Depois de um ano, o projeto de reforma do Araújo está aprovado pela burocracia municipal.
Todas as licenças já foram concedidas e, nos próximos dias, o secretário de Cultura de Porto Alegre, Sérgius Gonzaga vai fazer a entrega simbólica da documentação à Opus Produções, empresa que venceu a concorrência para explorar o auditório por dez anos.
O auditório está interditado há quase dez anos, por questões de segurança. Sem dinheiro para as reformas, a prefeitura decidiu concedê-lo à iniciativa privada. Há três anos, a Opus foi escolhida e anunciou que em 18 meses o auditório estaria reabilitado.
Em maio de 2008, a empresa anunciou que o projeto estava quase pronto. “Na segunda quinzena de junho o canteiro de obras estará instalado e o Araújo será reinaugurado na Semana de Porto Alegre, de 2009”, prometeu o secretário Gonzaga.
No dia 12 de março de 2009, a Opus e a Secretaria reuniram a imprensa no parque da Redenção, junto ao auditório, para mostrar o projeto e o estudo de viabilidade que seria submetido aos orgãos técnicos municipais, para licenciamento.
O secretário disse na ocasião que as dez secretarias envolvidas no processo já haviam recebido toda a documentação e que já trabalhavam “sob a coordenação de uma equipe designada pelo prefeito José Fogaça”.
A lentidão da burocracia, somada a problemas inesperados, como a necessidade de remoção de animais que se instalaram no prédio abandonado, frustraram o otimismo do secretário. Só há poucas semanas foi concedida a última licença, a ambiental.
O projeto de reforma é de autoria do arquiteto Moacyr Moojen, um dos autores do projeto original do auditório, e prevê um novo telhado fixo, climatização, bar, poltronas para três mil espectadores, reestruturação do palco, camarins e banheiros.
O custo estimado em R$ 10 milhões e a previsão para conclusão da obra é de um ano.