autor relata em 208 páginas a epopéia dos mercenários alemães contratados pelo Império do Brasil para lutar contra a Argentina em 1851. Serve-se do diário deixado por um deles para esboçar um resumo dos costumes e principais fatos ocorridos na região do Rio da Prata naquele tempo. Esses mercenários, que integravam a Legião Estrangeira, foram apelidados de brummer, que em alemão significa resmungão, pessoa ranzinza.
A partir da história real de um soldado prussiano, que pegou em armas para defender o Brasil em troca de dinheiro e terras, foi delineado o retrato de uma época. Joseph Meurers, o marceneiro que virou soldado, jamais ganhou a terra prometida, mas adotou o Rio Grande do Sul como sua nova pátria. Instalou-se em Caçapava do Sul, onde prosperou como comerciante e acabou seus dias como uma das dez mil vítimas da mais cruel guerra civil sul-americana.
O personagem central da narrativa, nascido em Dusseldorf em 1827, morreu queimado vivo nos cerros de Caçapava em 1893, constituindo-se num dos mais infames crimes praticados na guerra civil. O mergulho de Torres no diário deixado por Joseph, foi o ponto de partida para este livro.
Ao pesquisar a vida dos brummer e a sua inclusão na sociedade gaúcha, o autor procura mostrar a influência que esses mil e tantos legionários tiveram na economia, nos costumes e na própria história do Estado. Muitos pagaram com a vida o amor à nova pátria.
O autor
Euclides Torres, 58 anos, jornalista, estréia com este livro. Formado pela PUCRS, repórter e redator de diversos jornais do Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre e Caçapava do Sul, foi professor de jornalismo na UFSM e na UFRGS e patrono da Feira do Livro de Caçapava, em 2002. Em Caçapava, fundou em 2000 o semanário Gazeta de Caçapava, que dirigiu até 2003.
Sessão de autógrafo na Feira do Livro
Dia 7, segunda, 20h30, Pavilhão de Autógrafos
A patrulha de sete João, de Euclides Torres
JÁ Editores, 2005, 208 páginas, R$ 20 (preço promocional Feira do Livro)
Romance conta história de mercenário alemão na Revolução Federalista
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